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Perioperatório Centro Cirúrgico (CC) • Deve ser um ambiente asséptico, distante de locais onde há grande circulação de pessoas, ruídos e poeira e próximo das unidades de internação, do PS e da UTI Áreas do CC • Irrestrita ou de proteção: vestiários, área de recepção do paciente e sala de espera • Semi-restrita ou limpa: corredores, sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e sala de estocagem de equipamentos • Restrita ou estéril: sala operatória, sala de suprimento estéril e pia de escovação Salas de operação • Longe da entrada • Próximas da SRPA • Agrupadas • Tamanho de acordo com o porte cirúrgico (20 m2, 25 m2 ou 36 m2) Características dos ambientes do CC Característica Sala de operação Corredores SRPA Temperatura mín/máx (°C) 18-22 19-24 22-24 Umidade relativa (%) 45-60 45-60 45-60 Troca de ar (por hora) 25 15 10 Filtros G2/F2/A3 G2/F2/A3 G2/F3 Sistema canalizado • Oxigênio → verde • Vácuo → cinza • Ar comprimido → amarelo • Óxido nítrico → azul Lavabos • 1 lavabo com 2 torneiras (para cada 2 salas) • Água fria e água quente • Relógio para medir o tempo de escovação • Dispositivo para fechar a torneira • Dispensadores de degermantes SRPA • Número de macas = número de salas de operação + 1 (mínimo) • Deve ter um posto de enfermagem para cada 12 leitos • A refrigeração deve ser independente • Deve ter fácil acesso aos serviços de anestesiologia, banco de sangue e laboratório “Etiqueta” no CC • Respeitar a hierarquia na equipe • Silêncio (falar baixo e somente o necessário; música só se for adequada) • Respeito ao pudor e psique do paciente; nunca deixá-lo só na sala de operação Limpezas de sala • Limpeza preparatória: feita no ambiente e equipamentos antes da cirurgia • Limpeza operatória: feita durante a cirurgia • Limpeza concorrente: feita após o término de cada cirurgia • Limpeza terminal diária: feita no ambiente e equipamentos após última cirurgia do dia • Limpeza terminal periódica: feita no ambiente (do teto ao chão) a cada ≅ 6 meses Subdivisões do período perioperatório • Período pré-operatório o Mediato: desde a indicação cirúrgica até 24h antes do procedimento o Imediato: desde 24h antes do procedimento até a entrada no CC • Período transoperatório o Intraoperatório: desde quando o paciente é anestesiado até o fim da cirurgia • Período pós-operatório o Imediato: primeiras 24h após a cirurgia o Mediato: após 24h pós-cirurgia até o término do cuidado com a ferida operatória Terminologia cirúrgica Prefixo Órgão Prefixo Órgão Adeno Glândula Masto Mama Angio Vasos Meningo Meninge Blefaro Pálpebra Nefro Rim Cisto Bexiga Oftalmo Olho Cole Vesícula biliar Oóforo Ovário Colo Cólon Orqui Testículo Colpo Vagina Osteo Osso Entero Intestino delgado Oto Ouvido Espleno Baço Procto Reto Gastro Estômago Rino Nariz Hepato Fígado Salpingo Trompa Histo Útero Traqueo Traquéia Sufixo Significado Ectomia Remoção parcial ou total Pexia Fixação de um órgão Plastia Alteração da forma e/ou função Rafia Sutura Scopia Visualização do interior do corpo por meio de aparelhos com lentes especiais Stomia Abertura de um órgão ou de uma nova “boca” Tomia Incisão/abertura de parede ou órgão Classificação das cirurgias QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO • Limpa: feita em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação (ausência de processo infeccioso e inflamatório local) o Ex.: mamoplastia • Potencialmente contaminada: realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa o Ex.: colecistectomia • Contaminada: feita em tecidos colonizados por microbiota abundante o Ex.: hemicolectomia • Infectada: realizada em tecidos com processo infeccioso, necrose, corpos estranhos ou feridas de origem suja o Ex.: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta QUANTO AO NÍVEL DE URGÊNCIA • Eletiva/necessária • Urgência • Emergência • Opcional QUANTO À FINALIDADE • Curativa • Paliativa • Diagnóstica • Reparadora • Reconstrutora/cosmética/plástica QUANTO AO TEMPO DE DURAÇÃO • Porte 1: no máximo 2h • Porte 2: dura de 2-4h • Porte 3: dura de 4-6h • Porte 4: acima de 6h Tempos cirúrgicos • Diérese: divisão dos tecidos que possibilita o acesso à região que será operada • Hemostasia: parada do sangramento • Síntese: fechamento dos tecidos • Exérese: retirada de um tecido Lavagem das mãos • Deve ser acompanhada pela degermação/desinquinação • A desinquinação é realizada após as mãos e antebraços estarem molhados, com o auxílio de um degermante (clorexidina) e uma escova • Ordem de escovação: unhas e região subungueal, dígitos, palma da mão, dorso da mão e antebraço Posicionamento cirúrgico • Devemos estabilizar e fixar as seguintes regiões: cabeça, tronco e membros • Deve manter a boa respiração, boa circulação e prevenir a pressão sobre os músculos e nervos • O posicionamento adequado deve favorecer a monitorização constante • Posições cirúrgicas o Supina ou decúbito dorsal o Sims ou decúbito lateral o Prona ou decúbito ventral o Kraske (“canivete”) o Fowler o Trendelemburg o Ginecológica ou litotômica o Trendelemburg invertida • O paciente é posicionado após ser anestesiado Tipos de anestesia • Geral: inalatória, intravenosa e balanceada • Regional: peridural, raquidiana e bloqueio de plexos nervosos • Combinada: geral + regional • Local Preparo da pele • Tricotomia, quando recomendada • Banho pré-operatório o Em cirurgias de grande porte ou com implantes, o banho deve ser dado com clorexidina 2% • Antissepsia cirúrgica