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Impresso por JOS? CARLOS CAMPOS RODRIGUES FILHO ., E-mail jose.filho@aedb.br para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2022 21:04:30 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciências Humanas e Sociais CCH – Licenciatura em História - EAD UNIRIO/CEDERJ SEGUNDA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA AD2 2021.2 APX3 DISCIPLINA: HISTÓRIA E SOCIOLOGIA COORDENAÇÃO: MONICA GRIN ALUNA: Heloísa Cristina Braga Santos MATRICULA: 21216090071 POLO: Piraí Caro (a) aluno (a): Esta é a terceira atividade avaliativa na plataforma APX3. Leia o enunciado com atenção– e procure elaborar uma resposta clara e objetiva. O desafio da História e da Sociologia se encontra justamente em tornar mais compreensível à emergência de novas identidades sociais que, na luta por direitos historicamente subtraídos, desafiam as concepções de uma nacionalidade brasileira. Essa ideia de uma comunidade imaginada, de um Brasil acima de tudo, foi sustentada durante muito tempo por diferentes mitos de fundação: o mito das três raças harmônicas, ou seja, uma visão do Brasil como uma democracia racial; o mito de que o Brasil é uma nação pacifista; ou o mito de que o Brasil é o país do futuro. Hoje a identidade as possibilidades que “nacional” é mais um mosaico, um fragmento de vári podem ser contraditórias, ambíguas, variáveis e transitórias. Com base nas Aulas 10, 11 e 17, assim como no material complementar sugerido nessas aulas, comente essas transformações e seus impactos sociais e políticos no Brasil contemporâneo. Evite o senso comum. Impresso por JOS? CARLOS CAMPOS RODRIGUES FILHO ., E-mail jose.filho@aedb.br para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2022 21:04:30 Quem nunca ouviu a frase de que o Brasil é um país acolhedor e hospitaleiro com sua gente sempre sorrindo e de braços abertos para qualquer raça ou credo. U país que m recebe seus turistas com mulatas e samba no aeroporto r que somos um povo sepo m preconceitos, pois somos a mistura de todos os povos em uma só nação? Com certeza essa frase estereotipada sobre o povo brasileira muito utilizada em propaganda turística resume a forma como por muito tempo o povo brasileiro era visto. Convenhamos que para uma propaganda turística esses tipos de marketing faz algum sentido, porém ele não condiz com a realidade e estatísticas em relação a desigualdades e mazelas que a sociedade brasileira enfrenta e que esta associada a um passado colonial, escravocrata e tradicionalmente patriarcal. Essa ideologia de democracia racial servia para camuflar uma realidade que interessava a elite dominadora e que perdurou por muito tempo e ainda perdura, porém com a diferença de um maior engajamento social que busca dar voz e exaltar a representação da identidade nacional que foi construída sobre a base das raças e etnias que sofreram maior exclusão. No Brasil a partir de 1950 a Sociologia se debruçou sobre estas problematizações e descortinou uma série de contribuições que serviram para deslocar os eixos e metodologias sociológicas tradicionalmente com influências externas como a Escola de Chicago, por exemplo, para estudos de dinâmicas internas e regionais acerca da questão do negro na sociedade. A partir de um estudo encomendado p a UNESCO que enxergou o país como um laboratório para o estudo el desta harmonia racial , a Sociologia contribuiu para trazer à luz a realidade e teve três “ ” principais autores representando este feito, Costa Pinto, Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos. Costa Pinto definia como herança de uma sociedade tradicionalmente elitizada e patriarcal a ideia de democracia racial e defendia que a analise do negro que se torna proletário deveria ser entendido como estudo dos conflitos entre as classes na modernização da sociedade, que esse negro que agora entra na competição por um espaço que era predominantemente do homem branco tem como obrigação se afirmar contra o racismo e ter posicionamento ativo na sua identificação nacional, esse negro segundo o autor tem um grau maior na hierarquia social que o negro que representa o negro-massa que é aquele que esta alienado pelo sistema e que este Impresso por JOS? CARLOS CAMPOS RODRIGUES FILHO ., E-mail jose.filho@aedb.br para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2022 21:04:30 grupo também entraria em conflito com o negro proletário. Já nos estudos de Florestan Fernandes a questão do preconceito racial esta referente raízes históricas. às A abolição da escravidão segundo ele não diminuiu ou anulou o problema inserção da da população negra na sociedade, apenas gerou um deslocamento do problema, um negro não escravo ainda continua sendo um negro para o sistema dominante, que o preteriu da mesma forma. Florestan baseado no Marxismo e na teoria da modernização acreditava que esses conflitos raciais seriam secundários aos conflitos de estrutura de classes e que se alcançaria a democracia racial por esses meios. Guerreiro Ramos outro expoente nos estudos sobre o negro na sociedade, criticava essas duas visões apesar de concordam que ascensão do negro deveria ter um caráter de ensino e estimulo a mobilidade do negro massa e que eliminar os vícios que a escravidão trouxe seria uma forma de dignificar o negro. As contribuições desses autores embora sejam pontuais, colocam a questão do negro brasileiro e sua inserção social como um dos grandes debates sobre a desigualdade social gerada pela questão racial. O estudo da UNESCO contribuiu para a desmitificação da ideia de um país onde as tensões raciais não existiam para a conclusão de que elas não só existe como afeta de forma direta a sociedade que através de levantamentos sociológicos partem para a tentativa de entender e “ ”compensar as marcas que foram deixadas pela violência do sistema. Os estudos sociológicos a respeito da consolidação das questões raciais na sociedade também contribuíram para as questões do multiculturalismo e das formas como a representatividade pode ajudar a fortalecer a identificação de seus envolvidos. Em meio ao processo de formação social algumas culturas foram consideradas de modo pejorativo , por exemplo, a cultura negra que desembarcou juntos com os “primitivas” escravizados, a cultura indígena na conquista das Américas e a cultura dos povos do Oriente que foram afetados pela partilha do Oriente. Um dos grandes desafios da modernidade e reconhecer a importância do resgate para esses grupos da identidade que foi negada por muito tempo por outros grupos dominantes. A marginalização dessas representações é uma forma de violência contra o direto de ser representado. Podemos tão concluir que a dominação pelo sistema elitizado nas sociedades nunca en foi limitado apenas na área econômica ele contribuiu para formar um sistema de Impresso por JOS? CARLOS CAMPOS RODRIGUES FILHO ., E-mail jose.filho@aedb.br para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 10/12/2022 21:04:30 exclusão que persiste ate os tempos atuais e quem tem lutado para se libertar dos traços de um passado que deveria estar superado.