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GASTROENTEROLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
Doença do refluxo gastroesofágico – Bonatto 
DEFINIÇÃO 
É a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago, causando os sintomas típicos de azia, queimação ou pirose causando 
a dor torácica, e sintomas atípicos como asma, tosse crônica, laringite, faringite, alterações de esmalte dentário 
(alterações extra-esofágicas). 
PREVALÊNCIA 
• Varia entre 10 e 20%, portanto é bastante comum 
• Comum em pacientes com problemas de comportamento alimentar, obesidade, sedentarismo e erros 
alimentares comuns 
FISIOPATOLOGIA 
• Está relacionada com a região de transição entre estômago e esôfago 
• É a passagem do conteúdo, do tecido colunar de proteção gástrica contra o tecido escamoso do esôfago 
• Inicialmente: depuração ácida esofágica ineficiente 
• Esfíncter interior do esôfago 
o Relaxamento transitório 
o Hipotensão 
• Defeito nos elementos anatômicos antirrefluxo: ângulo de His e o esfíncter interno entre o esôfago e o estômago 
• Hipersensibilidade visceral no esôfago 
• Defeito na resistência epitelial esofágica: muco e mecanismos celulares 
• Agressividade da natureza do material refluído (conteúdo ácido: H+, pepsina, tripsina; conteúdo básico: sais 
biliares 
Na imagem à esquerda, o esfíncter fechado não permite a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago. Na imagem do 
meio, há o alargamento do esôfago, o que permite um leve refluxo. Na imagem à direita, há a formação da hérnia de 
hiato: uma fragilidade do diafragma congênita ou adquirida, que permite parte do estômago a forçar o diafragma e 
invadir o hiato esofagiano, causando refluxo do conteúdo gástrico e provocando consequentemente a esofagite. 
 
GASTROENTEROLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
ENDOSCOPIA 
• Permite avaliação das lesões causadas pelo refluxo 
• Avaliação da gravidade e dos sintomas 
• Classificação das lesões no esôfago causadas pelo refluxo gástrico 
• Esôfago → camada escamosa de células; estômago → camada mucosa colunar (garante proteção contra o ácido) 
• A junção escamocolunar é analisada 
CLASSIFICAÇÃO A DE LOS ANGELES: uma ou mais erosões da mucosa < 5mm, que não se estende entre os topos de duas 
pregas da mucosa. 
 
CLASSIFICAÇÃO B DE LOS ANGELES: uma ou mais erosões da mucosa > 5mm de comprimento, que não se estende entre 
os topos das duas pregas da mucosa. Note que as lesões são “mais compridas”, alongadas. 
 
CLASSIFICAÇÃO C DE LOS ANGELES: uma ou mais erosões da mucosa contínua entre os topos de duas ou mais pregas da 
mucosa, mas que envolve menos de 75% da circunferência. 
 
GASTROENTEROLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
CLASSIFICAÇÃO D DE LOS ANGELES: uma ou mais erosões da mucosa que envolve pelo menos de 75% da circunferência 
esofágica. 
 
 É possível a presença de esofagite não erosiva, apresentando-se na endoscopia como uma palidez de mucosa 
no esôfago. 
ESÔFAGO DE BARRETT 
• É a condição em que um tecido do tipo 
epitélio anormal, chamada de metaplasia 
intestinal especializada, substitui o epitélio 
estratificado escamoso que normalmente 
reveste o esôfago distal 
• É uma complicação do refluxo 
• A doença se desenvolve como consequência 
da DRGE por muito tempo e sem 
tratamento adequado, e predispõe ao 
desenvolvimento do adenocarcinoma de 
esôfago 
• Não é a mesma situação de uma neoplasia 
do esôfago, a qual é denominada câncer 
escamoso! 
 
 
 
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GASTROENTEROLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
SINTOMÁTICAS 
• Síndrome típica: pirose, azia, queimação 
e regurgitação 
• Dor torácica eventualmente 
 
COM LESÃO ESOFAGIANA 
• Esofagite 
• Estenose 
• Esôfago de Barrett 
• Adenocarcinoma 
ASSOCIAÇÃO ESTABELECIDA 
• Tosse crônica 
• Laringite 
• Asma 
• Erosão dentária 
ASSOCIAÇÃO PROPOSTA 
• Faringite 
• Sinusite 
• Otite média 
 Muito importante investigar a pirose durante a anamnese: perguntar ao paciente se há queimação e com que 
frequência – todo dia → grave, 3x/semana → moderada; eventualmente → leve. 
• Cardíaca: infarto 
• Psiquiátricas: ansiedade, depressão 
• Musculoesqueléticas: traumas, alterações de 
coluna 
• Esofagianas → DRGE 
• 50% dos pacientes apresentarão disfagia em alguma fase de sua doença → importante avaliar em pacientes com 
refluxo de longa data 
• Importante investigar outras possibilidades para a disfagia (diagnósticos diferenciais) 
o Neoplasias do esôfago → obstrução progressiva da luz do órgão 
o Megaesôfago → dilatação que ocorre na doença de chagas 
o Esclerodermia → alterações no colágeno do esôfago, que dificulta o seu esvaziamento 
• Complicações da disfagia em DRGE em casos graves: 
o Esofagite grave 
o Estenose 
o Adenocarcinoma ou Esôfago de Barrett 
o Volumosas hérnias 
o Anel de Shatzki 
o Distúrbio motor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GASTROENTEROLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
pHmetria: monitoriza a quantidade de ácido regurgitada em 24h 
Impedanciometria: cateter por 24h no esôfago para avaliar material ácido, básico, líquido e ar 
Raios X contrastados: alterações anatômicas como o megaesôfago 
TRATAMENTO 
• Alívio dos sintomas 
• Cicatrização das lesões da mucosa 
• Prevenção da recidiva e de complicações 
• A grande maioria se beneficia com o tratamento clínico de supressão ácida 
Comportamental: 
• Evitar gordura → estimulação para 
produção de colecistoquinina do 
intestino delgado → diminui a pressão 
no esfíncter inferior do esôfago 
• Evitar alimentos que apresentem 
cafeína (estimula secreção ácida) 
• Evitar ingerir chocolate (cafeína, 
teobromina) → diminuição da pressão 
do EEI 
• Tabagismo diminui a pressão no EE 
• Evitar o uso de condimentos em excesso 
associados a produção ácida no 
estômago como pimenta, canela, 
hortelã 
• Elevação da porção anterior do leito ao 
deitar-se → diminui a compressão do EEI 
• Paciente deve evitar tomar líquido pelo 
menos 2h antes de se deitar (café, chá, 
sopas...) 
 
 
 
 
 
Medicamentoso 
• Inibidores da bomba de prótons 
• Inicialmente: 2 meses de dose plena; 
posteriormente a dose é reajustada 
para o tratamento de manutenção 
• O tratamento de manutenção é 
necessário na grande maioria dos 
pacientes com DRGE 
• Impede o aparecimento de 
complicações 
• Tem impacto positivo na qualidade de 
vida 
• Casos mais leves → 2 medidas 
comportamentais → o tratamento 
medicamentoso de manutenção não 
será suspenso se o paciente não aderir 
às mudanças de hábito de vida 
adequadamente 
• Casos mais graves → terapia contínua 
com doses ajustadas 
• A dose é individualizada → existem 
alguns fatores preditivos que oriental 
qual a melhor opção para determinados 
casos 
• O resultado do tratamento clínico é 
igual ao cirúrgico 
 
GASTROENTEROLOGIA | Victória Ribeiro de Medeiros 
• É possível cauterizar a região do esôfago distal 
• Usado apenas em casos específicos 
• Laser KTP, laser de argônio 
• Nd: YAG laser, eletrocoagulação multipolar, 
coagulação com plasma de argônio, terapia 
fotodinâmica, radiofrequência 
• Utilização fotoquímica, térmica ou enegia de 
radiofrequência →para casos em que o tratamento 
cirúrgico não é indicado 
• Videolaparoscopia → realiza uma válvula para 
impedir o refluxo ácido 
• Também é indicado para hérnia de hiato → é feito o 
fechamento do hiato e a confecção de uma valva 
• Na imagem abaixo é possível verificar uma 
endoscopia antes e após o procedimento cirúrgico

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