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Doença do refluxo Gastroesofágico

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Ana Beatriz Araujo (@abianamed) 1 
 
Doença do refluxo Gastroesofágico (DRGE) 
• O estômago tem uma secreção ácida muito forte formada por ácido clorídrico, necessária à digestão de 
alimentos, para a ativação das enzimas que agem no estômago; 
• Doença comum e ocorre com frequência em bebês 
• Essas enzimas não causam mal fisiológico ao estômago, pois ele é preparado para recebê-la (revestimento 
gástrico) 
• Entretanto, outras partes do trato gastrointestinal não estão preparadas e quando expostas são agredidas 
pela secreção ácida. 
• Deslocamento sem esforço do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago; 
• Ocorre várias vezes ao dia; 
• Processo fisiológico se assintomático e sem lesão à mucosa gastroesofágica; 
• Condição na qual o refluxo do conteúdo gástrico causa sintomas que afetam o bem-estar do paciente e/ou 
complicações 
• Barreiras que impendem o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago: complexo esfincteriano (fecha a 
saída do esôfago para o estômago) 
• Durante todo o dia temos relaxamento transitório do esfíncter inferior do esôfago -> retorno de pequenas 
quantidades do conteúdo gástrico ao esôfago; 
• Quando a pessoa está em pé ou sentada, a gravidade ajuda a prevenir o refluxo do conteúdo do estômago 
para o esôfago. Por isso, o refluxo pode piorar ao deitar; 
• É mais provável que o refluxo ocorra logo após refeições, quando o volume e a acidez do conteúdo do 
estômago estão elevados e o esfíncter menos propenso a funcionar adequadamente; 
• Clareamento são formas de o nosso corpo impedir que hajam danos à mucosa esofágica; 
• Clareamento bioquímico: saliva (neutraliza acidez de alimentos) 
• Clareamento mecânico: peristaltismo (joga o conteúdo de volta ao estômago); 
 
➢ Possíveis causas: 
• Na Doença do Refluxo Gastroesofágico há um aumento da frequência dos relaxamentos transitórios do 
esfíncter -> mucosa fica mais exposta ao ácido; 
• Pode ocorrer também devido a uma disfunção do esfíncter inferior do esôfago (EIE), em que esse se 
encontra hipotenso (contratilidade diminuída) de forma que permita a passagem do conteúdo gástrico para 
o esôfago; 
Ana Beatriz Araujo (@abianamed) 2 
 
• Além disso, ocorre ainda devido anomalias anatômicas, como a hérnia hiatal, em que o hiato esofágico 
esteja acima do seu local habitual (na altura do diafragma), o que predispõe a doença do refluxo 
gastroesofágico; 
• Outra causa é o retardamento do esvaziamento gástrico, uma vez que quanto mais tempo o conteúdo 
gástrico fica retido no estômago, maior a probabilidade de ele refluir; 
• O aumento da pressão intrabdominal pode predispor a doença do refluxo, uma vez que a pressão 
aumentada joga conteúdo gástrico para o esôfago; 
• Um estômago distendido tende a jogar o conteúdo gástrico para o esôfago 
➢ Fatores de risco 
• Idade > 45 anos; 
• Raça caucasiana; 
• Obesidade; 
• Anomalia anatômica; 
• Bebidas alcoólicas, tabaco, café, chocolates, medicamentos (anti-histamínicos, antidepressivos e 
bloqueadores dos canais de cálcio) ... 
 Obs.: Helicobacter pylori (não é fator de risco) 
➢ Sintomatologia Típica 
• Pirose (dor em queimação retroesternal que sobe) = azia; 
• Regurgitação ácida (sensação do retorno do conteúdo gástrico pelo esôfago). 
 
➢ Sintomatologia Atípica 
• Geralmente quem tem sintomas atípicos não apresenta sintomas típicos; 
• Dor torácica (semelhante a dor precordial, uma vez que o esôfago e o miocárdio têm inervação comum); 
• Síndromes extra-esofágicas: 
✓ Tosse; 
✓ Laringite; 
✓ Asma; 
✓ Erosão dentária; 
✓ Sinusite; 
✓ Fibrose pulmonar; 
✓ Faringite; 
✓ Otite média; 
✓ Rouquidão. 
Ana Beatriz Araujo (@abianamed) 3 
 
➢ Sinais de alarme 
• Odinofagia (dor para deglutir); 
• Disfagia (dificuldade de deglutir) 
• Sangramento; 
• Anemia; 
• Emagrecimento; 
• História familiar de câncer; 
• Despertar noturno; 
• Idade > 45 anos. 
 
➢ Complicações devido exposição prolongada do esôfago à repetição de 
refluxo: 
• Inflamação do esôfago (esofagite); 
• Úlceras (rupturas da superfície interna) do esôfago (esofagite erosiva); 
• Estreitamento do esôfago (estenose esofágica); 
• Alterações nas células que revestem o esôfago (esôfago de Barrett -> células pré-cancerosas); 
• Células anormais no esôfago que podem se tornar cancerosas (Câncer de esôfago). 
➢ Diagnóstico da DRGE 
• Clínica; 
• Endoscopia com biopsia; 
• pHmetria esofágica; 
• Manometria. 
➢ Tratamento 
• Medicamentos que reduzem o ácido graxo; 
• Cirurgias quando medicamento não funcionar. 
 
➢ Prevenção da DRGE 
• Erguer a cabeceira da cama; 
• Evitar medicamentos e alimentos que causam sintomas ou o acúmulo de ácido; 
• Não comer três horas antes de ir para cama; 
• Perda de peso.

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