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• PÓS-OPERATÓRIO: período do final do ato cirúrgico até o final do seguimento médico o Os cuidados na assistência ao paciente no pós-operatório são direcionados no sentido de restaurar o equilíbrio homeostático, prevenindo complicações. • Fundamental para evitar complicações • Reconhecimento de intercorrências • Garantir rápida recuperação e menor tempo de internamento • PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: primeiras 24h do procedimento • PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO: 1-7 dias • PÓS-OPERATÓRIO TARDIO: após o 7 dia de procedimento FATORES QUE MODIFICAM O PÓS OPERATÓRIO • Idade do paciente • Status prévio • Procedimento realizado • Presença ou não de intercorrências • Comorbidades • Entre outros PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DO STATUS IMEDIATO • Estado de consciência • Hidratação • Balanço hídrico • Condições de ventilação e oxigenação • Condições hemodinâmicas • Iniciar a medida do possível precocemente: o Deambulação o Reintrodução alimentar Complicações • Imediatas • Mediatas • Tardias • Diagnóstico precoce = Diminuição do tempo de internamento TIPOS DE COMPLICAÇÕES Respiratórios Os sinais e sintomas de complicações pulmonares incluem: aumento da temperatura, agitação, dispneia, taquicardia, hemoptise, edema pulmonar, alteração do murmúrio vesicular, expectoração viscosa e espessa. Atelectasia • Colapso dos alvéolos em porções do pulmão • + comum de causa respiratória • Primeiras 48h → 5º dia • Febre, taquicardia e taquipneia Broncoespasmo • exacerbação de DPOC, asma, alergia, medicamentosa • Apiração das vias aéreas • Tosse, sibilos, roncos e estridor Pneumonia • + comum após o 5º dia • Febre, leucocitose, infiltrado pulmonar e aumento da secreção • Microorganismos mais resistentes (gram negativos e S. aureus), polimicrobiota Embolia pulmonar • Relacionada com imobilidade • + comum em idosos, obesos, insuficiência vascular periférica e uso de anticoncepcional hormonal • Cirurgias pélvicas/ortopédicas Cardiovasculares IAM • Principal complicação relacionada com hipovolemia • Prevenção através de reposição volêmica Arritmias • Hipovolemia, acidose, distúrbios eletrolíticos Sistema urinário Débito urinário • Parâmetro de funções renais e cardiovasculares • Diminuição do débito relacionado à desidratação/hipovolemia Bexigoma • Consequência medicamentosa após raqui/peridural: sonda vesical de alívio (opióides) Digestivo Íleo paralítico • Distúrbio hidroeletrolítico • Manipulação de alça intestinal Vômitos • + comum nas primeiras horas de pós-operatórios • Realimentação precoce • intolerância medicamentosa Ritmo intestinal • Lentificado por: íleo paralítico, jejum prolongado. • Medicações podem: diminuir o ritmo, refluxo gastroesofágico ou alcalino (sonda nasogástrica) Dor no pós-operatório • Importância do controle álgico • Dificulta mobilização no leito • Diminui reflexo de tosse e consequente aumento de secreção • Hipoventilação Febre • Aumentos até 37,8ºC nas primeiras 48h (REMIT) • Primeiras 72h → atelectasia e pneumonite • Infecção pós-operatória → desnutrição, obesidade, uso de corticoesteróides, imunossupressão, infecção em outro sítio, citotóxico, diabete mellitus, hospitalização prolongada e doenças debilitantes/consuptivas (neoplasias) • 3º ao 6º dia → infecções relacionadas aos cateteres, urinária, incisional, peritonite e tromboflebites em membros inferiores Náuseas e vômitos • ⅓ dos pacientes apresentam após anestesia geral • Melhora com uso de corticóide após 20min da anestesia ou nos últimos 20min reduz 26% a incidência • Proporfol no lugar de anestésicos inalatórios • Procinéticos no pós-op como sintomáticos. Cuidados com ferida operatória • Não realizar abertura do curativo estéril nas primeiras 24h • Observar formação de hematomas • Analisar aspecto e presença de flogose • Observar conteúdo de drenos • Drenos que tem ação gravitacional devem ser mobilizados e retirados após 48h Infecção do sí t io cirúrgico (ISC) • Infecção ocorrida até 30 dias do ato cirúrgico ou 1 ano em caso de uso de material de síntese. INFECÇÃO SUPERFICIAL • Infecção envolvendo pele e/ou subcutâneo associado à: • Drenagem purulenta da incisão superficial • Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente (não são considerados resultados de culturas colhidas por swab) • A incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião na vigência de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor, EXCETO se a cultura for negativa • Diagnóstico de infecção superficial pelo médico assistente • Obs.: No caso de cirurgia oftalmológica conjuntivite será definida como infecção incisional superficial. • Abertura de sutura e limpeza diária, se não tiver sintomas sistêmicos → sem ATB INFECÇÃO PROFUNDA • Envolve fáscia e/ou musculatura associado à um dos sintomas: o Drenagem purulenta de origem mais profunda, porém sem contato com a cavidade o Deiscência parcial ou total da parede abdominal ou abertura da mas purulenta não de ferida pelo cirurgião, quando o paciente apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: temperatura axilar ≥ 37,8 °C, dor ou aumento da sensibilidade local, exceto se a cultura for negativa o Presença de abscesso ou outra evidência que a infecção envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperação, exame clínico, histocitopatológico ou exame de imagem • Tratamento: desbridamento extenso de tecido desvitalizado + antibioticoterapia ÓRGÃO/CAVIDADE • Infecção envolvendo qualquer estrutura que foi manipulada/aberta durante o procedimento associado à: o Drenagem de secreção purulenta através de dreno o Diagnóstico dado por um cirurgião o Cultura positiva de secreção ou tecido do órgão/cavidade obtido assepticamente o Presença de abscesso ou outra evidência que a infecção envolva os planos da ferida, identificada em reoperação, exame clinico, histocitopatológico ou exame de imagem o Diagnóstico de infecção de órgão/cavidade pelo médico assistente. o Obs.: - Osteomielite do esterno após cirurgia cardíaca ou endoftalmite são consideradas infecções de órgão/cavidade. - Em pacientes submetidos a cirurgias endoscópicas com penetração de cavidade, serão utilizados os mesmos critérios de infecção do sítio cirúrgico do tipo órgão-cavidade. • Achados: peritonite, febre e dor abdominal • Tratamento: punção guiada ou laparotomia para drenagem FATORES DE RISCO PARA ICS • Colonização prévia da ferida • Diabetes • Imunossupressão • Idade avançada • Desnutrição • Corpo estranho • Tabagismo
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