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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Curso: Medicina Disciplina/Módulo: Sistema Orgânicos Integrados – TIC´s KARINA LOURANA OLIVEIRA DE QUADROS – 5º PERÍODO Crise convulsiva PARNAÍBA OUTUBRO/2022 FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br 1. O que habitualmente ocorre com o paciente durante/após um quadro convulsivo, de acordo com os seguintes tipos de convulsão: Tônico-clônica. Clônica. Tônica. Mioclônica. As convulsões tônico-clônicas generalizadas são ataques nos quais a consciência é perdida, geralmente sem aura ou outro tipo de aviso. Quando ocorre um aviso, ele costuma consistir em sintomas inespecíficos. 1. Fase tônica: As manifestações iniciais são a inconsciência e a contração tônica de todos os músculos dos membros durante 10 a 30 segundos, produzindo inicialmente uma flexão e depois uma extensão, em especial das costas e do pescoço. A contração tônica dos músculos da respiração pode produzir uma vocalização induzida pela expiração (um grito ou gemido) e cianose, e a contração dos músculos mastigatórios pode causar um traumatismo da língua. O paciente cai e pode se lesionar. 2. Fase clônica: A fase tônica é seguida por uma fase clônica (alternando contração e relaxamento muscular), com movimentos simétricos dos membros, que persistem por 30 a 60 segundos ou mais. O esforço ventilatório retorna imediatamente após o cessamento da fase tônica, e a cianose desaparece. A boca pode espumar com saliva. Com o passar do tempo, os abalos musculares se tornam menos frequentes, até que todo o movimento cessa e os músculos se tornam flácidos. O relaxamento esfincteriano ou a contração do músculo detrusor pode produzir incontinência urinária. 3. Recuperação: Quando o paciente volta à consciência, existe confusão pós- ictal e, frequentemente, cefaleia. A orientação plena costuma demorar 10 a 30 minutos, ou até mais em pacientes com estado de mal epiléptico ou distúrbios estruturais ou metabólicos preexistentes. O exame físico durante o estado pós- ictal costuma ser normal na epilepsia idiopática ou nas convulsões de origem metabólica, exceto as respostas plantares, que podem ser transitoriamente extensoras (sinal de Babinski). As pupilas sempre reagem à luz, mesmo quando o paciente está inconsciente. 4. Estado de mal epiléptico: estado de mal epiléptico é definido arbitrariamente como convulsões que continuam por mais de 30 minutos, sem cessar de forma espontânea, ou que recorrem frequentemente, de modo que a consciência plena não é restaurada entre os episódios sucessivos. O estado de mal epiléptico é uma emergência médica, pois pode levar a dano cerebral permanente decorrente de hiperpirexia, colapso circulatório ou lesão neuronal citotóxica, caso não seja tratado. Estes incluem as crises tônicas (que não são seguidas por uma fase clônica), as crises clônicas (que não são precedidas por uma fase tônica) e as crises FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br mioclônicas. 1. Crises tônicas se caracterizam por contração muscular contínua, que pode levar à fixação dos membros e da musculatura axial em flexão ou extensão, e são uma causa de crises de queda (ou drop attacks); o cessamento dos movimentos respiratórios que acompanha a crise leva à cianose. A consciência é perdida, mas nessas crises não existe a fase clônica. Crises clônicas se caracterizam por movimentos clônicos repetitivos, acompanhados por perda da consciência. Não existe o componente tônico inicial. Crises mioclônicas são caracterizadas por contrações súbitas, rápidas, semelhantes a um cho-que, que podem estar localizadas em alguns músculos de uma ou mais extremidades, podendo apresentar uma distribuição mais generalizada. Uma epilepsia mioclônica juvenil é a causa mais comum, geralmente iniciando na adolescência. No entanto, nem todos os abalos mioclônicos têm uma base epiléptica, como foi discutido no Capítulo 11. Existe uma história familiar de crises em um terço dos pacientes com crises mioclônicas. O distúrbio é geneticamente heterogêneo, com ligação em famílias diferentes para genes de uma proteína de ligação de cálcio EF-hand (EFHC1), proteína contendo domínio bromo (BRD2), ou canal de cálcio (CACNB4), canal de cloreto (CLCN2), ou subunidade receptor GABA (GABRA1). As crises mioclônicas também podem estar associadas com diversos distúrbios neurodegenerativos hereditários raros, incluindo doença de Unverricht-Lundborg (mutações da cistatina B [CSTB]), doença de corpúsculos de Lafora (laforina [EPM2A] ou mutações do NHL gene 1 repeat-containing [NHLRC1]), lipofuscinose ceroide neuronal (início tardio na tenra infância, início juvenil ou na idade adulta; palmitil- proteína tioestera-se-1 [PPT1], tripeptidil-peptidase I [TPP1], ou mutações da batenina [CLN3]), sialidose (mu-tações da sialidase [NEU1]) e encefalomiopatia mitocondrial (epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rasgadas à biópsia de músculo es-quelético; mutações em qualquer um dos vários genes mitocondriais). ➔ Referencias: 1. Scheffer IE, Berkovic S, Capovilla G, et al. Classificação ILAE das epilepsias: Posição da Comissão ILAE para Classificação e Terminologia. Epilepsia 2017; 58:512. 2. TOMANIK, Gustavo H.; CAMPANHARO, Andriana SLO. Previsão de Convulsões com o Uso de Redes Complexas. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics, v. 6, n. 2, 2018. 3. D'ASCANIO, F.; FERREIRA, Inês; JORGE, Rui. Dieta Cetogénica e epilepsia: uma revisão narrativa da literatura. Acta Portuguesa de Nutrição, p. 64-67, 2021. https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-the-first-seizure-in-adults/abstract/7 https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-the-first-seizure-in-adults/abstract/7 https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-management-of-the-first-seizure-in-adults/abstract/7 FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br 4. Wirrell EC, Nabbout R, Scheffer IE, et al. Metodologia para classificação e definição de síndromes epilépticas: Relatório da ILAE Task Force on Nosology and Definitions. Epilepsia 2021.
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