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1 DEFLEXÃO o Deflexão: deslocamento transversal, no sentido da carga transversal. o Rotação ou inclinação de um ponto: deslocamento de giro. • A deflexão pode ser determinada em vigas isostáticas ou hiperestáticas! • Lembra lá de Mecsol1, quando ainda não tínhamos conhecimento para resolver vigas hiperestáticas um pouco mais complexas?? Pois é, seus problemas acabaram!! As equações diferenciais vieram para facilitar nossa vida e abrir o leque de aplicações que todo engenheiro estrutural precisa. Estas equações estão em função do deslocamento. E conhecer o deslocamento é conhecer a solução do problema! Os valores de deslocamento ao longo do elemento estrutural formam a linha de deflexão. Por exemplo, um avião quando decola, suas asas defletem, como mostrado na Figura 2. Isso ocorre porque existe um carregamento transversal distribuído na estrutura (asa), que desloca a asa de forma semelhante ao que ocorre na Figura 1. • Aqui, achar uma função que descreve a deflexão é muito interessante. Além de conhecer os deslocamentos em qualquer ponto do elemento, podemos a partir deles conhecer também os esforços reativos, uma vez que estes valores estão fortemente relacionados entre si. Isto resolve as dificuldades que antes tivemos em resolver vigas hiperestáticas! Legal, não é?? • Já sabemos que nas vigas prismáticas submetidas à flexão pura, dentro do regime elástico, a curvatura da superfície neutra pode ser expressa como: 1 𝜌 = 𝑀(𝑥) 𝐸𝐼 onde: ρ = curvatura; M(x)= momento fletor; E= módulo de elasticidade;I= momento de inércia • Mas, eu estou te falando sobre momento na viga da Figura 1, que tem uma carga P em sua extremidade. O momento fletor é a multiplicação de uma força em uma distância perpendicular. Logo, 𝑀(𝑥) = −𝑃𝑥 Figura 1 Figura 2 2 • Sendo assim, a equação pode ser re-escrita da forma apresentada abaixo, onde o sinal negativo, neste caso, significa que a vida vai tender a ficar “triste” ou seja, com concavidade negativa. 1 𝜌 = − 𝑃𝑥 𝐸𝐼 • A inclinação e a deflexão da viga em qualquer ponto, pode ser obtida a partir da equação diferencial de segunda ordem, dada a seguir. A linha elástica representa a deflexão da linha longitudinal da viga e passa pelo centroide de sua seção transversal. A equação básica para a linha elástica de uma viga é mostrada abaixo. 𝑑2𝑢(𝑥) 𝑑𝑦2 = 𝑀(𝑥) 𝐸𝐼 • A linha elástica tem uma relação direta com o momento fletor. Se a viga estiver com a linha elástica sorrindo, o momento será positivo. Se a viga estiver triste, o momento será negativo, como mostrado na Figura 5. • Se você integrar esta equação, você irá obter θ, que é a inclinação, ou rotação, da viga. • Se você integrar mais uma vez, ou seja, integrar θ, você irá obter a deflexão da viga para qualquer ponto. • Toda integral indefinida (cálculo 1) possui constante de integração. As constantes de integração, que aparecerão no processo, serão determinadas a partir das condições de contorno, como mostrado nas Figuras 4(a) e4(b), por exemplo. • As condições de contorno definem o contorno do elemento. Assim, numa viga engastada, como mostrado na Figura 4(a), tem em x=0, deslocamento transversal e inclinação igual a 0. Analogamente, na Figura 4(b), nas coordenadas dos apoios articulados apenas os deslocamentos transversais são impedidos, e portanto iguais a zero. • Quando tivermos mais de um trecho na viga, cada trecho é um elemento, cujos contornos serão avaliados. Avaliando para cada trecho as condições de contorno, nas coordenadas de união dos elementos, os deslocamentos serão iguais para, assim, garantir a continuidade dos nós. Observe o ponto D da Figura 5! Figura 3 Figura 4 3 • A Figura 6 e 7 mostram as condições de contorno de diversos tipos de vinculos. Figura 6 Figura 5 4 Figura 7 • Caso haja um carregamento distribuído, como mostrado na Figura 8, a linha elástica pode ser encontrada a partir da seguinte fórmula: 𝑑4𝑦 𝑑𝑥4 = − 𝑤(𝑥) 𝐸𝐼 Figura 8
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