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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 1 Diabete� Mellitu� Ilhotas de Langerhans - Células Alfa produzem Glucagon (acionada em baixa síntese de glicose -> hiperglicemiante, hormônio da fome dependente de AMPc). Produz células L no intestino delgado e cérebro. Promove um aumento de glicose, glicogenólise, gliconeogênese e lipólise. Diminui lipogênese, glicogênese e glicólise. - Células Beta produzem Insulina (alta de glicose a aciona -> hipoglicemiante) - Células Delta produzem Somatostatina - inibe beta DM tipo 1 (DM1) 10% - causado principalmente pela destruição autoimune das células β pancreáticas -> e caracterizado pela deficiência absoluta de insulina. Lúpus Eritematoso Sistêmico ou doença correlata, erro inato do metabolismo. Já nasce comprometido. Predomina na infância e adolescência. Tipicamente, pacientes com DM1 têm índice de massa corporal (IMC) normal, mas a presença de sobrepeso ou obesidade não exclui o diagnóstico. Característica marcante é a tendência a cetose (CAD) e a invariável necessidade de insulinoterapia (insulinodependente). É associado ao antígeno leucocitário humano (HLA), Peptídeo C sérico baixo. Hiperglicemia devido a não retirada/uso da glicose por que têm uma ausência de insulina. Fisiopatologia DM1 O sistema imunológico fagocita ativamente o tecido ou células de tecido -> Tcd8 e Tcd4 gerem resposta imune importantes -> lise do tecido por gram enzimas que induz necrose -> cascata inflamatória amplifique muito -> lesão se estende. Autoanticorpos se ligam aos tecidos -> opsonização viam anticorpos e desencadeiam a citotoxicidade Patogênese do DM1. O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença imunomediada. Células B ativadas interagem com CD4 +, CD8 +, Células T e bem como células dendríticas (DCs). A apresentação de antígenos por células B e DCs através de MHC conduzem a ativação de células T cd4+ e cd8+ específicas de células β. Além disso, a exposição de células B e DC a autoantígenos de células β leva para a produção de autoanticorpos direcionados a ilhotas -> Célula β danificada e destruída, que servem os biomarcadores de doença assintomática. Setas tracejadas indicam as potenciais interações entre as células B e CD8 + Células T e entre células B e DCs. Os principais são os autoanticorpos anti ilhotas (ICA) e anti insulina (IAA), antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti GAD), antitirosinofosfatases IA 2 e IA 2b e antitransportador de zinco 8 (anti Znt8). BCR, receptor de células B; TCR, receptor de células T Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 2 Complicações metabólicas agudas Cetoacidose diabética (CAD) caracterizada por glucagon reduzido, hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica Fisiopatologia da CAD (cetoacidose diabética) lipólise tecido adiposo -> liberação de ácidos graxos e glicerol. ● Glicerol vai para fígado -> gliconeogênese, glicogenólise -> hiperglicemia -> hiperosmolaridade -> glicosúria -> desidratação -> necessidade de ingerir água -> polidipsia. ● Ácidos graxos livres -> aumenta cetogênese no fígado -> na liberação de corpos cetônicos (acetoacetato, beta hidroxibutirato e acetona) -> hipercetonemia e por fim, cetoacidose. proteólise do tecido muscular -> liberação de aminoácidos que no fígado -> gliconeogênese e glicogenólise -> hiperglicemia -> hiperosmolaridade -> glicosúria -> desidratação -> necessidade de ingerir água -> polidipsia. * A desidratação -> na diminuição da função renal -> hiperglicemia (contínua processo)…. Diagnóstico DM tipo 2 (DM2) 90% - caracterizado pela resistência periférica insulínica -> células betas não secretam adequadamente a insulina devido a fosforilação de forma equivocada ou há bloqueio de receptores de insulina -> não permite a translocação do transportador de glicose (GLUT4 - m.esqueléticos, cardíacos e tecido adiposo) obrigando organismo a utilizar lipídios para geração de energia. Predomina em adultos, idade > 30 a 40 anos, 80% obesos e 50% assintomáticos. Peptídeo C sérico normal ou elevado. Causada por obesidade, inatividade física, envelhecimento ou fatores genéticos. Causas: mutação no gene produz a proteína IRS, mutação no receptor de insulina ENPP-1, mutação no receptor de glicose GLUT4 (acúmulo de glicose extracelular) e excesso de gordura (quebra de gordura pela CAPN10 não é suficiente por estar sobrecarregada). Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 3 70-90% dos pacientes apresentam também a síndrome metabólica por fatores (dislipidemia, baixo HDL, obesidade abdominal - aumento de triglicerídeos, resistência insulínica, hiperglicemia, hiperinsulinemia e hipertensão). A síndrome hiperosmolar hiperglicêmica (SHH) é complicação aguda clássica DM2 e implica elevada mortalidade. Fisiopatologia DM2 - célula adiposa que produz alguns mediadores inflamatórios e anti inflamatórios como: adiponectina, ácido graxo, resistina, PAI-1, TNF alfa, IL-6 e RBP4 que aumenta a agregação plaquetária. - Aumento de gordura, lipotoxicidade, obesidade -> diminui adiponectina, aumenta resistina, PAI-1, TNF, IL6, RBP4 - TNF e IL6 presente tecido muscular e fígado -> fosforilação com receptor tirosina e serina -> estimulam o sítio da serina que vai ser fosforilado bloqueando a ligação de insulina - ácidos graxos ao serem capturados -> degradados -> DAG (diacilglicerol) -> fosforilação em serina -> bloqueando ligação insulina - mais ambiente inflamatório -> espécie reativa de oxigênio - ROS -> induzindo resistência à insulina Mecanismos de resistência à insulina. Em adipócitos -> resistência à insulina (também causada pelo aumento do receptor de insulina fosforilação de serina do substrato (IRS)) e inflamação levam à produção/liberação de ácidos graxos livres (FFAs) e citocinas pró-inflamatórias (IL6, TNF e resistina) que provocam resistência à insulina. As adipocinas sensibilizadores de insulina, como a adiponectina, por outro lado, melhoram a resistência à insulina. Além disso, a ligação ao retinol a proteína 4 (RBP4) aumenta e pode contribuir para a resistência à insulina. O inibidor 1 do ativador de plasminogênio (PAI1) não afeta a resistência à insulina, mas tem sido implicada em complicações da obesidade, incluindo aterosclerose acelerada e Diabetes tipo 2. Esses fatores contribuem para o acúmulo de metabólitos lipídicos tóxicos (diacilglicerol (DAG), ceramidas e acil-CoAs) em miócitos e hepatócitos, que prejudicam a sinalização da insulina (IRS-fosfatidilinositol e 3-quinase (PI3K)) e ativa as vias inflamatórias (JUN amino-terminal quinase (JNK), IκB quinase (IKK) que prejudica ainda mais a via de transdução do sinal da insulina. Disfunção mitocondrial predispondo ao acúmulo de DAG e ativação da proteína quinase C nuclear (PKC), bem como geração de oxigênio reativo espécies (ROS) e aumento do estresse do retículo endoplasmático (ER) exacerba ainda mais a resistência à insulina. FA, ácido graxo; mTOR, alvo mamífero da rapamicina; SOCS, supressores de sinalização de citocinas; TLR4, receptor 4 semelhante a Toll; TNFR, Receptor de TNF; UPR, resposta de proteína não dobrada; XBP1, proteína 1 de ligação à caixa X. Hiperglicemia -> açúcar elevado porque GLUT não funciona. Tecido adiposo -> lipólise aumentada (quebra lipídios -> ácido graxo e glicerol). Gordura -> aumento de ácidos graxos (FFA), diminuição de adiponectina e aumento de citocinas inflamatórias. Gliconeogênese aumentada no tecido pancreático devido a baixa secreção de insulina e aumento de glucagon pelas células alfas. Fígado com aumento de gliconeogênese devido a produção de glicose resultante da resistência insulínica. Músculo diminui sua captação de glicose. Rins aumentam a reabsorção de glicose e induz gliconeogênese. Intestino diminui secreção de GLP-1 (proteína semelhante ao glucagon do tipo 1 -> Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 4 exercer sinais de saciedade. Estimula secreção de insulina e como feedback, diminui secreção de glucagon). Cérebro resistência a insulina ao apresentar baixa saciedade. Complicações metabólicas agudas (DM2) Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar, caracterizadapor 1. hiperglicemia grave (>400) -> glicose na urina (glicosúria); 2. desidratação extrema; 3. hiperosmolaridade do plasma e 4. alteração do nível de consciência Fisiopatologia da Síndrome/Estado Hiperglicêmica hiperosmolar - gliconeogênese (produção de açúcar a partir de glicose não carboidratos) e glicogenólise (quebra do glicogênio hepático e muscular) -> aumento de volume de sangue circulante -> aumento de filtração glomerular -> hiperglicemia -> glicosúria (diurese osmótica) -> perda de água e eletrólitos -> desidratação -> perda de função renal e hiperosmolaridade a partir da redução de ingestão hídrica. Diagnóstico - mais comum em adultos, desidratação severa, osmolaridade plasmática > 320 glicemia entre 600-2.400mg/dl2. Coma mais frequente, sem hiperventilação e sinais e sintomas neurológicos muito comuns. SINAIS E SINTOMAS CLÁSSICOS No DM1 são mais característicos -> poliúria (muito açúcar -> água para vasos causando desidratação, baixa regeneração tecidual e aumentando fluxo de urina), polidipsia (sede), polifagia (fome), noctúria e perda de peso ou cetoacidose prévia. DM2 por serem assintomáticos ou oligossomáticos apresentam sintomas inespecíficos como tonturas, dificuldade visual (retinopatia, catarata), astenia e cãibras (neuropatia), excesso de peso. Mas, podem apresentar poliúria, polidipsia e polifagia. Hiperglicemia por: resistência insulínica, diminuição da utilização de glicose, ativação de gliconeogênese e glicogenólise. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS da DM1 e 2 neuropatia, retinopatia, complicações cardiovasculares, gastroparesia, nefropatia, complicações de origem metabólica/infecciosa. DIAGNÓSTICO: dosagem autoanticorpos contra antígenos célula beta e do peptídeo C EXAME LABORATORIAL -> glicemia aleatória/acaso > 200, glicemia 2h após sobrecarga oral 75g de glicose TOTG > 200, glicemia de jejum de 8h >126mg/dl2 ou HbA1C >6,5% (hemoglobina glicada mostra o comportamento do paciente) DM gestacional (DMG) - elevação de hormônios contrarreguladores da insulina (hormônio lactogênico placentário, cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina), causada por estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). Bloqueia insulina. Outros tipos específicos de diabetes - associados a síndromes ou condições clínicas identificáveis (endocrinopatias, diabetes induzida por fármacos e infecções). Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 5 Obesidad� Obesidade: doença metabólica crônica causada por uma complexa interação de ambiente, predisposição genética e comportamento humano. Está ligada a mecanismos que medeiam a resistência insulínica, entre eles, ácidos graxos livres (AGL), inibição da absorção de glicose, aumento da síntese do glicogênio e da oxidação de glicose. Apresenta-se com: IMC > 30 (obesidade I), circunf abdominal >80M e >90H . Tecido adiposo classificado em: tecido adiposo branco visceral (vWAT): não conseguimos queimar de forma eficiente -> produz muitas adipocinas. Quanto mais adipocinas -> mais inflamado. Produção de substâncias pró-inflamatórias. TA branco subcutâneo (sWAT) tecido adiposo marrom (BAT): melhor tecido, mas temos pouco. Se encontra ao redor da clavícula. Está associado à produção de subst anti-inflamatórias. O papel dos fatores derivados do tecido adiposo (adipocinas, citocinas e miRNAs) agem como hormônios na manutenção da homeostase energética nos tecidos, incluindo o cérebro, fígado e músculos. Mecanismos de expansão do tecido adiposo ingestão de açúcar e ácidos graxos -> dificuldade em realizar ativ física, metabolismo basal lento e termogênese Obesidade metabolicamente saudável/adaptativa - não acúmulo de gordura em outras partes do corpo. Aumenta gordura insaturada (peixe, óleo de nozes), gordura boa. Estoques acontecem por hiperplasia (aumento no número de células adiposas). Nessa condição, o tecido é capaz fazer perfusão sanguínea apropriadamente (angiogênese), Paciente aumenta de peso, mas adiponectina e omentina têm sensibilidade a insulina, atividade anti-inflamatória e anti-fibrótica suprimindo a produção hepática de glicose. Leptina: suprimindo a ingestão de alimentos e promovendo a lipólise. Obesidade completamente patológica - no tecido muscular temos gordura. Não hiperplasia, têm hipertrofia (gordura célula aumente de tamanho) -> não angiogênese -> sofrer sem oxigênio -> hipóxia, necrose e fibrose. Atividade inflamatória aumenta -> diminui adiponectina, aumento de leptina, resistina, PAI-1, TNF, IL6, RBP4 -> Aumento de lipídios de forma ectópica. Níveis séricos de triglicerídeos aumentados -> diabetes. Tipos de adipocinas - RBP4, proteína 4 de ligação ao retinol; ANGPT2, proteína 2 semelhante à angiopoietina; TNF, fator de necrose tumoral; IL, interleucina; MI, enfarte do miocárdio e secreted frizzled-related protein 5-SFRP5 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 6 leptina: hormônio exógeno, induz saciedade ao diminuir a fome e aumentar a atividade simpática -> aumento do gasto energético. Aumenta a sensibilidade à insulina e citocinas pró inflamatórias. resistina: pró inflamatória adiponectina: adipocina anti inflamatória. Indivíduo com aumento de peso fisiológico -> aumento de adiponectina. Reduz gliconeogênese hepática e aumenta sensib insulina. omentina: anti inflamatória, marcador de aterosclerose, pró-angiogênica, inibe a inflamação vascular, estimula angiogênese o que na obesidade fisiológica é garantida pela hiperplasia Ação das adipocinas no metabolismo energético Magro -> níveis aumentados de adipocinas anti inflamatórias como: omentina -> aumenta ingesta muscular de glicose, aumenta a sensibilização de insulina, captando-a, sensibiliza receptor no radical tirosina (nível adipócito). Adiponectina -> age nível hepático, m.esquelético e pâncreas. No fígado -> estimula a condição de bloqueio de gliconeogênese, esteatose hepática, fibrose e inflamação. No músculo -> aumenta a oxidação, a ingestão de glicose e aumenta a sensibilidade de insulina (queima gordura, capta glicose e mais insulina). No Pâncreas -> estimula a secreção de insulina aumentando a atividade células beta (proliferando) e suas funções (PROVA). Obeso -> 2 citocinas inflamatórias no tecido adiposo: leptina: aumenta a condição de insulina -> hiperinsulinemia -> hiperglicemia -> efeito rebote -> aumenta resistência a insulina -> lipodistrofia (aumenta gordura em tecidos ectópicos) resistina: inibe captura de glicose em tecido adiposo -> hiperglicemia -> aumenta a produção de glicose hepática -> gliconeogênese e aumento de resistência a insulina -> glicose não capturada -> hiperglicemia. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre 7 Ação das adipocinas no Sist. cardiovascular situação normal x disfuncional de acúmulo gordura gorda de forma saudável: hiperplasia com angiogênese -> citocinas anti inflamatórias -> perfil M2 de macrofagos -> atividade anti inflmatoria -> bloqueio de doenças cardiovasculares obesidade e diabetes: hipertrofia, sem angiogênese -> perfil M1 libera adipocinas inflamatórias -> aumento de ativação de plaquetas -> formando trombos -> doenças cardiovasculares
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