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Yahanna Estrela Medicina – UFCG ANESTESIOLOGIA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA E COMPLICAÇÕES INTRODUÇÃO ✓ A recuperação pós-anestésica é definida como o período compreendido entre a interrupção da administração de anestésicos e o retorno das condições basais do paciente. ✓ Nesse período, fazem parte as atividades de monitorização e tratamentos utilizados após um procedimento anestésico-cirúrgico. ✓ No Brasil, a existência obrigatória da SRPA em hospitais foi determinada pela Portaria 400 do Ministério da Saúde, em 1977. ✓ A Resolução CFM n° 1363/93 determinou em relação à SRPA: o Art. 4º - Após a anestesia, o paciente deve ser removido para a sala de recuperação pós- anestésica (SRPA) ou para o/a centro (unidade) de terapia intensiva (CTI), conforme o caso. ▪ § 1º Enquanto aguarda a remoção, o paciente deverá permanecer no local onde foi realizado o procedimento anestésico, sob a atenção do médico anestesiologista. ▪ § 2º O médico anestesiologista que realizou o procedimento anestésico deverá acompanhar o transporte do paciente para a SRPA e/ou CTI. ▪ § 3º A alta da SRPA é de responsabilidade exclusiva do médico anestesiologista. ▪ § 4º Na SRPA, desde a admissão até o momento da alta, os pacientes permanecerão monitorados quanto: a) à circulação, incluindo aferição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e determinação contínua do ritmo cardíaco, por meio da cardioscopia; b) à respiração, incluindo determinação contínua da oxigenação do sangue arterial e oximetria de pulso; c) ao estado de consciência; d) à intensidade da dor. SRPA ✓ As características das SRPA são singulares e devem obedecer a uma padronização. 1. Localização – dentro do centro cirúrgico, com portas amplas que permitem a entrada de equipamentos de maior porte. 2. Número de leitos – relacionado ao número de salas cirúrgicas e tipo de procedimentos realizados: um leito de recuperação para duas ou três salas cirúrgicas. Se o número de procedimentos cirúrgicos em regime ambulatorial for grande, são necessários dois a três leitos para cada sala cirúrgica. 3. Espaço por leito – para as situações rotineiras, 9,5 m² são suficientes. Pacientes em situações especiais podem ter essa área dobrada. Os leitos móveis devem ter dois tipos de inclinação, cefalodeclive e aclive, associados a grades laterais dobráveis. 4. Iluminação/cor das paredes/piso – área, se possível, com amplas janelas para o exterior (aproveitando a luz do dia) e complementação com iluminação artificial e focos luminosos em todos os leitos. A cor das paredes deve ser o mais neutra possível para evitar distorções na avaliação da coloração do paciente. O piso não deve ser escorregadio, e sim de fácil limpeza. 5. Medicamentos – devem estar disponíveis: analgésicos; antieméticos; antitérmicos; anti- inflamatórios; antagonistas (de opioides, benzodiazepínicos, bloqueadores neuromusculares); fármacos estimulantes ou depressores do sistema nervoso autônomo; antiarrítmicos; antibióticos; anticonvulsivantes; heparina e antagonistas; antialérgicos; broncodilatadores e corticoides, entre outros. Verificar prazos de validade. Soluções de infusão como cristaloides e coloides. 6. Monitores básicos – medidor de pressão arterial não invasiva; cardioscópio; termômetro e oxímetro de pulso por leito. 7. Equipamentos – nebulizadores; capnógrafos; aparelhos de ventilação artificial; eletro-cardiógrafo; bombas de infusão; material para manutenção das vias aéreas; coletor de amostras para análise laboratorial, cateteres para pressão arterial invasiva; pressão venosa central e pressão da artéria pulmonar. Equipamento de emergência de reanimação cardiorrespiratória; marca-passo; transdutores e drenos. Cada leito deve ter suprimento de oxigênio; ar comprimido; vácuo e vários pontos de energia elétrica. 8. Equipe responsável – enfermeiros bem treinados e o anestesiologista responsável, que orienta as condutas e assina a alta juntamente com a chefia da enfermagem. REGRESSÃO DA CIRURGIA ✓ A recuperação pós-anestésica é um processo dinâmico, com tempo variável, que depende da ação residual dos agentes anestésicos empregados. Processa-se em três fases: o Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, presença de reflexos das vias aéreas superiores e movimentação. ▪ Portanto, ela é alcançada quando o paciente é capaz de responder a estímulos verbais simples, como abrir os olhos, levantar a cabeça ou falar o próprio nome. ▪ A partir disso, ele pode ser transferido para a SRPA, acompanhado do anestesiologista. ▪ Nessa fase o paciente deve ser capaz de manter as via aéreas desobstruídas e a função hemodinâmica estável (SpO2 normal), com ou sem O2. ▪ A administração de O2 suplementar é efetiva para prevenção e tratamento de hipoxemia, principalmente em pacientes de risco. o Intermediária (minutos, horas): tem-se o restabelecimento da coordenação motora e atividade sensorial. ▪ O paciente está acordado e alerta; ▪ Suas funções vitais estão próximas às do período pré-operatório; ▪ Vias aéreas pérvias e reflexos de tosse e deglutição presentes; ▪ SpO2 em ar ambiente acima de 92%; ▪ Poucos (toleráveis) ou nenhum efeito colateral, dentre eles: sonolência, tontura, hipotensão ortostática, náuseas e dor; ▪ O paciente deve apresentar diurese espontânea e a realimentação já instituída com sucesso. ▪ Os pacientes submetidos a anestesia ambulatorial atingem a fase intermediária da recuperação pós- anestésica quando se encontram aptos a andar sozinhos. ▪ Os pacientes submetidos a anestesia regional devem apresentar o bloqueio sensitivo inferior a T12, presença de função motora nos membros inferiores ou teste ortostático positivo, o qual prevê manutenção dos níveis de pressão arterial (ao redor de 90% do basal) após ficar sentado por cinco minutos. ▪ Pacientes submetidos a bloqueios axilares podem apresentar instabilidade de postura e, consequentemente, dificuldade de deambulação. o Tardia (horas) - normalidade motora e sensorial. ▪ Na anestesia geral, nessa fase, deve-se julgar o desempenho do paciente 24h a 48h após a anestesia; ▪ A recuperação completa ocorrerá na enfermaria ou em casa; ▪ Resíduos anestésicos são metabolizados e a atividade do SNC e SNA são recuperadas. ✓ Após alcançada a fase imediata, o paciente pode ser transferido para a SRPA. ✓ A patência das vias aéreas superiores e o esforço respiratório efetivo precisam ser monitorizados quando o paciente é transportado da sala cirúrgica para a SRPA. ✓ A ventilação adequada pode ser confirmada observando-se a adequada excursão torácica durante a inspiração, ouvindo os ruídos aéreos da respiração ou simplesmente sentindo o ar expirado com a mão a partir do nariz e da boca do paciente. ✓ Com raras exceções, é indicado que pacientes que foram submetidos a anestesia geral recebam oxigênio suplementar durante o transporte. ✓ Embora a maioria dos pacientes saudáveis submetidos a cirurgias ambulatoriais possa ser transportada seguramente respirando ar ambiente, a decisão do uso de oxigênio suplementar deve ser realizada caso a caso. o Idade avançada (> 60 anos) e peso (> 100 kg) identificam adultos que são de risco aumentado para dessaturação quando transportado para SRPA em ar ambiente o A hipoventilação isolada pode causar hipoxemia em pacientes saudáveis mesmo em procedimentos menores. ✓ Ao chegar à SRPA, o paciente deve ser admitido por uma equipe de enfermagem treinada. ✓ O anestesiologista deve fornecer os detalhes pertinentes ao histórico do paciente, às condições médicas, à anestesia e cirurgia. ✓ Especial atenção é direcionada para a monitorização da oxigenação (oximetria de pulso); ventilação (frequência respiratória, patência das vias aéreas e capnografia) e circulação (pressão arterial, frequência cardíacae eletrocardiograma). o Os sinais vitais são avaliados e registrados na frequência que se julgar necessário, devendo ser verificados, pelo menos, a cada 15 minutos. COMPLICAÇÕES NO PERÍODO PÓS- ANESTÉSICO IMEDIATO ✓ Na maioria das vezes, a recuperação da anestesia ocorre de maneira tranquila, mas pode cursar com complicações algumas vezes. ✓ As condições clínicas pré-operatórias, a extensão e o tipo de cirurgia, a técnica e a duração da anestesia, as intercorrências cirúrgicas e/ou anestésicas podem estar relacionadas com a frequência de complicações. ✓ Deve-se observar constantemente: a integridade das funções respiratória, cardiovascular e neuromuscular; o nível de consciência; a temperatura; a presença de sangramento, dor, náusea e vômito e o débito urinário. ✓ Abaixo serão listadas as complicações de vias aéreas, respiratórias e cardiovasculares, mas também podem ocorrer: o Complicações renais → lesão renal aguda; o Complicações neurológicas → consciência intraoperatória acidental; delírio pós- operatório (DPO) e disfunção cognitiva pós- operatória (DCPO); despertar prolongado; acidente vascular encefálico (AVE); convulsões; hipertermia maligna; náuseas e vômitos. DOR ✓ É uma das complicações mais frequentes; ✓ É uma experiência subjetiva, podendo ser utilizada a escala abaixo para que o paciente possa quantifica-la de acordo como se sente; ✓ Os fatores envolvidos são: sensibilidade individual, ansiedade, fatores psicológicos, anestesia, local e extensão da cirurgia; ✓ Pode ser tratada com analgésicos, opioides, bloqueios, infiltração com anestésico local e AINEs. NÁUSEAS E VÔMITOS ✓ Afeta de 20-30% dos pacientes de cirurgia geral; ✓ 47% dos pacientes submetidos à cirurgia de ouvido; ✓ A escala de Apfel avalia o risco de NVPO; ✓ Pode ocasionar aspiração de conteúdo gástrico, deiscência de sutura, desconforto e retardo de alta da SRPA. HIPOTERMIA ✓ É uma complicação comum; ✓ É caracterizada por temperatura < 36ºC e pode ser ocasionada pela inibição da termorregulação, além da exposição ao frio das salas de cirurgia; ✓ Pode ocasionar arritmias cardíacas, distúrbios da coagulação, além de aumentar o risco de infecções no sítio cirúrgico; ✓ Deve ser tratada de forma imediata e a temperatura deve ser monitorada. COMPLICAÇÕES DAS VIAS AÉREAS OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES ✓ A obstrução das vias aéreas superiores pode se originar a partir da faringe (queda da língua), laringe (edema laríngeo, laringoespasmo, paralisia de corda vocal) ou compressão extrínseca das vias aéreas. o O laringoespasmo é um reflexo resultante do fechamento glótico prolongado por contração do músculo laríngeo. o É uma complicação potencialmente grave cuja etiologia é multifatorial, mas que, na maioria das vezes, decorre da manipulação de vias aéreas. o Pode ser desencadeado por anestesia superficial e presença de substâncias irritantes a via aérea (secreção, sangue); intubação traqueal; aspiração ou estimulação da úvula. o Como o laringoespasmo tem complicações graves (hipoxemia, edema agudo de pulmão por vácuo e óbito), existe necessidade de pronto tratamento quando diagnosticado. o Como tratamento: administração de O2 a 100%, ventilação por pressão positiva, elevação da mandíbula e, em último caso, succinilcolina EV 0,1mg/kg. ✓ Agentes anestésicos e o efeito residual dos bloqueadores neuromusculares podem contribuir para a obstrução da via aérea. ✓ Os principais sinais são retração intercostal e supraesternal e respiração paroxística. COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS ✓ Durante o período de recuperação pós-anestésica, as complicações pulmonares aparecem como o principal problema a ser enfrentado pelo anestesiologista. HIPÓXIA ✓ É comum em paciente que não recebeu O2 suplementar (30%); ✓ As causas mais comuns incluem hipoventilação e atelectasia; ✓ Deve ser realizada a suplementação de O2 em pacientes selecionados durante a transferência e estágio inicial na SRPA. ✓ É necessária a monitorização contínua com oximetria de pulso para detecção precoce de hipoxemia. ATELECTASIA ✓ É a principal causa de oxigenação inadequada no período de recuperação pós-anestésica; ✓ Indivíduos portadores de determinadas condições, como tabagismo, obesidade, apneia do sono, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), apresentam risco aumentado de desenvolver insuficiência pulmonar pós- operatória. HIPOVENTILAÇÃO ✓ Caracterizada pelo volume minuto inapropriado, que resulta em hipercapnia e acidose respiratória. ✓ As principais causas de hipoventilação na SRPA incluem redução do drive respiratório, redução da força da musculatura respiratória, aumento da produção de CO2 e doença pulmonar aguda ou crônica. ✓ A combinação de anestésicos inalatórios, opioides e benzodiazepínicos pode deprimir o centro respiratório. o Opioides → reverte com naloxona; o Benzodiazepínicos → reverte com flumazenil. ✓ A redução da força da musculatura respiratória pode ser causada pela reversão do bloqueio neuromuscular incompleta, resultando em obstrução das vias aéreas e hipoventilação. ✓ O bloqueio neuromuscular residual é mais comum em pacientes que receberam bloqueador neuromuscular de longa duração, como o pancurônio, e não foram tratados com agentes reversores. BRONCOASPIRAÇÃO ✓ Pacientes submetidos a anestesia geral têm maior predisposição à aspiração do conteúdo gástrico por causa da depressão dos reflexos protetores da via aérea. ✓ Esse evento no período perioperatório é raro, mas pode resultar em consequências graves ou fatais. ✓ Os sinais da broncoaspiração grave incluem broncoespasmo, hipoxemia, atelectasia, taquipneia, taquicardia e hipotensão. ✓ O tratamento inicial consiste em aspiração orofaríngea, administração de broncodilatadores e aporte de oxigênio. EDEMA PULMONAR ✓ O edema pulmonar cardiogênico é resultante do aumento da pressão capital pulmonar secundária ao aumento da pressão do átrio esquerdo. o Seu aparecimento pode ocorrer por processo isquêmico cardíaco ou doença valvar aguda. ✓ O edema pulmonar não cardiogênico ocorre geralmente pelo aumento da permeabilidade capilar. ✓ O tratamento engloba suplementação de oxigênio, diuréticos, pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), vasodilatadores e ventilação mecânica com pressão expiratória final positiva (PEEP) para os casos mais graves. ✓ Outra causa do edema pulmonar que pode ocorrer na SRPA é secundária à obstrução das vias aéreas superiores (edema pulmonar por pressão negativa). o Durante o processo de obstrução das vias aéreas, a força realizada pelo movimento inspiratório resulta em pressão negativa intratorácica com aumento da pré e pós-carga do ventrículo esquerdo (VE). o A disfunção diastólica do VE gera edema pulmonar. COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES HIPOTENSÃO ARTERIAL ✓ É caracterizada por uma queda maior que 20% da pressão arterial basal ou presença de sinais de hipoperfusão. ✓ Suas principais causas são a hipovolemia, redução da resistência vascular sistêmica e/ou redução do débito cardíaco. ✓ Bloqueio do neuroeixo; agentes inalatórios residuais; administração de vasodilatadores; reações transfusionais; resposta inflamatória sistêmica e sepse podem causar hipotensão pela queda da resistência vascular sistêmica. o Nesses casos, a reposição volêmica pode não corrigir a hipotensão, sendo necessário tratamento farmacológico com administração de vasoconstritor. HIPERTENSÃO ARTERIAL ✓ A hipertensão é uma ocorrência frequente no pós- operatório, com aparecimento precoce → geralmente menos de 2 horas após a cirurgia. ✓ Sua maior incidência está relacionada com cirurgia vascular, de cabeça e pescoço e neurocirurgia. ✓ Os pacientes com doença hipertensiva prévia são os mais acometidospor essa complicação na SRPA. ✓ Consequências da hipertensão grave no pós- operatório incluem infarto agudo do miocárdio, arritmias, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral e aumento do sangramento em sítio cirúrgico. ✓ O tratamento da hipertensão deve ser feito com cautela. o A pressão sistólica ou diastólica acima de 20% do basal associada a sinais ou sintomas de complicações apresentam indicação de tratamento. o As causas reversíveis de hipertensão (ansiedade, dor) devem ser tratadas antes da terapia anti- hipertensiva. o Para os pacientes hipertensos crônicos, o início da terapia medicamentosa prévia é uma boa opção. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ✓ A resposta fisiológica ao trauma cirúrgico é o aumento das catecolaminas circulantes, resultando na elevação do cronotropismo, inotropismo e resistência vascular sistêmica com consequente elevação do consumo miocárdico. ✓ Pacientes com doença coronariana ou fatores de risco para coronariopatia têm um risco significantemente maior para evoluir com infarto agudo do miocárdio (IAM) e morte súbita. ✓ Os pacientes que apresentam alto risco para o desenvolvimento de isquemia miocárdica pós- operatória devem ter um ECG no pré-operatório e pós-operatório. ARRITMIAS ✓ São de aparecimento frequente no período perioperatório, observadas em 62% a 84% dos pacientes. ✓ O significado clínico das arritmias depende da função cardíaca basal do paciente. ✓ A bradicardia pode ocasionar redução significativa do débito cardíaco em pacientes que apresentam valvopatia aórtica. o As bradiarritmias são frequentemente associadas com disfunção do nó sinusal ou atrioventricular. ✓ A taquicardia pode reduzir o débito cardíaco pela redução do tempo de enchimento diastólico e pelo aumento do consumo de oxigênio miocárdico, resultando em isquemia miocárdica. o São classificadas anatomicamente com base na origem do estímulo elétrico em: supraventriculares (taquicardia sinusal; fibrilação atrial; flutter; taquicardia atrial ectópica; taquicardia atrial multifocal; taquicardia juncional e taquicardia de reentrada nodal atrioventricular) e ventriculares (taquicardia ventricular e fibrilação ventricular). o No período pós-operatório imediato, a taquicardia sinusal é a mais frequente, causada pelo aumento da descarga simpática resultante da dor, ansiedade, hipovolemia, anemia, hipóxia e hipercarbia. ✓ O uso de betabloqueadores é efetivo na redução da frequência cardíaca em pacientes com risco de isquemia miocárdica. ✓ Nos casos em que a bradicardia está associada com comprometimento hemodinâmico (hipotensão, baixo débito cardíaco), o tratamento com agentes anticolinérgicos (atropina) ou beta- agonistas (efedrina) pode ser efetivo. CRITÉRIOS DE ALTA DA SRPA ✓ A Resolução do CFM n° 1886/08 prevê que as condições para a alta do paciente ambulatorial são: orientação no tempo e espaço; estabilidade dos sinais vitais há, pelo menos, 60 minutos; ausência de náuseas ou vômitos; ausência de dificuldade respiratória; capacidade de ingerir líquido; capacidade de locomoção como a pré- operatória; sangramento operatório mínimo ou ausente; ausência de dor importante e de sinais de retenção urinária. ✓ Prevê também que sejam dadas orientações verbais e escritas sobre os cuidados pós anestésicos e pós operatórios ao paciente e seu acompanhante maior e responsável, bem como a determinação da unidade para atendimento das eventuais intercorrências. ✓ Do ponto de vista clínico, como critério de alta da SRPA, pode-se empregar o índice de Aldrete e Koulik modificado e analisa cinco itens cujas respostas são graduadas de zero a dois. o Um total acima ou igual a oito pontos é condizente com condições de alta quando realizada anestesia geral ou 10 pontos para as anestesias regionais. ✓ As diretrizes de cuidado do paciente na SRPA publicadas pela ASA, em 2013, orientam que, para a alta da SRPA, não há necessidade de se aguardar débito urinário ou de se beber líquido. ✓ Todos os pacientes devem ser mantidos em observação até que não tenham mais o risco de depressão cardiorrespiratória, mas não é mandatório um período mínimo de observação.
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