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A ideia do projeto do Conjunto Habitacional para a população caiçara da Praia do Bonete surgiu a partir da vontade que eu tenho de estudar a cultura brasileira na sua forma mais pura, estudar uma cultura que não recebeu tantas influências do mundo globalizado e se mostra tão eficaz e rica quanto a cultura das grandes metrópoles. Estudando o modo de viver desses pescadores caiçaras, quero entender como a arquitetura pode melhorar sua qualidade de vida ao mesmo tempo que se beneficia de sua cultura, sem ditar o que eles precisam ou não, mas entendendo como a arquitetura e cultura podem se complementar. Além disso, acredito ser de suma importância estudar de que forma a arquitetura influencia as relações interpessoais e como Além disso, acredito ser de suma importância estudar de que forma a arquitetura influencia as relações interpessoais e como pode melhorar a vida em comunidade, que é tão importante para essa população. Diante da situação atual, não tive a oportunidade de ir até o Bonete e conhecer seus moradores, portanto, meu primeiro elemento de estudo foram vídeos e documentários que me mostraram detalhadamente como vivem essas pessoas e como elas se estabelecem no território. Entre eles, “Os saberes do fazer - Cultura Caiçara Viva, Comunidade do Bonete” foi o que mostrou mais detalhadamente a cultura da população. habitar A leitura do texto “As hesitações do moderno e as contradições da modernidade no Brasil”, de José de Souza Martins, firmou a minha ideia de que a cultura para além das grandes metrópoles é extremamente rica e é de extrema importância que ela seja estudada e incorporada na arquitetura. Nós, que vivemos no mundo globalizado, temos a nossa realidade como “verdade absoluta”, acreditamos que nossa maneira de viver é a correta, que nossa visão de mundo deve ser implementada em toda e qualquer população. O texto traz muito fortemente a admiração que as populações mais isoladas têm pela sua própria cultura, por isso, ao projetar para eles, não devemos projetar com o nosso olhar, mas sim com o deles. Devemos entender como se dão as por isso, ao projetar para eles, não devemos projetar com o nosso olhar, mas sim com o deles. Devemos entender como se dão as suas relações, como se dá seu estilo de vida, e como eles podem ser benefeciados com novas construções. A Bienal de Veneza de 2016, coordenada por Alejandro Aravena, trouxe à tona a ideia de projetar para esses grupos: “o arquiteto como um agente facilitador de processos que tendem a levar a um objetivo maior: o bem estar e a qualidade de vida das populações.” O livro “Gente do Mar - vida e gastronomia dos pescadores brasileiros”, do historiador Ricardo Maranhão e do fotógrafo Fabio Colombini, é responsável pelo entendimento da cultura dos pescadores das cidades liotorâneas do Brasil. Entendendo seu estilo de vida, como é sua arquitetura, sua gastronimia, como eles constroem, posso incorporar todas essas características no meu projeto. Além disso, o estudo da arquitetura vernacular caiçara é primordial, com a intenção de tornar possivel a concretização desse Além disso, o estudo da arquitetura vernacular caiçara é primordial, com a intenção de tornar possivel a concretização desse projeto, construido pelos próprios caiçaras. Para isso, contei com alguns projetos de pesquisa que caracterizam essas construções, como “A Arquitetura da Casa Caiçara: aplicação da taipa como método construtivo” de Lucas Vinicius e Camila Osugi Cavalcante de Alencar, que caracteriza essas construções fisicamente, “A disputa pela Hegemonia do espaço na Baía dos Castelhanos”, que fala sobre a comunidade caiçara da Praia dos Castelhanos em Ilhabela e como eles ocupam seus espaços e, por fim, “Habitação das comunidades caiçaras da Baía dos Castelhanos, Ilhabela” de Ligia Perissinoto fim, “Habitação das comunidades caiçaras da Baía dos Castelhanos, Ilhabela” de Ligia Perissinoto Tavares Martins. Esses textos me trouxeram o entendimento da arquitetura dos caiçaras que é tão simples, mas que se conecta muito com o meio ambiente onde está situada, já que os caiçaras estabelecem uma relação muito rica com a natureza, de onde tiram suas principais fontes de alimento e produção. conjunto habitacional para a população caiçara da Praia do Bonete, Ilhabela arquitetura vernacular cultura litoralbrasil meio ambiente sustentabilidade relações interpessoais construir e habitar subsistência conforto simplicidade Gente do Mar Bienal de Veneza personalidade responsabilidade compreensãoAravena modernidade José de Souza Martins ancestralidadetradição familia comunidade caiçara Luiza Roperto Cardenes TIA: 31748058 Prof: Volia Atividade 3 TFG1
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