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Refluxo Gastroesofágico - SOI IV

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Refluxo Gastroesofágico
ESÔFAGO
É um tubo muscular colabável de aproximadamente 25cm de comprimento que se encontra
posteriormente à traqueia.
O esôfago começa na extremidade inferior da parte laríngea da faringe, passa pelo aspecto
inferior do pescoço, e entra no mediastino anteriormente à coluna vertebral.
Terço superior (porção cervical): C6-T1. Tecido muscular estriado
esquelético (esfíncter superior).
Terço médio (porção torácica): T1-T10. Tecido muscular
esquelético e liso (misto).
Terço inferior (porção abdominal): T10-T11. Tecido muscular liso
(esfíncter inferior).
Em seguida, perfura o diafragma através de uma abertura chamada
hiato esofágico e termina na parte superior do estômago.
O esôfago secreta o muco e transporta os alimentos para o estômago. Ele não produz enzimas
digestórias nem realiza absorção.
REFLUXO GASTRESOFÁGICO
O EEI regula o trânsito dos alimentos entre o esôfago e o estômago. Mecanismos intrínsecos e
extrínsecos funcionam no sentido de manter a função antirrefluxo do EEI.
Os músculos circulares do esôfago distal constituem os mecanismos intrínsecos, enquanto a
parte do diafragma que circunda o esôfago forma o mecanismo extrínseco. Os músculos
oblíquos do estômago, que estão localizados abaixo do EEI, formam um retalho que contribui
para a função antirrefluxo do esfíncter interno. 
O relaxamento do EEI é um reflexo do tronco encefálico mediado pelo nervo vago em resposta
a alguns estímulos aferentes. Relaxamento transitório com refluxo é comum depois das
refeições. 
Distensão gástrica e refeições ricas em gordura aumentam a frequência desse relaxamento.
Em conduções normais, o material refluído é devolvido ao estômago pelas ondas peristálticas
secundárias do esôfago e a saliva deglutida neutraliza e leva embora o ácido refluído.
DOENÇA DO REFLUXO GASTRESOFÁGICO
A doença do refluxo gastresofágico (DRGE) é definida como sinais/sintomas ou lesão da
mucosa provocada pelo refluxo anormal do conteúdo gástrico para o esôfago ou para a
cavidade ora (inclusive laringe) ou pulmões. 
Essa doença está relacionada com relaxamentos transitórios do EEI fraco ou incompetente.
Isso possibilita que ocorra refluxo e, além disso, retardo da neutralização do ácido refluído do
estômago depois que ocorre. 
O refluxo ocorre durante o relaxamento transitório do esôfago. O esvaziamento gástrico mais
lento também pode contribuir para o refluxo porque aumenta o volume e a pressão do
estômago e aumenta as chances de ocorrer refluxo. 
Idade;
Obesidade;
Anomalia anatômica;
Bebidas alcoólicas, tabaco, café, chocolate, medicamentos.
H. pylori.
Disfunção do EEI;
Hérnia hiatal;
Esvaziamento gástrico retardado;
Aumento da pressão intra-abdominal;
Distensão gástrica.
Pirose (azia): sensação de queimação na área retroesternal.
Regurgitação: recepção de conteúdo gástrico refluído para a boca ou hipofaringe. O
sintoma piora quando o indivíduo inclina o corpo abaixo da cintura ou se deita, e
frequentemente é aliviado na posição sentada com as costas retas.
Eructações (arroto).
Dor torácica na região epigástrica e retroesternal.
Esofagite de refluxo: lesão da mucosa do esôfago, hiperemia e inflamação.
Estenoses e esôfago de Barrett desencadeiam um ciclo de lesão da mucosa seguida de
hiperemia, edema e erosão da superfície interna do órgão. 
As estenoses são causadas por uma combinação de fibrose tecidual, espasmo e edema.
Essa complicação causa estreitamento do esôfago e disfagia quando a constrição do
lúmen esofágico é significativa.
O esôfago de Barrett consiste em alteração anormal (metaplasia) nas células da parte
inferior do esôfago caracterizada por um processo de reparo, no qual a mucosa escamosa
que normalmente reveste o esôfago substituída de forma gradativa por epitélio colunar
anormal semelhante ao encontrado no estômago ou nos intestinos.
O relato de sintomas de refluxo e nos exames diagnósticos opcionais, inclusive teste de
supressão da acidez, esofagoscopia e monitoramento ambulatorial do pH esofágico.
Os testes de supressão da acidez consistem em administrar um inibidor da bomba de
prótons (IBP) por 7 a 14 dias para determinar se os sintomas são aliviados. 
A esofagoscopia consiste em introduzir um endoscópio de fibra óptica flexível no esôfago
com a finalidade de examinar o lúmen do sistema digestório superior. Esse exame
também possibilita fazer uma biopsia, se for necessário. 
Evitar posições e condições que aumentam o refluxo gástrico.Também é recomendável
evitar refeições lautas e alimentos que diminuem o tônus do EEI (p. ex., cafeína, gorduras
e chocolate), etilismo e tabagismo. 
A lesão da mucosa esofágica está relacionada com a composição destrutiva do material
refluído e com o tempo que ele permanece em contato com a mucosa. 
Fatores de risco:
Causas:
Manifestações Clínicas:
Complicações:
Diagnóstico:
Tratamento:
Dormir com a cabeceira elevada ajuda a evitar refluxo durante a noite.
Os antiácidos ou uma combinação de antiácidos com ácido algínico também são
recomendáveis aos pacientes com doença branda. O ácido algínico forma uma espuma
quando entra em contato com o ácido gástrico; se houver refluxo, a espuma em vez do
ácido sobe para o esôfago. Os antagonistas bloqueadores do receptor de histamina tipo 2
(H2), que inibem a produção de ácido gástrico, também são recomendados para o
tratamento desses pacientes.
Os IBP atuam por inibição desta bomba, que regula a via final de secreção ácida. Esses
fármacos podem ser usados pelos pacientes que continuam a referir sintomas durante o
dia, ou que têm estenoses recidivantes ou úlceras esofágicas volumosas.
REFERÊNCIA:
NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737876.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 06 ago. 2023.