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Fisiologia do Sistema Ácido-Básico

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Fisiologia do Sistema Ácido-Básico 
MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE (EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO) 
• PRODUÇÃO DE ÁCIDOS POR DIVERSOS MECANISMOS: 
o Produção de CO2 
- Ciclo de Krebs 
- H+ + bicarbonato = H2O + CO2 
o Reações metabólicas 
o Ácidos não metabolizados 
• ELIMINAÇÃO DE ÁCIDOS: 
o Sistema tampão 
o Mecanismo respiratório 
- Age eliminando o CO2, “expirando → torna o meio mais básico” 
o Mecanismo metabólico 
- Os rins regulam a concentração de H+ do líquido extracelular por três mecanismos fundamentais: 
• Secreção de H+ 
• Reabsorção de HCO3- -  concentração de base, tornando o meio mais alcalino 
• Produção de novo HCO3- 
COMPLICAÇÕES DA ACIDEMIA 
• CARDÍACA 
o  do débito cardíaco 
o Maior risco para arritmias ventriculares 
o Vasodilatação arterial (gera diminuição de perfusão periférica) 
o  à resposta de drogas vasoativas 
• RESPIRATÓRIA 
o  da frequência respiratória (Mecanismo compensatório “feedback positivo”) → lavo Co2 
o  do esforço respiratório (leva a fadiga muscular → insuficiência na troca alveolar → hipoperfusão 
o  a afinidade de Hb-O2 
o Vasoconstrição pulmonar 
• RENAL 
o Maior demanda funcional (consumo de O2) 
o Hipercalemia ( potássio) 
o  da produção de amônia 
o Diurese osmótica 
 
 
HENDERSON E HASSELBALCH 
 HCO3 pH 
 PCo2  pH 
CONCLUSÕES DO SISTEMA TAMPÃO 
• Substratos de carga negativa que se ligam ao H+ (bicarbonato, proteínas plasmáticas e fosfato) 
• Capacidade de reter ou eliminar pCO2 e HCO3 
• Estabilização do pH 
• Tampão é qualquer substância capaz de se ligar de forma reversível ao H+. Dessa forma, o H+ livre se 
combina com o tampão formando um ácido fraco que pode permanecer como molécula associada ou se 
dissociar de volta para tampão e H+. 
ESTABILIZAÇÃO DO pH 
• Resposta de curto prazo → consumo das bases 
• Resposta de médio prazo → resposta pulmonar (bradipneia ou taquipneia) 
• Resposta de médio/longo prazo → metabólica “renal” 
DEFINIÇÃO 
• Exame no qual se coleta uma amostra de sangue arterial com a finalidade de estudar os componentes 
ácido-básico. 
INDICAÇÃO 
• Monitorização de distúrbios ácidos-básicos (pacientes críticos – ex.: lactato) 
• Determinar pO2 e pCO2 (ventilação mecânica) 
• Avaliar resposta terapêutica 
• Avaliação de intoxicações respiratórias (monóxido de carbono e metahemoblobinemia) 
Hipotermia + hipotensão + coagulopatia = tríade do paciente grave 
CONTRA-INDICAÇÃO 
• Relativas 
o Sítio de punção (infecção ativa/trombose, teste de Allen positivo) 
o Fenômeno de Raynaud ativo 
o Coagulopatia grave 
Interpretação 
I. AVALIA O PH 
II. IDENTIFIQUE O DISTÚRBIO PRIMÁRIO 
- Metabólico (HCO3) 
 
- Respiratório (PaCO2) 
III. DETERMINAR SE O DISTÚRBIO ESTÁ SENDO COMPENSADO 
IV. CALCULE O ÂNION GAP E CORRIJA SEU VALOR PARA A ALBUMINA 
V. CALCULE O DELTA/DELTA (no caso de AG aumentado) 
 
 
 pH PCO2 HCO3 BE 
ACIDOSE 
RESPIRÁTORIA 
< 7,35 > 45  Normal 
ALCALOSE 
RESPIRATÓRIA 
> 7,45 < 35  Normal 
ACIDOSE 
METABÓLICA 
< 7,35 Normal < 22 Negativo 
ALCALOSE 
METABÓLICA 
> 7,45 Normal > 26 Positivo 
 
Acidose Metabólica 
 
• Surge quando há um excesso de H+ não derivado do CO2 ou quando há perda de HCO3 para o meio 
externo (via urinária ou gastrointestinal). 
• A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de reduzir o CO2 
• Se a pCO2 estiver dentro da faixa esperada significa que está ocorrendo compensação, dessa forma, 
temos uma acidose metabólica COMPENSADA. Se estiver abaixo do valor mínimo esperado significa 
que está ocorrendo uma hiperventilação maior do que deveria 
Alcalose metabólica 
• A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de reter o CO2. Para avaliar essa resposta 
compensatória 
• Trata-se de um distúrbio primário no bicarbonato, o qual é responsável pela alcalinização do pH sanguíneo 
por se encontrar acima do limite da normalidade 
• É um quadro comum, principalmente em pacientes de UTI e configura-se como uma condição que possui 
relação direta com distúrbios hidroeletrolíticos como os do sódio, cloro, cálcio e do potássio – por exemplo, 
a alcalose metabólica resulta e/ou intensifica a hipocalemia e o inverso também é verdadeiro. 
 
• Suas manifestações podem ser extremamente prejudicais ao organismo. Dentre as principais, podemos 
citar: redução do débito cardíaco e do drive ventilatório, alteração da curva de dissociação da hemoglobina, 
piora da hipocalemia (K+ baixo) e da hipofosfatemia (P+ baixo) e aumento da mortalidade em pacientes 
críticos. 
Acidose Respiratória 
• Aumento da PCO2 
• Existe uma dificuldade de ventilação do paciente, isso leva a uma hipoventilação e, consequentemente, 
retenção do CO2. 
• A resposta compensatória neste caso é renal (retém HCO3 ou excreta mais ácido), com posterior 
elevação do HCO3 na gasometria. 
• Nos distúrbios respiratórios, avaliamos se o distúrbio é crônico ou agudo através da resposta compensatória. 
Nos distúrbios crônicos, observamos maior elevação de HCO3. 
• CAUSAS 
o Depressão centro respiratório 
o Lesão SNC 
o Doenças pulmonares (DPOC, pneumonia) 
Alcalose Respiratória 
• O paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o CO2, isto é, expulsando o CO2. 
• A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3. 
• CAUSAS 
o Intoxicação 
o Febre e infecção sistêmica 
o Dor severa 
o Ventilação assistida 
o Encefalite 
o Lesão SNC 
 
ESCOLHA DOS SÍTIOS DA PUNCAO 
• O procedimento pode ser feito nas ARTÉRIAS RADIAIS, BRAQUIAIS E FEMORAIS, dependendo das 
condições do paciente e da destreza de quem realiza o procedimento. 
• Prefere-se a artéria radial por ser mais superficial, fácil de ser localizada e passível de ser comprimida contra 
a estrutura óssea, além da existência da circulação colateral pela artéria ulnar e menor índice de 
complicações. 
• A artéria femoral é fácil de ser palpada em hipotensos, embora a arteriosclerose possa atrapalhar a punção 
 
MATERIAL 
• Principal: 
o Seringas de 3 e 5 mℓ 
o Heparina 10.000 UI/mℓ 
o Coxim (compressa dobrada ou enrolada) 
o Álcool 
o Duas agulhas de 26 ½ G 0,45×13 (insulina) ou de 22 ½ G 0,70×30 (cinza) 
o Recipiente com água gelada para acondicionamento da amostra 
• Assepsia: 
o Gazes estéreis 
o PVPI ou clorexidina 
o Luvas estéreis 
o Campo fenestrado esterilizado 
o Algodão 
• Anestesia: 
o Seringa de 10 mℓ 
o Lidocaína a 1% sem vasoconstritor 
• Curativo/fixação 
TÉCNICA 
• Colocar 0,5 mℓ de heparina na seringa de 3 mℓ. Apontar a seringa para cima, retirar o ar e a heparina. A 
heparina que ficar na agulha é suficiente para manter o sangue anticoagulado sem baixar o pH. O excesso 
de heparina pode alterar o resultado. 
RADIAL 
• Fazer a prova de Allen 
 
• Puncionar a artéria radial na altura do punho 
• Posicionar a mão do paciente espalmada para cima, mantendo o punho em extensão ampla, para facilitar 
a palpação da artéria 
• Palpar a artéria radial 
• Manter a posição com apoio sobre um coxim 
• Limpar a pele no local da punção com gaze embebida na solução antisséptica escolhida e colocar o campo 
fenestrado 
 
• Fazer um pequeno botão anestésico no local da punção 
• Palpar a artéria com a mão não dominante, com os dedos indicador e médio, enquanto a mão dominante 
empunha a seringa com agulha de 20 ou 21 G; ao encontrar o pulso, separar os dedos 
• A agulha deve entrar em direção ao pulso, fazendo um ângulo de 30 a 60° com a pele, para perfurar a artéria 
em posição oblíqua, facilitando, posteriormente, a hemostasia natural pelas fibras musculares da parede 
arterial 
FEMORAL 
• Colocar o paciente em posição de decúbito dorsal 
• Limpar a pele no local da punção com gaze embebida na solução antisséptica escolhida e colocar o campo 
fenestrado 
• Palpar o pulso femoral 
• Fazer um botão anestésico superficial no local da punção, com agulha de 25 G, permitindo várias tentativas 
sem produzir dor no local (opcional) 
• Palpar a artéria com a mãonão dominante, usando os dedos indicador e médio, enquanto a mão dominante 
empunha a seringa com agulha. Ao achar o pulso, afastar os dedos 
• Inserir a agulha, com a mão dominante, em um ângulo de 60°, entre seus dedos indicador e médio 
• Avançar a agulha em direção ao pulso palpado 
• Ao alcançar o lúmen da artéria, observar o fluxo sanguíneo no interior da seringa que, em geral, empurra o 
êmbolo: 
o Se a punção transfixar a artéria, a agulha deverá ser retirada vagarosamente, até que a ponta alcance 
o lúmen do vaso, quando se estabelecerá o fluxo sanguíneo 
o A aspiração vigorosa com o êmbolo favorece a entrada de ar na amostra e deve ser evitada. Quando 
necessário, aspirar o sangue suavemente 
CUIDADOS 
o Avaliação em até 15 minutos 
o Transporte em local adequado 
o Gasômetro calibrado 
o Hemólise 
o Coagulação 
o Diluição heparínica 
COMPLICAÇÕES 
• Dor e parestesia local e temporária 
• hematoma local 
• Sangramento 
• Maior gravidade para: 
o Laceração de vaso 
o Hematoma que não cessa inicialmente 
o Lesão nervosa

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