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Ludmila Violeta de Moraes REVISÃO GH E IGF-1: ▪ GH age principalmente nos músculos, fígado e cartilagens; ACROMEGALIA: ▪ Doença sistêmica crônica; ▪ Característica: produção excessiva de GH e do fator de crescimento semelhante a insulina-1, IGF-1; ▪ Quando não tratada pode aumentar a morbidade e diminuir a expectativa de vida; ▪ Principal causa: adenoma hipofisário produtor de GH (somatotrofina); ▪ A acromegalia é rara e muitas vezes subdiagnosticada; ▪ Igual frequência m homens e mulheres; ▪ Comum entre 30 e 50 anos; ▪ Diferença entre gigantismo e acromegalia: GH excessivo antes de fechar as cartilagens de crescimento (fusão epifisária) GIGANTISMO; ▪ GH em excesso após fechar as cartilagens epifisárias: ACROMEGALIA; ▪ Evolução insidiosa; 5-10 anos para aparecer os primeiros sintomas; ▪ GH em excesso: causa resistência insulínica, aumento de produção de glicose hepática; aumento de probabilidade de desenvolver DM; ▪ Estimula, também, a produção de IGF-1; ▪ IGF-1: sintetizado 80% no fígado, o restante em tecidos extra-hepáticos (osso, músculo, rim); ▪ IGF-1 participa do feedback diminuindo GH pela inibição do eixo e estimulando a somatostatina (inibe a liberação GH); ▪ IGF-1: presente em maior quantidade na puberdade, gestação e acromegalia. Também na adolescência tardia; ▪ Suprimida em pacientes com desnutrição, doença hepática, hipotireoidismo ou DM mal controlado; ▪ IGF-1: transportada pelo sangue ligada à proteína IGFBP-3, semelhante à insulina e GH dependente; ▪ Diagnósticos precoce: pode diminuir complicações cardiovasculares; respiratórias e neoplásicas. ETIOLOGIA: ▪ 98% adenoma hipofisário secretor de GH; ▪ RARAMENTE: hipersecreção hipotalâmica ou ectópica de GHRH 2%; ▪ Causas extra hipotalâmicas: tumores ectópicos, principalmente carcinoides brônquicos e neuroendócrinos pancreáticos (raríssimos); ▪ LEMBRAR: principal, mais comum 98% adenoma hipofisário secretor de GH. CLÍNICA: ▪ Insidioso; ▪ Sinais e sintomas: podem ser resultado da compressão do tumor sobre as estruturas adjacentes (cefaleia, distúrbios visuais ou hipopituitarismo); ▪ Exposição prolongada ao GH (aumento de extremidades, mãos e pés, alterações cutâneas, modificações fisionômicas e musculoesqueléticas). ▪ Osteoartrite, síndrome do túnel do carpo, apneia do sono, artralgia; ▪ Complicações: cardiovasculares, respiratórias, endócrinas, metabólicas e neoplásicas; ▪ Fisionômicas: alargamento do nariz, aumento dos lábios, crescimento exagerado Síndromes endócrinas Acromegalia Ludmila Violeta de Moraes da mandíbula com prognatismo (pode causar separação dos dentes); ▪ Macroglossia, aumento de arcos zigomáticos, fronte proeminente; ▪ PODE acontecer visceromegalias: língua, tireoide, coração, glândulas salivares, fígado, baço e rins; ▪ Hepatoesplenomegalia é rara. ▪ Geralmente o diagnóstico é feito de modo casual ou a partir das complicações: ex.: amenorreia. ▪ Acrocórdons: podem ser marcadores da existência de pólipos e neoplasias do cólon em acromegálicos. COMPLICAÇÕES: CARDIOVASCULAR: ▪ AVC, HAS, cardiomegalia, hipertrofia ventricular, arritmias; RESPIRATÓRIAS: ▪ Apneia do sono, narcolepsia (depressão dos centros respiratórios), hipoxemia, calcificação traqueal; ENDÓCRINAS: ▪ Hiperprolactinemia, hipopituitarimso, irregularidade menstrual, disfunção erétil; METABÓLICAS: ▪ Alta tolerância à glicose/DM; hipertrigliceridemia; hipercalcemia; hipercalciúria; REUMATOLÓGICAS: ▪ Artropatias em até 70% dos pacientes: leva a mobilidade reduzida, dor e deformidade física; mais afetado em ombro, joelho e quadril; pode levar ao aprisionamento de nervos o que explica a síndrome do túnel do carpo. Ludmila Violeta de Moraes PROGNÓSTICO: ▪ GH não controlada pode resultar em redução de 5 a 10 anos na expectativa de vida; ▪ Diagnóstico precoce é essencial para reduzir morbidade e mortalidade a longo prazo; ▪ Associada a cardiomiopatia é ainda mais grave; DIAGNÓSTICO: ▪ Avaliação de aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos; ▪ Dosagem basal de GH e IGF-1, níveis extremamente elevados dos dois confirmam a suspeita clínica; ▪ Caso contrário, Dosagem de GH durante o TOTG; RM de sela túrcica, radiografia de mãos e pés e, se suspeita de casos RAROS por produção ectópica de GHRH, dosagem dele + exames de imagens toracoabdominais; ▪ Secreção de GH basal é pulsátil, assim pode dar em níveis normais em pacientes com acromegalia e picos em pacientes normais, por conta da variação circadiana; ▪ Ficou estabelecido no consenso de Cortina 1999, posteriormente revisado e mantido: GH ao acaso < 0,4 µg/l, associado a IGF-1 normal, exclui diagnóstico, se ausência de fatores que influenciem na dosagem; ▪ Dosagem de GH durante o TOTG: GH >0,4 µg/l + IGF-1 aumentado para a idade; ▪ Raramente o GH durante o TOTG dá falsos negativos; ▪ Abaixo quadro do Lúcio Vilar com causas de falso-positivo e negativos; ▪ Dosagem de GHRH: GH e IGF-1 elevados, RM não mostre tumor na região hipotalâmica hipofisária; ▪ Exames de imagem: RM com contraste da hipófise, para avaliar o tamanho do tumor, pois geralmente a CAUSA é adenoma hipofisário secretor de GH; ▪ Avaliar relação do tumor com o quiasma óptico; em caso de macroadenomas, para avaliar a compressão do nervo óptico (ATENÇÃO); DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ▪ Níveis elevados de GH: observado quando deficiência do IGF-1 e de suas proteínas carreadoras; EX.: DM descompensado, cirrose, anorexia nervosa, AIDS, desnutrição etc.; ▪ Paquidermoperiostase: assemelhasse clinicamente, osteoartropatia hipertrófica primária ou síndrome de Touraine-Solente- Golé; genética; rara; Ludmila Violeta de Moraes Acromegalia REVISÃO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE HIPOTÁLAMO ADENO-HIPÓFISE GHRH -> GH GnRH -> FSH/LH TRH -> TSH CRH -> ACTH Dopamina Prolactina(inibe) CAUSAS • PRINCIPAL: adenoma hipofisário produtor de GH; DEFINIÇÃO • Excesso de GH na circulação; CLÍNICA • GH – Crescimento e síntese proteína (IGF-1); • Mudança no metabolismo energético (aumenta a resistência à insulina e lipólise) • Antes do fechamento da epífise: GIGANTISMO • Adultos: ACROMEGALIA - crescimento de extremidades, artralgia, alteração craniofacial, alargamento da mandíbula, crescimento do nariz, hipertrofia do ventrículo esquerdo, hiperglossia, apneia do sono, diabetes. • Risco aumentado de câncer colorretal e de nódulos de tireoide. DIAGNÓSTICO • Dosagem de GH e IGF-1 (fator de crescimento similar à insulina – molécula mais estável); • GH < 0,4 e IGF-1 normal p/idade -> DESCARTADO • GH > 0,4 e/ou IGF-1 aumentado p/idade -> TOTG (tentando suprimir) com dosagem de GH e IGF-1, se não suprimir a secreção de GH e de IGF-1 (+) -> RM de sela túrcica • Jejum prolongado aumenta GH TRATAMENTO • Cirurgia transesfenoidal (ouro), caso não melhorar, análogos de somastostatina para controlar a secreção de GH; • Antagonista do receptor periférico (pegvisomanto) de GH para controle de sintoma – dosagem sérica sempre aumentada. Fonte: medcurso. Ludmila Violeta de Moraes ▪ Hipercortisolismo; ▪ Causas: administração prolongada de corticoides – Síndrome de Cushing (SC) exógena ou iatrogênica; ▪ Hipercortisolismo endógeno; ETIOLOGIA: ACTH-DEPENDENTE: ▪ 71 a 80% dos casos; ▪ Também chamada de secundária; ▪ Fora da adrenal; ▪ ACTH ALTO; ▪ Hipercortisolismo por secreção excessiva de ACTH; ▪ 80 a 90% desses pacientes tem como causa o adenoma hipofisário secretor de ACTH (adenoma corticotrófico) – chamado também de Doença deCushing, que é diferente da síndrome, pois a síndrome manifesta sinais e sintomas sistêmicos e a doença refere-se ao adenoma; ▪ Doença de Cushing: predominância no sexo feminino, entre 20-40 anos, progressão lenta ▪ Demais casos: secreção ectópica de ACTH; ▪ RARO: do CRH; ▪ Tumores paraneoplásicos; ACTH-INDEPENDENTE: ▪ Pode ser chamado também de primário; ▪ Distúrbios adrenais primário são aproximadamente causa de 30% dos casos de SC, em contexto geral; ▪ Causados geralmente por um adenoma unilateral (em apenas uma das adrenais); ▪ Fácil visualização quando feito Tomografia computadorizada (TC) ou Ressonância (RM); ▪ Os carcinomas destacam-se como a principal causa; ▪ Outras causas podem ser: adenomas, hiperplasia adrenal micronodular bilateral. ESTADOS DE PSEUDO-CUSHING: ▪ Fenótipo clínico ou laboratorial parecido com o da síndrome + cortisol urinário 3 ou 4 vezes superior ao normal; ▪ Causas que podem levar a isso: depressão e etilismo, mais comuns, além da obesidade visceral. SINDROME DE CUSHING EXÓGENA/IATROGÊNICA: ▪ Uso crônico de glicocorticoides é a causa mais comum; ▪ Deve ser investigado e descartado para o diagnóstico do paciente; ▪ As manifestações podem aparecer após doses diárias que ultrapassem 7,5mg de predinisona, 0,75mg de Dexa. Ou 30mg de hidrocortisona; ▪ Pode ocorrer também por: uso contínuo e prolongado de preparações nasais de glicocorticóides (rinite alérgica); ▪ Em cremes e colírios também pode ocorrer o supracitado; ▪ Alguns medicamentos que inibem a metabolização hepática de Glicocorticóids pelo citocromo P450 são: fluoxetina, sertralina, itraconazol; ▪ Na síndrome causada pela supressão do eixo hipotalâmico hipofisário os níveis de cortisol sérico e urinário estão baixos, além do ACTH; ▪ Exceto no uso de hidrocortisona; ▪ Foto 1: SC secundária por automedicação crônica para rinite alérgica. ▪ Foto 2: SC secundária por uso de Trok (creme) para prevenir assadura; SÍNDROME DE CUSHING CÍCLICA: ▪ Motivo desconhecido; ▪ Paciente apresenta secreção de cortisol que pode remitir e voltar por meses, ou anos; ▪ Sintomas oscilam de acordo com o nível de cortisol circulante; HIPERCORTISOLISMO SUBCLÍNICO: ▪ Secreção autônoma de cortisol; ▪ Ausência de sinais e sintomas clássicos; Síndrome de Cushing Ludmila Violeta de Moraes ▪ Evidências laboratoriais presentes; SÍNDROME DE CUSHING DURANTE A GRAVIDEZ: ▪ Gravidez é rara em mulheres com Cushing; ▪ Gonadotrofinas são suprimidas; ▪ Se não tratada resulta em alta morbimortalidade materno-fetal; ▪ Diferente (atenção) do quadro geral, em gestantes a causa principal é tumor adrenocortical; ASPECTOS CLÍNICOS: ▪ A apresentação inicial da síndrome pode ser através de sintomas como: hiperglicemia, hipertensão, fraturas osteoporóticas e/ou distúrbios gonadais; ▪ Hipertensão e DM são problemas associados e que muitas vezes são os motivos iniciais da consulta com o médico; SINAIS E SINTOMAS: GERAIS: ▪ Obesidade ou ganho de peso; face de lua cheia (arredondada); fraqueza; “giba de búfalo” – aumento de gordura retrocervical. CUTÂNEA: ▪ Adelgaçamento da pele; pletora facial (face avermelhada); hirsutismo/alopecia; estrias violáceas/purpuras; acne; equimoses aos mínimos traumatismos ou espontâneas. GONADAIS: ▪ Irregularidade menstrual; diminuição da libido; disfunção erétil. NEUROPSIQUIÁTRICOS: ▪ Depressão; ansiedade; cefaleia; disfunção cognitiva. MUSCULOESQUELÉTICA: ▪ Fraqueza/ atrofia muscular; osteopenia ou fraturas; diminuição do crescimento linear em crianças; miopatia proximal principalmente em membros inferiores. METABÓLICOS: ▪ Hipertensão; intolerância à glicose; dislipidemia; esteatose hepática; nefrolitíase; alcalose hepática. ATENÇÃO: Equimoses espontâneas aparecem nesse caso por conta do adelgaçamento da pele e aumento da fragilidade capilar; A - Pletora facial e Fácies cushingoide (lua cheia) B – “corcova de búfalo” Ludmila Violeta de Moraes Legenda: hirsutismo. OBS.: Leiam as legendas das fotos. DIAGNÓSTICO: ▪ Deve-se descartar o uso de glicocorticoides, primeiramente; ▪ 1: confirmar hipercortisolismo; ▪ 2: descobrir a etiologia; ▪ Testes mais utilizados CONFIRMAR HIPERCORTISOLISMO: recomenda-se a utilização de pelo menos 2 desses testes; ▪ Teste de supressão noturna com 1mg de dexametasona: ✓ administra-se 1mg de dexa às 23h por via oral -> faz dosagem de cortisol sérico às 8h da manhã seguinte; ✓ a finalidade da dexametasona é suprimir o eixo hipotalâmico hipofisário e por consequência a secreção de ACTH por feedback negativo; ✓ caso na dosagem o cortisol seja elevado (>50nmol/l ou 1,8µg/dl) significa que ele não foi suprimido e a considera-se “anormal”. ✓ Caso haja dúvidas pode-se usar o de 2mg, com dosagem de 48hr. ▪ Dosagem de cortisol livre urinário (CLU): ✓ Amostra urinária de 24 horas; ✓ Coleta: segunda micção do dia até a primeira do dia seguinte; ✓ Reflete a quantidade livre de hormônio que circulou ao longo de um dia; ✓ Para ser considero resultado seguro, o nível deve estar 3x acima do normal; ✓ Deve-se considerar reação cruzada com glicocorticoides sintético; ▪ Dosagem de cortisol salivar no final da noite: ✓ A secreção do cortisol é caracterizada pelo ritmo circadiano; ✓ Os níveis mais altos são de 8 às 9h da manhã; ✓ E seu nadir (ponto de menor produção) mais ou menos meia-noite, na ausência do estresse; ✓ Nos pacientes com cushing endógeno esse ponto de menor produção não acontece; ✓ Parâmetro: > 130nmol/L pode demonstrar hipercortisolismo. ▪ DEFINIÇÃO DE ETIOLOGIA: podem ser testes basais, testes dinâmicos não invasivos e exames de imagem. ✓ Exames de imagem: RM de sela túrcica (sensibilidade 50 a 60% para microadenomas); Ludmila Violeta de Moraes ✓ TC: visualização de quase 100% de tumores produtores de cortisol das adrenais; ✓ TC + RM: de vários lugares do corpo para secreções ectópicas. Síndrome de Cushing DEFINIÇÃO • Hipercortisolismo; • Zona fasciculada -> cortisol • Ação permissiva às catecolaminas, regula sistema imune aumenta glicose; CARACTERÍSTICAS • Secundário/central ou dependente: • alto ACTH; • fora da glândula. • CAUSAS: tumor de hipófise (adenoma de hipófise produtor de ACTH) – Doença de Cushing: causa específica mais comum. • Pode ter câncer de pulmão, tumor neuroendócrino (síndromes paraneoplásicas). • Primário/ independente: • Localizado na adrenal; • BAIXO ACTH; • CAUSAS: adenoma de adrenal, hiperplasia, câncer. CLÍNICA • Hiperglicemia (gliconeogênese principalmente dos músculos periféricos); • Pode gerar HAS; • Obesidade visceral e braços e pernas finas; • Fraqueza proximal; • Estrias violáceas; • Face de “lua cheia”, gibosidade; • Acne; hipogonadismo; osteoporose. DIAGNÓSTICO • PASSO 1: excluir iatrogenia – tomando corticoide; • PASSO 2: rastreio – cortisol basal pós 1mg dexa – inibe o eixo. • Cortisol livre urinário de 24hrs. • Cortisol salivar a meia-noite. No final da noite tende a zero, se tiver aumentado hipercortisolismo; • 2 alterados = Cushing. • PASSO 3: dosagem de ACTH: • ACTH BAIXO: independente, problema na glândula -> TC de adrenais. • ACTH ALTO/ normal: ACTH dependente, problema fora da glândula -> RM de sela túrcica (+) Dç. Cushing, se for negativa investigar tumor paraneoplásico; TRATAMENTO • Tumor/hiperplasia adrenal: adrenalectomia uni/bilateral; • Doença de Cushing: cirurgia transesfenoidal • Tumor ectópico: depende da localização Ludmila Violeta de Moraes ▪ Produção diminuída de glicocorticoides e mineralocorticoides; ▪ Insuficiência Adrenal (IA) primária:distúrbio intrínseco adrenocortical – Doença de Addinson (DA); ▪ IA secundária: doença hipofisária ou distúrbio hipotalâmico; ▪ Para relembrar fisiologia adrenal olhar no capítulo de corticóides da apostila de farmacologia; DOENÇA DE ADDISON: ETIOLOGIA: crônica. ▪ Processos autoimunes, doenças infecciosas, granulomatosas e infiltrativas. Hemorragia e trombose adrenal, uso de alguns fármacos, adrenalectomia bilateral hiperplasia adrenal congênita e afins; ▪ Geralmente manifesta-se após destruição de mais de 90% do córtex adrenal; ▪ Autoimune: responsável por 60 a 90% dos casos; ▪ Infecciosa: tuberculose é a segunda maior causa. ▪ Hiperplasia adrenal congênita: deficiência de enzimas envolvidas na biossíntese do cortisol. INSUFICIÊNCIA ADRENAL SECUNDÁRIA: ETIOLOGIA: ▪ Causas adquiridas: uso crônico de glicocorticóides em doses suprafisiológicas; ▪ Inibem a secreção de ACTH e CRH; ▪ Sintomas surgem após suspensão brusca ou indevida do medicamento; ▪ Pode também estar associada a Síndrome de Sheehan: trauma, necrose hipofisária; ▪ Geralmente tem alguma doença autoimune tireoidiana associada; ▪ Causas congênitas: deficiência de ACTH; ▪ Resultando em mutações na POMC. QUADRO CLÍNICO: DOENÇA DE ADDISON: ▪ As manifestações estão associadas a deficiência de mineralocorticoides, glicocorticoides e androgênio adrenais; ▪ Para a manifestação clínica é necessário o comprometimento de pelo menos 90% do tecido do córtex adrenal; ▪ Geralmente gradual e progressiva; ▪ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ✓ Hiperpigmentação: achado mais comum, mais notada em áreas expostas ao sol ✓ Astenia; ✓ Fraqueza; ✓ Anorexia; ✓ Perda ponderal (pode chegar até 15lg); ✓ Distúrbios TGI; ✓ Hipotensão; ✓ Redução da libido e pilificação axilar e pubiana apenas em mulheres, pois os androgênios são produzidos principalmente nas adrenais; ✓ Vitiligo em 10 a 20% dos pacientes; ✓ Hipoglicemia grave, mais comum em crianças. Insuficiência Adrenal Ludmila Violeta de Moraes OBS.: as diferenças entre a secundária em relação a primária nas manifestações são: não há hiperpigmentação cutaneomucosa (ACTH encontra-se baixo), não estão geralmente presentes depleção de volume, desidratação, hipercalcemia e hipotensão. CRISE ADDISONIANA: ▪ Mais comum na primária; ▪ Exposição à estresse de infecções, cirurgia ou desidratação, falta de diagnóstico prévio ou tratamento inadequado; ▪ Pode ocorrer hemorragia adrenal bilateral (pior quadro). DIAGNÓSTICO: ▪ Além da avaliação dos sinais e sintomas citados; ▪ Exames laboratoriais: dosagem de cortisol sérico e ACTH plasmático basais, testes de estímulo para avaliação da reserva funcional adrenocortical; CORTISOL SÉRICO: ▪ Colhido entre 8 e 9h da manhã; ▪ Primeiro exame a ser solicitado; ▪ Valor normal: 5 a 25 µg/dl; ▪ Indivíduos normais: entre 10 e 15 µg/dl; ▪ Indicativo de IA primária/crônica/Addison: < 5 µg/dl; DOSAGEM DE ACTH PLASMÁTICO: ▪ Se, níveis reduzidos de Cortisol sérico; ▪ Somado a ACTH 2x acima do limite da normalidade indicativo de DA; ▪ Geralmente ACTH ultrapassa 100 pg/ml; ESTIMULAÇÃO RÁPIDA DE ACTH: ▪ Coleta de amostra para cortisol sérico; ▪ Estimula-se ACTH por um peptídeo sintético intravenoso; ▪ Dosa-se cortisol sério novamente após 30 e 60 min; ▪ Pico de cortisol < ou igual a 18-20 µg/dl confirma diagnóstico primário ou secundário; ▪ Para diferenciar entre 1º e 2º é com dosagem de ACTH plasmático; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ▪ Deve ser feito com as doenças que apresentam hiperpigmentação cutânea, distúrbios do TGI, fadiga crônica. TRATAMENTO: ▪ Deve ocorrer a reposição de glicocorticoides; ▪ Olhar na apostila de farmacologia PR2. NOTA: alterações bioquímicas D. Addison: hiponatremina e hipercalemia são as principais. Hipoglicemia leve a moderada. Na Insuf. Secundária não ocorre hipercalcemia, pois a camada responsável por essa parte no córtex da adrenal continua intacta. Ludmila Violeta de Moraes Doença de Addison DEFINIÇÃO • Hipocortisolismo; • Zona fasciculada -> cortisol • Insuficiência suprarrenal primária, por conta da destruição do córtex da adrenal ou falência na produção hormonal. CARACTERÍSTICAS ▪ Mais encontrada em mulheres; ▪ Diagnosticada geralmente entre 20 e 40 anos; ▪ Geralmente ocorre por conta da adrenalite autoimune; ▪ No caso da insuficiência suprarrenal secundária (não é addison), maior frequência pelo uso de glicocorticoides; CLÍNICA • SINAIS: Perda ponderal; hipotensão; • Hiperpigmentação: ocorre devido ao excesso de ACTH e outros componentes da POMC, podem ser achadas generalizadas ou nos lábios, gengivas, linhas da palma da mão, leito ungueal. • SINTOMAS: Astenia, náuseas, êmeses, diarreia, dor abdominal. DIAGNÓSTICO • Dosagem de cortisol sérico: menor que 10 é sugestivo e menor que 3 é quase patognomônico; • Estimulação de ACTH (mais importante) por cortrosina. Seguido de dosagem de cortisol Sérico, caso apresente um pico entre 18 a 20 confirma-se o diagnóstico de insuficiência adrenal; • Para diferenciar se é Addison ou insuf. Secundária solicitar ACTH plasmático. Em Addison ele vai estar elevado. TRATAMENTO • Crise aguda: hidrocortisona, 100 mg EV de 6/6 horas, durante 24 horas ou após a primeira dose de 100 mg começar infusão contínua de 10 mg/h. • Reduzir a dose para 50 mg EV de 6/6 horas, quando o paciente estabilizar. • Fludrocortisona conforme necessidade; • Manutenção do paciente: Prednisona 5-7,5 mg às 8h e 2,5-5 mg às 16h VO; ou hidrocortisona 15-20 mg às 8h e 5-10 mg às 16h VO. • Fludrocortisona 0,05-0,2 mg às 8h VO – necessária apenas na insuficiência adrenal primária. • Seguimento clínico: manter peso, PA e eletrólitos normais e o paciente assintomático. • Uso, pelo paciente, de cartão de identificação que informe que o paciente é usuário de glicocorticoide. • Duplicação da dose do glicocorticoide durante estresse (infecções, cirurgias etc.). HIPERPIGMENTAÇÃO 28 Ludmila Violeta de Moraes ▪ síndrome, conjunto de sinais e sintomas; ▪ Ocorre por conta do excesso de hormônio tireoidiano; ▪ O excesso de hormônio nem sempre é pelo hiper funcionamento da glândula, pode ser por conta de algum medicamento; ▪ Ocorre um “aceleramento” de todos os processos biológicos; ▪ Hipertireoidismo primário: o problema que causa o excesso hormonal está na tireoide; ▪ Hipertireoidismo secundário: problema no eixo hipotalâmico hipofisário; EPIDEMIOLOGIA: ▪ Mais comum em mulheres; ▪ DG é a causa mais comum; ▪ Mais comum em pessoas que fumam; ▪ Presente em 1% da população. CAUSAS: ▪ Tireoidite inicial; ▪ Doença de Plummer: nódulo não produtor de hormônio; ▪ Bócio multinodular tóxico: mais de dois nódulos produtores de hormônio; ▪ Doença de Graves (principal causa); ▪ Hormônio Exógeno. Fenômeno de JOD-BASEDOW: pessoa mora em uma área com deficiência de iodo; sua glândula vai estar ávida por iodo; se der remédio como Amiodarona (antiarrítmico), que contém 70% de iodo, a glândula vai captar tudo e causar um hipertireoidismo. Fenômeno de WOLFF-CHAIKOFF: pessoas que moram em locais suficientes de iodo e tomam iodo. Pode ou causar hipotireoidismo ou não influenciar. FISIOPATOLOGIA: ▪ H primário: Tireoide produz T3 e T4 em excesso e a hipófise diminui o TSH e TRH; ▪ H secundário: T4 livre alto e TSH alto. LABORATORIAL: ▪ T3 e T4 elevados; TSH baixo; ▪ Pela grande produção de hormônio a hipófise tenta compensar diminuindo o TSH. DOENÇA DE GRAVES: ▪ Forma mais comum de hipertireoidismo (80%); ▪ Autoimune; ▪ Mais comum em mulheres; ▪ Cerca de 50% dos pacientes tornam-se hipotireoideos ao longo do tempo por conta da destruição da tireoide; ▪ Comum familiares terem Graves ou Hashimoto; ▪ Prédisposição genética + fatores ambientais;▪ O TRAb (autoanticorpo) liga-se ao receptor do TSH na tireoide, estimulando-a a produzir mais do que o necessário; QUADRO CLÍNICO HIPERTIREOIDISMO: ▪ Queda de cabelo, unha finas, adelgaçamento da pele devido ao consumo da queratina; ▪ Pele mais aquecida, as vezes hiperemiada por conta da vascularização aumentada, aumento da sudorese; ▪ CORAÇÃO: débito cardíaco aumentada, Frequência Cardíaca aumentada, pressão sistólica tende a ser alta e a diastólica baixa, isso ocorre por conta do relaxamento da musculatura na tentativa que o oxigênio chegue às células e tecidos; ▪ Ansiedade, nervosismo, labilidade emocional; ▪ TGI: polifagia, perda ponderal, metabolismo intenso, aumento da motilidade intestinal. ▪ Tremor fino por hiperestimulação adrenérgica; ▪ Palpitação e taquicardia também são consequências do supracitado; ▪ retração palpebral por estímulo adrenérgico; Hipertireoidismo 29 Ludmila Violeta de Moraes DIAGNÓSTICO: ▪ clínica de hipertireoidismo + dosagem de TSH + T4 livre; ▪ TRAb é usado para acompanhamento do tratamento, ou em caso de dúvidas com o diagnóstico; ▪ RESULTADOS: ✓ Hipert. Clínico e laboratorial + bócio difuso = D. Graves; ✓ Sopro e Frêmito na tireoide = D. Graves; ✓ Orbitopatia = Graves; ✓ TSH normal + T4L normal = normal; ✓ TSH baixo + T4L alto = hipertireoidismo; ✓ TSH alto + T4L alto = hipertideoidismo secundário/hipófise; ✓ TSH baixo + T4L = hipertireoidismo subclínico, fase inicial do hipertireoidismo franco; ▪ ATENÇÃO: hipertireoidismo secundário ocorre por tumor que produz TSH, por isso, caso TSH + T4L seja alto é indicado uma ressonância; ▪ OBS.: hipertireoidismo primário também pode ser causado por hormônio exógeno. EXAME FÍSICO DA TIREOIDE: ▪ Deve ser feito em todo paciente independente da queixa; ▪ Tem como base inspeção, palpação e ausculta; ▪ Inspeção e palpação: definem forma e tamanho da glândula; ▪ Palpação: limite, consistência, volume, características da superfície, presença de nódulos; ▪ Em caso aumento: deve-se dizer se é global ou localizado; ▪ Pode ser feita por 3 manobras: - Abordagem posterior: ✓ Examinador atrás do paciente; ✓ Polegares fixos na nuca; ✓ Mão e dedos ao redor do pescoço; ✓ Pontas dos dedos indicadores e médios quase encontrando-se na linha mediana; ✓ Lobo direito palpado pela mão esquerda; ✓ Os dedos do outro lado afastam o esternocleidomastoideo; ✓ Inverte-se a ordem para o lobo oposto; - Abordagem anterior: ✓ paciente sentado ou em pé em frente ao examinador; ✓ polegares palpam a glândula; ✓ demais dedos ficam apoiados nas regiões supraclaviculares. (informações e fotos do Porto – não sei por que não tem imagem da palpação com o polegar) - Abordagem anterior com uma das mãos: ✓ mesma posição citada acima; ✓ percorre toda área correspondente a tireoide; ✓ flexão ou rotação discreta do pescoço para lado esquerdo ou direto relaxa o esternocleidomastoideo e facilita a palpação. OBS.: solicitar que o paciente realize deglutições “em seco” ajuda a caracterizar melhor os contornos e limites da glândula. EXAME FÍSICO GERAL: ▪ hipertireoidismo dois achados principais; 30 Ludmila Violeta de Moraes OFTALMOPATIA: ▪ nos olhos observar se: edema palpebral da conjuntiva; ▪ protrusão ocular (exolftalmia) – lembrar que exolftalmia não é = oftalmopatia; ▪ hiperemia e edema conjuntival; ▪ Manobras: fechar os olhos e a porção inferior da íris do paciente ficar a mostra - lagoftalmia; ▪ Solicitar ao paciente acompanhar movimentos do seu dedo com os olhos – paralisia evidente; ▪ Movimento de olhar para dentro geralmente é mais comprometido; ▪ A exoftalmia pode ser avaliada com um exoftalmometro; MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL: ▪ Lesões cutâneas na parte pré-tibial anterolateral da perna; ▪ Não se limita necessariamente a essa área; ▪ São brilhantes, vermelho acastanhadas e rugosas; ▪ Indolores; 5% dos pacientes com D. Graves. CINTILOGRAFIA: ▪ Usada apenas para hipertireoidismo; ▪ Para saber se é porque a tireoide está trabalhando em excesso ou se o hormônio foi jogado na circulação por uma tireoidite; Fácies basedowiana mixedema pré- tibial 31 Ludmila Violeta de Moraes ▪ diminuição dos hormônios da tireoide (T3 e T4); ▪ Elevação de TSH e TRH; ▪ 95% dos casos são primários, na tireoide; ▪ Hipotireoidismo central: ocorre geralmente por conta de traumas que lesam a hipófise, ex.: em cirurgias; nessa apresenta deficiência de TSH e TRH; ETIOLOGIA: ▪ Pode acontecer por perca de tecido da tireoide: ex.: hashimoto (destruição autoimune), tireoidites, iodo radioativos, cirurgias por conta de câncer, doenças infiltrativas (amiloidose e sarcoidose); ▪ Pode acontecer por defeito na glândula: deficiência de iodo, tireoide ectópica, drogas ricas em iodo podem fazer a glândula parar; HASHIMOTO: ▪ Mais comum em mulheres; ▪ Infiltração linfocitária -> rejeição da glândula -> destruição dos folículos; ▪ Maior risco: ✓ Acima de 60 anos; ✓ Doenças autoimunes da tireoide presentes no histórico familiar; ✓ Gênero; ✓ Outras doenças autoimunes como: AR e LES; ✓ Down e Turner: triagem de TSH anual; CLÍNICA: ▪ Lentificação dos processos biológicos; ▪ Sonolência; intestino preso; cabelo, unhas e pele ressecados e quebradiços; ▪ Diminuição do apetite; ▪ hipersensibilidade ao frio; astenia; ▪ irregularidade menstrual; amenorreia e metrorragia; ▪ bradicardia; diminuição do débito cardíaco (pode gerar lesão pré-renal); ▪ PA convergente; ▪ Pode haver bócio (geralmente pouco volumoso); ▪ Edema, pode ser expressivo nas formas mais graves, não depressível (sem cacifo); ▪ Hipotireoidismo franco: pulso lento, pequena amplitude, bulhas hipofonéticas e bradicardia; ▪ Os sinais e sintomas estão dentro de um espectro de gravidade, quanto maior a carência e duração, maia graves e numerosas alterações; ▪ Ganho discreto de peso (ATENÇÃO): acúmulo de glicosaminoglicanos e água nos tecidos; ▪ Hipoidrose = pouca produção de calor; SOLICITAR TSH EM QUEM? ▪ Como checkup em: idosos, histórico familiar com doenças presentes, DM1, dislipidemia (pode ser por conta da alteração na tireoide), depressão, pacientes que usam lítio e/ou amiodarona, bócio, gestantes. DIAGNÓSTICOS: ▪ Primário: TSH elevado + T4L baixo; T3 também encontrasse reduzido (não habitualmente dosado) ▪ Hipotireoidismo subclínico: TSH elevado isoladamente + T4L normal (pode ser o início do hipotireoidismo); ▪ H. central: TSH baixo + T4L sempre baixa; após a confirmação RNM de sela túrcica; Hipotireoidismo OBS.: Lembrar de duas características principais: lentificação generalizada dos processos metabólicos e acúmulo de glicosaminoglicanos no interstício de órgãos e tecidos. -> APÓS ISSO PODE-SE DEDUZIR O RESTO DAS MANIFESTAÇÕES. 32 Ludmila Violeta de Moraes ▪ no exame físico ao identificar um bócio deve- se: ▪ Na palpação deve-se buscar a borda inferior para a avaliação do bócio mergulhante; ▪ SINAL DE PEMBERTON: ✓ Pede ao paciente para levantar os braços durante 2min; ✓ Se for bócio mergulhante: a tireoide “mergulha” ainda mais no mediastino; ✓ O paciente sente tontura, fraqueza e sinais de congestão facial; ✓ Dependendo da intensidade: comprime os grandes vasos do pescoço e causa pletora facial (hiperemia); ✓ Pode causar estridor pela compressão da traqueia; ✓ Pouco intenso: apenas ingurgitamento dos grandes vasos. ▪ Para confirmaçãodeve-se dosar os hormônios tireoidianos; ▪ Necessário abordagem de cirurgião. Bócio mergulhante 33 Ludmila Violeta de Moraes ▪ produção de baixa quantidade fisiológica de testosterona e espermatozoides; ▪ PRIMÁRIO (hipergonadotrófico): ✓ diminuição níveis de testosterona e elevação das gonadotrofinas (LH e FSH); ✓ a disfunção está associada aos testículos; ▪ SECUNDÁRIO (hipogonadotrófico): ✓ Testosterona baixa + gonadrotofinas normais ou baixas; ✓ Disfunção associada a secreção insuficiente de gonadotrofinas – distúrbio hipotalâmico/hipofisário; ETIOLOGIA: PRIMÁRIO: ▪ Distúrbios congênitos ou adquiridos; ▪ Congênitas: síndrome de Kinefelter e o criptorquidismo; ▪ Adquiridos: doenças infecciosas (viral, AIDS), granulomatosas (tuberculose, hanseníase), medicamentos, lesões cirúrgicas ou traumáticas; SECUNDÁRIO: ▪ Vão resultar em deficiência de gonadotrofinas (LH e FSH) com consequente disfunção das células de Lydig; ▪ CONGÊNITAS: deficiência isolada de GnRH; deficiência múltipla de hormônios hipotalâmicos/hipofisários; aplasia ou hipoplasia hipofisária; defeitos na ação ou secreção de GnRH; defeitos na ação ou secreção de gonadotrofina; ▪ ADQUIRIDAS: traumatismo craniano pós cirurgia, pós irradiação; neoplasias; infarto hipofisário; doenças infiltrativas e infecciosas do hipotálamo e hipófise (sarcoidose, tuberculose, sífilis, abscesso); hipofisites... MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ▪ Dependem da época de início, velocidade de instalação, duração e gravidade da deficiência de testosterona; AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: ANAMNESE: EXAME FÍSICO: Hipogonadismo masculino 29 Ludmila Violeta de Moraes ▪ Avaliar altura, envergadura, peso, massa muscular, adiposidade; ▪ Pelos corporais; ▪ Examinar pênis e testículos; ▪ Pesquisar ginecomastia, galactorreia, hérnias, hidrocele e varicoceles; ▪ Campo visual; ▪ Rastreamento sugerido em pacientes com sinais e sintomas de hipogonadismo, osteoporose, fratura por fragilidade, antecedente de uso de esteroides androgênicos anabólicos, tratamento prolongado com medicamentos que afetam o metabolismo da testosterona; AVALIAÇÃO HORMONAL (extra, não precisa dar muita atenção): ▪ Dosagem de Testosterona Total (TT) sérica; ▪ Coleta entre 7 e 10h da manhã em jejum; ▪ Níveis diminuídos de T, repetir a dosagem em uma segunda amostra; ▪ Não pode ser feita no período de recuperação de doenças agudas, nem sob uso de medicamentos que interfiram nos valores; ▪ Testosterona total = livre + ligada a prot. Plasmática (SHBG); ▪ Testosterona livre deve ser dosada se as condições afetarem a SHBG; ▪ TT < 150 ng/dl (exemplo), muito baixa, não precisa da dosagem Testosterona Livre; REFERÊNCIAS: Medgrupo. Endocrinologia. Vol 1. São Paulo, 2022 Medgrupo. Endocrinologia. Vol 2. São Paulo, 2022 PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 8 ed. Rio de Janeiro, 2019. VILAR, Lúcio. Endocrinologia Clínica. 7 ed. Rio de Janeiro, 2020 GINECOMASTIA REDUÇÃO DE PELOS CORPORAIS 30 Ludmila Violeta de Moraes
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