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Ricardo impetrou Mandado de Segurança com pedido de liminar impetrado contra ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Procurador-Geral do Banco Central do Brasil, que deixaram de nomear o impetrante para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil e teve a segurança denegada. Estudando sobre o caso, Ricardo entendeu que a jurisprudência da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça foi realinhada "para acompanhar entendimento firmado por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal que, dando provimento a recursos ordinários em mandados de segurança, em processos idênticos ao presente, afasta a ilegitimidade passiva do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e determina o prosseguimento dos mandados de segurança impetrados perante o STJ" (AgInt no MS 22.165/DF, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Primeira Seção, julgado em 24/5/2017, DJe 13/6/2017). No mesmo sentido: MS 22.813/DF, Rel. Ministro Og Fernandes, Primeira Seção, julgado em 13.6.2018, DJe 22.6.2018. O impetrante foi aprovado dentro do número de vagas previstas no edital de abertura do concurso público para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil. O certame previa originariamente 20 vagas, mais as que fossem criadas durante sua realização. Nesse ínterim foi publicada a Lei 12.253/2010, criando mais de 100 cargos de Procurador do Banco Central do Brasil. A Excelentíssima Senhora Presidenta da República autorizou a nomeação de mais 15 candidatos através da Portaria PGBC 70.425/2012, publicada no DOU de 23.4.2012, último dia de validade do concurso. O Supremo Tribunal Federal, em julgamento submetido ao rito da Repercussão Geral (RE 837.311/PI – Tema 784/STJ), firmou o entendimento de que o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada praticada pela Administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato, o que entendeu o STJ que não se afigurava no caso dos autos. Apesar de ter sido aprovado dentro do número de vagas, o STJ entendeu equivocadamente que ele não estava dentro do número de vagas e houve por bem denegar a segurança. Afastada a hipótese de embargos de declaração, apresente a peça processual cabível no caso concreto. PEÇA DE INTERPOSIÇÃO 1. ENDEREÇAMENTO: 2.QUALIFICAÇÃO DO RECORRENTE E ADVOGADO 3. FUNDAMENTO DO RECURSO + NOME: 4.QUALIFICAÇÃO DO RECORRIDO 5. INTIMAÇÃO DE PARTE CONTRÁRIA E REMESSA AO ÓRGÃO RECURSAL. 6. FECHAMENTO (LOCAL, DATA E ASSINATURA) RAZÕES DO RECURSO 1. ENDEREÇAMENTO: 2. RECORRENTE: 3. RECORRIDO: 4. RAZÕES DO RECURSO: 5. SÍNTESE DA DEMANDA 6. FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 6.1 – ASPECTOS PROCESSUAIS (CABIMENTO DO RECURSO (CLIA TRIP), E COMPETÊNCIA DO JUÍZO) 6.1.1 – EFEITO SUSPENSIVO? 6.2 – ASPECTOS MATERIAIS (CONSTITUCIONAIS, INFRA, SÚMULA E JURISPRUDÊNCIA) 7. PEDIDOS A) ADMISSIBILIDADE DO RECURSO + EFEITO SUSPENSIVO B) INTIMAÇÃO DO RECORRIDO (INTIMAÇÃO DO MP OU DA FAZENDA?) C) PEDIDO PRINCIPAL: PROVIMENTO DO RECURSO PARA REFORMAR OU ANULAR D) CONDENAÇÃO DAS CUSTAS, HONORÁRIOS E ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA? 8. FECHAMENTO (LOCAL, DATA E ASSINATURA) Tese – TEMA 161 STF O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: 1 - Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; 2 - Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; 3 - Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. § 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. § 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 . § 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º . Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º , aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. § 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade.