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ESQUIZOFRENIA-E-TRANSTORNOS-PSICÓTICOS

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1 
 
 
ESQUIZOFRENIA E TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
1 
 
 
 
Sumário 
 
 
Sumário ...................................................................................................................... 1 
1. NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................... 2 
2. Esquizofrenia ...................................................................................................... 3 
3. Classificação estatística internacional de doenças e problemas 
relacionados à saúde (cid-10) .................................................................................. 5 
4. ................................................................................................................................. 6 
5. Diagnóstico ......................................................................................................... 6 
6. ................................................................................................................................. 7 
7. Critérios de inclusão .......................................................................................... 8 
8. Critérios de exclusão.......................................................................................... 8 
9. Casos especiais .................................................................................................. 8 
10. Transtornos Psicóticos ................................................................................... 9 
1. Transtorno Esquizofreniforme .................................................................. 9 
2. Transtorno Esquizoafetivo ......................................................................... 9 
3. Transtorno Delirante ................................................................................... 10 
4. ..................................................................................................................................... 12 
5. Transtorno Psicótico Breve ..................................................................... 12 
6. Transtorno Psicótico Compartilhado .................................................. 12 
11. Tratamento ..................................................................................................... 13 
12. Referências .................................................................................................... 14 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
1. NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
2. Esquizofrenia 
 
 Esquizofrenia e os denominados transtornos esquizofrênicos constituem um 
grupo de distúrbios mentais graves, sem sintomas patognomônicos, mas 
caracterizados por distorções do pensamento e da percepção, por inadequação e 
embotamento do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual (embora ao longo do 
tempo possam aparecer prejuízos cognitivos). Seu curso é variável, aproximadamente 
30% dos casos apresentam recuperação completa ou quase completa, cerca de 30% 
com remissão incompleta e prejuízo parcial de funcionamento e cerca de 30% com 
deterioração importante e persistente da capacidade de funcionamento profissional, 
social e afetivo. 
Embora não se identifique qualquer sintoma patognomônico, existe uma 
hierarquia de sintomas. Para fins do diagnóstico de esquizofrenia, exige-se a presença 
de pelo menos uma das síndromes, sintomas ou sinais de um grupo de maior 
hierarquia, ou pelo menos dois dos sinais e sintomas de um grupo de menor hierarquia. 
Tais sintomas devem estar presentes na maior parte do tempo de um episódio de 
doença psicótica que dure pelo menos 1 mês (ou por algum tempo durante a maioria 
dos dias) e devem ter sido excluídos diagnósticos de transtornos de humor, 
transtornos atribuíveis à doença cerebral orgânica, intoxicação, dependência ou 
abstinência relacionada a álcool ou outras drogas. É de importância especial para a 
confirmação do diagnóstico a ocorrência de uma perturbação das funções que dão à 
pessoa normal um senso de individualidade, de unicidade e de direção de si mesmo 
 O paciente tem a sensação de que seus pensamentos, sentimentos e atos 
mais íntimos são sentidos ou partilhados por outros. Pode desenvolver delírios 
explicativos de que forças externas influenciam pensamentos e ações, de forma 
muitas vezes bizarras. Aspectos periféricos e irrelevantes de conceitos são 
conjugados com aspectos centrais. O paciente pode exibir um pensamento vago, 
elíptico e obscuro, acreditando que situações da vida quotidiana possuem um 
significado particular, em geral sinistro, relacionado unicamente com ele. Pode haver 
4 
 
 
a sensação de interrupção do curso do pensamento e a sensação de que as ideias 
são retiradas por um agente exterior. O humor é caracteristicamente superficial ou 
incongruente, acompanhado, com frequência, de inércia, negativismo. 
As causas da esquizofrenia são ainda desconhecidas. O modelo de doença de 
maior aceitação é o da “vulnerabilidade versus estresse”, conceito que propõe que a 
presença de vulnerabilidade aumenta o risco para o desenvolvimento de sintomas na 
presença de estressores ambientais e na falha dos mecanismos para lidar com eles. 
Os fatores de vulnerabilidade são baseados em um componente biológico, que inclui 
predisposição genética interagindo com fatores complexos físicos, ambientais e 
psicológicos. 
Os transtornos esquizofrênicos afetam aproximadamente 0,6% da população 
(com variação de 0,6%-3%, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados), não 
havendo evidência de diferença entre os sexos. No Brasil, foram encontradas 
prevalências de 0,3%-2,4% da população para psicose em geral em um estudo de 
1992 realizado em três capitais brasileiras. Em São Paulo, em 2002, um estudo 
encontrou uma prevalência de 0,8% em 12 meses para psicoses não afetivas. Em 
relação à carga global das doenças, esses transtornos são responsáveis por 1,1% 
dos AVAIs (anos de vida ajustados para incapacidade) e por 2,8% dos AVIs (anos de 
vida com incapacidade). No Rio Grande do Sul, a esquizofrenia apareceu como o 
principal diagnóstico em internações hospitalares no ano de 2000, mas apresentou 
uma tendência a diminuição com a realização das reformas na assistência psiquiátrica 
realizadas na última década, chegando a cerca de 20%, em 2004. 
Este Protocolo não utiliza as expressões comumente empregadas para a 
classificação dos antipsicóticos, como tipicidade (típicos e atípicos) ou período de 
síntese (primeira e segunda gerações). Essa classificação tornou-se obsoleta e 
incorreta na medida em que foram surgindo novas evidências de que os antipsicóticos 
constituem um grupo heterogêneo de medicamentos, com mecanismos de ação, 
eficácia, efeitos adversos e data de desenvolvimentos distintos entre si, razão pela 
qual os medicamentos serão citados nominalmente. Na escolha do tratamento, devem 
serconsiderados os fármacos já utilizados, o estágio da doença, a história de resposta 
e adesão e o risco-benefício. 
 
5 
 
 
 Existe ampla evidência de que o uso de antipsicóticos é superior a seu não 
uso. Sabe-se também que intervenções não farmacológicas igualmente potencializam 
o tratamento medicamentoso - seja a eletroconvulsoterapia (ECT) seja a estimulação 
magnética transcraniana (EMT), como opção de tratamento para alucinações 
auditivas refratárias aos medicamentos ou tratamentos psicossociais, que incluem 
terapia cognitivo-comportamental e terapia familiar sistêmico. Entretanto, o tratamento 
da esquizofrenia neste Protocolo refere-se apenas à terapia medicamentosa. 
 A identificação da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e 
adequado para o atendimento especializado dão à Atenção Básica um caráter 
essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos. 
 
3. Classificação estatística internacional de doenças 
e problemas relacionados à saúde (cid-10) 
 F20.0 Esquizofrenia paranoide 
 F20.1 Esquizofrenia hebefrênica 
 F20.2 Esquizofrenia catatônica 
 F20.3 Esquizofrenia indiferenciada 
 F20.4 Depressão pós-esquizofrênica 
 F20.5 Esquizofrenia residual 
 F20.6 Esquizofrenia simples 
 F20.8 Outras esquizofrenias 
 
 
 
 
6 
 
 
 
4. Diagnóstico 
O diagnóstico de esquizofrenia é clínico e baseado nos critérios da CID-10. 
Essa classificação descreve critérios gerais que precisam ser atendidos, sendo o 
primeiro deles a presença de sintomas, e o segundo, a exclusão de determinadas 
condições. A classificação utiliza o descritor “G” para critérios gerais de cada grupo 
diagnóstico. O critério sintomas (“G1”) é dividido em 2 tipos: sintomas mais específicos 
(no qual a presença de um deles é suficiente) e outros menos específicos e que 
ocorrem em outros transtornos (nos quais são necessários 2 ou mais). Desta maneira, 
os sintomas dos critérios G1 devem ser preenchidos juntamente com a exclusão de 
diagnósticos de outros agravos descritos em G2. 
No G1, pelo menos uma das síndromes, sintomas e sinais listados em 1 ou 
pelo menos dois grupos dos sintomas e sinais listados em 2 devem estar presentes 
pela maior parte do tempo durante um episódio de doença psicótica que dure pelo 
menos 1 mês (ou por algum tempo durante a maioria dos dias). 
1. Sintomas de maior hierarquia: 
 Eco, inserção, roubo ou irradiação de pensamento; 
 Delírios de controle, influência ou passividade, claramente 
relacionados ao corpo ou a movimentos dos membros ou a 
pensamentos, ações ou sensações específicas; percepção delirante; 
 Vozes alucinatórias fazendo comentários sobre o comportamento do 
paciente ou discutindo entre si, ou outros tipos de vozes alucinatórias 
advindas de alguma parte do corpo; 
 Delírios persistentes de outros tipos que sejam culturalmente 
inapropriados e completamente impossíveis (por exemplo, ser capaz 
de controlar o tempo ou estar em comunicação com alienígenas). 
 
 
 
7 
 
 
2. Sintomas de menor hierarquia: 
 Alucinações persistentes, de qualquer modalidade, quando 
ocorrerem todos os dias, por pelo menos 1 mês, quando 
acompanhadas por delírios (os quais podem ser superficiais ou 
parciais), sem conteúdo afetivo claro ou quando acompanhadas por 
ideias superestimadas persistentes; 
 Neologismos, interceptações ou interpolações no curso do 
pensamento, resultando em discurso incoerente ou irrelevante; 
 Comportamento catatônico, tal como excitação, postura inadequada, 
flexibilidade cérea, negativismo, mutismo 
 Sintomas “negativos”, tais como apatia marcante, pobreza de 
discurso, embotamento ou incongruência de respostas emocionais 
(deve ficar claro que tais sintomas não são decorrentes de depressão 
ou medicamento neuroléptico). 
 
No G2, são utilizadas as cláusulas de exclusão diagnóstica mais comuns. Se o 
paciente também preenche os critérios para episódio maníaco, episódio depressivo 
ou misto, os critérios listados em 1 e 2 devem ter sido satisfeitos antes que a 
perturbação do humor se desenvolva. 
O transtorno não é atribuível a doença cerebral orgânica ou a intoxicação, 
dependência ou abstinência relacionada a álcool ou drogas. Na avaliação da presença 
dessas experiências subjetivas e comportamentos anormais, deve-se tomar especial 
cuidado para evitar avaliação falso positiva, especialmente quando estão envolvidos 
modos de expressão e comportamento cultural ou subculturamente influenciados ou 
um nível de inteligência abaixo do normal. 
 
 
 
8 
 
 
5. Critérios de inclusão 
Serão incluídos neste Protocolo os pacientes que satisfizerem os critérios abaixo: 
 Diagnóstico de esquizofrenia; 
 Presença de um familiar ou responsável legal interessado, participativo, 
disponível, com funcionamento global adequado e com adesão ao serviço de 
atendimento psiquiátrico ambulatorial ou de internação. No caso de paciente 
cronicamente asilado, é requerida a presença de um funcionário da instituição 
disponível e capaz de manejar estressores do ambiente de forma continuada. 
 
6. Critérios de exclusão 
Serão excluídos deste Protocolo os pacientes com diagnóstico de esquizofrenia 
que apresentarem hipersensibilidade aos fármacos, psicose alcoólica ou tóxica, 
dependência ou abuso atual de fármacos psicoativos e impossibilidade de adesão ao 
tratamento e de acompanhamento contínuo. Serão excluídos também pacientes que 
apresentarem apenas diagnósticos de mania ou depressão isolados, transtorno 
esquizoafetivo ou de transtorno bipolar. 
 
7. Casos especiais 
Pacientes com diagnóstico de esquizofrenia com risco de suicídio atual e 
aqueles que desenvolverem discinesia tardia com repercussão significativa deverão 
ser tratados com clozapina. 
A depressão pós-esquizofrênica é um subtipo de esquizofrenia peculiar, por 
classificar casos em que um episódio depressivo eventualmente prolongado ocorre 
ao fim de uma afecção esquizofrênica. Apesar de que alguns sintomas 
esquizofrênicos “positivos” ou “negativos” ainda devam estar presentes, eles não 
dominam mais o quadro clínico. Esse tipo de estado depressivo se acompanhada de 
um maior risco de suicídio. O diagnóstico é excluído no caso de o paciente não 
apresentar mais nenhum sintoma esquizofrênico, quando então se deve fazer um 
diagnóstico de episódio depressivo. Se os sintomas esquizofrênicos ainda são 
9 
 
 
aparentes e proeminentes, deve-se manter o diagnóstico da forma clínica apropriada 
da esquizofrenia. 
 Essa condição caracteriza um transtorno pouco frequente (inexistem dados 
acurados de sua prevalência), com características diagnósticas diferentes das dos 
outros subtipos de esquizofrenia, bem como com características de tratamento 
diferentes (com indicação de uso de antidepressivos e de antipsicóticos). 
 
8. Transtornos Psicóticos 
 
1. Transtorno Esquizofreniforme 
Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro clínico 
muito parecido com a Esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que 
os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um 
mês, porém os pacientes não devem ultrapassar seis meses com o quadro. 
A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto 
mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. Prejuízo social ou ocupacional em 
função de seus sintomas podem estar presentes ou não. Pacientes que persistirem 
com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem receber o 
diagnóstico de Esquizofrenia. 
O tratamento é similar ao da Esquizofrenia, geralmente necessitando de 
hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados. 
 
2. Transtorno Esquizoafetivo 
Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos 
Transtornos de Humor. Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa 
doença têm sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomasde doença afetiva 
bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. 
Esses sintomas podem apresentar-se juntos ou de maneira alternada. 
10 
 
 
Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma 
evolução mais benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor. 
O tratamento consiste em internação hospitalar, medicação e intervenções 
psico-sociais. As principais medicações escolhidas para o tratamento do Transtorno 
Esquizoafetivo são as mesmas utilizadas no tratamento da Depressão e da Doença 
Bipolar, assim como antipsicóticos. 
 
3. Transtorno Delirante 
Delírio é um tipo de pensamento no qual o indivíduo tem uma crença inabalável 
em ideias falsas, irracionais ou sem lógica. E esse é o principal sintoma apresentado 
pelos pacientes com Transtorno Delirante. 
Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes 
por um período maior que um mês. Diferem da Esquizofrenia por esses pacientes não 
serem tão gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os 
pacientes podem apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao 
olfato (cheiros). O Transtorno Delirante antigamente recebia o nome de Paranóia, 
associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que 
esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o 
diagnóstico em diferentes subtipos: 
 
 Tipo erotomaníaco: 
Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo paciente. 
Esse delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma 
união espiritual do que propriamente uma atração sexual. 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 Tipo grandioso: 
Delírios de possuir um grande talento, conhecimento ou ter feito uma 
importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais 
pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um 
presidente ou ser portador de uma mensagem divina. 
 
 Tipo ciumento: 
Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge. 
 
 Tipo persecutório: 
Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo. 
 
 Tipo somático: 
Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física. 
 
 Tipo misto: 
Delírios acima citados misturados. 
 
 Tipo inespecífico: 
Delírios diferentes dos descritos acima. 
 
De maneira geral o tratamento é realizado em consultório. Internação hospitalar 
pode ser necessária em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, 
exposição moral). O tratamento é feito com medicação antipsicótica e psicoterapia. 
 
12 
 
 
 
4. Transtorno Psicótico Breve 
O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a 
Esquizofrenia ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, 
alucinações, linguagem ou comportamento desorganizado ou com o Transtorno 
Delirante. Entretanto esses sintomas deverão estar presentes por um curto espaço de 
tempo e persistir no mínimo por um dia, e no máximo por 1 mês, melhorando 
completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais. Geralmente 
encontramos situações estressantes que precipitam o quadro. 
O tratamento deve ser com medicações antipsicóticas, eventualmente 
necessitando internação hospitalar. A evolução desses quadros costuma ser benigna 
com total remissão dos sintomas. 
 
5. Transtorno Psicótico Compartilhado 
Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar 
sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente 
psicótico. 
Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos 
ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver 
persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. 
Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
9. Tratamento 
As medicações antipsicóticos ou neurolépticos são o tratamento de escolha 
para a esquizofrenia. Elas atuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), 
procurando restabelecer o contato do paciente com a realidade; entretanto, não 
restabelecem completamente o paciente. As medicações antipsicóticos controlam as 
crises e ajudam a evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Em geral, as 
drogas antipsicóticos apresentam efeitos colaterais que podem ser bem controlados. 
Em crises especialmente graves, ou em que não houve resposta às 
medicações, pode-se fazer uso da eletroconvulsoterapia (ECT) antigamente chamado 
de eletrochoque. Esse método é bastante seguro e eficaz para melhora dos sintomas, 
sendo realizado com anestesia. Uma outra possibilidade é usar antipsicóticos mais 
modernos chamados de atípicos ou de última geração. As abordagens psicossociais, 
como acompanhamento psicoterápico, terapia ocupacional e familiar são também 
muito importantes para diminuir as recaídas e promover o ajustamento social dos 
portadores da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
10. Referências 
 
ABC DA SAÚDE. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. Disponível 
em:<https://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/esquizofrenia-e-outros-transtornos-
psicoticos>. Acesso em: 12 jul. 2018. 
Organização Mundial de Saúde. Classificação de transtornos mentais e de 
comportamento da CID-10: Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: Artes 
Médicas; 1998. 
Organização Mundial de Saúde. Classificação de transtornos mentais e de 
comportamento da CID-10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: 
Artes Médicas; 1993. 
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