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PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO PÚBLICO Vanessa Foletto da Silva Introdução ao orçamento governamental do Brasil Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir o modelo orçamentário brasileiro de acordo com a Constituição Federal de 1988. Identificar os principais instrumentos utilizados no orçamento público brasileiro. Reconhecer o ciclo do orçamento público no Brasil. Introdução Neste capítulo, você vai estudar o modelo orçamentário vigente no Brasil, compreendendo de que forma ele está incluído na Constituição Federal de 1988 e quais são as suas principais determinações legais. Você também vai verificar quais foram os instrumentos criados para a execução do or- çamento, quais objetivos se busca alcançar com a execução dos projetos estabelecidos e qual é o impacto desses planejamentos na sociedade. O modelo orçamentário brasileiro Como indivíduos, seguidamente, antes de gerar despesas, precisamos avaliar as receitas previstas, para verifi car se teremos como honrar nossos compromissos fi nanceiros; muitas vezes, é preciso priorizar determinadas despesas mais essenciais em detrimento de outras. O mesmo acontece no setor governamental, e esse planejamento, que visa a atender às demandas da sociedade, recebe o nome de orçamento público. Nele, são defi nidas as despesas prioritárias, os limites de gastos, a provisão das receitas e as áreas prioritárias a receberem os investimentos. Visando a formalizar essas questões de grande relevância, pelo impacto que produzem na sociedade, a CF/1988 (BRASIL, 1988) estabeleceu, de forma legal, a normatização do orçamento público brasileiro. O texto cons- titucional de 1988 trouxe novas formas para a elaboração e a apreciação dos instrumentos que compõem o modelo orçamentário brasileiro. O planejamento orçamentário passou a ser especificado e centrado em três documentos: a Lei do Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A elaboração do orçamento brasileiro é baseada nas estimativas para o produto interno bruto (PIB), na previsão de inflação e em outros parâmetros. Por meio da análise desses fatores, é estimada uma receita para o exercício seguinte e, conforme a receita estimada, são estabelecidos os gastos. Os projetos preveem os percentuais a serem investidos em áreas como saúde e educação; em âmbito nacional, o governo precisa investir no mínimo 18% da receita líquida em educação e no mínimo 15% em saúde. Com base nisso, é de extrema importância o envolvimento dos demais setores, pois as decisões tomadas nesse planejamento vão refletir na vida dos membros da sociedade. O presidente da República e sua equipe técnica elaboram o projeto, que é encaminhado para o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) para avaliação e aprovação na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), composta por deputados e senadores. Após a aprovação da Comissão, a proposta é encaminhada ao chefe do Poder Executivo para aprovação ou veto, total ou parcial. Antes do final de cada legislatura, o orçamento precisa ser aprovado e, depois, sancionado pelo presidente da República, transformando-se em lei. Após a aprovação e a entrada em vigência da Lei Orçamentária, a realização de despesas fica condicionada às normas estabelecidas, devendo haver provisão de receitas para pagá-las. Ocorrendo a necessidade da realização de despesas acima do limite que está previsto na lei, durante o exercício financeiro, o Poder Executivo pode submeter ao Congresso Nacional projeto de lei de crédito adicional. Uma das formas previstas na CF para que a população possa exercer sua participação no processo de planejamento do orçamento público é o orça- mento participativo. Geralmente, a participação versa sobre orçamento de investimentos dos municípios, e a opinião pública acaba sendo utilizada para definição de execução de obras de infraestrutura e serviços locais. Além disso, o orçamento participativo estimula a transparência das atividades públicas por meio de ampla divulgação de dados. Um dos grandes destaques instituídos para o modelo orçamentário é a proibição para iniciar investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize Introdução ao orçamento governamental do Brasil2 a sua inclusão, sob pena de crime de responsabilidade, conforme definido no art. 167, § 1º, da CF (BRASIL, 1988). Essa normativa passou a evitar o que ocorria em âmbito federal, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, quando os chefes do poder executivo deixavam contas estrondosas e obras em andamento para os chefes recém-eleitos, sem haver disponibilidade de recursos para pagamento. O sistema orçamentário brasileiro possui três importantes dimensões, descritas a seguir. 1. Dimensão jurídica: o orçamento público tem base legal, por isso, tem autoridade para definir os princípios que devem ser respeitados pelos agentes públicos nos atos referentes a receitas e despesas. Todos os processos do orçamento público, desde a elaboração até a sanção final, têm tramitação legislativa, como todas as demais leis. 2. Dimensão econômica: a forma da gestão orçamentária produz refle- xos nos mais diversos setores da economia, afetando, por exemplo, a inflação, os empregos e o grau de endividamento. Nessa dimensão, o orçamento público representa a forma por meio da qual o governo arrecada recursos da sociedade e os utiliza nas áreas que foram definidas para receber os recursos. 3. Dimensão política: o orçamento, devido aos fatores que envolve e os diversos segmentos que serão impactados com suas definições e aplicações, passa a ser discutido, desde o processo de elaboração, por agentes políticos e membros dos diversos segmentos sociais. Segundo Albuquerque, Medeiro e Feijó (2008), todas as elaborações e execuções devem ser baseadas nos seguintes fundamentos: da transparência do orçamento; da universalidade, em que todas as despesas e receitas de todas as instituições são incorporadas; da anualidade, compreendendo um exercício; e da unidade, em que cada esfera governamental terá apenas um orçamento. Essas dimensões são de grande interesse para a sociedade, pois os reflexos desse planejamento serão sentidos diretamente pela população, conforme explanado por Albuquerque, Medeiro e Feijó (2008). O sistema orçamentário brasileiro, além de sua composição por leis, engloba outros elementos, como o papel desenvolvido pelos agentes políticos. Por meio do orçamento público, 3Introdução ao orçamento governamental do Brasil é possível verificar como está a situação econômica e financeira do país, dos estados e dos municípios, avaliando-se as operações de crédito realizadas, os gastos em cada setor e a arrecadação efetivada. Com esses dados, é possível realizar uma análise detalhada do que foi feito e do que precisa ser realizado futuramente. Você sabe como funciona a CMO? No link a seguir, você conhecerá a composição dessa comissão, as suas tarefas e a importância do trabalho que realiza na composição do orçamento público brasileiro. https://qrgo.page.link/jNy1o Os principais instrumentos Como visto, o sistema orçamentário brasileiro é composto por três principais instrumentos: o PPA, a LDO e a LOA. Plano Plurianual O PPA possui duração de quatro anos, com início no segundo ano do man- dato do chefe de governo. Esse plano estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas do governo federal para as despesas de capital e os programas de duração continuada. Caracteriza-se como um planejamento de médio prazo. Embora o planejamento do PPA seja defi nido para os quatro anos seguintes, o mesmo pode ser ajustado a cada ano, de acordo com as necessidades e as metas estabelecidas para o ano seguinte. O PPA é uma lei ordinária que define as prioridades do governo e está voltada para os programasde duração continuada. O projeto de lei do PPA tem sua elaboração feita pelo Poder Executivo e, atualmente, é coordenado pela Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPI/MPO). Após a elaboração, o projeto precisa ser encaminhado ao Congresso Nacio- nal até 31 de agosto do primeiro ano de cada mandato presidencial. A execução Introdução ao orçamento governamental do Brasil4 do PPA se inicia no segundo ano do mandato presidencial, encerrando-se no primeiro ano do mandato presidencial subsequente. Já nos municípios, o prazo de envio do projeto para aprovação pela Câmara Municipal é até o encerramento da sessão legislativa. Caso a proposta não seja enviada, a omissão caracteriza crime de responsabilidade para o responsável pelo envio da proposta, e o orçamento vigente poderá ser instituído para o próximo período. O PPA substituiu o Orçamento Plurianual de Investimentos, que esteve vigente no país desde o final da década de 1960 até 1988 e que possuía a abrangência de apenas três exercícios. Lei de Diretrizes Orçamentárias A LDO possui duração de um ano, ou seja, um exercício fi nanceiro. É elabo- rada com o objetivo de detalhar as metas e as prioridades da administração para o ano subsequente e busca orientar a elaboração da LOA. Versa ainda sobre alterações da legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências fi nanceiras de fomento. O Poder Executivo elabora o projeto e encaminha ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano. O Congresso precisa aprovar o projeto até o dia 30 de junho. Nos municípios, o prazo é no primeiro período da sessão legislativa, para aprovação pela Câmara Municipal. O não envio da proposta pode acarretar cassação do mandato, conforme estabelecido na CF/1988 (BRASIL, 1988). Conforme Vignoli e Funcia (2014), a LDO estabelece de forma antecipada as diretrizes e as prioridades de gastos e as normas que vão orientar a elaboração de convênios e a fixação de metas. Juntamente com as unidades orçamentárias dos Poderes Executivo e Judiciário, a Secretaria de Orçamento Federal elabora a proposta para o ano seguinte. Com a chegada da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000) (BRASIL, 2000), a LDO passou a conter dois anexos: o anexo de metas fiscais, que estabelece os primeiros resultados espe- rados para os próximos exercícios, e o anexo de riscos fiscais, que enumera as dívidas que ainda não estão contabilizadas, mas que poderão vir a aumentar a dívida pública, por meio de decisão judicial. Lei Orçamentária Anual A LOA é um instrumento para planejamento de curto prazo. Sua duração, normalmente, é de um ano, ou seja, um exercício fi scal. É utilizada pela União, 5Introdução ao orçamento governamental do Brasil pelos estados e pelos municípios para o gerenciamento das receitas e despesas públicas em cada exercício fi nanceiro. Essa lei tem grande relevância na gestão dos recursos públicos, fi cando conhecida como “Lei dos Meios”, pois o ad- ministrador público depende da aprovação das contas contidas nessa lei para receber autorização do Poder Legislativo para a execução do seu orçamento. O Poder Legislativo autoriza o Executivo a arrecadar, administrar e gerenciar as receitas e realizar as despesas no período de um ano, coincidindo com o ano civil, que diz respeito ao ano de exercício da legislatura. O projeto de lei da LOA deve ser encaminhado ao Poder Legislativo até 31 de agosto. No âmbito municipal, precisa ser encaminhado para aprovação pela Câmara Municipal até o encerramento da sessão legislativa. A LOA deve conter três orçamentos, que possibilitam à sociedade veri- ficar onde serão investidos os recursos que foram arrecadados sob a forma de tributos. 1. Orçamento fiscal: envolve toda a programação de gastos da Adminis- tração Pública, direta e indireta, que, no âmbito federal, abrange os Poderes da União, das fundações, das autarquias e dos fundos. 2. Orçamento da seguridade social: assim como o orçamento fiscal, serve para apresentar todos os gastos da Administração Pública, desde dis- pêndios com a manutenção da máquina pública, gastos com saúde, educação, rodovias, benefícios previdenciários e, ainda, todas as receitas que se espera arrecadar. 3. Orçamento de investimento das empresas estatais: contempla a previsão de investimentos das entidades em que a União, de forma direta ou indireta, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Com base nos três instrumentos criados para o sistema orçamentário brasileiro, é possível verificar que a atuação desses instrumentos ocorre de forma integrada (Figura 1): o PPA fixa um planejamento de longo prazo por meio dos programas e das ações governamentais; a LOA põe em prática esses programas e ações no curto prazo, por meio de projetos e atividades; e a LDO deve servir de ligação entre esses dois instrumentos, estabele- cendo normas para a elaboração da lei orçamentária do ano seguinte. Introdução ao orçamento governamental do Brasil6 As prioridades definidas nesses instrumentos legais visam a combater determinados problemas identificados no país, principalmente no que tange à corrupção e à irresponsabilidade fiscal, além de promover o desenvolvimento social e econômico do país. Figura 1. Representação de cada instrumento do orçamento público. Fonte: Adaptada de São Francisco do Conde (2018). O PPA se constitui de programas com metas e indicadores para quatro anos A LOA provê recursos para a execução das ações necessárias para o alcance das metas A LDO explicita as metas para cada ano O orçamento público necessita reformas? Acessando o link a seguir, você vai ver uma análise da forma como o orçamento público vem sendo tratado nos últimos anos e das necessidades que o orçamento teria, com base nos seus principais instrumentos de execução. https://qrgo.page.link/YsqKG 7Introdução ao orçamento governamental do Brasil O ciclo do orçamento público no Brasil O ciclo orçamentário do Brasil diz respeito ao processo de elaboração, apro- vação, execução e controle dos gastos da nação. Realizar o estudo do ciclo orçamentário é fundamental para entender como é feito o controle das fi nanças públicas, as características de cada lei orçamentária e a natureza jurídica do orçamento. As etapas que compõem o ciclo orçamentário são as seguintes: elaboração da proposta orçamentária; aprovação da proposta orçamentária; execução da proposta orçamentária; controle da proposta orçamentária. Na Figura 2, é possível verificar o ciclo do planejamento e do orçamento das leis orçamentárias do Brasil, podendo-se observar a integração entre os projetos. Figura 2. Ciclo integrado de planejamento e orçamento. Fonte: Adaptada de Gontijo ([2019]). Plano plurianual – PPA Planos nacionais, regionais e setoriais Controle e avaliação da execução orçamentária e financeira Lei de diretrizes orçamentárias – LDO Execução orçamentária e financeira Elaboração da proposta orçamentária anual – LOA Discussão, votação e aprovação da lei orçamentária anual A primeira etapa do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta or- çamentária. Essa etapa é composta pelas seguintes atividades: previsão da receita, fixação da despesa, consolidação da proposta e envio da proposta ao Poder Legislativo. Nessa proposta, devem constar os objetivos que se pretende Introdução ao orçamento governamental do Brasil8 atingir, as metas e as prioridades da Administração Pública para o exercício. Essa etapa tem início com a iniciativa da Lei Orçamentária pelo chefe do executivo. No âmbito federal, compete ao presidente da República. Os estados, o Distrito Federal e os municípios também elaboram seus orçamentos. Além deles, os órgãos do Poder Judiciário, da Defensoria Pública e do Ministério Público também elaboram seus orçamentos de forma independente; porém, essas elaborações passam pela avaliação do Poder Executivo.Depois de ser criado pelo Executivo, o orçamento é encaminhado para o Poder Legislativo, onde passa pela CMO, dando origem à segunda etapa do ciclo orçamentário: a aprovação da proposta orçamentária. Podem propor emendas na proposta: as comissões permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Depu- tados, em relação aos assuntos que lhe afetam; as mesas diretoras; as bancas estaduais; e os parlamentares, de forma individual. Os parlamentares podem propor emendas no orçamento, mas não po- dem aumentar despesas. Devem também indicar a origem dos recursos que vão custear as emendas propostas. O objetivo das emendas é aperfeiçoar as propostas enviadas pelo Poder Executivo. As emendas podem versar sobre a previsão de receita, o texto da lei ou a autorização de despesas. Existem três classes de recursos para os quais os parlamentares não podem propor alterações: transferências constitucionais obrigatórias, recursos destinados ao pagamento de pessoal e recursos destinados ao pagamento da dívida pública. Depois de aprovada pelo Legislativo, a Lei Orçamentária retorna para o presidente, que fará a sanção e a execução da lei. Depois de sua publicação, tem início a terceira etapa, que corresponde à execução da proposta orçamen- tária. Os programas contemplados na Lei Orçamentária são executados pelos ministérios ou órgãos designados. O Executivo é responsável pela execução orçamentária, e essa atribuição acaba influenciando a tomada de decisões governamental e abrange as questões relacionadas à distribuição de poder no governo. A quarta e última fase do ciclo orçamentário é o controle da proposta orçamentária. Essa fase tem grande importância, sendo considerada, conforme consta em decreto, como um dos cinco princípios fundamentais que norteiam a Administração Pública Federal. O controle é feito pela própria Administração, 9Introdução ao orçamento governamental do Brasil envolvendo os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Os órgãos desses poderes realizam o controle com base no princípio da hierarquia. O controle tem como finalidade fiscalizar se as metas previstas no PPA estão sendo cumpridas, se há legalidade na execução e se a gestão orçamentária e o controle das operações de crédito estão sendo feitas dentro dos princípios da eficiência pública. Segundo Santos (2007), o controle interno é um instrumento obrigatório na Gestão Pública, servindo como auxílio para a gestão e atuando de forma preventiva para averiguar possíveis irregularidades. Proporciona maior eficácia, eficiência e economicidade aos gastos públicos, além de deixar o processo mais transparente para a população. Já o controle externo é estipulado pela CF e exercido pelo Congresso Nacional, com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU), no âmbito federal. Esse processo é semelhante ao controle interno, sendo exercido de modo que a autonomia administrativa, financeira e funcional dos poderes seja respeitada. O controle externo pode ocorrer de forma concomitante com o controle interno ou posteriormente, não sendo permitido de forma prévia. Já o controle interno pode ocorrer a qualquer momento; conforme determinado na CF, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, um sistema de controle para apoio ao controle externo. Cabe ainda ao controle interno informar ao TCU qualquer irregularidade ou ilegalidade de que tomar conhecimento. Além dos controles interno e externo, existe ainda o controle social, que pode ser exercido de forma legítima por qualquer cidadão, partido político, sindicatos ou associações, para denunciar possíveis irregularidades ou ilega- lidades perante o TCU. A participação da sociedade no controle da execução orçamentária busca aumentar a eficiência dos atos governamentais, a promoção da transparência e da publicidade dos atos públicos e a transformação do sistema público em um mecanismo mais democrático. Introdução ao orçamento governamental do Brasil10 ALBUQUERQUE, C.; MEDEIRO S, M.; FEIJÓ, P. H. Gestão das finanças públicas: fundamentos e práticas de planejamento, orçamento e administração financeira com responsabili- dade fiscal. 2. ed. Brasília: Gestão Pública, 2008. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti- tuicao.htm. Acesso em: 14 out. 2019. BRASIL. Lei Complementar no. 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Diário Oficial da União, 5 maio 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci- vil_03/leis/lcp/lcp101.htm. Acesso em: 14 out. 2019. GONTIJO, V. Instrumentos de planejamento e orçamento. In: BRASIL. Câmara dos Deputados. Orçamento da União. [2019]. 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