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Doenças reumáticas - Terapia Nutricional

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Doença� reumática�
Reumatologia → estuda as doenças do tecido
conjuntivo e do sistema musculoesquelético
Doenças reumáticas ou reumatismo =
comprometimento do tecido conjuntivo e do
sistema musculoesquelético.
→ Mais comuns em adultos e idosos
→ O diagnóstico é feito através de um quadro
sindrômico (conjunto de sinais e sintomas e
alterações de exames laboratoriais ou de
imagens)
Osteoa�trit� (a�tr�s�)
→ Doença articular mais comum = desgaste
mais inflamação articular
→ Mãos, coluna, joelhos, quadris, 1ºMTT
(primeiro metatarso - joanete) = locais mais
atingidos
→ Incidência aumenta com a idade - pico 50
anos (mulheres mais que homens)
→ Quadro clínico = dor, rigidez, crepitação
(estalo) = muitos são assintomáticos.
→ Diagnóstico = clínico + imagem.
Fisiopatologia = doença degenerativa e
inflamatória → surgem em decorrência de
fatores genéticos e mecânicos (excesso de peso,
desalinhamento, sarcopenia e esforço
repetitivo)
→ Perda da homeostase (equilíbrio) = mais
degradação do que reparação da cartilagem.
Fatores que influem: idade, genética, fatores
mecânicos (AF, peso, desarranjos), inflamação
(aumento)
Medidas não farmacológicas são as principais
= educação, emagrecimento, musculação,
exercícios aeróbios sem impactos
Medicamentos = AINE, injetável (corticóide,
ácido hialurônico tem pouco benefício),
condroprotetores (fitoterápicos e
nutracêuticos), cirurgia
Nutraceuticos = alto custo, evidência fraca de
eficácia, risco de efeitos adversos. Não são
recomendados de rotina.
Terapi� Nutriciona�
→ A obesidade está relacionada com
artroplastia de joelho e quadril → redução do
peso é recomendada para diminuir a
inflamação crônica e a velocidade de
progressão da doença.
→ AGPI = atuam na redução de eicosanóides e
citocinas pró-inflamatórias, assim como as ROS
e N2 → recomendado o aumento da ingestão
de fontes alimentares ricas em ô-3, consumo de
1 ou 2 porções de peixes por semana.
→ Nutrientes antioxidantes = vitamina C, selênio
(melhora dos sintomas e progressão da doença
→ peixes, carnes, castanha-do-brasil), zinco,
vitamina D e vitamina K.
→ Vitamina K = podem contribuir para REDUZIR
progressão da doença;
- ingestão adequada por meio do
consumo de vegetais verdes como
espinafre e brócolis.
Lúpu� Eritemat�s� Sistêmic� (LES)
→ Doença inflamatória crônica, autoimune de
etiologia desconhecida
→ Idade fértil, afrodescendentes, mais em
mulheres
→ Pleomórficas (diversas manifestações) =
cutânea, articular, renal, CV, pulmonar,
hematológica, SNC.
→ órgãos mais afetados: pele, articulações e
sangue.
Diagnóstico = autoanticorpos (FAN) + sinais e
sintomas típicos
→ Períodos de exacerbação (atividade da
doença) e de remissão (ausência da doença).
Fisiopatologia = ativação dos linfócitos B e T
após eventos com grande apoptose celular em
indivíduos com disfunção genética na via do
IFN-1. Linfócitos B ativados levam a formação
de autoanticorpos, onde formam
imunocomplexos e ativam a cascata
inflamatória.
- genética, hormônios (estrógeno - papel
imunomodulador), ambiente (luz UV:
apoptose, tabagismo, medicamentos),
infecção (epstein-barr (EBV),
citomegalovirus, COVID, mycobacterium
tuberculosis).
→ Exposição solar é um gatilho para estimular
(entrar em atividade) a doença no paciente.
Não estimular exposição solar, e se a vitamina D
estiver baixa, suplementar.
Autoantígenos → autoanticorpos →
imunocomplexos (AC + ANTIGENO) →
inflamação
Tratamento = educação, grupos de apoio,
cuidados: proteção luz UV, tabagismo, infecção,
alimentação, multidisciplinar, anticoncepção.
Farmacológico = antimaláricos
(hidroxicloroquina), corticoide: menor dose
possível, imunossupressores: azatioprina,
metotrexato = proibido na gestação
Tratar as comorbidades: osteoporose,
depressão, HAS, dislipidemia, DCV.
Terapi� Nutriciona�
→ Restrição de carboidratos e calorias e o uso
de suplementos (vitaminas, minerais e
polifenóis) → estratégia para controlar a
resposta inflamatória. Os suplementos podem
exercer efeitos profiláticos com pouco ou
nenhum efeito colateral.
→ A restrição calórica está associada
com a redução da atividade da doença.
→ Oferta adequada de carboidratos e fibras
para otimizar o controle glicêmico → já que o
uso de corticoide pode levar ao ganho
excessivo de peso.
→ AGPI = essenciais para esses pacientes → ô-3
= EPA e DHA = associados a redução do nível de
mediadores inflamatórios.
→ Proteínas = ingestão moderada, evitar dieta
hiperproteicas
→ A dieta é estratégia coadjuvante, não deve-se
substituir o tratamento convencional.
A�trit� reumatoid� (AR)
→ Doença autoimune, crônica e de etiologia
desconhecida. Mais comum em mulheres.
→ Caracterizada pela inflamação das
articulações
Quadro clínico: inflamação articular de
diversos locais como mãos, punhos, cotovelos,
ombros, joelhos, quadris e pés = poliartrite,
rigidez >1hora → erosão e deformidades.
Extra = pulmão, olhos
Diagnósticos: sinais e sintomas +
autoanticorpos (FR) + inflamação (VHS/PCR).
→ Fisiopatologia = não é totalmente conhecida,
mas, os fatores genéticos e ambientais tem
interferência.
- Fatores ambientais (tabagismo,
periodontite, dieta ocidental, outras
infecções), predisposição genética,
doença (inflamação TNF-a, IL-1, IL-6),
artrite e erosões, danos sistêmicos.
→ Tratamento não farmacológico é muito
importante; alimentação tem muitos benefícios.
Farmacológico = corticoide, imunossupressores
e biológicos
Terapi� Nutriciona�
→ A dieta tem papel importante no tratamento,
atuando nos processos inflamatórios, de
imunidade e de estresse oxidativo.
→ AGPI ô-3 → por meio do consumo de óleo de
peixe tem se mostrado com bom potencial
anti-inflamatório. O consumo pode ser benéfico
atuando na redução da dor e rigidez matinal,
assim como redução na atividade da doença e
da inflamação.
→ Azeite de oliva = efeito benéfico (devido ao
alto teor de AGMI, polifenóis e vitamina E,
atuando como compostos anti inflamatórios e
cardio protetores); consumo de 2 a 3
porções/dia;
→ Nozes = ricos em AGMI e minerais
antioxidantes → consumo de cerca de 30g tem
efeito benéfico.
→ Produtos lácteos = possuem altas
concentrações de AGCC → possuem efeitos
benéficos para manutenção do bom
funcionamento do sistema imune.
→ Frutas = consumo de 5 porções/dia →
preferência para frutas vermelhas e cítricas
(ricas em antioxidantes) e vegetais de folhas
verdes. Atenção para o tomate pois foi
associado a piora dos sintomas da doença.
→ Dietas = mediterraneo, vegetarianas e
veganas (características anti-inflamatórias)
apresentam melhora na dor.
Got�
→ Artropatia inflamatória decorrente da
formação de cristais de urato monossódico.
→ Doença reumática metabólica
Quadro clínico = monoartrite (inicial) (uma
artrite inflamada, geralmente no pé), podagra, (1
MTT).
Hiperuricemia além da gota = cálculo renal, SM
e DCV.
Fisiopatologia = ácido úrico (produto final do
metabolismo das purinas) começa a se
acumular na forma de tofos (nódulos indolores),
estágio conhecido como gota tofácea crônica.
→ Nem todo paciente com hiperuricemia vai
apresentar gota = é necessário que tenha a
formação e depósito dos cristais de urato
monossódico.
AU = tem ação antioxidante, mantém a PA alta
em condições com baixa ingesta de sal,
neuroprotetor
Deve-se ter atenção aos níveis e ao excesso:
7mg/dL
Acúmulo de AU = aumento da produção e
diminuição da excreção.
Aumento na produção de AU = dietas,
neoplasias, psoríase, obesidade, s. de down
Diminui a excreção = DRC, obesidade,
hiperparatireoidismo
Prevenção: meta AU<6mg/dL
A dieta é fundamental, mas sozinha não
consegue controlar a AU.
Terapi� Nutriciona�
→ Dieta adequada ajuda na prevenção de
novas crises = evitar o consumo excessivo de
alimentos ricos em purinas (sardinhas, frutos
do mar, carnes, embutidos, miúdos, aves,
leguminosas) → não deve-se fazer dieta pobre
em purinas por longos períodos pois pode levar
a consequências cardiometabólicas. O
consumo deve ser adequado.
→ Padrões alimentares benéficos = maior
ingestão de vitaminas, minerais, fibras e AGI
→ Usar com moderação = carne vermelha,
manteiga,doces, peixe = sempre aliado ao
exercício físico e controle do peso.
Fibromialgi�
→ Síndrome dolorosa crônica = dor difusa e
crônica, distúrbios do sono, fadiga e outros
sintomas.
Diagnóstico: pontos dolorosos ou questionário:
pontos dolorosos + sintomas
Fisiopatologia = desequilíbrio entre
neurotransmissores que inibem noradrenalina,
serotonina, dopamina e receptores opióides e
exacerbam a percepção da dor (substância P,
glutamato). A causa é desconhecida, mas,
fatores genéticos e ambientais como trauma
físico ou psicológico, distúrbios do sono,
infecções, doenças crônicas em geral podem
contribuir.
Nociceptiva = dor localizada, aguda
Neuropática = dor em queimação, parestesia
Nociplástica = alteração da percepção
(sensibilização central)
Tratamento: Atividade física (melhores
evidências - começar devagar, progressão
gradual; dieta e controle do peso), tratamento
não farmacológico é o principal.
Terapi� Nutriciona�
→ Dieta e exercício físico = tratar e prevenir
sobrepeso e obesidade → podem agravar os
sintomas.
→ Dietas com baixas calorias = redução do
peso, melhora na qualidade de vida, diminuição
da dor, melhora do sono e dos parâmetros
inflamatórios.
→ Avaliar o consumo na dieta dos BCAA
(leucina, isoleucina e valina).
→ Azeite de oliva = benéfico para diminuir o
estresse oxidativo, melhora os marcadores de
risco cardiovascular.
→ Vitamina D (< 20ng/mL) = pode estar
associado a sintomas de dor, depressão e
ansiedade → suplementação de vitamina D
pode apresentar alívio desses sintomas,
principalmente em pacientes que têm
deficiência.
→ Dietas veganas e vegetarianas = melhora nos
parâmetros bioquímicos, peso, dor, qualidade
do sono e de vida → essas dietas possuem boas
quantidades de alimentos com ação
antioxidante e fibras
→ Dieta com redução de FODMAP = melhora no
escore de gravidade da doença, depressão,
qualidade do sono e sintomas do TGI.
Osteopor�s�
→ Doença caracterizada por baixa massa óssea
e deterioração da microarquitetura, com
aumento do risco de fraturas.
Quadro clínico: assintomático, porém,
apresenta sintomas de fratura.
- Redução de altura >2cm no último ano e
>4cm em relação ao basal sugere fratura
vertebral .
Fatores de risco não modificáveis: sexo
feminino, cor branca, menopausa, idade >60
anos e HF de fratura ou osteoporose).
Fatores de risco modificáveis: tabagismo,
etilismo, baixa ingestão de cálcio, sedentarismo,
BP.
Diagnóstico (>50 anos) = através da
densitometria óssea
Fisiopatologia = envolve o equilíbrio entre os
osteoblastos (formação óssea), osteoclastos
(reabsorção óssea) e osteócitos (orquestram a
função dos osteoblastos e osteoclastos).
Terapi� nutriciona�
Tratamento = cessar tabagismo, limitar álcool;
atividade física, prevenção de quedas.
Cálcio = nutriente importante para a saúde
óssea; importante se atentar para o consumo
de produtos lácteos - fonte de proteína e cálcio
- 3 porções/dia (seguro e apresenta benefícios)
- evitar suplemento de cálcio, preferir a
adequação por meio da alimentação.
Atenção para os quelantes de cálcio.
Cafeína = até 400mg/dia - dose segura para
adultos saudáveis → menopausa = consumo
menor que 300mg/dia (3 xícaras).
Vitamina D = atua em conjunto com o cálcio
Vitamina K = essencial para formação do osso**.
Só a dieta não adianta. É fundamental mas
sozinha não se trata, tem que ser atrelado ao
medicamento.

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