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TICS aplicadas à alfabetização

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Disciplina: TICs aplicadas à alfabetização 
Autores: M.e Wanderlane Gurgel do Amaral 
Revisão de Conteúdos: Esp. Irajá Luiz da Silva 
Revisão Ortográfica: Murillo Hochuli Castex 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
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Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
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Wanderlane Gurgel do Amaral 
 
 
 
 
TICs aplicadas à alfabetização 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
AMARAL, Wanderlane Gurgel do. 
TICs aplicados à alfabetização / Wanderlane Gurgel do Amaral – Curitiba, 
2018. 
38 p. 
Revisão de Conteúdos: Irajá Luiz da Silva. 
Revisão Ortográfica: Murillo Hochuli Castex. 
Material didático da disciplina de TICs aplicados à alfabetização – 
Faculdade São Braz (FSB), 2018. 
 ISBN: 978-85-5475-253-8 
 
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comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
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grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 1 – As tendências das Tecnologias da Informação e Comunicação e 
as competências da Base Nacional Comum Curricular 
 
Apresentação da aula 1 
 
Nesta aula a abordagem será sobre as tendências das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TIC) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Serão contextualizados nos dias contemporâneos a alfabetização e 
letramento utilizando as TICs como ferramentas. Nesse sentido, não falar da 
BNCC é praticamente impossível, uma vez que esse documento traz em sua 
composição dez competências essenciais e, dentre elas, duas tratam 
especificamente das tecnologias no contexto educativo. 
Primeiramente, devemos entender o que são essas competências, para 
em seguida compreender as tendências das tecnologias na alfabetização e 
letramento. 
 
1.1 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.pedagogica.com.br/wp-content/uploads/BNCC-1000x666.jpg 
 
A BNCC é talvez o assunto mais discutido atualmente nas escolas 
públicas e particulares. Trata-se de uma base nacional para currículos, ou seja, 
ela não é um currículo e sim, um conjunto de orientações que norteiam as 
equipes pedagógicas na elaboração de seus currículos. Para entendermos 
melhor, a Base indica dez Competências Gerais, que determinam os 
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais, que todos os 
 
6 
 
estudantes, independentemente de onde moram ou estudam, devem 
desenvolver em todas as etapas da educação básica (SAE DIGITAL, 2018). 
Ao elaborar os currículos, as escolas devem focar nesses quatro 
elementos. Para isso, é preciso saber que a educação integral na BNCC 
contempla todas as dimensões do desenvolvimento humano, que envolve: o 
cognitivo, o acadêmico, o intelectual, o físico-social, o emocional e o cultural. 
 
Importante 
Educação integral na BNCC não é o mesmo que Educação em 
tempo integral. 
“Para a pretendida formação, que realmente promova as dez 
competências, a BNCC propõe uma Educação Integral que 
realize uma articulação entre as formações cognitivas e as 
socioemocionais, ou seja, que promovam o desenvolvimento de 
estudantes sem que a qualificação intelectual não se separe, 
por exemplo, da promoção de autoestima, do respeito recíproco 
e da responsabilidade social. Fica clara, portanto, a distinção 
entre Educação Integral e educação em tempo integral”. 
(MENEZES, 2018, p. 17). 
 
 
Esses conhecimentos, habilidades e atitudes não são os mesmos 
trabalhados no mundo corporativo, pois esses devem preparar o estudante para 
a vida do século XXI. Ou seja, não adianta saber os conteúdos se os estudantes 
não tiverem habilidades para aplicá-los na prática e se não tiverem atitudes para 
transformá-los em elementos realmente significativos. 
É nesse cenário que entram as dez competências gerais, que são um 
conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, conectados com os desafios 
que o mundo contemporâneo oferece e que devem ser desenvolvidos pelos 
estudantes. Para Pennido (2018, s/p.), “não adianta desenvolvermos nos 
estudantes a capacidade de ler e escrever se eles não sabem ouvir, nem 
expressar suas ideias com clareza”. 
 
7 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre a Base Nacional Comum Curricular, 
acesse o site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. É 
importante que você leia toda a base para entender e 
contextualizar o seu aprendizado. 
 
 
1.1.1 As dez competências gerais 
 
As dez competências gerais devem ser utilizadas em todas as etapas da 
educação básica, que são: educação infantil, ensino fundamental e ensino 
médio. Como dito anteriormente, elas tratam das dimensões do desenvolvimento 
humano e devem ser pulverizadas em toda a BNCC. Assim sendo, cada área do 
conhecimento e cada componente curricular tem competências específicas que 
contribuem para o desenvolvimento dessas competências gerais, configurando-
se como habilidades que vão conter todos os sub-elementos. 
Enfim, as competências não estão restritas a um componente curricular 
especificamente e devem estar transversalizadas nos vários componentes 
curriculares, nas diversas áreas do conhecimento. Nesse sentido, são 
capacidades que precisam ser desenvolvidas ao longo de todo o processo da 
educação básica, principalmente as competências de autoconhecimento, 
autocuidado, colaboração, capacidade de gerar emoções. 
Para que seja aplicada no cotidiano, é mais importante observar o tipo de 
prática pedagógica que se traz para a sala de aula e o tipo de relação que se 
estabelece entre professor, estudante e a direção da escola, do que 
propriamente aulas expositivas. A proposta pedagógica deve subsidiar práticas 
e vivências, oportunizando aos estudantes condições desafiadoras, provocando-
os ao longo do processo, podendo fortalecer suas características e capacidades 
trazidas como conhecimentos prévios. 
Enfim, as dez competências na BNCC fazem um convite aos educadores, 
aos especialistas em currículo, para pensarem em práticas pedagógicas, 
interdisciplinaridade, atividades participativas e que ofereçam aos estudantes 
oportunidades para eles desenvolverem o seu intelecto, seus conhecimentos 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
 
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acadêmicos, bem como aprimorarem efetivamente todos os seus potenciais e 
todas as suas dimensões e, assim, estarem melhor preparados para um mundo 
que os desafie também para sua atuação como membro ativo da sociedade. 
Menezes (2018, p.13) diz que: “as Competências são qualificações que 
se complementam no decorrer da vida escolar, não necessariamente em cada 
etapa”. Ou seja, elas indicam o que os estudantes serão
capazes de realizar 
embasados em sua educação e, assim, em sua vivência escolar. 
Após essa compreensão, vale verificar as dez competências descritas na 
BNCC. 
 Competência 1: se refere aos conhecimentos humanos, ou seja, 
“compreender e explicar a realidade natural e social, a partir dos 
conhecimentos adquiridos, colaborando para a solidariedade (MENZES, 
2018, p.13). 
 Competência 2: Pensamento científico, crítico e criativo. É a capacidade 
de ter a curiosidade de investigar a realidade, os fenômenos das coisas, 
da vida, porém, sempre com a capacidade de questionar. Terem 
criticidade para partirem da investigação e não somente absorverem 
conhecimento e, assim, sempre problematizarem os porquês. Ao 
desenvolverem o pensamento cientíco e crítico, os estudantes serão 
capazes de criar, solucionar e desenvolver novas ideias. 
 Competência 3: Repertório cultural. Trata-se de desenvolver nos 
estudantes a capacidade de produzirem arte e cultura, que trazem a 
dimensão do pensamento aberto, da apropriação das nossas raízes, 
para a abertura da diversidade trazidas pelo o universo de novas 
culturas. (PENNIDO, 2018). 
 Competência 4: Capacidade de comunicação. Iniciação ao universo 
das tecnologias, porém, não é propriamente a competência voltada para 
a cultura digital. A capacidade de comunicação está muito ligada à essa 
cultura, uma vez que a aptidão das pessoas se comunicarem e 
dialogarem em múltiplas linguagens e plataformas é muito demandada 
pela sociedade contemporânea. Contudo, essa capacidade de se 
comunicar precisa estar intrinsecamente ligada à de aprender a escutar, 
dialogar, expressar sentimentos, ideias e opiniões. Porém, sempre com 
 
9 
 
a possibilidade de mediar relações, ou seja, não se trata somente de 
locução e interlocução e sim do estudante saber expressar suas ideias 
e ouvir a opinião dos outros. 
 Competência 5: Cultura digital. Chegamos ao ponto específico do 
propósito em relacionar a BNCC à disciplina que está sendo 
apresentada. Desse modo, fala do desenvolvimento da capacidade dos 
estudantes compreenderem as mediações tecnológicas, mas, também, 
fazerem uso ético, significativo e reflexivo dessas tecnologias, tanto para 
se comunicarem, quanto para buscarem informações e criarem 
soluções. Observa-se, atualmente, quem não tem acesso às 
tecnologias, acaba sendo excluído dos processos sociais, políticos e 
econômicos. 
 Competência 6: Capacidade de argumentação. Essa competência tem 
como dimensão oferecer a oportunidade para o estudante pensar sobre 
“quem ele é”, “para onde ele vai”, “que pessoa ele quer ser”. No entranto, 
para que isso aconteça, ele precisa ter: foco, saber gerenciar as 
frustrações, planejar e, assim, ter condições de analisar sobre as 
profissões do futuro e como é o mundo do trabalho. 
 Competência 7: Capacidade de gerir sua própria vida. A ideia é que os 
estudantes tenham capacidade de defenderem suas ideias e opiniões 
com base em evidências, em dados, com argumentos científicos, críticos 
e criativos (conforme o que eles desenvolvem na competência 2). 
 Competência 8: Capacidade de autoconhecimento e autocuidado. 
Permite que os estudantes, ao longo da educação básica, possam se 
conhecer, entendendo quais são suas fragilidades e seus potenciais, 
oportunizando crescimento e fortalecimento no ponto mais fraco 
exaltando o que é mais forte. No âmbito do autocuidado, que eles 
consigam pensar sobre a sua saúde, bem-estar e, assim, serem capazes 
de desenvolver práticas e hábitos que façam se afastarem de situações 
de riscos e consigam viver uma vida saudável. 
 Competência 9: Desenvolvimento social. Trata-se de desenvolver a 
empatia e a colaboração, a capacidade de considerar o ponto de vista, 
 
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os sentimentos do outro, sabendo se solidarizar e, ao mesmo tempo, 
cooperar, sabendo desenvolver a capacidade de coletividade, 
construindo as coisas juntos, entendendo o sentido de equipe. 
 Competência 10: Desenvolvimento da autonomia. Está relacionado à 
responsabilidade e à autonomia e, por sua vez, tem a ver com a relação 
do estudante com o mundo. Tem como foco desenvolver nos estudantes 
a capacidade de compreenderem as grandes questões sociais, políticas, 
econômicas e os temas da humanidade e, assim, poderem agir diante 
destes com autonomia, para serem agentes de transformação, 
principalmente em relação às questões socioambientais, que são 
desafiadores no mundo atual. 
Sendo assim, as 10 Competências Gerais na BNCC buscam 
principalmente desenvolver nos estudantes a capacidade de pensar, de 
buscarem autonomia, desenvolvendo o conhecimento e tornando-se aptos para 
o mundo atual, para a vida. 
A proposta da disciplina está focada na competência 5, a qual pretende 
desenvolver nos estudantes a capacidade de saber lidar com o mundo 
tecnológico, mas não no sentido de saberem apenas manusear um computador, 
um software, acessando as redes sociais ou jogos interativos. Vai muito além 
disso, ela pretende que o estudante não somente saiba fazer tudo isso, mas que 
também crie, desenvolva, e contribua por meio das tecnologias no mundo do 
trabalho. 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre os campos de experiência da 
educação infantil, acesse o site 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/, vá até o final da 
página e faça o download da Base. Em seguida, vá até a 
página 23. 
 
 
 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
 
11 
 
Resumo da aula 1 
 
Concluindo, é necessário pensarmos em alfabetizar os estudantes desde 
a primeira infância com a utilização das tecnologias da informação e 
comunicação. Não por que isso está na moda, ou para dizermos que as escolas 
são atualizadas e contextualizadas, mas porque precisamos prepará-los para as 
demandas que o século XXI exige. 
Precisamos oferecer educação para de fato prepararmos os estudantes 
que estão na escola hoje, para lidarem com os desafios que eles vão enfrentar 
na vida adulta. Desse modo, se os direcionamos para o desenvolvimento dessas 
capacidades, estarão prontos para se adaptarem para essas mudanças e 
buscarem os conhecimentos e habilidades que precisarão para dar conta dos 
novos desafios que aparecem. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre os desafios de ensinar utilizando as 10 
competências da BNCC. 
 
 
 
Aula 2 – Concepções, princípios, teorias e tendências para a educação do 
século XXI 
 
Apresentação da aula 2 
 
Nesta aula o objetivo é conhecer o que há de novo no mundo 
contemporâneo, como: a Geração Alpha, as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC), a 4ª Revolução Industrial e a educação 4.0, e assim, 
compreender a urgência de se repensar a sala de aula e a alfabetização e 
letramento dos estudantes contemporâneos. 
 
 
12 
 
Ao abordar as Tecnologias da Informação e Comunicação, se faz 
necessário enfatizar a importância que elas têm no mundo contemporâneo. Por 
isso, entendê-las faz parte de um cenário cada vez mais inserido no contexto 
escolar. Como vimos na aula anterior, as tecnologias fazem parte de um cenário 
que integra uma nova concepção de educação, que, por sua vez, integram a 
base comum curricular para as escolas públicas e particulares. 
Nesse contexto, é primordial entender o que elas são e como aplicá-las 
na alfabetização de crianças, que fazem parte da geração Alpha e da geração 
4.0. 
 
2.1 Geração Alpha 
 
Contar as gerações faz parte de um cenário de contextualização das 
características dos nascidos em épocas diferentes. Essas gerações são 
contadas a partir da evolução tecnológica de suas épocas, desse modo, como 
as tecnologias mudavam devagar (com relação aos avanços atuais), as 
gerações duravam cerca de 20 a 30 anos para serem mudadas. 
No contexto atual em que as tecnologias estão cada vez mais aceleradas 
e se renovam de maneira veloz, com o número elevado de informações, as 
gerações passaram a ser contadas a cada 10 anos. Por exemplo: da geração
Z 
(pessoas nascidas no fim da década de 1990 até 2010) para a geração Y 
(pessoas nascidas no início da década de 1980 até meados da década de 1990) 
foi menor do que a passagem da geração X (pessoas nascidas entre 1960 e 
1980) para a Geração Z. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:http://piauihoje.com/media/image_bank/2016/12/inteligencia-
artificial.jpg.756x379_q85_box-121%2C0%2C1079%2C480_crop.jpg 
 
13 
 
Em 2010 nasce a Geração Alpha, cientificamente comprovada a geração 
mais inteligente, afirma a Psicóloga Fernanda Fúria, que, em entrevista à Revista 
Pais e filhos diz que: “Nosso cérebro está mudando, estamos ficando mais 
capazes”. Essa geração é composta por crianças que, como a geração Y, nunca 
conheceram o mundo sem tecnologias, elas nascem interagindo, por exemplo, 
seus nascimentos são registrados com fotos, vídeos e, às vezes, com 
transmissão ao vivo para a família. 
Segundo o sociólogo australiano Mark McCrindle, a geração Alpha é 
independente e tem potencial para resolver problemas mais facilmente do que 
seus pais e avós, isso porque eles são mais estimulados. Portanto, por mais que 
estejam antenados com as redes sociais, como filmes on demand, lendo e-
books e participando de jogos eletrônicos, outras gerações precisaram aprender 
e praticar suas habilidades, enquanto a geração Alpha, nasce naturalmente 
pronta, ou seja: outras gerações são “imigrantes digitais”, enquanto a Alpha, é 
composta por “nativos digitais”. 
Vocabula rio 
On demand : sob demanda e que funciona de acordo com a 
necessidade de um indivíduo. Estão voltados principalmente 
para TV a cabo ou empresas como a NETFLIX, onde o público 
assiste a filmes e/ou a programas de TV quando e onde quiser. 
 
 
Por isso, pensar no contexto tecnológico é muito importante para a 
alfabetização e letramento dessa geração, pois impor para eles ensino 
tradicional é pedir para voltarem no tempo, em um mundo que eles nunca 
conheceram, nem integraram. Ou seja, são necessários ambientes educativos 
que tenham estímulos sensoriais, livros interativos e professores capacitados 
para lidar com crianças que já trazem uma bagagem de conhecimento, nunca 
antes vista. 
Mediante isso, não há como negar que, mais do que nunca, as crianças 
precisam ser estimuladas e preparadas para a educação 4.0 (maiores detalhes 
sobre esse assunto no subitem 2.3). 
 
 
14 
 
Vocabula rio 
Educação 4.0: é uma educação que atenderá às demandas 
da indústria 4.0 ou à chamada 4ª Revolução Industrial. 
 
 
 
 
Ví deo 
Kumitê em parceria com a Heinz Papinhas, fez um 
documentário sobre a Geração Alpha, para assisti-lo acesse o 
link: https://www.youtube.com/watch?v=dnwl4zvOfhc&t=21s 
 
 
 
2.2 Tecnologias da Comunicação e Informação 
 
Percebemos o quão desafiador o processo de ensino e aprendizagem 
encontra-se nos tempos atuais, em que os professores estão em um processo 
de transição e precisam trabalhar com alunos que trazem a tecnologia em seu 
DNA. 
Há pouco tempo saímos do fogão a lenha para o fogão elétrico, do talão 
de cheques para o cartão magnético, da televisão de tubo para a smart TV, da 
educação tradicional para a educação mobile learning e, como estas, para 
muitas outras evoluções tecnológicas, graças à evolução das TICs. 
No contexto educativo, é cada vez mais comum a utilização de smart 
phones, lousas interativas e outros aparatos tecnológicos na sala de aula. Mas, 
também é comum vermos estudantes descontentes por falta de motivação em 
sala de aula. Isso acontece, principalmente, porque é comum ouvirmos 
professores reclamando de estudantes que constantemente são pegos 
interagindo nos celulares durante as aulas. Entretanto, por outro lado, 
professores estão utilizando blogs, redes sociais, canais do YouTube, para a 
realização de atividades e divulgação de materiais didáticos. 
https://www.youtube.com/watch?v=dnwl4zvOfhc&t=21s
 
15 
 
Contudo, na maioria dos casos, essa não é uma realidade. Infelizmente, 
os dados ainda apontam para o fato de que ainda falta muito para as escolas 
(principalmente públicas), utilizarem meios e aparatos tecnológicos como 
ferramentas de alfabetização e mediação pedagógica. 
Pode-se questionar, afinal o que são essas Tecnologias da Informação e 
Comunicação? Quando as TICs surgiram, elas eram chamadas de Novas 
Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC), mas elas estão em 
constantes renovações e, por isso, elas continuam sendo —novas não porque 
acabaram de surgir, mas porque estão diariamente no processo de atualizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://i0.wp.com/www.aquinoticias.com/wp-content/uploads/2017/11/17/tecnologia-
informacao.png?ssl=1 
 
Para responder a essa pergunta, vale analisar cada palavra e depois fazer 
a junção delas com um conceito definido. 
Tecnologias – de forma simplificada, pode-se dizer que tecnologias são 
aparatos eletrônicos ou mecânicos, que podem ser hardwares ou softwares. É 
um “conjunto de recursos tecnológicos utilizados de forma integrada, com um 
objetivo comum” (PACIEVITCH, 2017, s/p). 
Informação – é a mensagem obtida quando os dados são processados e 
organizados. 
Comunicação – na modalidade interativa, a comunicação é a forma que 
as pessoas utilizam para se comunicarem e trocarem experiências utilizando os 
meios tecnológicos para isso. 
https://www.infoescola.com/autor/thais-pacievitch/29/
 
16 
 
Juntando as palavras, podemos dizer que TIC é uma vasta linha de 
tecnologias que facilitam o acesso à informação e ao conhecimento, cujo objetivo 
é disponibilizar ferramentas que minimizam os processos operacionais e tornam 
a comunicação mais fácil entre organizações e pessoas (PORTAL E-
EDUCAÇÃO, 2018). 
Com isso, podemos dizer que as TICs, são recursos que utilizamos não 
somente para nos comunicarmos, mas também para facilitar nossa vida, os 
processos das empresas e da sociedade em geral. 
Na educação, as TICs, são utilizadas para a aplicação de recursos 
tecnológicos como ferramentas de ensino, utilizando-as a favor da educação. 
 
2.3 4ª Revolução Industrial 
 
Educação 4.0, esse é um termo novo para definir como as gerações 
devem ser preparadas para a 4ª Revolução Industrial. Portanto, se faz 
necessário conhecer o que é essa terminologia, sua contextualização, visto que 
uma surgiu em detrimento da outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://i0.wp.com/chicoterra.com/wp-content/uploads/2018/09/CHAMADA-DESVENDAR-
4.0.jpg?fit=620%2C330&ssl=1&resize=350%2C200 
 
A 4ª Revolução Industrial foi tema do Fórum Econômico Mundial de 2016, 
em Davos, na Suíça. Conforme Klaus Schwab (2016), fundador e presidente 
executivo do Fórum Econômico Mundial, (a Organização Internacional para a 
Cooperação Público-Privada), "estamos a bordo de uma revolução tecnológica 
que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos 
 
17 
 
relacionamos”. Para ele, em termos de escala, alcance e complexidade, haverá 
uma transformação diferente de qualquer situação que o ser humano já tenha 
experimentado antes. 
Isso significa dizer que a economia será marcada com a presença das 
tecnologias digitais, mobilidades e conectividades de pessoas, ou seja, a 
diferença entre máquinas e pessoas será dissolvida e o valor central será a 
informação. 
Com essa revolução, virão mudanças na industrialização de produtos e o 
universo dos empregos: “Os ‘novos poderes’ da transformação virão da 
engenharia genética e das neurotecnologias, duas áreas que parecem 
misteriosas e distantes para o cidadão comum” (PERASSO in BBC – G1, 2016). 
Conforme a jornalista, alguns especialistas afirmam que “o mundo como 
conhecemos está a ponto de mudar, principal e radicalmente o modo como 
produzimos e trabalhamos”. 
É evidente que há muitos outros pontos a serem considerados na 4ª 
Revolução Industrial; há prós e contras, as questões das mudanças radicais que 
“impactarão em como somos e como nos relacionamos”
em todo o planeta. 
Também afetará o mundo do trabalho e o futuro dele, inclusive a desigualdade 
de renda; “Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é 
considerado ético” (PERASSO in BBC – G1, 2016), porém, não serão discutidos 
nesta aula, por não ser o nosso foco principal. É nesse ponto que precisamos 
entender a educação 4.0 e, é a partir daqui que começa a se descortinar a 
importância de se trabalhar as TIC na alfabetização e letramento. 
Para entender melhor o que já está acontecendo no contexto 
contemporâneo e o que há de vir em um futuro próximo, assista o vídeo 
Convergência – a quarta Revolução Industrial”, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=rbXJMAFRM7I&t=15s. 
Conforme visto no vídeo, é notório que, se as crianças de hoje serão os 
profissionais do futuro, é necessário prepará-los para os desafios que os 
avanços tecnológicos trazem. É certo que daqui a dez anos, não saberemos 
como estará a situação mercadológica, pois, com a convergência tecnológica, a 
comunicação e os serviços mudam rapidamente. No entanto, com base no que 
temos hoje, podemos prepará-los para vivenciarem no seu dia a dia essa 
evolução. 
https://www.youtube.com/watch?v=rbXJMAFRM7I&t=15s
 
18 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo ‘O que é Indústria 4.0’ – Produzido pelo SENAI-
SP. Nele você irá conhecer a linha do tempo da 1ª até a 4ª 
Revolução Industrial. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=3ixQQ4elwm0 
 
 
2.4 Educação 4.0 
 
Nesse subitem, a contextualização será na Educação: 1.0, 2.0 e 3.0 para 
posterior abordagem da Educação 4.0 
A educação 1.0 é caracterizada pelo quadro negro, giz e pelo copista, 
onde o professor expõe o texto no quadro e os estudantes copiam o que ele 
escreveu. 
A Educação 2.0 ocorreu quando, além do quadro negro, os professores 
passaram a utilizar os projetores de slides e multimídia. 
A educação 3.0 ocorreu quando a internet perpassa pela relação com o 
corpo, que é a parte sensorial. Já quem a educação 3.0 a internet perpassa pelo 
corpo, a educação 4.0 é extracorpo, ou seja, é quando se fala da inteligência 
artificial. 
Para melhor entendimento, a professora Marta Relvas fala que as notícias 
e bombardeios de informações permeiam pelas relações sensoriais e é a área 
do córtex pré-frontal que recebe essa informação. E, como os cérebros das 
crianças e dos jovens são hiperconectados, o interesse deles sustenta a posição 
de atenção para a construção de memórias à base das novas tecnologias. 
 A questão é: como fazer com que essas tecnologias sejam um diferencial 
na vida do educador, do professor? Para isso, é preciso haver a quebra de 
resistências, entendendo que essas tecnologias efetivamente fazem parte do 
nosso cotidiano. 
Para Débora Garofalo (colunista da Revista Nova Escola), a educação 4.0 
chegou e é irreversível: “[...] o termo está ligado à revolução tecnológica que 
inclui linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT) 
https://www.youtube.com/watch?v=3ixQQ4elwm0
 
19 
 
e contempla o learning by doing” que, em tradução livre do inglês para o 
português, significa “aprender fazendo”. 
 
Vocabula rio 
Internet das coisas: se refere a uma revolução tecnológica 
que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à 
rede mundial de computadores. 
 
 
 
O engenheiro mecânico e professor Roberto Camanho concorda com 
Garofalo, quando diz que: “a evolução tecnológica são ondas que não têm 
retrocesso, elas chegam, invadem a sociedade e causam uma série de 
mudanças, que no fundo geram um impacto em melhorias”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://inoveduc.com.br/wp-content/uploads/2018/03/Kroton-Educacao-Digital.jpg 
 
 
Educação 4.0 – “começa a responder às necessidades da “Indústria 
4.0” ou da também chamada quarta revolução industrial, onde a linguagem 
computacional, a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, os robôs e outras 
 
20 
 
tecnologias se somam para dinamizar os processos nos mais diversos 
segmentos da Indústria” (CARON, 2017, s/p). 
Na educação 4.0 o principal foco está ligado ao que propõe a BNCC, que 
é o “aprender por meio da experimentação, projetos, vivências e mão na massa.” 
(GAROFALO, 2018, s/p), assim, o aprendizado é construído por meio dos 
valores, conhecimentos e habilidades que o estudante obtém a partir das suas 
vivências e/ou experiências. 
O termo 4.0 está diretamente ligado à revolução tecnológica, assim, pode-
se dizer que precisamos formar estudantes que atendam às mudanças que a 4ª 
Revolução Industrial traz em seu contexto. 
E como serão essas crianças quando forem adultos, já que serão 
pesquisadores desde pequenos? Provavelmente serão adultos que saberão 
interagir, terão conhecimentos, porque a educação 4.0 vai resgatar aquele 
conceito lá do Jardim da Infância em que as crianças têm a oportunidade de 
explorar e transformar em prática os currículos, por isso ele é tão marcante em 
suas vidas. Isso ganhou muita voz com a aprovação da BNCC, quando tornou 
as tecnologias uma competência de ensino, ou seja, ela tem que chegar para 
todos. 
 
2.4.1 O professor na educação 4.0 
 
Em todo o processo da educação 4.0, o professor tem que entrar como 
mediador do processo novo, ou seja, não dá mais para negar o uso das 
tecnologias em sala de aula, porque os usos delas pelos os estudantes são 
intensos e os professores precisam aprender a lidar com elas. 
É claro que é sabido por todos que existem problemas com a 
infraestrutura, com a falta de conectividade, mas, independentemente disso, 
como disse Paulo Freire, “somos eternos aprendentes” e, por isso, enquanto 
professores, precisamos, além de vivenciar, também trazer experiências para a 
sala de aula que contemplem o uso dessas tecnologias. Isso fará com que o 
estudante também as vivencie e se torne protagonista, foco da educação 4.0. 
Como imigrantes digitais, alguns professores têm uma formação 
analógica, as experiências são reportadas a partir do professor que os formou e 
a cultura da ocasião está intrínseca nas ações repassadas até o momento, 
 
21 
 
porém, ela precisa ser rompida e atualizada, buscando suprir as necessidades 
atuais. 
No entanto, metodologicamente o professor precisar analisar e direcionar 
esse mecanismo de aprendizagem, usando a tecnologia a favor da aquisição do 
conhecimento e retenção dos objetivos de suas aulas, não utilizando-a sem 
critérios definidos. Deve haver um novo modelo de ensino-aprendizagem em 
que os professores, os estudantes e a escola sejam protagonistas. Assim, 
sairemos do modelo diretivo da educação e passaremos a trabalhar com o 
modelo colaborativo, em que todos são participantes, que interagem na 
produção do conhecimento. 
Esse tipo de ação precisa ser levado para as escolas, ou seja, construir 
com o saber colaborativamente, esse é o primeiro passo para sairmos da 
educação 1.0 e chegarmos ao estágio contemporâneo da educação no Brasil. 
Contudo, para dar certo, para que essa educação aconteça de fato, é 
preciso quebrar alguns paradigmas ou hábitos. Segue abaixo um check list 
reflexivo, oportunizando uma averiguação do contexto e também uma 
autoanálise. 
 
 Precisamos mudar a maneira de pensar o ensino-aprendizagem, 
envolvendo o estudante, transformando o conteúdo em objetos de 
estudos, deixando a cultura de estudar e/ou buscar mecanismos para 
obtenção de notas, apenas para obter a aprovação no final de cada 
período ou ano letivo. 
 O professor precisa entender que a educação 1.0 não cabe mais na 
educação do século XXI e que, é preciso se adequar à nova realidade, 
fazendo valer efetivamente a mediação e a colaboração. Deve 
entender que precisa preparar o estudante que está na sala de aula 
para o futuro. 
 O estudante precisa entender que ele é o protagonista; é ele quem 
precisa aprender, o interesse é dele e é ele quem deve buscar esse 
conhecimento. Precisa entender
que o professor é o condutor, o 
mediador —e o que ele fala nunca é o suficiente para o aprendizado. 
 
22 
 
Outro fator muito importante que o professor precisa saber é que sozinho 
ele não vai conseguir. Para dar certo, todos (direção, coordenação, professores, 
estudantes) precisam pôr a “mão na massa”, caso contrário, o professor ficará 
puxando sozinho uma classe, uma equipe inteira e não irá muito longe. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Faça uma pesquisa, usando os parâmetros de uma escola, 
sobre quais incentivos, ou quais ações já estão sendo 
realizadas (ainda que não intencionais) com relação à 
educação 4.0. Essa é uma boa forma de exercitar o learning by 
doing. 
 
 
 
Aula 3 – Ferramentas e metodologias para alfabetizar na educação infantil 
 
Apresentação da aula 3 
 
Após conhecer a contextualização das tecnologias e das inovações que o 
mundo contemporâneo apresenta, esta aula oferecerá uma reflexão a respeito 
das ferramentas e metodologias para aplicar na educação infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://www.wreducacional.com.br/img_cursos/prod/img_610x320/educacao/nocoes-
basicas-de-informatica-na-educacao-infantil.jpg 
 
23 
 
A Educação Infantil, antes da Constituição Federal (CF) de 1988, tinha 
caráter assistencialista, era vista como uma miniescola para pequenos, 
desvinculada da Educação Básica. 
O Art. 205 da CF reconhece a educação como direito fundamental entre 
Estado, família e sociedade, ou seja, passa a ser dever do Estado. 
Em seguida, esse reconhecimento passa a ser reforçado pelo Art. 9º da 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394/96, que estabelece as 
competências e diretrizes para a Educação Infantil, para o Ensino Fundamental 
e Ensino Médio. 
Reforçando ainda mais o Plano Nacional de Educação (PNL), por meio da 
Lei nº 13.005/2014: 
 
 
LEI Nº 13,005/2014, DE 25 DE JUNHO DE 2014 
 
 Que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. 
 
“Tem como meta universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches 
de forma a atender, no mínimo, cinquenta por cento das crianças de até três anos até o final 
da vigência deste PNE”. 
 
Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-
778970-publicacaooriginal-144468-pl.html 
 
Após esses fatos, além de integrar a Educação Básica, a Educação 
Infantil passa a ser obrigatória e um dever do Estado e da Família. 
 
3.1 Metodologias ativas, sala de aula invertida, ensino híbrido e 
democratização do ensino 
 
Estão disponíveis atualmente várias ferramentas e metodologias que 
atendem o cenário educativo que o mundo vem presenciando. 
Por isso, se faz necessário que as escolas e os professores conheçam 
ferramentas que proporcionarão aos estudantes subsídios para potencializar o 
desenvolvimento integral, algo em evidência na Base Nacional Comum 
Curricular. 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-778970-publicacaooriginal-144468-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-778970-publicacaooriginal-144468-pl.html
 
24 
 
Com isso, a ideia é que os currículos das escolas ou unidades escolares 
sejam contemplados com ferramentas e metodologias que proporcionem aos 
estudantes práticas pedagógicas mais ativas, interdisciplinares e que não 
desenvolvam apenas o intelecto, conhecimentos acadêmicos, mas também para 
desenvolverem suas potencialidades e dimensões, e assim estarem melhor 
preparados para o mundo que os desafia também em todos esses níveis. 
 
3.1.1 Metodologias Ativas 
 
O conceito de Metodologias Ativas tem a ideia de aprendizagem ativa, 
que é a ideia da aprendizagem centrada no estudante. Surgiu a partir de uma 
série de pesquisas na área educacional e da Pedagogia, em que se percebeu 
que o indivíduo aprende melhor quando ela interage com as pessoas e com o 
objeto de aprendizagem. 
Com relação às Novas Tecnologias, vale questionar: que escola é essa 
que temos e que escola queremos para o século XXI? Crianças com o cérebro 
hiperconectado? Não dá mais para elas receberem informações e que não 
estejam desenvolvendo nelas o processo de autonomia, da sua relação dessa 
criação. Por esse motivo, a escola deve proporcionar aos estudantes 
metodologias ativas e inovadoras e deve ser colocada dentro de um processo 
extremamente avançado, pois a criança está conectada com esse mundo 
interativo. 
Nesse sentido, a “escola antiga” não faz parte do contexto das crianças. 
Por exemplo, se você falar em mimeógrafo, datilografia, até em projetor de 
slides, corre-se o risco de ser questionado pela criança se no seu tempo havia 
dinossauros, porque, apesar de não fazer muito tempo que essas ferramentas 
eram utilizadas, elas estão distantes do estudante contemporâneo. Por isso, é 
preciso colocar a escola dentro do contexto atual, das necessidades das crianças 
e dos adolescentes, que aprendem por conta própria e têm mais interatividade e 
interesse em tecnologias, como o smart phone e, por isso, não podemos ficar 
atrás disso. 
Os professores precisam ser contemporâneos e trazer tecnologias, essas 
práticas para a sala de aula, porque a tecnologia é uma propulsora da 
aprendizagem. A partir do momento em que começar a trabalhar com elas, o 
 
25 
 
professor tira o estudante da passividade e traz ele para o centro do processo 
ensino-aprendizagem e, como esse é um processo natural, o estudante vai se 
tornar protagonista. 
 
3.1.2 O currículo dentro das Metodologias Ativas 
 
Essas metodologias ativas têm um currículo e deve ser seguido, ou seja, 
as coisas não acontecem de qualquer maneira. Por exemplo, a ideia de que o 
estudante irá acessar, por exemplo, um tablete, não significa que ele irá acessar 
a internet ou qualquer conteúdo; ele terá um contexto, por isso, a criação do 
currículo é muito trabalhosa. É diferente da educação 1.0, em que o professor 
reproduz na lousa e pede para o estudante copiar e pontualmente aplica uma 
prova. 
Na elaboração do currículo para as Metodologias ativas, o professor irá 
lidar com incertezas, porque a sala de aula e a própria aula transbordam, vão 
além do espaço físico. Com isso, o professor precisa perceber qual é a demanda 
dos estudantes, quais são os seus interesses. Isso porque, o mundo 
contemporâneo está todo conectado. 
Para exemplificar, entre em uma página do Wikipédia, faça uma pesquisa 
sobre qualquer assunto, por exemplo, pesquise sobre a cidade de Paris. Dentro 
dessa pesquisa, irá encontrar inúmeros links, com vários assuntos relacionados 
a essa cidade. Assim também deve ser em sala de aula, o interesse do estudante 
tem que estar conectado com alguma referência que a escola quer ensinar 
naquele momento e é o professor que precisa fazer esses links e suscitar o 
interesse, porque quando faz isso, ele cria um ambiente para uma aula mais 
interessante e contemporânea. 
Esse currículo proporcionará ao estudante um direcionamento do que é 
importante para aquele momento no contexto da sala de aula, bem como lhe 
ajudará a explorar tudo à sua volta. 
Por exemplo, você não irá precisar sair da sala de aula para ir a um 
museu, você pode fazer isso utilizando a realidade aumentada (Internet das 
coisas) e o seu papel será mediar, orientar o estudante para os pontos 
importantes na ampliação de seus conhecimentos, porém, deixando-os explorar 
 
26 
 
aquilo que lhes interessa. Desse modo o grande desafio do professor será 
despertar esse interesse. 
Para a elaboração do currículo, não há uma receita pronta, nem poderia 
ser, porque é algo a ser conquistado e isso pode acontecer utilizando as 
metodologias ativas, trazendo a resolução de problemas para dentro da sala de 
aula. 
 
3.2 Abordagens nas metodologias ativas 
 
Dentro das Metodologias Ativas, há várias
abordagens, nesta aula vamos 
ver duas delas: a sala de aula invertida e o ensino híbrido. 
 
3.2.1 Sala de aula invertida 
 
A sala de aula invertida consiste em que o estudante tenha a prévia de 
estudo antes de ir para a sala de aula, com isso, a sala de aula tradicional com 
um estudante atrás do outro não cabe nessa abordagem. Ela trabalha com 
possibilidades dentro de uma temática voltada ao conteúdo estruturante. 
A ideia é que o estudante estude o conteúdo em casa, que traga para a 
escola suas dúvidas, seus anseios acerca do tema, tornando a sala de aula um 
ambiente de conversa, debates e diálogos. 
Essa prévia deverá ser realizada em uma plataforma digital, que será 
alimentada com textos, vídeos e materiais que possam dar suporte para um 
estudo mais acadêmico. 
A dúvida é: como fazer isso na educação infantil? Nesse caso, começa a 
inserção dos pais no processo ensino-aprendizagem. Por meio da plataforma, 
os pais irão ler para as crianças, mediar os jogos interativos e educativos, ou 
histórias infantis, desenhos educativos, ou outros recursos que o professor 
utilizar nessa plataforma. Assim, quando a criança bem pequena, ou a criança 
pequena (é assim que a BNCC divide a Educação Infantil, além dos bebês, que 
não foram citados) forem para a sala de aula, antecipando o contato com o objeto 
de aprendizagem. 
 
27 
 
Por outro lado, o estudante deve ser protagonista e, para isso, precisa se 
sentir responsável, estudando e adquirindo conhecimentos prévios para 
interagir, colaborar com as aulas e com o seu aprendizado. 
Na sala de aula invertida, o learning by doing está muito presente, nele o 
estudante não pode, nem conseguiria ser passivo. Para ser proativo, ele precisa 
fazer parte. A grande questão é como despertar o interesse nesse estudante. 
Esse processo deve ser trabalhado caso a caso, cada professor, cada turma etc. 
Essa ação irá extrapolar o livro didático, o programa que ele traz e o que 
vai ser construído em conjunto, pois a perspectiva de uma sala de aula interativa 
parte das Metodologias Ativas. 
 
3.2.2 Ensino híbrido 
 
O ensino híbrido combina ferramentas, ambientes e organizações para 
potencializar a aprendizagem. Em análise, ele pode ser trabalhado em conjunto 
com a sala de aula invertida, já que utiliza recursos interativos e plataformas de 
ensino. Porém, apesar de estar ligado intrinsecamente ao uso das tecnologias 
digitais, “o ensino híbrido tem mais a ver com a reorganização do tempo e do 
espaço da aula, além dos papéis de aluno e educador” (GEEKIE, 2016, p. 22). 
Também não significa dizer que apenas ao colocar um tablete na mão do 
estudante, o ensino híbrido estará acontecendo; ele “se concretiza quando as 
diferentes composições de trabalho se entrelaçam para ampliar a aprendizagem” 
(GEEKIE, 2016, p. 22). 
O ensino híbrido acontece quando há momentos de aprendizagem 
individuais e coletivos, seja ele online ou off-line, quando há debates, produções 
dentro e fora da sala de aula, complementando essas ações. Quando o 
estudante contribui com seus conhecimentos por etapas, avançando seus 
estudos de acordo com a conclusão destas, respeitando seu tempo e suas 
limitações. 
Lembrando sempre que as aulas expositivas continuam acontecendo, 
porém, uma característica marcante no Ensino híbrido é o fato dessa abordagem 
valorizar os vários tipos de inteligência, seja ela visual, motora, cinestésica, ou 
auditiva. 
Para visualizar melhor o que é o ensino híbrido, observe a figura a seguir: 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: ©Geekie (2016, p. 23) 
 
 
3.3 Democratização do ensino 
 
A educação 4.0 veio democratizar a informação, ou seja, qualquer pessoa 
poderá estudar em qualquer universidade do mundo, sem sair da sua casa, isso 
porque, ao democratizar o ensino, o acesso dá liberdade para o estudante, que, 
teoricamente, estará mais apto e interessado a aprender. 
Há a extensão da sala de aula, e sua aula não terminará após os 50 
minutos ou em uma ou duas aulas semanais que o professor ministra, porque o 
estudante terá a liberdade de rever, reler, entender melhor por meio das 
plataformas de ensino, onde pode interagir e se conectar com os outros fora do 
horário da sala de aula. A colaboração é o ponto forte. 
Infelizmente, o acesso às tecnologias não é para todos. Atualmente, no 
Brasil há por volta de 67 milhões de excluídos digitais e isso é um desafio, 
porque, ao mesmo tempo em que o acesso às informações será democrático, 
ainda existem muitos brasileiros sem acesso a elas. 
É sabido que a situação econômica do país reflete na educação, mas o 
ponto mais interessante, separando essa questão do acesso, é a produção do 
conhecimento que fica democrática e acontece quando todos produzem 
 
29 
 
conhecimentos. Esse é o grande trunfo da escola, para onde olhar serão visíveis 
as informações que podem ser transformadas em conhecimento. 
Por exemplo, atualmente a informação pode vir por meio de aplicativos 
como o WhatsApp, pelo Facebook, entre outros, mas, apesar de nem todos 
terem acesso, milhares já estão utilizando esses meios para produzir 
informação. Esse é um perfil contemporâneo que as escolas devem aproveitar, 
porque é uma condição vivenciada no dia a dia dos estudantes, principalmente 
porque quando o professor consegue trazer esse aspecto colaborativo para a 
sala de aula, também democratiza esse acesso à informação, ao conhecimento. 
O primeiro passo para isso é a mudança no modelo atual de ensino para 
um que se aproxime à dinâmica da internet, das redes sociais, da educação 4.0, 
porque isso ajudará a escola a entrar em um universo independente de termos 
e tecnologias em sala de aula. 
Por exemplo, essa era a proposta Montessoriana, da Nova Escola, o 
protagonismo do estudante, a interatividade entre professores e estudantes, mas 
essa proposta foi se perdendo com o passar dos anos; o resgate desse 
protagonismo é o início para entrarmos nessa escola mais contemporânea. 
Assim, quando se fala em novas tecnologias, em ensino e aprendizagem 
híbrido, nas metodologias ativas, em classes invertidas, a referência é para o 
cérebro do estudante, que é do pesquisador, que começa desde a Educação 
Infantil e, forma pessoas totalmente diferentes, por isso, precisa começar na 
Educação Infantil. 
 
Vocabula rio 
O Método Montessori é o resultado de pesquisas científicas 
e empíricas desenvolvidos pela médica e pedagoga 
Maria Montessori. É caracterizado por uma ênfase na 
autonomia, liberdade com limites e respeito pelo 
desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e 
psicológicas da criança. 
 
 
 
 
 
30 
 
Atividade de Aprendizagem 
Leia mais sobre Metodologias Ativas e proponha um projeto 
utilizando-as para estudantes do 1º ano do Ensino 
Fundamental. 
 
 
 
Aula 4 – Alfabetização utilizando as TICs na prática 
 
Apresentação da aula 4 
 
Nesta aula será possível conhecer algumas práticas, plataformas e 
atividades aplicando as TICs na alfabetização e letramento. Permite-se assim, 
os subsídios de aplicabilidade e principalmente uma oportunidade de fazer uma 
reflexão com relação aos planejamentos e direcionamento metodológico 
utilizado nas escolas tradicionais. 
 
4.1 TICs e as realidades estabelecidas 
 
Estamos vivenciando algumas realidades que já estão estabelecidas na 
sociedade da informação, uma delas são as Tecnologias da Comunicação e 
Informação (TIC) aliadas a outros campos do saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/96/a6/0a/96a60a47a21a5b7d8d234f59b4dda3ec.gif 
 
31 
 
O grande desafio é como introduzir as TIC na alfabetização e letramento, 
visto que inserir tecnologias, metodologias e ferramentas tecnológicas, não 
garante que os resultados serão positivos no processo ensino-aprendizagem. 
Considero de extrema importância enfatizar que algumas escolas e 
professores já aplicam essas ferramentas
e metodologias no seu contexto de 
sala de aula, porém, muitas vezes, sem nem mesmo saberem que as estão 
aplicando; sem intencionalidade, mas, porque estão antenados e preocupados 
em inovar em sala de aula. 
Mediante isso, vamos conhecer algumas escolas e professores que já 
estão inovando em sala de aula. 
 
4.2 Exemplos de inovação 
 
Como se tornar um país competitivo e capaz de inovar? Como resposta, 
escolas da Finlândia têm estimulado a criatividade e a autonomia nos 
estudantes, desde a primeira infância. Elas ensinam noções de respeito e 
convivência é uma prioridade. Como este é um dos países mais seguros do 
mundo, as crianças vão para a escola a pé, sem a companhia dos pais; lá 
autonomia se aprende na escola. A ideia é que as crianças sejam independentes 
desde a infância, porque seus pais estão trabalhando. O país acredita que será 
um país mais rico e competitivo no cenário global, se formar adultos capazes de 
inovar, por esse motivo, a criatividade tem lugar garantido na escola e, a lição 
para isso é tão simples quanto fundamental: deixá-los brincar livremente. Nesse 
contexto, pais e professores acreditam que o mais importante é aprender coisas 
para a vida, como brincar com outras crianças e, com isso, aprenderem a 
solucionar problemas e a terem habilidades para a vida. 
Aqui no Brasil, habilidades para além da sala de aula também são 
estimuladas. Em uma creche da zona norte de São Paulo, as crianças aprendem 
noções de respeito, convivência e amizade, por meio de aulas de Yoga. 
Estudantes de 3 a 4 anos de idade, cheios de energia são convidados a meditar, 
entrando em contato com o próprio corpo. Conforme a professora, a mudança 
neles depois das aulas é nítida. Ela afirma que eles ficam muito mais tranquilos 
e harmoniosos e o respeito um com o outro é visível. 
 
32 
 
Ví deo 
Assista a reportagem: Educar é preciso, cujos exemplos 
descritos nesta aula serão mostrados. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=bHldB7vggs4 
 
 
4.3 Jogos interativos 
 
Transformar os testes em jogos pode ser uma das soluções para 
alfabetizar os estudantes. Ainda voltando no exemplo da Finlândia, enquanto 
alguns professores estão em sala de aula, outros estão nos bastidores discutindo 
como tornar o ensino mais atraente para os estudantes. A ideia é encorajar que 
os professores ensinem uns aos outros, porque quem está falando,é quem mais 
está aprendendo. 
Contudo, também como no exemplo anterior, no Brasil uma escola em 
São Paulo, uma professora ensina os clássicos da literatura brasileira por meio 
de livros virtuais. Isso está fazendo com que, quem já gosta de ler, gostem ainda 
mais. Conforme a professora da turma, os alunos ficam muito mais interessados 
e participativos. 
Na educação infantil, o primeiro passo é aplicar os campos de 
experiências de que fala a BNCC. Como exemplo, vamos utilizar o campo: 
traços, sons, cores e formas. Mas, para isso, vamos entender primeiro como 
funciona, em seguida darei um exemplo prático. 
Como funciona? A BNCC determina que, ao longo da educação básica, 
os estudantes devem desenvolver as Dez Competências Gerais, das quais 
falamos na aula 1. Na educação Infantil, elas também devem ser desenvolvidas. 
Na primeira etapa da educação básica, temos: 
- as dez competências gerais; 
- os eixos estruturantes (interações e brincadeiras); 
- seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento (conviver, brincar, 
participar, explorar, expressar e conhecer-se); 
https://www.youtube.com/watch?v=bHldB7vggs4
 
33 
 
- campos de experiência (o eu o outro e o nós; corpo, gestos e 
movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e 
imaginação; espaços, tempos, qualidades, relações e transformações). 
Ou seja, além das competências gerais, se faz necessário garantir que os 
eixos estruturantes, os direitos de aprendizagem e os campos de experiência, 
também sejam garantidos na educação infantil. 
Conforme o documento da BNCC, na educação infantil há um quadro em 
que ela organiza os grupos por faixa etária em três colunas a nelas são descritos 
os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Em cada linha dessas colunas 
“os objetivos definidos para os diferentes grupos, referem-se a um mesmo 
aspecto do campo de experiências, conforme ilustrado a seguir” (BRASIL, 
BNCC, 2017), conforme ilustrado a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Educação 
 
Perceba que a Educação Infantil é dividida em três grupos: 
 bebês (zero a 1 ano e 6 meses); 
 crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses); 
 crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). 
 
É possível perceber que, em cada uma dessas fases, o mesmo assunto 
é trabalhado de acordo com o que as crianças são capazes de desenvolver em 
cada faixa etária. 
Para os bebês, começa pela exibição de um vídeo, que também é um 
jogo, acesse o link: https://www.jogosgratisparacriancas.com/videos/index. 
Nesse vídeo o bebê irá ouvir sons, descobrir cores e movimentos. Isso irá ajudá-
 
34 
 
lo a explorar os sons e estimulá-los para a aquisição de novas habilidades, 
brincando. 
Para crianças bem pequenas, acesse o link, que está disponível em: 
<https://www.jogosgratisparacriancas.com/bebes-criancinhas/jogar_trem.php>. 
Ele pode ser executado arrastando o mouse ou utilizando o touch screen no 
tablete ou no celular. Esse jogo, além de estimular os sons, permitirá que as 
crianças tenham as primeiras experiências com as formas. 
Para crianças pequenas, utilize o jogo disponível no seguinte link: 
<https://www.jogosgratisparacriancas.com/colorir/11_pintar_trem.php>. Você irá 
perceber que o mesmo trem que foi utilizado no vídeo e no jogo, agora será 
colorido pelas crianças pequenas. Nesse jogo, basta tocar ou clicar em cima da 
cor e depois clicar na tela para colorir. 
É fácil perceber como aplicar os jogos para alfabetizar na educação 
infantil, pois a viabilidade que há hoje para se trabalhar as tecnologias na 
alfabetização é maior que há dez anos. Os recursos tecnológicos e a 
gameficação fazem com que essa possibilidade seja viável. 
 
4.4 Vídeos interativos 
Os vídeos também são excelentes ferramentas para trabalhar a interação, 
a percepção e até outra língua. Um desenho animado que gosto bastante de dar 
como exemplo é Dora Aventureira. No desenho a personagem Dora interage 
com amigos, com as crianças que estão assistindo ao desenho e ensina a língua 
inglesa. 
Outro desenho que indico, é Cid, o cientista, que fala da vida escolar da 
personagem, sobre ciência e sobre interação com os amigos. 
Também indico: Patrulha canina, Go Diego go e Show da Luna, todos 
interagem com outros personagens, são solidários e principalmente são 
educativos. 
Exemplo prático: ao passar um desenho em sala de aula, ao final 
pergunte aos alunos os pontos fortes trabalhados no desenho, por exemplo, o 
que a Dora fez quando um amiguinho precisou de ajuda, como é a palavrinha 
diferente que ela falou etc. Esse é um ótimo exercício para trabalhar com os 
pequenos. 
 
https://www.jogosgratisparacriancas.com/bebes-criancinhas/jogar_trem.php
https://www.jogosgratisparacriancas.com/colorir/11_pintar_trem.php
 
35 
 
 
 
4.5 Alfabetizar utilizando as tecnologias 
 
 A melhor forma para trabalhar a alfabetização utilizando tecnologias são 
as plataformas digitais. 
Algumas plataformas são gratuitas e outras permitem que sejam baixadas 
(download) e acessadas como visitantes. 
As plataformas digitais são interativas e permitem que os estudantes 
naveguem por um mundo de conhecimento, por meio de jogos (gameficação), 
leituras, vídeos e outras ferramentas que as tecnologias educacionais 
proporcionam. 
A seguir, apresentam-se dois exemplos de plataformas e seus potenciais, 
que foram indicadas pela professora Garofalo, colunista da Revista Nova Escola. 
 
 Plataforma pé de vento - essa plataforma foi desenvolvida pela 
empresa Educopedia
e está disponível no seguinte link: 
http://projetopedeventoeducopedia.blogspot.com/2013/04/passo-
passo-para-baixar-o-pe-de-vento.html>. Propõe experiências com 
jogos que a cada fase mostram uma etapa de aprendizagem. 
 Brincando com Ariê - é uma plataforma com jogos interativos que 
trabalham conteúdos como a matemática, a linguagem, a escrita e 
aos nomes próprios - visto que no início do jogo é solicitado que o 
estudante digite seu nome. 
É muito importante enfatizar que jogos, vídeos e plataformas, não podem 
ser explorados sem a mediação do professor, pois a criatividade, a interatividade 
e direção para aquilo que se quer que o estudante aprenda, deve partir dessa 
supervisão. 
Por exemplo, a professora Garofalo aproveita para explorar os nomes 
próprios, quando o jogo solicita que o nome do estudante seja inserido nele. 
Também trabalha a importância que há em mostrar para o estudante que ele é 
um ser único e importante. 
http://projetopedeventoeducopedia.blogspot.com/2013/04/passo-passo-para-baixar-o-pe-de-vento.html
http://projetopedeventoeducopedia.blogspot.com/2013/04/passo-passo-para-baixar-o-pe-de-vento.html
 
36 
 
Atividade de Aprendizagem 
Pesquise uma plataforma direcionada para a alfabetização de 
bebês e descreva suas principais características e quais 
habilidades ela pretende desenvolver nos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo da disciplina 
 
Nesta disciplina o principal foco foi: problematizar e tratar sobre a 
apropriação das novas tecnologias no processo de alfabetização na escola 
contemporânea, estabelecendo a aplicabilidade desses recursos (concepções, 
princípios, teorias, tendências, métodos, organização pedagógica e 
metodologias), assuntos propostos na ementa da disciplina. 
Foi necessário abordar aspectos da Base Nacional Comum Curricular, 
porque de nada adiantaria falarmos de tecnologias para alfabetização e 
letramento, sem que antes entendêssemos o que ela propõe para todas as 
escolas públicas e particulares, ou seja, o estudo estaria obsoleto se não 
atentássemos para ela. 
Em seguida, falamos das tendências, metodologias e ferramentas para a 
utilização das TICs na educação infantil, além de trazer conceitos do que são 
essas tecnologias. 
Para finalizar, vimos alguns exemplos práticos, plataformas, jogos e 
desenhos animados distribuídos de forma gratuita, para que você trabalhe em 
sala de aula. 
 
 
 
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Referências 
 
AMARAL, Mirian de Souza. A Alfabetização e o Letramento com apoio das 
Tecnologias de Informação e Comunicação. 
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1725>. Acesso 
em: 30jun17. 
BRASIL, Comitê Gestor da Base Nacional Comum Curricular e Reforma do 
Ensino Médio. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. 
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 
___________Portal e-Educação. O que são tecnologias. 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-que-sao-
tecnologias/53810 >. Acesso em: 30jun17. 
PACIEVITCH, Thais. Tecnologia da Informação e Comunicação. 
<https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-
comunicacao/>. Acesso em: 30jun17. 
PERASSO, Valéria. O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas 
vidas. Rio de Janeiro: G1, 2016. Disponível no acesso: 
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/10/o-que-e-a-4a-revolucao-industrial-
e-como-ela-deve-afetar-nossas-vidas.html>. Acesso em: 30jun17. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.infoescola.com/autor/thais-pacievitch/29/
https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
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