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1 Disciplina: TICs aplicadas à alfabetização Autores: M.e Wanderlane Gurgel do Amaral Revisão de Conteúdos: Esp. Irajá Luiz da Silva Revisão Ortográfica: Murillo Hochuli Castex Ano: 2018 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Wanderlane Gurgel do Amaral TICs aplicadas à alfabetização 1ª Edição 2018 Curitiba, PR Editora São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA AMARAL, Wanderlane Gurgel do. TICs aplicados à alfabetização / Wanderlane Gurgel do Amaral – Curitiba, 2018. 38 p. Revisão de Conteúdos: Irajá Luiz da Silva. Revisão Ortográfica: Murillo Hochuli Castex. Material didático da disciplina de TICs aplicados à alfabetização – Faculdade São Braz (FSB), 2018. ISBN: 978-85-5475-253-8 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Aula 1 – As tendências das Tecnologias da Informação e Comunicação e as competências da Base Nacional Comum Curricular Apresentação da aula 1 Nesta aula a abordagem será sobre as tendências das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Serão contextualizados nos dias contemporâneos a alfabetização e letramento utilizando as TICs como ferramentas. Nesse sentido, não falar da BNCC é praticamente impossível, uma vez que esse documento traz em sua composição dez competências essenciais e, dentre elas, duas tratam especificamente das tecnologias no contexto educativo. Primeiramente, devemos entender o que são essas competências, para em seguida compreender as tendências das tecnologias na alfabetização e letramento. 1.1 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Fonte: https://www.pedagogica.com.br/wp-content/uploads/BNCC-1000x666.jpg A BNCC é talvez o assunto mais discutido atualmente nas escolas públicas e particulares. Trata-se de uma base nacional para currículos, ou seja, ela não é um currículo e sim, um conjunto de orientações que norteiam as equipes pedagógicas na elaboração de seus currículos. Para entendermos melhor, a Base indica dez Competências Gerais, que determinam os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais, que todos os 6 estudantes, independentemente de onde moram ou estudam, devem desenvolver em todas as etapas da educação básica (SAE DIGITAL, 2018). Ao elaborar os currículos, as escolas devem focar nesses quatro elementos. Para isso, é preciso saber que a educação integral na BNCC contempla todas as dimensões do desenvolvimento humano, que envolve: o cognitivo, o acadêmico, o intelectual, o físico-social, o emocional e o cultural. Importante Educação integral na BNCC não é o mesmo que Educação em tempo integral. “Para a pretendida formação, que realmente promova as dez competências, a BNCC propõe uma Educação Integral que realize uma articulação entre as formações cognitivas e as socioemocionais, ou seja, que promovam o desenvolvimento de estudantes sem que a qualificação intelectual não se separe, por exemplo, da promoção de autoestima, do respeito recíproco e da responsabilidade social. Fica clara, portanto, a distinção entre Educação Integral e educação em tempo integral”. (MENEZES, 2018, p. 17). Esses conhecimentos, habilidades e atitudes não são os mesmos trabalhados no mundo corporativo, pois esses devem preparar o estudante para a vida do século XXI. Ou seja, não adianta saber os conteúdos se os estudantes não tiverem habilidades para aplicá-los na prática e se não tiverem atitudes para transformá-los em elementos realmente significativos. É nesse cenário que entram as dez competências gerais, que são um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, conectados com os desafios que o mundo contemporâneo oferece e que devem ser desenvolvidos pelos estudantes. Para Pennido (2018, s/p.), “não adianta desenvolvermos nos estudantes a capacidade de ler e escrever se eles não sabem ouvir, nem expressar suas ideias com clareza”. 7 Saiba Mais Para saber mais sobre a Base Nacional Comum Curricular, acesse o site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. É importante que você leia toda a base para entender e contextualizar o seu aprendizado. 1.1.1 As dez competências gerais As dez competências gerais devem ser utilizadas em todas as etapas da educação básica, que são: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Como dito anteriormente, elas tratam das dimensões do desenvolvimento humano e devem ser pulverizadas em toda a BNCC. Assim sendo, cada área do conhecimento e cada componente curricular tem competências específicas que contribuem para o desenvolvimento dessas competências gerais, configurando- se como habilidades que vão conter todos os sub-elementos. Enfim, as competências não estão restritas a um componente curricular especificamente e devem estar transversalizadas nos vários componentes curriculares, nas diversas áreas do conhecimento. Nesse sentido, são capacidades que precisam ser desenvolvidas ao longo de todo o processo da educação básica, principalmente as competências de autoconhecimento, autocuidado, colaboração, capacidade de gerar emoções. Para que seja aplicada no cotidiano, é mais importante observar o tipo de prática pedagógica que se traz para a sala de aula e o tipo de relação que se estabelece entre professor, estudante e a direção da escola, do que propriamente aulas expositivas. A proposta pedagógica deve subsidiar práticas e vivências, oportunizando aos estudantes condições desafiadoras, provocando- os ao longo do processo, podendo fortalecer suas características e capacidades trazidas como conhecimentos prévios. Enfim, as dez competências na BNCC fazem um convite aos educadores, aos especialistas em currículo, para pensarem em práticas pedagógicas, interdisciplinaridade, atividades participativas e que ofereçam aos estudantes oportunidades para eles desenvolverem o seu intelecto, seus conhecimentos http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 8 acadêmicos, bem como aprimorarem efetivamente todos os seus potenciais e todas as suas dimensões e, assim, estarem melhor preparados para um mundo que os desafie também para sua atuação como membro ativo da sociedade. Menezes (2018, p.13) diz que: “as Competências são qualificações que se complementam no decorrer da vida escolar, não necessariamente em cada etapa”. Ou seja, elas indicam o que os estudantes serão capazes de realizar embasados em sua educação e, assim, em sua vivência escolar. Após essa compreensão, vale verificar as dez competências descritas na BNCC. Competência 1: se refere aos conhecimentos humanos, ou seja, “compreender e explicar a realidade natural e social, a partir dos conhecimentos adquiridos, colaborando para a solidariedade (MENZES, 2018, p.13). Competência 2: Pensamento científico, crítico e criativo. É a capacidade de ter a curiosidade de investigar a realidade, os fenômenos das coisas, da vida, porém, sempre com a capacidade de questionar. Terem criticidade para partirem da investigação e não somente absorverem conhecimento e, assim, sempre problematizarem os porquês. Ao desenvolverem o pensamento cientíco e crítico, os estudantes serão capazes de criar, solucionar e desenvolver novas ideias. Competência 3: Repertório cultural. Trata-se de desenvolver nos estudantes a capacidade de produzirem arte e cultura, que trazem a dimensão do pensamento aberto, da apropriação das nossas raízes, para a abertura da diversidade trazidas pelo o universo de novas culturas. (PENNIDO, 2018). Competência 4: Capacidade de comunicação. Iniciação ao universo das tecnologias, porém, não é propriamente a competência voltada para a cultura digital. A capacidade de comunicação está muito ligada à essa cultura, uma vez que a aptidão das pessoas se comunicarem e dialogarem em múltiplas linguagens e plataformas é muito demandada pela sociedade contemporânea. Contudo, essa capacidade de se comunicar precisa estar intrinsecamente ligada à de aprender a escutar, dialogar, expressar sentimentos, ideias e opiniões. Porém, sempre com 9 a possibilidade de mediar relações, ou seja, não se trata somente de locução e interlocução e sim do estudante saber expressar suas ideias e ouvir a opinião dos outros. Competência 5: Cultura digital. Chegamos ao ponto específico do propósito em relacionar a BNCC à disciplina que está sendo apresentada. Desse modo, fala do desenvolvimento da capacidade dos estudantes compreenderem as mediações tecnológicas, mas, também, fazerem uso ético, significativo e reflexivo dessas tecnologias, tanto para se comunicarem, quanto para buscarem informações e criarem soluções. Observa-se, atualmente, quem não tem acesso às tecnologias, acaba sendo excluído dos processos sociais, políticos e econômicos. Competência 6: Capacidade de argumentação. Essa competência tem como dimensão oferecer a oportunidade para o estudante pensar sobre “quem ele é”, “para onde ele vai”, “que pessoa ele quer ser”. No entranto, para que isso aconteça, ele precisa ter: foco, saber gerenciar as frustrações, planejar e, assim, ter condições de analisar sobre as profissões do futuro e como é o mundo do trabalho. Competência 7: Capacidade de gerir sua própria vida. A ideia é que os estudantes tenham capacidade de defenderem suas ideias e opiniões com base em evidências, em dados, com argumentos científicos, críticos e criativos (conforme o que eles desenvolvem na competência 2). Competência 8: Capacidade de autoconhecimento e autocuidado. Permite que os estudantes, ao longo da educação básica, possam se conhecer, entendendo quais são suas fragilidades e seus potenciais, oportunizando crescimento e fortalecimento no ponto mais fraco exaltando o que é mais forte. No âmbito do autocuidado, que eles consigam pensar sobre a sua saúde, bem-estar e, assim, serem capazes de desenvolver práticas e hábitos que façam se afastarem de situações de riscos e consigam viver uma vida saudável. Competência 9: Desenvolvimento social. Trata-se de desenvolver a empatia e a colaboração, a capacidade de considerar o ponto de vista, 10 os sentimentos do outro, sabendo se solidarizar e, ao mesmo tempo, cooperar, sabendo desenvolver a capacidade de coletividade, construindo as coisas juntos, entendendo o sentido de equipe. Competência 10: Desenvolvimento da autonomia. Está relacionado à responsabilidade e à autonomia e, por sua vez, tem a ver com a relação do estudante com o mundo. Tem como foco desenvolver nos estudantes a capacidade de compreenderem as grandes questões sociais, políticas, econômicas e os temas da humanidade e, assim, poderem agir diante destes com autonomia, para serem agentes de transformação, principalmente em relação às questões socioambientais, que são desafiadores no mundo atual. Sendo assim, as 10 Competências Gerais na BNCC buscam principalmente desenvolver nos estudantes a capacidade de pensar, de buscarem autonomia, desenvolvendo o conhecimento e tornando-se aptos para o mundo atual, para a vida. A proposta da disciplina está focada na competência 5, a qual pretende desenvolver nos estudantes a capacidade de saber lidar com o mundo tecnológico, mas não no sentido de saberem apenas manusear um computador, um software, acessando as redes sociais ou jogos interativos. Vai muito além disso, ela pretende que o estudante não somente saiba fazer tudo isso, mas que também crie, desenvolva, e contribua por meio das tecnologias no mundo do trabalho. Saiba Mais Para saber mais sobre os campos de experiência da educação infantil, acesse o site http://basenacionalcomum.mec.gov.br/, vá até o final da página e faça o download da Base. Em seguida, vá até a página 23. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ 11 Resumo da aula 1 Concluindo, é necessário pensarmos em alfabetizar os estudantes desde a primeira infância com a utilização das tecnologias da informação e comunicação. Não por que isso está na moda, ou para dizermos que as escolas são atualizadas e contextualizadas, mas porque precisamos prepará-los para as demandas que o século XXI exige. Precisamos oferecer educação para de fato prepararmos os estudantes que estão na escola hoje, para lidarem com os desafios que eles vão enfrentar na vida adulta. Desse modo, se os direcionamos para o desenvolvimento dessas capacidades, estarão prontos para se adaptarem para essas mudanças e buscarem os conhecimentos e habilidades que precisarão para dar conta dos novos desafios que aparecem. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre os desafios de ensinar utilizando as 10 competências da BNCC. Aula 2 – Concepções, princípios, teorias e tendências para a educação do século XXI Apresentação da aula 2 Nesta aula o objetivo é conhecer o que há de novo no mundo contemporâneo, como: a Geração Alpha, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), a 4ª Revolução Industrial e a educação 4.0, e assim, compreender a urgência de se repensar a sala de aula e a alfabetização e letramento dos estudantes contemporâneos. 12 Ao abordar as Tecnologias da Informação e Comunicação, se faz necessário enfatizar a importância que elas têm no mundo contemporâneo. Por isso, entendê-las faz parte de um cenário cada vez mais inserido no contexto escolar. Como vimos na aula anterior, as tecnologias fazem parte de um cenário que integra uma nova concepção de educação, que, por sua vez, integram a base comum curricular para as escolas públicas e particulares. Nesse contexto, é primordial entender o que elas são e como aplicá-las na alfabetização de crianças, que fazem parte da geração Alpha e da geração 4.0. 2.1 Geração Alpha Contar as gerações faz parte de um cenário de contextualização das características dos nascidos em épocas diferentes. Essas gerações são contadas a partir da evolução tecnológica de suas épocas, desse modo, como as tecnologias mudavam devagar (com relação aos avanços atuais), as gerações duravam cerca de 20 a 30 anos para serem mudadas. No contexto atual em que as tecnologias estão cada vez mais aceleradas e se renovam de maneira veloz, com o número elevado de informações, as gerações passaram a ser contadas a cada 10 anos. Por exemplo: da geração Z (pessoas nascidas no fim da década de 1990 até 2010) para a geração Y (pessoas nascidas no início da década de 1980 até meados da década de 1990) foi menor do que a passagem da geração X (pessoas nascidas entre 1960 e 1980) para a Geração Z. Fonte:http://piauihoje.com/media/image_bank/2016/12/inteligencia- artificial.jpg.756x379_q85_box-121%2C0%2C1079%2C480_crop.jpg 13 Em 2010 nasce a Geração Alpha, cientificamente comprovada a geração mais inteligente, afirma a Psicóloga Fernanda Fúria, que, em entrevista à Revista Pais e filhos diz que: “Nosso cérebro está mudando, estamos ficando mais capazes”. Essa geração é composta por crianças que, como a geração Y, nunca conheceram o mundo sem tecnologias, elas nascem interagindo, por exemplo, seus nascimentos são registrados com fotos, vídeos e, às vezes, com transmissão ao vivo para a família. Segundo o sociólogo australiano Mark McCrindle, a geração Alpha é independente e tem potencial para resolver problemas mais facilmente do que seus pais e avós, isso porque eles são mais estimulados. Portanto, por mais que estejam antenados com as redes sociais, como filmes on demand, lendo e- books e participando de jogos eletrônicos, outras gerações precisaram aprender e praticar suas habilidades, enquanto a geração Alpha, nasce naturalmente pronta, ou seja: outras gerações são “imigrantes digitais”, enquanto a Alpha, é composta por “nativos digitais”. Vocabula rio On demand : sob demanda e que funciona de acordo com a necessidade de um indivíduo. Estão voltados principalmente para TV a cabo ou empresas como a NETFLIX, onde o público assiste a filmes e/ou a programas de TV quando e onde quiser. Por isso, pensar no contexto tecnológico é muito importante para a alfabetização e letramento dessa geração, pois impor para eles ensino tradicional é pedir para voltarem no tempo, em um mundo que eles nunca conheceram, nem integraram. Ou seja, são necessários ambientes educativos que tenham estímulos sensoriais, livros interativos e professores capacitados para lidar com crianças que já trazem uma bagagem de conhecimento, nunca antes vista. Mediante isso, não há como negar que, mais do que nunca, as crianças precisam ser estimuladas e preparadas para a educação 4.0 (maiores detalhes sobre esse assunto no subitem 2.3). 14 Vocabula rio Educação 4.0: é uma educação que atenderá às demandas da indústria 4.0 ou à chamada 4ª Revolução Industrial. Ví deo Kumitê em parceria com a Heinz Papinhas, fez um documentário sobre a Geração Alpha, para assisti-lo acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=dnwl4zvOfhc&t=21s 2.2 Tecnologias da Comunicação e Informação Percebemos o quão desafiador o processo de ensino e aprendizagem encontra-se nos tempos atuais, em que os professores estão em um processo de transição e precisam trabalhar com alunos que trazem a tecnologia em seu DNA. Há pouco tempo saímos do fogão a lenha para o fogão elétrico, do talão de cheques para o cartão magnético, da televisão de tubo para a smart TV, da educação tradicional para a educação mobile learning e, como estas, para muitas outras evoluções tecnológicas, graças à evolução das TICs. No contexto educativo, é cada vez mais comum a utilização de smart phones, lousas interativas e outros aparatos tecnológicos na sala de aula. Mas, também é comum vermos estudantes descontentes por falta de motivação em sala de aula. Isso acontece, principalmente, porque é comum ouvirmos professores reclamando de estudantes que constantemente são pegos interagindo nos celulares durante as aulas. Entretanto, por outro lado, professores estão utilizando blogs, redes sociais, canais do YouTube, para a realização de atividades e divulgação de materiais didáticos. https://www.youtube.com/watch?v=dnwl4zvOfhc&t=21s 15 Contudo, na maioria dos casos, essa não é uma realidade. Infelizmente, os dados ainda apontam para o fato de que ainda falta muito para as escolas (principalmente públicas), utilizarem meios e aparatos tecnológicos como ferramentas de alfabetização e mediação pedagógica. Pode-se questionar, afinal o que são essas Tecnologias da Informação e Comunicação? Quando as TICs surgiram, elas eram chamadas de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC), mas elas estão em constantes renovações e, por isso, elas continuam sendo —novas não porque acabaram de surgir, mas porque estão diariamente no processo de atualizações. Fonte:https://i0.wp.com/www.aquinoticias.com/wp-content/uploads/2017/11/17/tecnologia- informacao.png?ssl=1 Para responder a essa pergunta, vale analisar cada palavra e depois fazer a junção delas com um conceito definido. Tecnologias – de forma simplificada, pode-se dizer que tecnologias são aparatos eletrônicos ou mecânicos, que podem ser hardwares ou softwares. É um “conjunto de recursos tecnológicos utilizados de forma integrada, com um objetivo comum” (PACIEVITCH, 2017, s/p). Informação – é a mensagem obtida quando os dados são processados e organizados. Comunicação – na modalidade interativa, a comunicação é a forma que as pessoas utilizam para se comunicarem e trocarem experiências utilizando os meios tecnológicos para isso. https://www.infoescola.com/autor/thais-pacievitch/29/ 16 Juntando as palavras, podemos dizer que TIC é uma vasta linha de tecnologias que facilitam o acesso à informação e ao conhecimento, cujo objetivo é disponibilizar ferramentas que minimizam os processos operacionais e tornam a comunicação mais fácil entre organizações e pessoas (PORTAL E- EDUCAÇÃO, 2018). Com isso, podemos dizer que as TICs, são recursos que utilizamos não somente para nos comunicarmos, mas também para facilitar nossa vida, os processos das empresas e da sociedade em geral. Na educação, as TICs, são utilizadas para a aplicação de recursos tecnológicos como ferramentas de ensino, utilizando-as a favor da educação. 2.3 4ª Revolução Industrial Educação 4.0, esse é um termo novo para definir como as gerações devem ser preparadas para a 4ª Revolução Industrial. Portanto, se faz necessário conhecer o que é essa terminologia, sua contextualização, visto que uma surgiu em detrimento da outra. Fonte: https://i0.wp.com/chicoterra.com/wp-content/uploads/2018/09/CHAMADA-DESVENDAR- 4.0.jpg?fit=620%2C330&ssl=1&resize=350%2C200 A 4ª Revolução Industrial foi tema do Fórum Econômico Mundial de 2016, em Davos, na Suíça. Conforme Klaus Schwab (2016), fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, (a Organização Internacional para a Cooperação Público-Privada), "estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos 17 relacionamos”. Para ele, em termos de escala, alcance e complexidade, haverá uma transformação diferente de qualquer situação que o ser humano já tenha experimentado antes. Isso significa dizer que a economia será marcada com a presença das tecnologias digitais, mobilidades e conectividades de pessoas, ou seja, a diferença entre máquinas e pessoas será dissolvida e o valor central será a informação. Com essa revolução, virão mudanças na industrialização de produtos e o universo dos empregos: “Os ‘novos poderes’ da transformação virão da engenharia genética e das neurotecnologias, duas áreas que parecem misteriosas e distantes para o cidadão comum” (PERASSO in BBC – G1, 2016). Conforme a jornalista, alguns especialistas afirmam que “o mundo como conhecemos está a ponto de mudar, principal e radicalmente o modo como produzimos e trabalhamos”. É evidente que há muitos outros pontos a serem considerados na 4ª Revolução Industrial; há prós e contras, as questões das mudanças radicais que “impactarão em como somos e como nos relacionamos” em todo o planeta. Também afetará o mundo do trabalho e o futuro dele, inclusive a desigualdade de renda; “Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado ético” (PERASSO in BBC – G1, 2016), porém, não serão discutidos nesta aula, por não ser o nosso foco principal. É nesse ponto que precisamos entender a educação 4.0 e, é a partir daqui que começa a se descortinar a importância de se trabalhar as TIC na alfabetização e letramento. Para entender melhor o que já está acontecendo no contexto contemporâneo e o que há de vir em um futuro próximo, assista o vídeo Convergência – a quarta Revolução Industrial”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rbXJMAFRM7I&t=15s. Conforme visto no vídeo, é notório que, se as crianças de hoje serão os profissionais do futuro, é necessário prepará-los para os desafios que os avanços tecnológicos trazem. É certo que daqui a dez anos, não saberemos como estará a situação mercadológica, pois, com a convergência tecnológica, a comunicação e os serviços mudam rapidamente. No entanto, com base no que temos hoje, podemos prepará-los para vivenciarem no seu dia a dia essa evolução. https://www.youtube.com/watch?v=rbXJMAFRM7I&t=15s 18 Ví deo Assista ao vídeo ‘O que é Indústria 4.0’ – Produzido pelo SENAI- SP. Nele você irá conhecer a linha do tempo da 1ª até a 4ª Revolução Industrial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3ixQQ4elwm0 2.4 Educação 4.0 Nesse subitem, a contextualização será na Educação: 1.0, 2.0 e 3.0 para posterior abordagem da Educação 4.0 A educação 1.0 é caracterizada pelo quadro negro, giz e pelo copista, onde o professor expõe o texto no quadro e os estudantes copiam o que ele escreveu. A Educação 2.0 ocorreu quando, além do quadro negro, os professores passaram a utilizar os projetores de slides e multimídia. A educação 3.0 ocorreu quando a internet perpassa pela relação com o corpo, que é a parte sensorial. Já quem a educação 3.0 a internet perpassa pelo corpo, a educação 4.0 é extracorpo, ou seja, é quando se fala da inteligência artificial. Para melhor entendimento, a professora Marta Relvas fala que as notícias e bombardeios de informações permeiam pelas relações sensoriais e é a área do córtex pré-frontal que recebe essa informação. E, como os cérebros das crianças e dos jovens são hiperconectados, o interesse deles sustenta a posição de atenção para a construção de memórias à base das novas tecnologias. A questão é: como fazer com que essas tecnologias sejam um diferencial na vida do educador, do professor? Para isso, é preciso haver a quebra de resistências, entendendo que essas tecnologias efetivamente fazem parte do nosso cotidiano. Para Débora Garofalo (colunista da Revista Nova Escola), a educação 4.0 chegou e é irreversível: “[...] o termo está ligado à revolução tecnológica que inclui linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT) https://www.youtube.com/watch?v=3ixQQ4elwm0 19 e contempla o learning by doing” que, em tradução livre do inglês para o português, significa “aprender fazendo”. Vocabula rio Internet das coisas: se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. O engenheiro mecânico e professor Roberto Camanho concorda com Garofalo, quando diz que: “a evolução tecnológica são ondas que não têm retrocesso, elas chegam, invadem a sociedade e causam uma série de mudanças, que no fundo geram um impacto em melhorias”. Fonte: http://inoveduc.com.br/wp-content/uploads/2018/03/Kroton-Educacao-Digital.jpg Educação 4.0 – “começa a responder às necessidades da “Indústria 4.0” ou da também chamada quarta revolução industrial, onde a linguagem computacional, a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, os robôs e outras 20 tecnologias se somam para dinamizar os processos nos mais diversos segmentos da Indústria” (CARON, 2017, s/p). Na educação 4.0 o principal foco está ligado ao que propõe a BNCC, que é o “aprender por meio da experimentação, projetos, vivências e mão na massa.” (GAROFALO, 2018, s/p), assim, o aprendizado é construído por meio dos valores, conhecimentos e habilidades que o estudante obtém a partir das suas vivências e/ou experiências. O termo 4.0 está diretamente ligado à revolução tecnológica, assim, pode- se dizer que precisamos formar estudantes que atendam às mudanças que a 4ª Revolução Industrial traz em seu contexto. E como serão essas crianças quando forem adultos, já que serão pesquisadores desde pequenos? Provavelmente serão adultos que saberão interagir, terão conhecimentos, porque a educação 4.0 vai resgatar aquele conceito lá do Jardim da Infância em que as crianças têm a oportunidade de explorar e transformar em prática os currículos, por isso ele é tão marcante em suas vidas. Isso ganhou muita voz com a aprovação da BNCC, quando tornou as tecnologias uma competência de ensino, ou seja, ela tem que chegar para todos. 2.4.1 O professor na educação 4.0 Em todo o processo da educação 4.0, o professor tem que entrar como mediador do processo novo, ou seja, não dá mais para negar o uso das tecnologias em sala de aula, porque os usos delas pelos os estudantes são intensos e os professores precisam aprender a lidar com elas. É claro que é sabido por todos que existem problemas com a infraestrutura, com a falta de conectividade, mas, independentemente disso, como disse Paulo Freire, “somos eternos aprendentes” e, por isso, enquanto professores, precisamos, além de vivenciar, também trazer experiências para a sala de aula que contemplem o uso dessas tecnologias. Isso fará com que o estudante também as vivencie e se torne protagonista, foco da educação 4.0. Como imigrantes digitais, alguns professores têm uma formação analógica, as experiências são reportadas a partir do professor que os formou e a cultura da ocasião está intrínseca nas ações repassadas até o momento, 21 porém, ela precisa ser rompida e atualizada, buscando suprir as necessidades atuais. No entanto, metodologicamente o professor precisar analisar e direcionar esse mecanismo de aprendizagem, usando a tecnologia a favor da aquisição do conhecimento e retenção dos objetivos de suas aulas, não utilizando-a sem critérios definidos. Deve haver um novo modelo de ensino-aprendizagem em que os professores, os estudantes e a escola sejam protagonistas. Assim, sairemos do modelo diretivo da educação e passaremos a trabalhar com o modelo colaborativo, em que todos são participantes, que interagem na produção do conhecimento. Esse tipo de ação precisa ser levado para as escolas, ou seja, construir com o saber colaborativamente, esse é o primeiro passo para sairmos da educação 1.0 e chegarmos ao estágio contemporâneo da educação no Brasil. Contudo, para dar certo, para que essa educação aconteça de fato, é preciso quebrar alguns paradigmas ou hábitos. Segue abaixo um check list reflexivo, oportunizando uma averiguação do contexto e também uma autoanálise. Precisamos mudar a maneira de pensar o ensino-aprendizagem, envolvendo o estudante, transformando o conteúdo em objetos de estudos, deixando a cultura de estudar e/ou buscar mecanismos para obtenção de notas, apenas para obter a aprovação no final de cada período ou ano letivo. O professor precisa entender que a educação 1.0 não cabe mais na educação do século XXI e que, é preciso se adequar à nova realidade, fazendo valer efetivamente a mediação e a colaboração. Deve entender que precisa preparar o estudante que está na sala de aula para o futuro. O estudante precisa entender que ele é o protagonista; é ele quem precisa aprender, o interesse é dele e é ele quem deve buscar esse conhecimento. Precisa entender que o professor é o condutor, o mediador —e o que ele fala nunca é o suficiente para o aprendizado. 22 Outro fator muito importante que o professor precisa saber é que sozinho ele não vai conseguir. Para dar certo, todos (direção, coordenação, professores, estudantes) precisam pôr a “mão na massa”, caso contrário, o professor ficará puxando sozinho uma classe, uma equipe inteira e não irá muito longe. Atividade de Aprendizagem Faça uma pesquisa, usando os parâmetros de uma escola, sobre quais incentivos, ou quais ações já estão sendo realizadas (ainda que não intencionais) com relação à educação 4.0. Essa é uma boa forma de exercitar o learning by doing. Aula 3 – Ferramentas e metodologias para alfabetizar na educação infantil Apresentação da aula 3 Após conhecer a contextualização das tecnologias e das inovações que o mundo contemporâneo apresenta, esta aula oferecerá uma reflexão a respeito das ferramentas e metodologias para aplicar na educação infantil. Fonte:https://www.wreducacional.com.br/img_cursos/prod/img_610x320/educacao/nocoes- basicas-de-informatica-na-educacao-infantil.jpg 23 A Educação Infantil, antes da Constituição Federal (CF) de 1988, tinha caráter assistencialista, era vista como uma miniescola para pequenos, desvinculada da Educação Básica. O Art. 205 da CF reconhece a educação como direito fundamental entre Estado, família e sociedade, ou seja, passa a ser dever do Estado. Em seguida, esse reconhecimento passa a ser reforçado pelo Art. 9º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394/96, que estabelece as competências e diretrizes para a Educação Infantil, para o Ensino Fundamental e Ensino Médio. Reforçando ainda mais o Plano Nacional de Educação (PNL), por meio da Lei nº 13.005/2014: LEI Nº 13,005/2014, DE 25 DE JUNHO DE 2014 Que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. “Tem como meta universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, cinquenta por cento das crianças de até três anos até o final da vigência deste PNE”. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014- 778970-publicacaooriginal-144468-pl.html Após esses fatos, além de integrar a Educação Básica, a Educação Infantil passa a ser obrigatória e um dever do Estado e da Família. 3.1 Metodologias ativas, sala de aula invertida, ensino híbrido e democratização do ensino Estão disponíveis atualmente várias ferramentas e metodologias que atendem o cenário educativo que o mundo vem presenciando. Por isso, se faz necessário que as escolas e os professores conheçam ferramentas que proporcionarão aos estudantes subsídios para potencializar o desenvolvimento integral, algo em evidência na Base Nacional Comum Curricular. http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-778970-publicacaooriginal-144468-pl.html http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-778970-publicacaooriginal-144468-pl.html 24 Com isso, a ideia é que os currículos das escolas ou unidades escolares sejam contemplados com ferramentas e metodologias que proporcionem aos estudantes práticas pedagógicas mais ativas, interdisciplinares e que não desenvolvam apenas o intelecto, conhecimentos acadêmicos, mas também para desenvolverem suas potencialidades e dimensões, e assim estarem melhor preparados para o mundo que os desafia também em todos esses níveis. 3.1.1 Metodologias Ativas O conceito de Metodologias Ativas tem a ideia de aprendizagem ativa, que é a ideia da aprendizagem centrada no estudante. Surgiu a partir de uma série de pesquisas na área educacional e da Pedagogia, em que se percebeu que o indivíduo aprende melhor quando ela interage com as pessoas e com o objeto de aprendizagem. Com relação às Novas Tecnologias, vale questionar: que escola é essa que temos e que escola queremos para o século XXI? Crianças com o cérebro hiperconectado? Não dá mais para elas receberem informações e que não estejam desenvolvendo nelas o processo de autonomia, da sua relação dessa criação. Por esse motivo, a escola deve proporcionar aos estudantes metodologias ativas e inovadoras e deve ser colocada dentro de um processo extremamente avançado, pois a criança está conectada com esse mundo interativo. Nesse sentido, a “escola antiga” não faz parte do contexto das crianças. Por exemplo, se você falar em mimeógrafo, datilografia, até em projetor de slides, corre-se o risco de ser questionado pela criança se no seu tempo havia dinossauros, porque, apesar de não fazer muito tempo que essas ferramentas eram utilizadas, elas estão distantes do estudante contemporâneo. Por isso, é preciso colocar a escola dentro do contexto atual, das necessidades das crianças e dos adolescentes, que aprendem por conta própria e têm mais interatividade e interesse em tecnologias, como o smart phone e, por isso, não podemos ficar atrás disso. Os professores precisam ser contemporâneos e trazer tecnologias, essas práticas para a sala de aula, porque a tecnologia é uma propulsora da aprendizagem. A partir do momento em que começar a trabalhar com elas, o 25 professor tira o estudante da passividade e traz ele para o centro do processo ensino-aprendizagem e, como esse é um processo natural, o estudante vai se tornar protagonista. 3.1.2 O currículo dentro das Metodologias Ativas Essas metodologias ativas têm um currículo e deve ser seguido, ou seja, as coisas não acontecem de qualquer maneira. Por exemplo, a ideia de que o estudante irá acessar, por exemplo, um tablete, não significa que ele irá acessar a internet ou qualquer conteúdo; ele terá um contexto, por isso, a criação do currículo é muito trabalhosa. É diferente da educação 1.0, em que o professor reproduz na lousa e pede para o estudante copiar e pontualmente aplica uma prova. Na elaboração do currículo para as Metodologias ativas, o professor irá lidar com incertezas, porque a sala de aula e a própria aula transbordam, vão além do espaço físico. Com isso, o professor precisa perceber qual é a demanda dos estudantes, quais são os seus interesses. Isso porque, o mundo contemporâneo está todo conectado. Para exemplificar, entre em uma página do Wikipédia, faça uma pesquisa sobre qualquer assunto, por exemplo, pesquise sobre a cidade de Paris. Dentro dessa pesquisa, irá encontrar inúmeros links, com vários assuntos relacionados a essa cidade. Assim também deve ser em sala de aula, o interesse do estudante tem que estar conectado com alguma referência que a escola quer ensinar naquele momento e é o professor que precisa fazer esses links e suscitar o interesse, porque quando faz isso, ele cria um ambiente para uma aula mais interessante e contemporânea. Esse currículo proporcionará ao estudante um direcionamento do que é importante para aquele momento no contexto da sala de aula, bem como lhe ajudará a explorar tudo à sua volta. Por exemplo, você não irá precisar sair da sala de aula para ir a um museu, você pode fazer isso utilizando a realidade aumentada (Internet das coisas) e o seu papel será mediar, orientar o estudante para os pontos importantes na ampliação de seus conhecimentos, porém, deixando-os explorar 26 aquilo que lhes interessa. Desse modo o grande desafio do professor será despertar esse interesse. Para a elaboração do currículo, não há uma receita pronta, nem poderia ser, porque é algo a ser conquistado e isso pode acontecer utilizando as metodologias ativas, trazendo a resolução de problemas para dentro da sala de aula. 3.2 Abordagens nas metodologias ativas Dentro das Metodologias Ativas, há várias abordagens, nesta aula vamos ver duas delas: a sala de aula invertida e o ensino híbrido. 3.2.1 Sala de aula invertida A sala de aula invertida consiste em que o estudante tenha a prévia de estudo antes de ir para a sala de aula, com isso, a sala de aula tradicional com um estudante atrás do outro não cabe nessa abordagem. Ela trabalha com possibilidades dentro de uma temática voltada ao conteúdo estruturante. A ideia é que o estudante estude o conteúdo em casa, que traga para a escola suas dúvidas, seus anseios acerca do tema, tornando a sala de aula um ambiente de conversa, debates e diálogos. Essa prévia deverá ser realizada em uma plataforma digital, que será alimentada com textos, vídeos e materiais que possam dar suporte para um estudo mais acadêmico. A dúvida é: como fazer isso na educação infantil? Nesse caso, começa a inserção dos pais no processo ensino-aprendizagem. Por meio da plataforma, os pais irão ler para as crianças, mediar os jogos interativos e educativos, ou histórias infantis, desenhos educativos, ou outros recursos que o professor utilizar nessa plataforma. Assim, quando a criança bem pequena, ou a criança pequena (é assim que a BNCC divide a Educação Infantil, além dos bebês, que não foram citados) forem para a sala de aula, antecipando o contato com o objeto de aprendizagem. 27 Por outro lado, o estudante deve ser protagonista e, para isso, precisa se sentir responsável, estudando e adquirindo conhecimentos prévios para interagir, colaborar com as aulas e com o seu aprendizado. Na sala de aula invertida, o learning by doing está muito presente, nele o estudante não pode, nem conseguiria ser passivo. Para ser proativo, ele precisa fazer parte. A grande questão é como despertar o interesse nesse estudante. Esse processo deve ser trabalhado caso a caso, cada professor, cada turma etc. Essa ação irá extrapolar o livro didático, o programa que ele traz e o que vai ser construído em conjunto, pois a perspectiva de uma sala de aula interativa parte das Metodologias Ativas. 3.2.2 Ensino híbrido O ensino híbrido combina ferramentas, ambientes e organizações para potencializar a aprendizagem. Em análise, ele pode ser trabalhado em conjunto com a sala de aula invertida, já que utiliza recursos interativos e plataformas de ensino. Porém, apesar de estar ligado intrinsecamente ao uso das tecnologias digitais, “o ensino híbrido tem mais a ver com a reorganização do tempo e do espaço da aula, além dos papéis de aluno e educador” (GEEKIE, 2016, p. 22). Também não significa dizer que apenas ao colocar um tablete na mão do estudante, o ensino híbrido estará acontecendo; ele “se concretiza quando as diferentes composições de trabalho se entrelaçam para ampliar a aprendizagem” (GEEKIE, 2016, p. 22). O ensino híbrido acontece quando há momentos de aprendizagem individuais e coletivos, seja ele online ou off-line, quando há debates, produções dentro e fora da sala de aula, complementando essas ações. Quando o estudante contribui com seus conhecimentos por etapas, avançando seus estudos de acordo com a conclusão destas, respeitando seu tempo e suas limitações. Lembrando sempre que as aulas expositivas continuam acontecendo, porém, uma característica marcante no Ensino híbrido é o fato dessa abordagem valorizar os vários tipos de inteligência, seja ela visual, motora, cinestésica, ou auditiva. Para visualizar melhor o que é o ensino híbrido, observe a figura a seguir: 28 Fonte: ©Geekie (2016, p. 23) 3.3 Democratização do ensino A educação 4.0 veio democratizar a informação, ou seja, qualquer pessoa poderá estudar em qualquer universidade do mundo, sem sair da sua casa, isso porque, ao democratizar o ensino, o acesso dá liberdade para o estudante, que, teoricamente, estará mais apto e interessado a aprender. Há a extensão da sala de aula, e sua aula não terminará após os 50 minutos ou em uma ou duas aulas semanais que o professor ministra, porque o estudante terá a liberdade de rever, reler, entender melhor por meio das plataformas de ensino, onde pode interagir e se conectar com os outros fora do horário da sala de aula. A colaboração é o ponto forte. Infelizmente, o acesso às tecnologias não é para todos. Atualmente, no Brasil há por volta de 67 milhões de excluídos digitais e isso é um desafio, porque, ao mesmo tempo em que o acesso às informações será democrático, ainda existem muitos brasileiros sem acesso a elas. É sabido que a situação econômica do país reflete na educação, mas o ponto mais interessante, separando essa questão do acesso, é a produção do conhecimento que fica democrática e acontece quando todos produzem 29 conhecimentos. Esse é o grande trunfo da escola, para onde olhar serão visíveis as informações que podem ser transformadas em conhecimento. Por exemplo, atualmente a informação pode vir por meio de aplicativos como o WhatsApp, pelo Facebook, entre outros, mas, apesar de nem todos terem acesso, milhares já estão utilizando esses meios para produzir informação. Esse é um perfil contemporâneo que as escolas devem aproveitar, porque é uma condição vivenciada no dia a dia dos estudantes, principalmente porque quando o professor consegue trazer esse aspecto colaborativo para a sala de aula, também democratiza esse acesso à informação, ao conhecimento. O primeiro passo para isso é a mudança no modelo atual de ensino para um que se aproxime à dinâmica da internet, das redes sociais, da educação 4.0, porque isso ajudará a escola a entrar em um universo independente de termos e tecnologias em sala de aula. Por exemplo, essa era a proposta Montessoriana, da Nova Escola, o protagonismo do estudante, a interatividade entre professores e estudantes, mas essa proposta foi se perdendo com o passar dos anos; o resgate desse protagonismo é o início para entrarmos nessa escola mais contemporânea. Assim, quando se fala em novas tecnologias, em ensino e aprendizagem híbrido, nas metodologias ativas, em classes invertidas, a referência é para o cérebro do estudante, que é do pesquisador, que começa desde a Educação Infantil e, forma pessoas totalmente diferentes, por isso, precisa começar na Educação Infantil. Vocabula rio O Método Montessori é o resultado de pesquisas científicas e empíricas desenvolvidos pela médica e pedagoga Maria Montessori. É caracterizado por uma ênfase na autonomia, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança. 30 Atividade de Aprendizagem Leia mais sobre Metodologias Ativas e proponha um projeto utilizando-as para estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental. Aula 4 – Alfabetização utilizando as TICs na prática Apresentação da aula 4 Nesta aula será possível conhecer algumas práticas, plataformas e atividades aplicando as TICs na alfabetização e letramento. Permite-se assim, os subsídios de aplicabilidade e principalmente uma oportunidade de fazer uma reflexão com relação aos planejamentos e direcionamento metodológico utilizado nas escolas tradicionais. 4.1 TICs e as realidades estabelecidas Estamos vivenciando algumas realidades que já estão estabelecidas na sociedade da informação, uma delas são as Tecnologias da Comunicação e Informação (TIC) aliadas a outros campos do saber. Fonte: https://i.pinimg.com/originals/96/a6/0a/96a60a47a21a5b7d8d234f59b4dda3ec.gif 31 O grande desafio é como introduzir as TIC na alfabetização e letramento, visto que inserir tecnologias, metodologias e ferramentas tecnológicas, não garante que os resultados serão positivos no processo ensino-aprendizagem. Considero de extrema importância enfatizar que algumas escolas e professores já aplicam essas ferramentas e metodologias no seu contexto de sala de aula, porém, muitas vezes, sem nem mesmo saberem que as estão aplicando; sem intencionalidade, mas, porque estão antenados e preocupados em inovar em sala de aula. Mediante isso, vamos conhecer algumas escolas e professores que já estão inovando em sala de aula. 4.2 Exemplos de inovação Como se tornar um país competitivo e capaz de inovar? Como resposta, escolas da Finlândia têm estimulado a criatividade e a autonomia nos estudantes, desde a primeira infância. Elas ensinam noções de respeito e convivência é uma prioridade. Como este é um dos países mais seguros do mundo, as crianças vão para a escola a pé, sem a companhia dos pais; lá autonomia se aprende na escola. A ideia é que as crianças sejam independentes desde a infância, porque seus pais estão trabalhando. O país acredita que será um país mais rico e competitivo no cenário global, se formar adultos capazes de inovar, por esse motivo, a criatividade tem lugar garantido na escola e, a lição para isso é tão simples quanto fundamental: deixá-los brincar livremente. Nesse contexto, pais e professores acreditam que o mais importante é aprender coisas para a vida, como brincar com outras crianças e, com isso, aprenderem a solucionar problemas e a terem habilidades para a vida. Aqui no Brasil, habilidades para além da sala de aula também são estimuladas. Em uma creche da zona norte de São Paulo, as crianças aprendem noções de respeito, convivência e amizade, por meio de aulas de Yoga. Estudantes de 3 a 4 anos de idade, cheios de energia são convidados a meditar, entrando em contato com o próprio corpo. Conforme a professora, a mudança neles depois das aulas é nítida. Ela afirma que eles ficam muito mais tranquilos e harmoniosos e o respeito um com o outro é visível. 32 Ví deo Assista a reportagem: Educar é preciso, cujos exemplos descritos nesta aula serão mostrados. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bHldB7vggs4 4.3 Jogos interativos Transformar os testes em jogos pode ser uma das soluções para alfabetizar os estudantes. Ainda voltando no exemplo da Finlândia, enquanto alguns professores estão em sala de aula, outros estão nos bastidores discutindo como tornar o ensino mais atraente para os estudantes. A ideia é encorajar que os professores ensinem uns aos outros, porque quem está falando,é quem mais está aprendendo. Contudo, também como no exemplo anterior, no Brasil uma escola em São Paulo, uma professora ensina os clássicos da literatura brasileira por meio de livros virtuais. Isso está fazendo com que, quem já gosta de ler, gostem ainda mais. Conforme a professora da turma, os alunos ficam muito mais interessados e participativos. Na educação infantil, o primeiro passo é aplicar os campos de experiências de que fala a BNCC. Como exemplo, vamos utilizar o campo: traços, sons, cores e formas. Mas, para isso, vamos entender primeiro como funciona, em seguida darei um exemplo prático. Como funciona? A BNCC determina que, ao longo da educação básica, os estudantes devem desenvolver as Dez Competências Gerais, das quais falamos na aula 1. Na educação Infantil, elas também devem ser desenvolvidas. Na primeira etapa da educação básica, temos: - as dez competências gerais; - os eixos estruturantes (interações e brincadeiras); - seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se); https://www.youtube.com/watch?v=bHldB7vggs4 33 - campos de experiência (o eu o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, qualidades, relações e transformações). Ou seja, além das competências gerais, se faz necessário garantir que os eixos estruturantes, os direitos de aprendizagem e os campos de experiência, também sejam garantidos na educação infantil. Conforme o documento da BNCC, na educação infantil há um quadro em que ela organiza os grupos por faixa etária em três colunas a nelas são descritos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Em cada linha dessas colunas “os objetivos definidos para os diferentes grupos, referem-se a um mesmo aspecto do campo de experiências, conforme ilustrado a seguir” (BRASIL, BNCC, 2017), conforme ilustrado a seguir: Fonte: Ministério da Educação Perceba que a Educação Infantil é dividida em três grupos: bebês (zero a 1 ano e 6 meses); crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses); crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). É possível perceber que, em cada uma dessas fases, o mesmo assunto é trabalhado de acordo com o que as crianças são capazes de desenvolver em cada faixa etária. Para os bebês, começa pela exibição de um vídeo, que também é um jogo, acesse o link: https://www.jogosgratisparacriancas.com/videos/index. Nesse vídeo o bebê irá ouvir sons, descobrir cores e movimentos. Isso irá ajudá- 34 lo a explorar os sons e estimulá-los para a aquisição de novas habilidades, brincando. Para crianças bem pequenas, acesse o link, que está disponível em: <https://www.jogosgratisparacriancas.com/bebes-criancinhas/jogar_trem.php>. Ele pode ser executado arrastando o mouse ou utilizando o touch screen no tablete ou no celular. Esse jogo, além de estimular os sons, permitirá que as crianças tenham as primeiras experiências com as formas. Para crianças pequenas, utilize o jogo disponível no seguinte link: <https://www.jogosgratisparacriancas.com/colorir/11_pintar_trem.php>. Você irá perceber que o mesmo trem que foi utilizado no vídeo e no jogo, agora será colorido pelas crianças pequenas. Nesse jogo, basta tocar ou clicar em cima da cor e depois clicar na tela para colorir. É fácil perceber como aplicar os jogos para alfabetizar na educação infantil, pois a viabilidade que há hoje para se trabalhar as tecnologias na alfabetização é maior que há dez anos. Os recursos tecnológicos e a gameficação fazem com que essa possibilidade seja viável. 4.4 Vídeos interativos Os vídeos também são excelentes ferramentas para trabalhar a interação, a percepção e até outra língua. Um desenho animado que gosto bastante de dar como exemplo é Dora Aventureira. No desenho a personagem Dora interage com amigos, com as crianças que estão assistindo ao desenho e ensina a língua inglesa. Outro desenho que indico, é Cid, o cientista, que fala da vida escolar da personagem, sobre ciência e sobre interação com os amigos. Também indico: Patrulha canina, Go Diego go e Show da Luna, todos interagem com outros personagens, são solidários e principalmente são educativos. Exemplo prático: ao passar um desenho em sala de aula, ao final pergunte aos alunos os pontos fortes trabalhados no desenho, por exemplo, o que a Dora fez quando um amiguinho precisou de ajuda, como é a palavrinha diferente que ela falou etc. Esse é um ótimo exercício para trabalhar com os pequenos. https://www.jogosgratisparacriancas.com/bebes-criancinhas/jogar_trem.php https://www.jogosgratisparacriancas.com/colorir/11_pintar_trem.php 35 4.5 Alfabetizar utilizando as tecnologias A melhor forma para trabalhar a alfabetização utilizando tecnologias são as plataformas digitais. Algumas plataformas são gratuitas e outras permitem que sejam baixadas (download) e acessadas como visitantes. As plataformas digitais são interativas e permitem que os estudantes naveguem por um mundo de conhecimento, por meio de jogos (gameficação), leituras, vídeos e outras ferramentas que as tecnologias educacionais proporcionam. A seguir, apresentam-se dois exemplos de plataformas e seus potenciais, que foram indicadas pela professora Garofalo, colunista da Revista Nova Escola. Plataforma pé de vento - essa plataforma foi desenvolvida pela empresa Educopedia e está disponível no seguinte link: http://projetopedeventoeducopedia.blogspot.com/2013/04/passo- passo-para-baixar-o-pe-de-vento.html>. Propõe experiências com jogos que a cada fase mostram uma etapa de aprendizagem. Brincando com Ariê - é uma plataforma com jogos interativos que trabalham conteúdos como a matemática, a linguagem, a escrita e aos nomes próprios - visto que no início do jogo é solicitado que o estudante digite seu nome. É muito importante enfatizar que jogos, vídeos e plataformas, não podem ser explorados sem a mediação do professor, pois a criatividade, a interatividade e direção para aquilo que se quer que o estudante aprenda, deve partir dessa supervisão. Por exemplo, a professora Garofalo aproveita para explorar os nomes próprios, quando o jogo solicita que o nome do estudante seja inserido nele. Também trabalha a importância que há em mostrar para o estudante que ele é um ser único e importante. http://projetopedeventoeducopedia.blogspot.com/2013/04/passo-passo-para-baixar-o-pe-de-vento.html http://projetopedeventoeducopedia.blogspot.com/2013/04/passo-passo-para-baixar-o-pe-de-vento.html 36 Atividade de Aprendizagem Pesquise uma plataforma direcionada para a alfabetização de bebês e descreva suas principais características e quais habilidades ela pretende desenvolver nos estudantes. 37 Resumo da disciplina Nesta disciplina o principal foco foi: problematizar e tratar sobre a apropriação das novas tecnologias no processo de alfabetização na escola contemporânea, estabelecendo a aplicabilidade desses recursos (concepções, princípios, teorias, tendências, métodos, organização pedagógica e metodologias), assuntos propostos na ementa da disciplina. Foi necessário abordar aspectos da Base Nacional Comum Curricular, porque de nada adiantaria falarmos de tecnologias para alfabetização e letramento, sem que antes entendêssemos o que ela propõe para todas as escolas públicas e particulares, ou seja, o estudo estaria obsoleto se não atentássemos para ela. Em seguida, falamos das tendências, metodologias e ferramentas para a utilização das TICs na educação infantil, além de trazer conceitos do que são essas tecnologias. Para finalizar, vimos alguns exemplos práticos, plataformas, jogos e desenhos animados distribuídos de forma gratuita, para que você trabalhe em sala de aula. 38 Referências AMARAL, Mirian de Souza. A Alfabetização e o Letramento com apoio das Tecnologias de Informação e Comunicação. http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1725>. Acesso em: 30jun17. BRASIL, Comitê Gestor da Base Nacional Comum Curricular e Reforma do Ensino Médio. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ ___________Portal e-Educação. O que são tecnologias. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-que-sao- tecnologias/53810 >. Acesso em: 30jun17. PACIEVITCH, Thais. Tecnologia da Informação e Comunicação. <https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e- comunicacao/>. Acesso em: 30jun17. PERASSO, Valéria. O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas vidas. Rio de Janeiro: G1, 2016. Disponível no acesso: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/10/o-que-e-a-4a-revolucao-industrial- e-como-ela-deve-afetar-nossas-vidas.html>. Acesso em: 30jun17. Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1725 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-que-sao-tecnologias/53810 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-que-sao-tecnologias/53810 https://www.infoescola.com/autor/thais-pacievitch/29/ https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/ https://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
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