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Lista de Verif icação de Segurança Cirúrgi ca da OMS CIRURGIAS DE URGÊNCIA • Trata-se de uma urgência, portanto, não há como avaliar o paciente no pré-operatório. • Pode-se realizar a dosagem de gases sanguíneos, hematimetria, de eletrólitos e tipagem sanguínea. • Para melhores resultados nas cirurgias de urgência é preciso que se faça a correção dos distúrbios ácido- básicos e a reposição volêmica (se necessário). AVALIAÇÃO CLÍNICA • ANAMNESE o Colher bem aspectos da história e investigar ativamente queixas subjetivas (tolerância a atividades físicas, estado funcional e nutricional). o Interrogatório dirigido buscando causas/queixas de sangramento (epistaxe, sangramento gengival, hematomas, sangramentos prévios, histórico familiar de discrasias, alterações de função renal e hepáticas) AVALIAÇÃO LABORATORIAL • HEMOGRAMA - HEMATÓCRITO E HEMOGLOBINA o Prevenção de anemia pós-operatória e hipóxia tecidual (1,8% x 9%) o Determinar necessidade de transfusão pré-operatória o INDICAÇÃO - Intervenção de grande porte - Suspeita clínica de anemia - Insuficiência renal - Doenças neoplásicas - Esplenomegalia - Suspeita de infecção - Pacientes em radioterapia ou realizada recentemente - Idade superior a 40 anos • LEUCOGRAMA o Poucos achados em estudos com relevância no diagnóstico de patologias no pré-operatório o Algumas alterações nessa série não levaram à um maior risco operatório (exceto em doenças linfoproliferativas, com história prévia de leucopenia em decorrência de uso de medicações o Não recomendado solicitação de rotina antes do ato cirúrgico • TIPAGEM SANGUINEA o Todo procedimento cirúrgico de grande porte com possibilidade de perda sanguínea elevada • PLAQUETAS E COAGULOGRAMA o Anormalidade plaquetárias são raras (estudos evidenciam trombocitose > trombocitopenia) o Pouca repercussão no ato cirúrgico o Não recomendado de rotina em pacientes sadios o INDICAÇÃO - História de sangramentos anormais - Hepatopatas - Doenças neoplásicas e nas cirurgias vasculares, oftalmológica, neurológica ou utilização de circulação corpórea o Tempo de atividade de tromboplastina (PTTa) x Tempo de tromboplastina parcial (TPA) - Tempo de tromboplastina parcial ativada, PTTa, corresponde ao tempo gasto para ocorrer a coagulação do plasma recalcificado em presença de cefalina. O TTPA estará aumentado quando o paciente tiver deficiência de fatores da via intrínseca (fatores XII, XI, IX e VII) e de fatores da via comum (X, V, II e fibrinogênio) da cascata da coagulação. É o caso de pacientes com hemofilias A e B, doenças hepáticas, uso de anticoagulantes e deficiência de vitamina K, uma vez que os fatores II, IX e X dependem desta vitamina - O tempo de protrombina TAP é um teste para avaliar a via extrínseca e a via comum, ou seja, os fatores VII, X, V, II e o fibrinogênio. Assim, o tempo de protrombina estará aumentado em casos de deficiência de fibrinogênio e de qualquer um dos fatores mencionados anteriormente, em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, nas doenças hepáticas e deficiência de vitamina K, pois os fatores II, VII e X são dependentes desta vitamina. • FUNÇÃO RENAL o Importante preditor de complicações pós-operatórias o Complicações semelhantes a: diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio, angina leve e insuficiência cardíaca compensada (American Heart Association) o Baixa incidência de alteração laboratorial em exames pré-operatórios o INDICAÇÃO - Pacientes acima de 40/50 anos - Hipertensos, diabéticos - Portadores de insuficiência cardíaca ou coronária - Usuários de IECA, AINES regularmente - Cirurgias de grande porte. • ELETRÓLITOS o Baixa aplicabilidade de seus achados em alterações no ato cirúrgico o Relevância maior em insuficiência cardíaca, renal, diuréticos, digoxina e IECA (Solicitar nessas situações) o INDICAÇÃO - Pacientes em uso de diuréticos ou corticoides - Nefropatias, cardiopatias ou hepatopatias • GLICEMIA o Prevalência de diabetes em investigação pré-operatória baixa o Importante fator de complicações trans e pós-operatórias (Diabetes) o Não recomendado solicitação de rotina o INDICAÇÃO - para suspeita clínica de diabetes, obesidade ou diagnóstico prévio - Uso de hiperglicemiantes - Doenças pancreáticas - Uso de nutrição parenteral • EAS (Elementos anormais e sedimento urinário) o Variabilidade de achados entre 0,8 e 39% o Vários falsos positivos o Não deve fazer parte da rotina de exames EXAMES COMPLEMENTARES • ECG o Alterações do ECG varia de 18% a 78% o Alterações em onda Q pode levar a complicações pós-operatórias o Importante relação de alterações do ECG x idade o INDICAÇÃO - História e/ou anormalidades ao exame físico sugestivas de doença cardiovascular - Pacientes submetidos a operações intracavitárias, transplantes de órgãos sólidos, cirurgias ortopédicas de grande porte e vasculares arteriais - Alto risco de eventos estimado pelos algoritmos de risco pré-operatório - Presença de diabetes melito - Obesos - Indicado como exame de rotina para homens e mulheres acima de 40 e 50 anos, respectivamente; doenças coronarianas ou fatores de risco para tal (tabagismo, obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidemia) • RADIOGRAFIA DE TÓRAX o Não raros, são encontradas alterações em avaliações pré-operatórias o Anormalidades em: parênquima pulmonar, pleura, mediastino e região cardíaca o INDICAÇÃO - Paciente acima de 50/60 anos - Doença pulmonar, cardíaca, câncer, imunossupressão - Tabagismo (fumam mais de 20 cigarros dia) - Cirurgia torácica ou abdome superior • TESTE DE GRAVIDEZ o Considerado para todas as mulheres em idade fértil ou DUM superior a 04 semanas RISCO ANESTÉSICO – ASA RISCO CARDIOLÓGICO PARA PACIENTES EM PROCEDIMENTOS ELETIVOS (GOLDMAN) AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL – EQUIVALENTE METABÓLICO • A quantidade de METs pode ser estimada pelo teste ergométrico. Mas também podemos ter uma noção grosseira apenas questionando o paciente sobre atividades cotidianas. HEMODERIVADOS E TRANSFUSÃO • HEMOTRANSFUSÃO no pré-operatório: Baseados no valor sérico de hemoglobina o Hb < 7 → transfundir 01 concentrado em todos os perfis de pacientes o Hb < 8 → transfundir pacientes com doenças cardiovasculares ou pré-operatório de cirurgias ortopédicas (alvo limite = 10) • Avaliar porte e possibilidade de sangramento para definir reserva • Diferentes procedimentos precisam ser analisados individualmente (levar em consideração características do paciente) • TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS: o Trombocitopênicos - <50.000 para a maioria dos procedimentos - <100.000 procedimentos neurológicos ou oftalmológicos - Biópsia de medula óssea, punção lombar e broncoscopia o alvo é >20.000 DIETA E APORTE NUTRICIONAL • Determinar de maneira pré-operatória a possibilidade de desnutrição e prevenção de complicações. • Diferentes subtipos de desnutrição • Avaliação segundo a OMS baseada no IMC • De forma prática, como evitar cetose no pré-operatório: glicose • Gliconeogênese → no mínimo → 400kcal/dia Excelente > 7 Moderada > 4 < 7 Baixa < 4
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