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1 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
 Licenciado para - REGLA CARIDAD CALERO HERNANDEZ - 07161133173 - Protegido por Eduzz.com
2 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, tudo bem? 
Aqui é o Criador da página do Instagram @cirurgiasdaface. 
Que bom ter você por aqui, agradeço por utilizar esse material. Espero muito que o 
conteúdo te ajude na sua Jornada de Estudos. 
 
Esse material surgiu a partir do sonho de um Estudante de Odontologia de passar 
em alguma conceituada Residência em CTBMF. Dessa forma, durante 2 anos de 
estudos, criei uma série de resumos focado completamente no que é cobrado nas 
provas de Residência em CTBMF. 
 
Esse material me ajudou a ser aprovado em mais de 70% de todas as provas 
que prestei. Além do enorme conhecimento que adquiri através deste material, no 
fim das contas, pude escolher qual Residência eu iria fazer. 
 
O livro Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson – MILORO, é 
considerado um dos livros mais importantes para quem deseja aumentar seus 
conhecimentos em CTBMF e principalmente ingressar em alguma Residência de 
CTBMF, e esse conteúdo é inteiramente baseado nesse ótimo livro. 
 
Agora, disponibilizo esse material EXCLUSIVO a você, e espero de coração que 
contribua muito para você alcançar seus OBJETIVOS. 
 
BONS ESTUDOS! 
 
Att, 
Cirurgias da Face 
@cirurgiasdaface. 
Licenciado para - REGLA CARIDAD CALERO HERNANDEZ - 07161133173 - Protegido por Eduzz.com
3 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
 
ÍNDICE 
 
1. CICATRIZAÇÃO DE LESÕES.........................................................................4 
2. MANEJO MÉDICO DO PACIENTE CIRÚRGICO............................................7 
3. CONSIDERAÇÕES TRANSOPERATÓRIAS.................................................15 
4. AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA..................................................................19 
5. FARMACOLOGIA DAS MEDICAÇÕES ANESTÉSICAS...............................23 
6. SEDAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA............................................................28 
 
Licenciado para - REGLA CARIDAD CALERO HERNANDEZ - 07161133173 - Protegido por Eduzz.com
4 
 
Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
PRINCÍPIOS DE MEDICINA, CIRURGIA E ANESTESIA 
CICATRIZAÇÃO DE LESÕES 
Sequência de respostas bioquímicas e celulares para restaurar a integridade e função do tecido após a 
injúria (trauma ou cirurgia). O tecido de substituição na reparação tecidual é mais grosseiro e com menos 
células que o original (cicatrização fibrosa). Diferente de REGENERAÇÂO que o tecido restituído é igual 
ao de origem. Depende da presença de células lábeis (constante renovação), estáveis ou permamentes. 
Reparação óssea conta com mais células lábeis (osteoclasto e osteoblasto) que uma reparação de pele ou 
tecido nervoso (células permanentes). A qualidade da reparação depende da natureza de ruptura e do tipo 
de fechamento do tecido. 
- Cicatrização por primeira intenção é aquela que ocorre uma laceração asséptica (ou incisão) fechada 
com sutura e sem deiscência e mínima cicatriz. 
 
- Cicatrização por segunda intenção ocorre quando as condições são menos favoráveis, de preenchimento 
lento do defeito com tecido de granulação e conjuntivo (injúria avulsiva, infecção local). 
- Cicatrização combinada (ou Terceira intenção): espera preenchimento com tecido de granulação e 
conjuntivo, sem riscos de infecção e depois sutura a lesão para fechar primariamente. 
Resposta de Cicatrização da lesão: Ocorre através de 3 fases simultâneas: Inflamatória, Proliferativa e 
Remodelação. 
Fase Inflamatória dura de 3 a 5 dias. Ocorre a agregação plaquetária para garantir a hemostasia e realiza 
matriz primária do reparo. Vasodilatação permite que o plasma e mediadores celulares de cicatrização 
atravessem as paredes (edema, vermelhidão, calor e dor). Neutrófilos e leucócitos migram para o local 
para eliminar bactérias, tecido sem vitalidade e componentes degradados, em seguida macrófagos 
continuam a debridação iniciada. Macrófagos liberam enzimas proteolíticas (colagenases e 
metaloproteases) que regulam a remodelação tecidual em todas as fases. 
Fase de Proliferação: As citocinas e os fatores de crescimento secretados na fase inflamatória estimulam a 
proliferação (no terceiro dia e dura 3 semanas). Ocorre estabelecimento da microcirculação local e 
formação de matriz de fibrina e colágeno imaturo. Tecido de granulação começa a se organizar abaixo do 
epitélio. A deposição de colágeno aumenta a resistência à tração reduzindo a ação das suturas. Na 
superfície da lesão, ocorre reepitelização, o tecido conjuntivo subjacente se contrai para aproximar as 
bordas. 
Fase de Remodelação: Fortalecimento do tecido cicatricial imaturo. Pode durar anos. Envolve degradação 
e formação de matriz – substituição de colágeno tipo 3 por tipo 1. 
 
Processo Especializado de Cicatrização 
Nervo: Resposta depende da severidade e extensão da lesão. Neuropraxia é a mais leve, interrupção 
passageira da condução sem perda de continuidade axonial – reestabelecimento espontâneo dentro de 3 
a 4 semanas. Completa ruptura do tronco nervoso é a Neurotmese (rara). Há certa tentativa do organismo 
de reconectar com a região proximal, células de Schwann se proliferam para regenerar o tecido. Se não 
houver realinhamento ou aproximação cirúrgica dos ramos, essas células formam um complexo aleatório 
fibrinoso e desorganizado, o Neuroma. A regeneração é de 1mm/dia e dura até 3 meses. 
Osso: A matriz tecidual conjuntiva é ossificada na cicatrização. Ocorre mais regeneração que reparo. 
Cicatrização indireta – formação e diferenciação tecidual sequencial. Material necrótico estimula 
inflamação. Há a formação de um calo de fratura que preenche os espaços interfragmentares (ligando e 
imobilizando os fragmento fraturados). A redução da fratura promove a cicatrização direta, fendas são 
primeiro preenchidas com tecido fibroso, fibrocartilagem e osso não-lamelar. Movimentação 
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interfragmentária induz uma regeneração óssea por ossificação endocondral/calo cartilaginoso, quando há 
estabilidade ocorre primariamente por ossificação intramembranosa, além disso se há instabilidade no 
dispositivo de fixação, ocorre reabsorção das bordas da fratura, aumentando as fendas – regeneração 
ocorre secundariamente e demora mais tempo. 
Feridas por extração: Cicatrização por segunda intenção. Coágulo preenche o alvéolo, malha de fibrina 
sela os vasos rompidos. A organização do coágulo dura até 48 horas que forma um arcabouço temporário, 
osteoclastos iniciam a reabsorção da crista. Até a terceira semana a cavidade é preenchida com tecido de 
granulação e ósseo pouco calcificado e ocorre reepitelização da ferida superficial. Se o coágulo não é 
formado ou é desintegrado, haverá a formação de uma osteíte alveolar, demorando mais pra cicatrizar. 
Enxerto de Pele: Espessura total (epiderme e derme) ou dividida. A nutrição inicial é feita pelo plasma 
exsudato, coágulo fixa o enxerto. O sucesso do enxerto depende da neovascularização e da anastomose 
com os vasos do leito receptor (aparência rósea do enxerto 3 a 5 dias depois). Enxertos de espessura total 
tem união mais demorada mas são menos suscetíveis ao trauma e sofre pouca contração. 
 
Complicações da Cicatrização da Lesão 
Infecção da Lesão: todas as lesões são contaminadas, mas somente a sobrecarga de replicação prejudica 
a cicatrização, causam mais inflamação – a vasoconstrição causada provoca hipóxia da lesão, 
aumentando a proliferação e dano tecidual. Além dos sinais clássicos da inflamação, na infecção ocorre 
odor e pus. 
Deiscênciada Lesão: A deiscência pode ser fechado de novo ou deixado para fechar secundariamente. 
Depende da condição da lesão. 
Cicatrização Proliferativa: Hiperproliferação da cicatriz e quelóides, hipervascularização e 
hipercelularidade. Tratada normalmente com corticóides aplicados no interior da cicatriz para inibir a 
proliferação de proteínas, reduzir angiogênese e síntese de colágeno. 
 
Melhorando a Cicatrização da Lesão 
Diminuir o trauma cirúrgico cicatriza mais rápido (principal). Hemostasia ajuda a formar menos hematoma, 
evita crescimento bacteriano devido ao acúmulo de sangue, dependendo da situação pode colocar um 
dreno para ajudar a eliminar esse acúmulo. Remoção de resíduos da lesão (tecido desvitalizado) evita um 
ambiente ideal para bactérias e inflamação persistente melhorando a reepitelização. Circulação local 
prejudicada impede o fornecimento de nutrientes, oxigênios e anticorpos para a ferida – um meio de 
melhorar a oxigenação é realizar oxigênio hiperbárico (HBO). 
Em relação a diabetes, a maior incidência de infecção se deve à hiperglicemia, pois essa alteração afeta a 
permeabilidade das células sanguíneas vermelhas, reduzindo a liberação de oxigênio pela hemoglobina 
resultando em deficiência de O2 e nutrientes. Sistema imune protege a ferida contra infecção, pacientes 
com contagem baixa de CD4 estão em risco de cicatrização prejudicada. Corticosteróides diminuem (30%) 
suprimem processo inflamatório original, até certo ponto é bom, mas pode inibir a fibroplastia, formação de 
colágeno e neovascularização. Neutropenia predispõe à infecção devido ao prolongamento da fase 
inflamatória. 
Radiação em pacientes afetados por tumores na cabeça e pescoço tem danos colaterais nos tecidos 
adjacentes, e reduz a capacidade de regeneração e reparo. As alterações afetam primeiramente as 
células com alto padrão de proliferação – mucosite oral. O dano na vascularização é exacerbado pela 
adesão leucocitária ao endotélio e pela formação de trombos. Esses quadros são revertidos após o fim da 
radiação, porém no osso pode progredir por muito tempo – o colágeno hialiniza e os tecidos ficam mais 
fibróticos e hipóxicos - e essas alterações são irreversíveis. Deiscência da ferida, cicatrização lenta e 
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incompleta, trauma mínimo resultando em infecções são comuns podendo acarretar em necrose dos 
tecidos. Geralmente há a necessidade de remoção de tecidos desvitalizados e fazer enxertia com tecidos 
bem vascularizados. A cicatrização normal não ocorre pois na área irradiada não forma tecido de 
granulação. 
A Terapia de Oxigênio Hiperbárico é baseada no conceito de que baixa pressão de oxigênio tecidual 
prejudica a ferida. A terapia faz com que o paciente respire O2 100% a 2,4 atm durante 1 ou 2 horas, 
diariamente por 3 a 10 semanas. A HBO aumenta a quantidade de O2 e a difusão dele para o tecido, 
aumentando o desenvolvimento de fibroblastos e células endoteliais vasculares, ale de ser letal para 
bactérias anaeróbicas. 
A cicatrização de feridas é mais rápida em jovens e mais prolongadas em idosos (metabolismo reduzido, 
menor vascularização). Em pacientes mal nutridos a fibroplastia é demorada, a angiogênese é reduzida e 
a cicatrização prolongada – dieta protéica, vitamina C e vitamina A são importantes, além do complexo B 
para o sistema imune - reduz albumina pl asmática que prolonga inflamação. 
 
Avanços nos cuidados das feridas 
Fatores de crescimento: Citocinas tem efeitos profundos na proliferação celular devido a sua acentuação 
da inflamação. A aplicação de fatores de crescimento exógenos como PGDF-BB, fator de angiogênese etc 
diretamente na ferida são os mais comuns. Fatores de crescimento de nervos (NGF), localizados 
distalmente na região da lesão e produzidas por células de Schwann tem sido sugerido com opção para 
aplicação exógena para tratamento de lesões nervosas. 
Fatores de crescimento osteoindutor tem habilidade em promover formação de novo osso. Proteinas 
Morfogenéticas Ósseas (BMPs) são especialmente usadas. (osteoindução: indução da diferenciação de 
células mesenquimais indiferenciadas em osteoblastos). 
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MANEJO MÉDICO DO PACIENTE CIRÚRGICO 
As cirurgias orais e maxilofaciais muito causam alterações no trato aerodigestivo superior, porém tem 
pouco impacto nos sistemas de órgãos vitais. Entretanto estresse e técnicas anestésicas podem levar a 
morbidez grave e mortalidade, principalmente em pacientes com condições sistêmicas. Conhecer as 
situações médicas comuns são importantes para que as complicações perioperatórias sejam evitadas ou 
minimizadas. Questionários pre-operatórios contendo perguntas relevantes sobre a saúde geral é 
importante. Saber sobre a resistência à exercícios físicos (insuficiência cardíaca ou pulmonar) dá boa 
noção ao cirurgião sobre o estado de saúde do paciente bem como a possibilidade de complicações 
perioperatórias. 
O conhecimento sobre o uso de medicamentos é de suma importância. AAS ou AINES podem exacerbar 
hemorragia, por exemplo. Idade pode indicar suscetibilidade de presença de doenças e 70 anos é tido 
como indicador de fator de risco. Pacientes acima de 40 anos é indicado exame de sangue, função renal e 
glicose. 
Portanto a AVALIAÇÃO PRE-OPERATÓRIA deverá ter: Questionário de registro, histórico de tolerância 
de exercício físico, PC e FC, hematócrito quando espera perda de sangue, função renal, ECG, Rx de 
pulmão se suspeita de DPOC. 
DOENÇA CARDÍACA: Essencial avaliar a presença de qualquer condição. Várias doenças cardíacas tem 
potencial de comprometer a capacidade do coração manter uma PA adequada, como doença 
arteriocoronariana e doença valvar. 
- Doença Arteriocoronariana: dois principais causadores são a obstrução da artéria e o espasmo. 
Isquemia do miocárdio ocorre quando a oferta de O2 foi inadequada, portanto se a demanda de O2 
aumenta sintomas de isquemia ocorrem, manifestando-se clinicamente por angina peitoral, se não tratado 
pode evoluir para um rompimento da membrana de recobrimento das artérias, que acarreta em formação 
de coágulo sanguíneo e isso precipita o infarto do miocárdio ou angina instável. Colesterol LDL alto, 
hipertensão e fumo são os maiores fatores para doença na artéria coronária. Isquemia miocardial -> 
contratilidade reduzida -> hipotensão sistêmica -> congestão vascular pulmonar. 
Os sintomas de angina são sensação de aperto na região substernal irradiando à garganta, mandíbula, 
ombros ou braços. Os sintomas passam rapidamente com administração de nitroglicerina transmucosa. Se 
for infarto, os sintomas persistem. 
A história médica é a avaliação pre-operatória que evidencia a doença – questionamento sobre problemas 
com atividade física é útil. 30% de pacientes com história de infarto tem ECG normal (em repouso). 
Pacientes com história de angina tem maior risco de infarto perioperatório. O uso de beta-bloqueadores 
em pacientes com doença coronária é indicado. Pacientes com infarto prévio devem ter suas cirurgias 
eletivas adiadas em 6 semanas e após avaliação do cardiologista. Cirurgia em ambiente hospitalar é em 
certa forma protetora do miocárdio pois há administração suplementar de O2 e o trabalho cardíaco é 
reduzido pela manutenção do relaxamento muscular. 
O controle da ansiedade e da dor, além do fornecimento de O2 suplementar são importantes. Sinais de 
infecção ou doença pulmonar devem ser tratados agressivamente 
Disfunção do Ventrículo Esquerdo: Pode ser resultado do infarto do miocárdio ou cardiomiopatia 
primária. Dividida em disfunção sistólica (1) ou diastólica (2). 1 ocorre após infarto do miocárdio ou injúria 
tecidual e 2 resultada rigidez ou capacidade de enchimento reduzida do ventrículo esquerdo. A 
capacidade de enchimento refere-se à capacidade do coração em se distender, se o ventrículo esquerdo 
não encher adequadamente, pode haver congestão pulmonar. A manifestação clínica desse quadro é uma 
insuficiência cardíaca congestiva. Inibidor de enzima conversora de angiotensina (ECA) é tratamento de 
primeira escolha, além do controle de eletrólitos podendo prescrever um diurético. Quando 
descompensada pode apresentar alto risco de acometimentos cardíacos, porém este risco pode ser 
reduzido se for realizado tratamento. 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
Doença Cardíaca Valvar 
A maioria dos pacientes com doença cardíaca valvar controlado podem ser submetidos a tratamentos 
eletivos. Existem 2 problemas possíveis: Insuficiência cardíaca e endocardite infecciosa. ATB profilático 
está indicado em casos descompensados em cirurgias maxilofaciais. 
Condições cardíacas associadas com risco de endocardite: ALTO RISCO – valva cardíaca protética, 
endocardite prévia. MEDIO RISCO – prolapso da valva mitral, cardiomiopatia hipertrófica, disfunção 
valvular adquirida. BAIXO RISCO. A profilaxia é recomendada em exodontias, biópsias, procedimentos 
periodontais, colocação de implante, anestesia intra-ligamentar, e procedimentos que causam hemorragia 
– Amox 2g 1 hora antes, clindamicina 600mg 1 hora antes ou claritromicina 500mg 1 hora antes. 
Estenose Mitral: Pacientes acometidos que exigem cirurgia eletiva podem precisar de uma 
comissurotomia pré-operatória da valva mitral ou substituição da valva. Edema pulmonar pode ocorrer em 
cirurgias não-cardíacas. 
Regurgitação Mitral: (insuficiência mitral) resultado de dano ou disfunção devido à doença arterial 
coronária ou doença cardíaca reumática prévia. Há aumento do ventrículo esquerdo. Pode aparecer sinais 
de insuficiência congestiva. Pacientes descompensados são tratados com restrição de sódio, digoxina, 
vasodilatadores e diuréticos. Pode haver necessidade de substituição valvar. Cirurgião e anestesiologista 
devem estar atentos à ocorrência de edema pulmonar. 
 
Prolapso da Valva Mitral 
Tipo comum de regurgitação mitral. É tratado sintomaticamente com antagonistas beta-simpáticos para 
controlar palpitações. Quando sob cuidados médicos há pouco risco diante de cirurgia e anestesia. 
Regurgitação Aórtica: retorno do sangue da aorta para o ventrículo esquerdo, ocasionando hipertrofia e 
aumento da espessura da parede do ventrículo. São tratados com vasodilatadores tal como bloqueadores 
de canal de cálcio ou inibidores de ECA. Substituição de valva aórtica pode ser necessária. 
Estenose Aórtica: em sua maioria associada à válvula bicuspida congênita ou à uma degeneração da 
válvula normal. Ocorre fibrose e calcificação da válvula acarretando em obstrução de fluxo do ventrículo 
esquerdo. Sintomas: angina de exercício, síncope ou dipnéia. Casos severos exigem substituição 
cirúrgica. Anestésicos que causam depressão miocárdica devem ser usados cautelosamente. 
 
Valvas Cardíacas Protéticas 
Pacientes estão sujeitos à endocardite infecciosa (estafilocócica), destruição das células vermelhas pela 
valva, obstrução valvar por trombose, formação de tecido fibroso e regurgitação paravalvar. Os que fazem 
uso de anticoagulantes precisam de cuidados perioperatórios. Atb profilático é obrigatório. 
Insuficiência Cardíaca Congestiva: Insuficiência ocorre quando os mecanismos compensatórios do 
coração não conseguem lidar com a carga hemodinâmica, causando retorno do sangue para a vasculatura 
pulmonar. Os cuidados são limitar o volume intravascular pela restrição de sódio e diuréticos, 
vasodilatação com drogas como nitratos, inibidores de ECA. O coração pode sofrer dilatação para 
compensação, além de aumento da vasculação pulmonar devido à entrada dos fluidos para os espaços 
intersticiais e alvéolos – edema pulmonar. Pernas e tornozelos podem ficar com edema. Após intubação a 
capacidade de distensão do pulmão deve ser controlada, pois se estiver diminuída é um sinal de edema 
pulmonar. 
 
 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
Disritmia Cardíaca 
Podem comprometer o funcionamento cardíaco levando à isquemia do miocárdio e do cérebro, falência 
congestiva ou ao choque. Além de formação de trombose intracardíaca e subsequente embolização 
sistêmica. A tolerância às disritmias são influenciadas pela presença ou não de um coração adoecido. 
Anestesia e cirurgia podem revelar sintomas de disritmias devido ao estímulo vagal, liberação de 
catecolaminas pelo estresse e hipóxia devido á ventilação inadequada. 
Disritmias perioperatorias (entubados) podem ocorrer em caso de doença cardíaca preexistente que estão 
sendo medicados com Digoxina ou submetidos à procedimentos de mais de 3 horas. ECG deve ser feito 
em todos pacientes com suspeita ou disritmias diagnosticada. 
Disritmia Atrial (taquicardia sinusal) é a redução do tempo de enchimento diastólico e aumento do 
consumo de O2 pelo miocardio. 
Taquicardia Atrial Paroxística: (TAP) 140 a 240. Pode ocorrer devido à toxicidade à Digoxina ou 
isquemia do miocardio. Não oferece risco elevado em pacientes com histórico de TAP, mas o uso de beta-
bloqueadores para prevenir a taquicardia é indicado. 
Fibrilação Atrial: Às vezes assintomática. Produz irregularidade de ritmo de pulso e um padrão de 
fibrilação em ECG. Padrão atrial maior que 350 e ventricular varia de 140 a 180 bpm. A severidade do 
quadro de FA depende da resposta ventricular (rápida – mortalidade em 15%). Insuficiência cardíaca 
congestiva ou isquemia de miocárdio podem ocorrer. Casos agudos de FA são controlados com 
cardioconversão de corrente continua (200watts-segundos). Crônico deve ser tratados com 
anticoagulantes. 
A Taquicardia Ventricular tem terapia imediata com lidocaína intravenosa ou cardioversão de corrente 
contínua. 
 
CIRURGIA NO PACIENTE COM PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS 
Avaliação Geral de Vias Aéreas e Pulmões 
CBMF tem efeito mínimo no funcionamento pulmonar, a menos que haja tecido sendo transferido do tórax 
para a região maxilofacial. Quando da anestesia geral prolongada ou doenças pulmonares prévias, deve 
haver compensações no planejamento. 
Avaliar: presença de chiado na respiração, tosse forçada, e baixa tolerância ao exercício. Uso de 
medicamentos pulmonares, fumo, cirurgia prévia e trauma ou cirurgia toráxica. Deve-se inspecionar a 
mucosa procurando por sinais de cianose (mucosa azulada). O teste de funcionamento pulmonar formal 
(TFP) é indicado para todos os pacientes com suspeita de doença – além do teste de gases no sangue 
(GAS) para avaliar a troca de gases no sangue. Oximetria é de grande valia para avaliar quantidade de O2 
no sangue, usada no período intra e pós-operatório, onde pode ocorrer insuficiência respiratória. 
Asma: Episódios de respiração asmática, tosse e produção de obstruções por muco. Crônica pode levar a 
DPOC. Perguntas sobre episódios de asma, tosse frequente, dispneia de esforço pode indicar o 
diagnóstico. Quando bem controlada não oferece risco significativo perioperatório, mas em caso de 
anestesia geral deve receber uma dose de Albuterol para prevenir o broncoespasmo ou laringoespasmo. 
Asma problemática oferece risco para cirurgia pela possibilidade de broncoespasmo e comprometimento 
da ventilação. A prevenção e alterações no planejamento são importantes pois o broncoespasmo pode ser 
revertido com relaxante muscular, mas o edema e obstrução não. 
Deve haver interrogação sobre as frequências e naturezas de ataque para determinar se é asma servera 
(hospitalização frequente, uso de esteróides, etc são indicativos). 
 
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Autor: Cirurgias da Face @cirurgiasdaface Email: cirurgias.face@gmail.com 
Para o tratamento agudo é adm o Albuterol por inalação ou nebulização. Esteróides são usados para tratar 
o chiado na respiração e possibilidade de laringoespasmo e broncoespasmo induzidos pela anestesia. Os 
pacientes asmáticos devem ser monitorados intra e pos-operatório, esperando chiado, taquicardia, pulsos 
paradoxais e acidose. 
DPOC: Todas doenças pulmonares caracterizadas por perda de tecido pulmonar e sua área de superfície 
de troca de gases (bronquite crônica, enfisema). Bolhas enfisematosas podem substituir o tecido 
pulmonar. Bronquios perdem seu tonus, exsudam muco, causando acúmulo de secreções e reduzida 
capacidade de filtragem do ar. 
 
Os sintomas são: tosse crônica, produção de catarro, respiração curta, chiado e menor tolerância a 
exercício físico. Teste de funcionamento pulmonar mostra volume de expiração reduzida. Gases mostram 
perda de oxigenação e CO2 elevado no sangue. 
Broncoespasmo em DPOC responde menos a broncodilatadores que asma. No período intra-operatório 
traz pouco risco a cirurgia e anestesia, porém no pós as complicações são mais frequentes. 
Hidratação para mobilizar as secreções de muco. B-agonistas para otimizar a terapia pré-operatória, e 
esteróides em caso de chiado, são utilizados. 
Cessar o fumo 24h antes da cirurgia permite um declínio significativo na carboxihemoglobina plasmática, 
porém ainda há riscos. O oxido nitrso pode causar acúmulo no alvéolo e potencializar sua ruptura, 
produzindo pneumotórax. 
A ventilação controlada deve ser mais lenta que o normal (6 a 10 por minuto) para o pulmão ter tempo de 
realizar as trocas gasosas (que estão mais lentas) devido a DPOC. 
 
CIRUGIA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL E NO TRATO URINÁRIO. 
Importantes para continuidade da homeostasia antes e depois da cirurgia e anestesia. Importante, entre 
outras funções para metabolismo e eliminação de drogas, controle de PA. A adequação renal é essencial 
para a tolerância de anestesia e cirurgia. A taxa de filtração glomerular (TFG) é definida pela liberação da 
creatinina endógena. Eletrólitos séricos anormais podem ser indicativos de doença renal. Função renal 
pobre aumenta o nível de potássio (hipercalemia) 
Insuficiência Renal Crônica: O risco de anestesia e cirurgia varia de acordo com a severidade. 
Insuficiência renal suave (TFG de 25-50mL/min) tolera bem o perioperatório, acima disso (TFG < 
10Ml/min) complicações são mais frequentes (2 a 4% de mortalidade). 
Problemas secundários aparecem como anemia normocromica ou normocítica e depressão da medula 
óssea 9defeito sistema imune), e uremia que causa diminhição da agregação plaquetária. O estágio final 
da dença renal é acompanhada de hipertensão sistêmica. Estomatite aguda e adenite salivar podem 
ocorrer. 
Em casos de insuficiência renal a hemodiálise é recomendada para reverter problemas de fluido, eletrólitos 
e imunodepressão urêmica. Os cirurgiões devem lembrar da heparina que pode causar trombocitopenia 
(redução de plaquetas) e anticoagulação residual. 
Fluidos intravenosos devem ser administrado em pequenas quantidades (só pra repor poucos líquidos) e 
livres de potássio, e ficar atento a hemostasia minuciosa. A diálise pós cirurgia deve ser adiada por pelo 
menos 3 dias, devido à heparinização, sendo assim deve-se realizar sucção nasogastrica prolongada para 
diminuir a quantidade de sangue engolido e sua intoxicação. 
 
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Hipertensão: Quando não tratada e crônica, ela pode afetar rim, cérebro (derrame) e coração (hipertrofia 
ventricular esquerda), e essa danificação pode interferir na tolerância demandada a eles em procedimento 
cirúrgico. Estatisticamente, não há aumento de efeitos adversos em paciente crônico não tratado onde a 
pressão diastólica não passa de 110 mmHg. Pode surgir insuficiência cardíaca congestiva predispondo à 
disritmias, isquemia e edema pulmonar. 
Diversas drogas são usadas no tratamento: diuréticos (pode causar hipocalemia – exige avaliação), 
inibidor de conversor da Angiotensina, B-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio. 
Em pacientes com hipertensão não controlada (20/11+) deve-se adiar a cirurgia eletiva até controlar e 
compensações devem ser feitas no plano de tratamento. Aumentos excessivos da PA podem ser 
controlados com anti-hipertensivos adicionais até que a ansiedade e drogas anestésicas tenha cessado. 
 
CIRUGIA EM PACIENTES COM DESORDENS ENDÓCRINAS 
Diabetes Melito: Depende do tipo, severidade e grau de controle. Tipo 1 (insulinodependente) é a 
produção defeituosa de insulina ou quantidade insuficiente. Tipo 2 (não insulinodependente) é devido a 
numero alterado e afinidade dos receptores de insulina. Os e tipo 1 não podem ficar sem insulina mais que 
48 horas sem ter cetoacidose diabética. 
O estresse cirúrgico pode induzir liberação de cortisol, catecolaminas e glucagon, e isso agem contra a 
insulina. Isso explica a maior necessidade de insulina em períodos pré e pós-operatórios. Os diabéticos 
deficientemente controlados lidam mal com infecções, por isso a consideração de atb profilático é 
indicado. 
Deve-se ter cuidado e evitar a hipoglicemia (taquicardia e diaforese), recomendando a tomar metade da 
dose de insulina para que haja glicose no sangue durante a cirugia mas fornecendo uma insulina basal. 
Em hospital com anestesia geral, o nível de glicose e insulina deve ser administrado e controlado pelo 
anestesiologista. 
O tipo 2 tem menos anormalidades sistêmicas e por isso estão menos sujeitos à complicações 
perioperatorias. Glicose sanguínea deve ser mantida de 150 a 250 mg/dL. 
Desordens da Tireóide: Hormonios Tireoidianos, tiroxina (T3) e triiodotiranina (T4) são produzidos e 
armazenados na glândula, e liberados por estímulo do hormônio estimulador da tireóide. Altos valores de 
T3 estão associados com HIPOtireoidismo enquanto que baixos valores são consistentes com 
HIPERtireoidismo. 
Hipertireoidismo: Perda de peso, palpitações e nervosismo. Exoftalmia (protuberância do olho para fora da 
órbita) pode ocorrer devido grande quantidade de gordura retroorbital. Drogas anti-tireoidianas 
(propiltiouracil e metimazol) são usadas para tratar. Cirurgias nesses casos tem alto risco de disritmias 
cardíacas ou falência, por isso eletivas devem ser adiadas até controlar. Se for emergência deve-se 
administrar B-antagonistas e iodo intravenoso (1g). 
Hipotireoidismo: Apresenta menor risco cirúrgico e anestésico. Pode apresentar ganho de peso, edema 
periorbital, bradicardia e fraqueza muscular. Não controlado pode causar insuficiência cardíaca, 
hipotensão e atraso na cicatrização de feridas. 
Desordens da Glândula Adrenal: A glândula produz cortisol, aldosterona, andrógenos. A média de 
secreção de cortisol (regulada por ACTH) é de 15 a 17 mg. Niveis de cortisol podem ficar elevados até 19 
dias depois de grandes cirurgias, além de cicatrização tardia de feridas e tendência para infecções. 
Eletivas devem ser adiadas até o controle, e emergências devem ser feitas com retalhos bem 
vascularizados e atb profilático. 
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Supressão da adrenal coloca o pacientes sob grande risco de problemas em cirrugias maiores devido sua 
inabilidade de elevar o cortisol para diminuir o estresse. Pode levar a uma crise adrenal (taquicardia, 
letargia, delírio, febre, hipotensão e coma). 
CIRURGIA EM PACIENTES COM DESORDENS HEPATOGASTROINTESTINAIS 
Doença Hepática: Grande importância para metabolismo de drogas e síntese de proteínas. A albumina 
(média de 10 a 15g/dia) e váriosoutros fatores de coagulação são importantes. A albumina tem 
capacidade de ligar-se reversivelmente á diversas drogas, se seu nível sérico cai pra menos de 25 g/dL 
pode ocorrer edema, ascite e elevação na relação livre0ligada das drogas administradas. 
A colinesterase plasmática é produzida no fígado, e é responsável pela quebra dos anestésicos ester. 
Doença hepática severa é indicada pelo tempo de protrombina prolongado e pela contagem de plaquetas 
diminuída, além de apresentarem problemas de glicogênese incompleta, por isso requerem atenção 
especial para prevenir complicações ou deterioração da função hepática, e níveis séricos de glicose. 
Quando leve ou moderada, cirurgias maxilofaciais apresentam poucos problemas devido à reserva 
hepática. AINES devem ser evitados em caso de doença hepática, tetraciclinas, pentazocina e atenolol. A 
maioria dos anestésicos locais são seguros, exceto oxido nitroso que pode causar toxicidade hepática. 
Doença da Ulcera Péptica: Ulceras pépticas e gastrites são as mais comuns. Sinais de sangramento 
gastroinstestinal ativo incluem anemia. AINES devem ser evitados. 
 
CIRURGIA EM PACIENTES COM DESORDENS NOS TECIDOS CONJUNTIVOS E ARTICULAÇAÇÕES 
Artrite Reumatoide 
Doença crônica que além de poliartrite, pode causar problemas nas superfícies serosas, vasos sanguíneos 
(pericardite e vasculite), musculo (miopatia), pele e depressão da medula óssea. Fatores reumatoides 
elevados no soro e erosões ósseas são visíveis em rx. 
São tratados com AINES, glicocorticóides, drogas anti-reumática (hidroxicloroquina, sulfasalazina, 
metotrexato e leflunomida), e anticitocinas. 
Pacientes com AR que precisam de intubação endotraqueal necessitam de avaliação quanto a capacidade 
alongar o pescoço, abrir a boca e mover as articulações cricoaritenoides. Avaliar presença de 
anticoagulantes circulatórios decorrente da AR, no pré-operatório. 
 
CIRURGIA EM PACIENTES COM DESORDENS NEUROLÓGICAS E NEUROMUSCULARES 
Desordens Convulsivas 
Paroxismos recorrentes transitórios das funções hiperativas do cérebro que aparecem como consciência 
defeituosa, movimentos involuntários, distúrbios autonômicos ou experiências psíquicas. Pode aparecer 
por febre, álcool, dano cerebral (convulsão crônica pós-traumatismo), hipoglicemia, hipóxia ou ainda 
idiopático. 
Pacientes com histórico bem documentado, bom controle da doença podem ser submetidos a anestesia 
geral com segurança. O controle normalmente é feito com carbamazepina, dilantina, fenobarbital e 
clorazepato, além de topiramato – podem causar sedação e ser potencializada com drogas anestésicas. 
 
 
 
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Doença Cerebrovascular 
Pacientes com histórico de acidentes cerebrais ou derrame. Na maioria das vezes pouco pode ser feito 
para diminuir o risco de outro acidente durante a cirurgia. 
Hipertensão é fator de risco para derrame. Angiografia é necessário se há suspeita de estenose carotídea. 
Esses pacientes normalmente são medicados com inibidores da agregação plauetária (aspirina ou 
dipiridamole). 
Hipertermia Maligna 
Principal causa de morte inesperada por anestésicos na américa do norte. É uma desordem genética 
manifestada depois do uso de anestésicos (succinilcolina e halotano). Em suma, ocorre uma perda o 
controle do efluxo do cálcio para o reticulo sarcoplasmático com subsequente aparição de tétano, 
aumentando metabolismo provocando calor. 
Aparece como um aumento rápido da temperatura corporal e rigidez muscular (dificuldade de respiração e 
para mover a mandíbula), pouco tempo depois da indução da anestesia. A mortalidade é de 63 a 73%. 
Sinais de suspeita para hipertermia maligna: Hipertrofia rara do musculo, ptose, oftalmoplegia, estrabismo, 
deslocamento do quadril e rótula, núcleo sentral de miopatia conhecida. 
Quando a anestesia geral é necessária e a condição é conhecida, optar por oxido nitroso, barbitúricos, 
benzodiazepínicos. Anestésicos locais amida, ketamina devem ser evitados. 
Desordens da Medula Espinal 
Paraplegia pode causar vários problemas que os cirurgiões deve ter conhecimento. Há risco de infecções 
urinárias, pneumonia quando afeta o diafragma, além de tromboembolismo devido á inabilidade das 
extremidades inferiores. 
Preparação pré-operatória, minidose de heparina para evitar embolia pulmonar, pernas elevadas durante a 
cirurgia, são cuidados indicados. 
 
CIRURGIA EM PACIENTES COM DESORDENS PSIQUIÁTRICAS 
Desordens Afetivas 
Sintomas incluem: Disturbios do sono e apetite, fadiga, diminuição de libido, baixa auto-estima e sensação 
de desesperança. Frente a tensão de uma cirurgia, podem exacerbar esses sintomas. 
Há também os problemas de interação medicamentosa dos anestésicos com os medicamentos usados 
para controle da depressão. Antidepressivos tricíclicos e os inibidores de monoamina oxidase (IMAOs) 
podem apresentar efeitos colaterais anticolinérgicos e hipotensores indesejáveis quando da anestesia. 
Pacientes que tomam carbonato de lítio podem apresentar disfunção do nodo sinusal e irritabilidade 
ventricular – deve ser controlado pré – operatóriamente. 
Benzodiazepínicos podem ser usados com segurança junto com anestesia. 
Desordens Psicóticas: Apresentam ilusões e alucinações. Medicamentos anti-psicóticos tem muitas 
interações com outras drogas, portanto ficar atento à bula. 
Quando a desordem é bem controlada a cirurgia nesses pacientes não oferece risco adicional. 
 
 
 
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Abuso de Substancias 
Álcoolismo: Deve-se controlar o uso antes de cirurgia e anestesia. A crise de abstinência aumenta o risco 
de excitabilidade neuronal compensatória e liberação de catecolamina, além alucinações, hipertensão, 
convulsão e disrtimias cardícas (síndrome de delirium tremens). 
Duas estratégias estão disponíveis: Usar álcool perioperatoriamente ou suspensão do consumo com 
vigilância para evitar a sindorme da abstinência. 
Outros problemas além de desordens neuronais, incluem-se as hepáticas que limitam vários aspectos da 
cirurgia e anestesia. 
Drogas opióides e ilícitas: Se for urgência é prudente administrar Metadona 2,5mg no lugar do opióide, 
para prevenir os sintomas da suspensão do opióide. Hipotensão é comum para esse tipo de paciente, no 
perioeratório. 
 
CIRUGIA EM PACIENTES ESPECIAIS 
Pacientes Obesos: Aumenta o índice de mortalidade cirúrgica, quando severa obesidade. 
Problemas pulmonares são as complicações mais comuns no perioperatório – embolia pulmonar, 
broncoespasmo, atelectasia e pneumonia – principalmente em posição supina. Problemas pulmonares, 
cardíacos, tromboflebite ou embolia pulmonar deve ser investigado. Exame da Função Peritoneal 
Simplificado (PFT), ECG e rx de torax devem ser requisitados. 
Sedação profunda deve ser evitada quando existe a chance de obstrução das vias aéreas. Heparina deve 
ser considerada para evitar tromboflebite. A intubação é mais difícil. A farmacocinética difere em indivíduos 
obesos, em comparação com os magros. 
Pacientes Geriátricos: Pacientes idosos com doenças crônicas devem ter uma preparação pre-operatória 
para minimizar o efeito prejudicial do processo da doença sobre a fisiologia do paciente. 
As complicações mais comuns são embolia pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do 
miocárdio e pneumonia. O coração em idosos tem frequência máxima diminuída, debito cardíaco menor e 
diminuição da elasticidade das artérias secundária a aterosclerose, além de poder ocorrer hipotensão 
postural devido à menor resposta às catecolaminas. Alterações renais podem estar presentes e causar 
alterações no volume intravascular e anormalidades eletroliticas. 
Pacientes Pediátricos: Fisiologiadifere nas respostas às drogas e à anestesia. Recem nascidos e bebes 
são respiradores bucais, e as vias aéreas são pequenas, pescoço é curto fazem que os 
comprometimentos aéreos ocorram mais facilmente. O coração tem volume fixo de ejeção, o que significa 
que o debito cardíaco depende da FC. A perda de calor ocorre mais facilmente. 
Pacientes Grávidas e Lactantes: Os dois são contra-indicados para cirurgia maxilofacial eletiva (drogas, 
problemas de desenvolvimento, estresse psicológico). Protocolo de redução de ansiedade é 
recomendado. Em posição supina, as grávidas podem ter o retorno venoso da veia cava comprometido, 
devido à pressão do útero – assumir posição lateral esquerda. Lactantes devem evitar remédios capazes 
de ir para o leite materno – ampicilina, AAS, barbitúricos, corticosteroides, diazepan, metronidazol, 
penicilina e tetraciclinas. 
Medicamentos que devem ser evitados: AINES, Carbamazapina, hidrato de cloral, corticosteroides, 
benzodiazepínicos, hidrocloreto de difenidramina, morfina, oxido nitroso. 
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CONSIDERAÇÕES TRANSOPERATÓRIAS 
Independente da cirurgia ser ambulatorial ou hospitalar, o cirurgião deve considerar e conhecer o impacto 
do procedimento e o potencial estresse que pode gerar. A presença de doenças médicas modificam a 
terapêutica a ser considerada. 
Avaliação Cardiovascular: 
Fatores de risco cardíaco no transoperatório: distenção venos jugular, infarto recente, ritmo extra-sinusal, 
+70 anos, pressão de O2 <60 ou CO2 >50 mmHg, hipocalemia, creatinina >3mg, doença hepática crônica. 
Fatores de riscos principais: cirurgia de alto risco, histórico de doença isquêmica do coração, insuficiência 
cardíaca congestiva, doença cerebrovascular, tratamento pre-operatório com insulina e creatinica sérica > 
2mg/Dl. 
Guia: 
- analisar a urgência da cirurgia 
- se o paciente teve cirurgia coronariana nos últimos 6 meses a 5 anos (sem sinais de isquemia o risco é 
baixo). 
- Se o paciente passou por avaliação coronariana nos últimos 2 anos e esta livre de sinais e sintomas 
nenhum teste pré-operatório é necessário. 
- avaliar condição cardíaca, se é estável ou há fatores de risco: Infarto do miocárdio recente, angina 
instável, insuficiência cardíaca descompensada, arritimias – angiografia nesses casos é recomendado. 
Visto que as cirurgias maxilofaciais são de risco intermediário o principal fator de risco cardíaco é a 
existência de um ou mais fatores dos maiores predicados clínicos de risco: infarto recente, angina instável, 
insuficiência cardíaca descompensada, arritimias e doenças valvares severas. 
- ISQUEMIA DO MIOCARDIO/ANGINA: O estresse gerado, estimula a liberação de cortisol e 
catecolaminas. Esse processo aumenta a demanda do coração e pacientes com arterioesclerose podem 
estar inaptos a fornecer esse aumento do débito cardíaco. O batimento elevado é prejudicial pois diminui o 
tempo de distribuição de O2 e nutrientes para o Miocardio – importância da manutenção da PA e FC. 
Pacientes com PA acima de 160/100 mmHg devem ser considerados uma terapia anti-hipertensiva. A 
crise hipertensiva pós-operatória ocorre de 4 a 35% dos pacientes e é considerada quando a PA está 
acima de 190/100 mmHg – medicamentos usados na crise: clonidina, diazoxida, enalaprilato, esmolol, 
fenoldopam. 
- INFARTO RECENTE DO MIOCARDIO: reduzir ansiedade. Esperar um período de pelo menos 6 meses 
após o infarto – os de maior risco são os que sofreram há 6 semanas, a partir disso deve-se avaliar a 
presença de doenças. A nitroglicerina, os B-bloqueadores, a amiodarona e tonus vagal alto podem 
proteger de certas descompensações. 
- EPISÓDIO AGUDO DE ANGINA SUGESTIVO DE ISQUEMIA/INFARTO: deve-se realizar tomada de 
sinais vitais, adm de nitroglicerina e O2 e AAS 325mg. Serviço médico de emergência deve ser solicitado 
para avaliar evitar isquemia/infarto. 
- INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA DESCOMPENSADA: Falta de ar, dificuldade para respirar 
na posição supina pode alertar para a possibilidade da insuficiência. Os sinais são: presença de terceira 
batida do coração, pressão venosa jugular aumentada, crepitações pulmonares (edema), hepatomegalia. 
 
 
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- ARRITMIAS: ocorre quando da anormalidade na formação do impulso cardíaco, condução ou os 2. OS 
anestésicos podem provocar. Administração exógena de catecolaminase liberação endógena (estresse) 
facilita a ocorrência de arritmias. Agentes arritimicos como o halotano, lidocaína, isofluorano e enflurano 
são usados. 
Taquicardias (120 a 200bpm) não tratadas podem levar a uma instabilidade hemodinâmica, se ocorre 
transoperatóriamente deve realizar pronto-atendimento. 
Controle é feito com verapamil (bloqueador de canal de cacio), digoxina ou esmolol. 
Em caso de taquicardia ventricular sem pulso, deve-se ralizar 2 insuflações e massagem cardíaca até que 
seja providenciado um desfibrilador juntamente com administração de catecolaminas. 
- DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS E ÁCIDO-BÁSICOS: Em arritmias desequilíbrios podem ocorrer. 
Acidose respiratória ocorre quando os pulmões não exalam o CO2 adequadamente. Pode ocorrer 
enfisema, depressão respiratória e parada. O oposto (alcalose respiratória é quando exala muito CO2, em 
caso de hiperventilação por exemplo. 
O aumento da acidez do sangue causa a acidose metabólica (diminuição do bicarbonato) – alcalose 
metabólica é o oposto. pH normal sanguíneo é de 7,35 a 7,45. 
A hipocalemia (baixo potássio) aumenta a excitabilidade e automacidade do musculo cardíaco – aumenta 
risco de arritmia. 
Insuficiência Renal: Creatinina elevado pode ser um fator de risco para uma cirurgia. 
Falencia renal aguda é o resultado de uma hipoperfusão renal intraoperatória. O tratamento é a 
manitenção da produção urinária através do uso de hidratação intra-venosa, diuréticos (furosamida e 
manitol). 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), AINES, ciclosporinas, tacromillus e anfotericina B 
produzem risco de isquemia renal através da alteração da hemodinâmica intra-renal. 
Quando da presença de fatores de risco (insuficiência renal ou diabetes melito) testes pré-operatórios de 
uréia nitrogenada e creatina devem ser realizados. 
 
Avaliação Pulmonar 
Asma: O quadro de broncoconstrição é devido à estímulos que iniciam uma cascata de inflamação aguda 
nas vias aéreas, assim os músculos lisos respondem contraindo. Os sinais são: taquipnéia, chiado, 
dificuldade para respirar e piora da troca de gases. 
O histórico do paciente pode revelar o risco de ocorrer um broncoespasmo sob anestesia. A grande 
necessidade de inaladores e hospitalização recente indicam o risco potencial. A expirometria é indicado 
para avaliar o risco e necessidade de tratamento preventivo. Fluxo respiratório abaixo da linha basal 
requer atenção médica imediata. 
Sob anestesia o broncoespasmo pode ocorrer com ou sem histórico prévio. Cirurgias eletivas devem ser 
adiados até que não haja sinais e sintomas por 3 semanas após a avaliação inicial. 
A inalação de agonistas adrenérgicos B é a primeira escolha para tratar o broncoespasmo agudo. Um 
broncoespasmo numa cirurgia ocorre por estimulação vagal. Pacientes entubados requerem o dobro da 
dose. Epinefrina em baixas doses pode ser usado mas os efeitos adversos devem ser considerados. 
Corticóides e anticolinérgicos também são usados. 
Efeitos do Tabaco o transoperatório: o cigarro contém muitas substancias toxicas e tumoriogênicas. O 
monóxido de carbono tem mais afinidade com a hemoglobina que o O2 – a carboxihemoglobina eleva a 
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chance de hipóxia transoperatória, sendo fornecido menos O2 aos tecidos, além de afetar o miocardio 
causando um aumento da automaticidade e diminuição do limiar de fibrilação ventricular. A nicotina é um 
vasoconstritor que tem efeito significante no organismo – aumenta FC, PA e resistência vascular perfiférica 
(persiste por 30 minutos após o fumo). É indicado a abstinência de 12 a 14 horas do fumo antes de 
cirurgias para diminuir os riscos cardíacos. A exposição passiva ao cigarro também oferece riscos ao 
paciente podenco apresentar broquite crônica, chiado e asma. 
 
Obesidade: Pacientes com IMC > 30kg/m2 são considerados de alto risco para morbidez e mortalidade – 
por desordens cardiorrespiratórias e cerebrovasculares. Pacientes obesos com apnéia obstrutiva do sono 
podem apresentar hipercapnia (aumento de CO2 no sangue), hipertensão sistêmica e pulmonar além de 
arritmias. 
A capnogragia e o exame para medida do CO2 exalado – aumento do CO2 expirado e redução do ritmo 
respiratório indica hipoventilação. é utilizada para prevenção de hipóxia. Oximetria mede a oxigenação. 
 
Avaliação Endócrina 
Diabetes Melito (DM): Depende da condição atual dos órgãos antingidos. Arterosclerose, doença das 
artérias coronárias, hipertensão, cardiomiopatia, doença cérebro-vascular, neuropatias e insuficiência renal 
normalmente estão presentes junto com a dibetes. Para exames mais complexos exames de glicemia, 
ureia, creatina, analise de urina, corpos cetonicos e hemoglobina glicolisada são recomendados. 
Pacientes sob tratamento farmacológico (TIPO 1) para controle da diabetes são frequentemente 
suscetíveis à hipoglicemia. A hiperglicemia pode causar desidratação, piora da cicatrização e 
predisposição à infecções. 
Em geral, a glicemia deve estar entre 150 e 200 mg/dL (avaliar preoperatóriamente), deve-se avaliar os 
outros sistemas (renal, cardio, pulmonar, anemia). 
DM – tipo 2: medir glicemia antes, durante e depois. Hiperglicemia é tratada com insulina de curta 
duração. Quando tratada com hipoglicemiante oral (inibidores de a-glicosidase, metformina, sulfoniuréias) 
– não deve tomar no dia da cirurgia. 
DM tipo 1 e 2 tratadas com insulina: Mudar para insulina de duração intermediária 1 ou 2 dias antes da 
cirurgia. Cirurgia no começo do dia. Longa duração pode requerer regime de insulina endovenosa. 
Hipoglicemia: < 50 mg/dL em adultos. Sintomas neurológicos e reposta adrenérgica as caracterizam. 
Confusao, irritabilidade, dor de cabeça e sonolência. Prolongada pode causar convulsão, coma e morte – 
se houver dano neurológico pode ser irreversível. Administrar alguma fonte de glicose. 
Hiperglicemia: no transoperatório são liberados catecolaminas, glicocorticóides e glucagon – aumentam a 
glicemia excedenco a capacidade renal resultando em glicosúria. Pode ocorrer desidratação e formação 
de corpos cetônicos. Trata com Insulina IV e hidratação. 
 
Avaliação Adrenal 
Primária (doença de Addison) quando há doença nas glândulas adrenais. Baixo nível de aldosterona 
causando desidratação e hipercalemia 
Secundária (terapia crônica com corticóides – supressão de ACTH) quando há redução do hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), por desordens da glândula pituitária ou hipotálamo. 
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A crise adrenal (por supressão da adrenal) pode causar vômitos, febre, letargia e coma. Hipotensão e 
inicio do choque. Por isso pacientes que recebem corticóides exógenos deve ter uma dose supra-
fisiológicas são indicadas. 
Avaliação da Tireóide 
Hipertireoidismo tem efeitos como taquicardia, fibrilação atrial, piora na angina e insuficencia cardíaca. 
Reabsorção óssea e hipercalcemia podem estar presentes. Deve-se adiar o procedimento ate controlar 
para evitar uma crise tireóidea, que tem intensa taquicardia, hipertermia, e alteração da consciência – se 
não tratar leva a insuficencia cardíaca congestiva e/ou colapso cardiovascular. 
O Hipotireoidismo causa letargia, constipação, intolerância ao frio, ganho de peso e anorexia. Quando leve 
e moderado não apresenta risco à cirurgia. Deve-se adiar procedimentos ate controlar. Normalmente é 
adm reposição de suplemento de tiroxina – esperar 2 semanas ate a cirurgia. 
 
Hipertermia Maligna (HM) 
Rápido acúmulo de cálcio nos retículos sarcoplasmáticos dos músculos esqueléticos, que causa reação 
hipermetabolica levando à uma hipertermia. Os anestésicos e a succinilcolina podem desencadear isso. 
Deve-se controlar o quadeo imediatamente, administrando dantrolene (relaxante muscular não-especifico) 
que bloqueia a liberação de cálcio. A taxa de mortalidade é de 10%. 
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AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 
Coletar informações suficientes para que um plano cirúrgico e anestésicos apropriados sejam escolhidos. 
Feito em qualquer tipo de procedimento. Modificações nos regimes cirúrgicos e anestésicos podem ser 
necessários para aumentar as chances de resultado satisfatório. 
Compõe: 
- Revisão médica completa e de testes 
- Entrevista pessoal (coletar história médica) 
- Exame físico e psicológico 
- determinação do risco transoperatório 
- explicação detalhada das opções de tratamento (obter consentimento formal) 
Informações importantes: medicações atuais, alergia à drogas, gravidez, histório médico e cirúrgico. 
Revisar os relatórios médicos do paciente é importante para adquirir informação que o paciente não saiba 
(dificuldade para intubação, p.ex.). Sempre classificar o paciente pelo sistema ASA – importante para guiar 
modificações no tratamento. 
ASA 1 – Paciente normal e saudável 
ASA 2 – Doença sistêmica branda 
ASA 3 – Doença sistêmica severa 
ASA 4 – Doença sistêmica e constante ameaça de morte 
ASA 5 – Paciente moribundo que não espera sobrevivência sem operação 
ASA 6 – Morte cerebral declarada, esperando para doação de órgãos 
 
AVALIAÇÃO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR 
Doenças Cardíacas: Divididas em Isquemicas (arterioesclerose, angina peitoral e infarto do miocárdio) e 
Não-isquemicas (vasculares, congênitas, infecções, inflamatória, traumática, tóxica, pulmonar, metabólica, 
neoplásica e endócrina). 
Insuficiência cardíaca congestiva e infarto recente (6 meses) são as condições mais comuns de 
complicações. 
Doença Cardíaca Isquêmica 
Angina peitoral: dor no peito subesternal que pode irradiar para o braço, pescoço e mandíbula. Ocorre na 
ocasião de um aumento na demanda de O2 pelo miocárdio na presença de uma reduzida oferta de O2 
para o mesmo. Ocorre frequentemente por doença arteriocoronária. Angina instável (angina pré-infarto). 
São geralmente medicados com antagonistas dos canais de cálcio. 
Sedação leve a moderada pode ser eficiente para controle da ansiedade (não aumenta demanda de O2) e 
revenção da angina. Não ultrapassar 0,04mg de epinefrina. Deve-se ter comprimidos ou spray de 
nitroglicerina para usar em caso de crise. 
Doença arteriocoronária: fatores de risco são: idosos, diabetes melito, doença vascular periférica, 
hipertensão, obesidade, fumo. 
 
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Doença Cardíaca Congestiva 
É o maior fator de risco para morbidez cardíaca transoperatória. Pacientes com doenças cardíacas 
sintomáticas em repouso são os mais propensos a ter esse quadro. 
Identificar tornozelos inchados, veias do pescoço dilatadas e avaliação física ajuda a identificar o 
problema. 
Doença Não-isquemica do Coração 
Doença Valvar: Avaliar a necessidade de adiar o procedimento e realizar uma profilaxia antibiótica.Estenose aórtica: murmúrio sistólico característico no segundo espaço intercostal. Sintomas são angina e 
dispneia, e episódios sincopais. A incidência de morte súbita é aumentada. A carca aumentada no 
ventrículo esquerdo causa uma hipertrofia, aumentando a demanda de O2 é aumentada no miocárdio, 
ocorrendo a dor no peito, mesmo sem doença arteriocoronariana. Ecocardiograma pode ser útil para 
demonstrar a presença do problema. 
Prolapso da Valva Mitral: Movimento de válvula mitral dentro do átrio esquerdo durante a sístole. produz 
um “click” cardíaco.Diagnóstico é confirmado com ECG. Devido à ansiedade frequentemente ocorre dor no 
peito, taquicardia e palpitação. 
Cardiomiopatia: Pode estar associada a doenças sistêmicas, infecções, abuso de álcool e drogas. Existe a 
dilatada, hipertrófica e restritiva. Deve-se monitorar sinais vitais e minimizar fatores que aumentem a 
inotropia cardíaca, tais como hipotensão, vasodilatação, ansiedade e dor. Adm de B-bloqueadores 
seletivos, hidratação e anestesia local sem epinefrina são indicados. 
Hipertensão: Detecção precoce e o tratamento pré-hipertensivo são importantes diminuem riscos. Os 
maiores fatores de risco são fumo, dislipidemia, diabetes melito, +60 anos e histórico familiar da doença. 
Se não tratada causa cardiomegalia, insuficiência cardíaca congestiva, doença arteriocoronariana e danos 
no coração, rins, retina e cérebro. 
Pacientes hipertensos são suscetíveis aos efeitos dos vasodilatadores, de sedativos e agentes 
anestésicos que podem resultar em hipotensão – o que pode ser mais prejudicial do que um procedimento 
cirúrgico com leve grau de hipertensão. 
Cirurgias eletivas devem ser adiadas em hipertensos não controlados e PA acima de 180/110mm Hg. 
Tratar a hipertensão na hora do procedimento pode deixar o cirurgião mais tranquilo, mas os riscos de 
hipotensão e outros prejuízos metabólicos são aumentados. 
*Normalmente, pacientes que consegue submeter-se a exercícios físicos normalmente, são menos 
propensos a ter complicações cardíacas durante uma cirurgia e anestesia – fato que aliado à coleta de 
informações sobre o estado geral do paciente, pode guiar o cirurgião a solicitar uma consulta com o 
cardiologista antes do procedimento cirúrgico. 
 
AVALIAÇÃO DE DOENÇA PULMONAR 
Até mesmo pacientes saudáveis pode desenvolver complicações pulmonares como resultado de cirurgia e 
anestesia. São restritivas (diminuição de volume pulmonar) ou obstrutivas (aumento de volume residual e 
capacidade residual funcional). 
Fumo é um grande fator de risco, mesmo que não tenha sintomas. Ironicamente, ficar sem fumar por 8 
semanas diminui o risco, enquanto que acima de 8 semanas o risco de complicações pulmonares é maior. 
Perguntas sobre dispneia ou capacidade de exercício físico auxilia no diagnóstico. 
DPOC – aumento antero-posterior do diâmetro do peito, diafragma baixo, tórax hiper-ressoante e chiado. 
Volume expiratório forçado é menor. 
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Asma: Tem grande potencial de causar complicações. Avaliar agentes desencadeadores, frequência, 
gravidade e visitas à emergência devido à crises. Chiado antes mesmo da anestesia é indicativo para 
adiar a cirurgia. 
Enfisema: Aumento dos ductos de ar alveolar e destruição das paredes. A perda da elasticidade causa o 
colapso das vias aéreas durante exalação – aumenta resistência das vias. Os pacientes pressionam o 
lábio durantr a exalação para regular a pressão. Eles tem relativa normalidade de gases do sangue 
arterial, pois aumentam a ventilação e o debito cardíaco para compensar a resistência -> aumento da 
pressão da artéria pulmonar -> hipoxemia, congestão venosa e edema sistêmico. 
Bronquite Cronica: Excesso de muco nos bronquíolos. Tem diâmetro do lumen das vias aéreas diminuído 
e aumento da resitencia para passagem de ar. Hipoxemia e retenção de CO2. 
*Reconhecer baixa tolerância de exercícios, dispneia, chiado e esforço respiratório excessivo siginifcam 
ameaça de complicação pulmonar em cirurgias. 
Manter as vias aéreas patentes e promover adequada ventilação e oxigenação são essenciais para evitar 
morbidez e mortalidade. 
 
AVALIAÇÃO DE DOENÇA ENDÓCRINA 
Glândula Adrenal: A falta de atividade (como na doença de Addison) pode diminuir a produção de cortisol 
e aldosterona -> instabilidade cardiovascular. Pacientes que fazem uso crônico de corticosteroides tem o 
ACTH suprimido e por isso precisam de suplemento de cortisol. 
Glandula Tireoide 
Hipotireoidismo: Podem ser mais suscetíveis aos efeitos depressores de anestésicos e menos responsivos 
a vasopressores adrenérgicos. Quando leve não é contra-indicação para cirurgia. 
Hipertireoidismo: (doença de Graves) – hiperexcitabilidade, perda de peso, hipertensão e taquicardia. 
Deve-se controlar antes da cirurgia. 
Bócio: O aumento da glândula pode aftar as vias aéreas. 
Glandula Pituitária (hipófise): influencia muitas outras glândulas. Pode roduzir hipertireoidismo secundário, 
síndrome de cushing secundaria e acromegalia (excesso de hormônio do crescimento) – acometimentos 
cardíacos. 
Diabetes Melito: Os insulino-dependentes tem maior potencial de sofrer consequências de período 
prolongado. Deve-se sempre avaliar a glicemia e danos a órgãos nobres. 
Quando bem compensados apresentam menor risco de complicação transoperatória. Deve-se avaliar o 
grau de controle, estresse envolvido, capacidade do paciente retornar a dieta normal, e tomar a insulina 
após o procedimento. 
Paciente diabético pode estar acometido por insuficiência renal (nefropatia diabética), neuropatia, 
cetoacidose, hipercalemia, hipovolemia (efeito diurético da glicose na urina) - todos devem estar 
controlados antes da cirurgia. 
 
AVALIAÇÃO DE DOENÇAS HEPÁTICAS 
Individuos com cirrose ou hepatite aguda tem altas taxas de morbidade e mortalidade. Bilirrubina 
(aparência amarelada) pode aumentar na presença de doença hepática. 
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Albumina e fatores de coagulação são produzidos no fígado, e danos hepáticos podem afetar os níveis 
séricos. Niveis de albumina baixo pode permitir altas níveis de drogas livres no sangue, aumentando seu 
efeito com uma dose normal. Nivel baixo de prottrombina aumenta tempo de protrombina. Considerar 
sedação com oxido nitroso. 
 
AVALIAÇÃO DE DOENÇA RENAL 
Altas taxa de morbidade e mortalidade. Cirurgia eletiva dev ser adiada ate que a função renal se 
estabeleça. 
Pode estar associada coma a diabetes e hipertensão crônica. Hipercalemia e anemia são geralmente 
encontrados. 
Niveis de ureia e creatinina (0,6 – 1,5 mg/dL) são usados para avaliar função renal. Esses dois são 
excretados pela filtração glomerular e níveis altos deles no sangue indica insuficiência renal. 
Pacientes em dialise são tratados no dia seguinte a hemodiálise, quando estao fisiologicamente estáveis e 
a heparina já foi metabolizada. 
 
AVALIAÇÃO DE DESORDENS DE SANGRAMENTO 
História cuidadosa em relação a problemas de sangramento é essencial. Varios causas podem provocar 
sangramento excessivo: AAS/AINES, doenças hepáticas, doença de von willebrand, hemofilia. 
Realizar abordagem pre´-operatória laboratorial da hemostasia antes de cirurgias ortognáticas. 
É recomendado que em cirurgias orais os pacientes permaneçam tomando seus anticoagulantes 
normalmente, pois lidar com uma hemorragia leve é mais fácil do que uma complicação embólica, 
podendo levar à óbito. 
Testes de TP e RNI são usados para avaliar a atividade final e extrínseca das vias de coagulação e tempo 
parcial de tromboplastina para testar vias comuns e intrínsecas. 
 
AVALIAÇÃO DE DESORDENS NEUROLÓGICAS E NEUROMUSCULARES 
Exames neurológicospodem revelar achados importantes que alteram o plano de tratamento. 
Pacientes traumatizados com dano na cabeça são classificados (risco de coma) de acordo com a Escala 
de Coma de Glasgow. 
Proteger vias aéreas sem piorar quadro neurológico é essencial em trauma severo. 
Parkinson ou esclerose múltipla pode aumentar risco de ventilação insuficiente durante cirurgia e 
anestesia. 
Epilepsia: Pacientes com histórico de convulsão devem manter sua terapia deprevenção no período perio-
operatório. Considerar atendimento hospitalar e controlar ansiedade. 
Ataque isquêmico transitório ou Derrame: Pacientes acometidos nos últimos 6 meses tem tratamento 
semelhante aos com angina e infarto recente. 
*A realização de testes exames em pacientes assintomáticos, afim de “procurar” problemas não revelados 
é sem fundamento cientifico e indesejado. A história medica cuidadosamente colhida junto com o exame 
físico são suficientes e mais importantes, além de guiar a necessidade de exames complementares. 
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FARMACOLOGIA DAS MEDICAÇÕES ANESTÉSICAS 
 
Farmacodinâmica: Estudo das ações farmacológicas e dos efeitos clínicos da droga no corpo. A resposta 
clínica da maioria dos anestésicos e sedativos deriva de suas ações no SNC. Interagem com receptores 
específicos da membrana da célula. Algumas drogas lipossolúveis não se unem a receptores de 
membrana, mas exercem seu efeito intra-celular através de receptores no citoplasma – atravessam a 
membrana (hormônios e medicamentos esteroidais). 
As drogas são classificadas em agonistas ou antagonistas para um receptor especifico. Agonista exerce 
uma propriedade normal associada com a ativação de um receptor (benzodiazepínicos que ativam os 
receptores GABA). Antagonista exerce efeito oposto ao ligante natura ou atividade da droga agonista. 
Farmacocinética: Estudo dos fatores que afetam a concentração plasmática de uma droga no corpo, 
incluindo os processos de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação. 
Por via oral, as drogas são absorvidas no intestino e vao até o fígado onde sofrem um metabolismo parcial 
(de primeira passagem), diminuindo sua concentração. IV, intra muscular e inalação não sofrem isso. 
Anestésicos usados na odontologia são adm por IV, IM e inalação. Como o maior sitio de distribuição dos 
anestésicos é o cérebro, uma rápida distribuição para o SNC indica efeitos rápidos. Quando diminui a 
concentração nos outros órgãos e no plasma, as drogas são transferidas do cérebro para a corrente 
sanguínea de novo, diminuindo seu efeito. 
Drogas Lipofílicas atravessam facilmente a barreira hematoencefálica – efeito rápido, mas também saem 
rapidamente quando diminui a concentração. O grau que a molécula se liga às proteínas do plasma 
(albumina e glicoproteína) afeta a quantidade droga livre que chega ao cérebro – forma como se fosse um 
reservatório de droga, que conforme usa, vai liberando. Tudo sempre tendendo ao equilíbrio de 
concentração. Assim, hipoproteinemia, falha hepática, idade avançada podem aumentar a concentração 
de droga livre (que estaria ligado as proteínas plasmáticas), sendo as vezes necessário regular a dose. 
As vias de metabolismo hepático são: oxidação, redução, hidrolise e conjugação. A fase 1 envolve as três 
primeiras, conde converte a droga em hidrossolúvel, a fase 2 envolve a conjugação onde é adicionado um 
grupo é adicionado para aumentar sua polaridade. Tudo isso por que a eliminação nos rins depende que a 
droga esteja em forma hidrossolúvel para evitar reabsorções. 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
Sedativos e ansiolíticos mais usados em cirurgia oral. Compostos por anel benzena e diazepina 
fusionados. São sedativos, controladores de ansiedade, amnésia anterógrada, propriedade relaxante 
muscular e anticonvulsivante. Não produz analgesia. É usado como sedação pré-operatória. Em doses 
maiores, pode produzir sedação produnda (inconsciência e apnéia) e até mesmo anestesia geral. Como 
redutor de ansiedade ode diminuir PA e FC, mas não atua em parâmetros cardíacos. 
Liga-se a receptores GABA -> aumenta a frequência de abertura dos canais de cloro -> hiperpolarização 
das membrans celulares -> reduz a neuro-transmissão. 
Diazepam: Lipossolúvel. Usado em sedação consciente IV de 2,5 a 5mg. O tempo tempo prolongado da 
eliminação pode causar uma sedação residual. Via oral é 5 a 10 mg (sedação leve). 
Midazolam: Hidrossolúvel em ph menor que 4. É menos dolorido para injeção. 2 a 3 vezes mais potente 
que o diazepam, indução mais rápida, eliminação mais rápida e menor duração dos efeitos pós-sedação. 1 
a 2 mg para sedação consciente.A dosagem deve ser reduzida quando adm junto com opióides ou 
propofol. Por via oral é 0,5 a 1,0 mg/kg. 
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Lorazepam: De longa duração com indução lenta. Normalmente usado na noite anterior ao procedimento 
para controle da ansiedade. 0,05mg/kg. 
Flumazenil: Antagonista competitivo especifico para o receptor de benzodiazepínicos, ou seja, é um 
agente reversor para os benzodiazepínicos. Usado tambem para reverter a depressão respiratória pelo 
uso de benzodiazepínicos e opióides. 0,5 a 1 mg IV. Não deve ser usado em epiléticos que usam 
benzodiazepínicos. 
 
OPIÓIDES 
Usados em cirurgia para analgesia, sedação leve ou euforia. Não produzem amnésia ou sedação clássica, 
não induzem perda de consciência, por isso é usado com outros benzodiazepínicos para aumentar o nível 
desejado de anestesia. Agem unindo-se aos receptores opioides, diminuindo a transmissão neural dos 
sinais de dor. 
Depressão respiratória (dose-dependente) é o efeito mais comum, na pratica anestésica. É mais 
siginificante se usado com benzodiazepínicos, propofol, barbitúricos. Doses altas tambem podem causar 
bradicardia. 
Pode causar náusea, vomito, constipação, retenção urinária e espasmo do trato biliar – não confundir com 
alergia. 
Morfina: baixa solubilidade lipídica. Por via IV tem início em 30 min e dura por cerca de 4 horas a 
analgesia. Frequentemente usado para controle de dor pós-operatória (1 a 2mg). 
Fentanil: alta solubilidade lipídica, alta potência e rápida instalação, além de menor tempo de ação. Usado 
em procedimentos curtos, para sedação consciente. Em doses altas pode deprimir a respiração. Tem seus 
derivados sintéticos: Remifentanil, Sufetanil e Alfetanil. 
Naloxona: Antagonista opióide. Reverte a depressão respiratória e os efeitos analgésicos dos opióides. 
 
BARBITÚRICOS 
Medicações hipnóticas sedativas que são usadas como agentes de indução de anestesia geral. Produz 
sedação, perda de memória e da consciência. Não são analgésicos. Alguns, por via oral, são usados como 
anticonvulsivante. Age nos receptores GABA, diminuindo a transmissão neural. O despertar é depende da 
diminuição da concentração no cérebro. Podem causar queda da taxa respiratória, diminuição da PA 
(porém barorreceptores permanecem intactos). 
Tiopental: Curta duração, usado nas doses de 3 a 5 mg/kg IV para induzir a perda de consciência para 
anestesia geral antes da entubação endotraqueal. Tem recuperação lenta.Libera histamina – preocupação 
para pacientes asmáticos. 
Metohexital: Tem recuperação (despertar) mais rápida que o Tiopental. 1,5 a 2 mg/kg IV. Deve ser usado 
com cautelas em pacientes epiléticos. 
Pentobarbital: IV com curta ação (2 a 4 horas). Usados para sedação combinados com opióide e 
benzodiazepínicos. 
 
 
 
 
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AGENTES DE INDUÇÃO NÃO BARBITÚRICOS 
Propofol: Droga sedativa hipnótica mais usada emcirurgia ambulatorial. Lipossolúvel. Acredita-se que 
interage com receptores GABA diminuindo a neurotransmissão. Doses grandes produz amnésia e perda 
de consciência. 
O propofol é usado para todos os níveis de sedação e anestesia geral. Para anestesia geral é usado 1,5 a 
2,5 mg/kg IV, em sedação são adm por incrementos (10 a 30 mg) periódicos. 
Sedação consciente – 25 a 100mg/kg/min 
Sedação profunda – 75 a 150 mg/kg/min 
Anestesia geral – 100 a 300 mg/kg/min 
Causa vasodilatação centralmente mediada, portanto diminui PA, porém sem taquicardia devido ao 
estímulo vagal. Em doses altas pode causar depressão respiratória. 
O propofol tem despertar e recuperação mais rápidos e com menos efeitos residuais do SNC. Pode causar 
dor durante a administração. 
Etomidato: Hidrossolúvel. Interage com os receptores GABA. Um agente de indução para anestesia geral 
(0,2 a 0,4 mg/kg IV). Provoca poucas mudanças cardiovasculares – reservado para pacientes com doença 
cárdiaca instável. Provoca menos depressão respiratória. 
Ketamina: Produz anestesia dissociativa – estado cataléptico: paciente parece acordado mas não 
responde a comandos. Produz amnésia anterógrada e intensa analgesia. 
Diferentemente, não interagem com os receptores GABA, e seu mecanismo de ação não é totalmente 
esclarecido. Lipossulúvel que se redistribui rapidamente, resultando em rápida instalação e curta duração. 
Quando usada em anestesia geral é em dose de 1 a 2 mg/kg IV – como induz estimulação cardiovascular, 
é geralmente usada em trauma emergencial. 
Em cirurgia oral, é usada intra-muscular em pacientes adultos que não cooperam, ou IV em caso de 
sedação profunda. 
 
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS 
N2O (usado em consultórios odontológicos e hospital), agentes halogenados voláteis como o halotano, 
isoflurano, sevoflurano e desflurano. 
Essas drogas inaladas atravessam os alvéolos pulmonares entrando na circulação geral, e atravessam a 
barreira hematoencefálica agindo no cérebro. A concentração plasmática depende da concentração do 
gás inalado. 
As doses dos gases anestésicos são pelo a Dose Efetiva (DE) do anestésico é a concentração alveolar 
mínima (CAM) – essa é a dose necessária para prevenir o movimento de 50% dos pacientes para um 
estímulo cirúrgico. CAM de diferentes gases anestésicos são somados juntos para chegar ao valor de 
CAM total. 
Exceto pelo N2O que tem efeitos simpatomiméticos leves, todos os outros agentes halogenados tem 
efeitos de depressão cardiovascular generalizada – diminuem PA e FC, e debito cardíaco. Halotano tem 
associações com disritmias cardíacas – a adm de lidocaína cardíaca diminui a incidência de disrtimias 
(antes da intubação). 
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Os agentes halogenados também causam diminuição dose-dependente na resistência das vias aéreas e 
produzem broncodilatação – podem desencadear a hipertermia maligna (usa dantrolene para controlar e 
O2 100%). 
Oxido Nitroso: Produz sedação branda. Utilizado em consultórios. A proporção de N2O/O2 pode chegar 
até 70/30 – níveis altos produz boa sedação e significante analgesia. É normalmente usada a 50/50 - 
após a sedação 3 a 5 minutos de O2 100% é indicado para evitar hipóxia de difusão. Tem rápida 
instalação e recuperação – não produz efeitos colaterais respiratórios e cardiovasculares. 
Em Anestesia geral pode ser usada junto com halotanos e opióides, diminuindo assim as doses de cada 
um e seus efeitos colaterais. 
Pacientes com infecções de seio e enfisema são contra-indicados o uso de N2O, além dos que 
apresentarem doença respiratória no momento do procedimento. Pode causar alucinações, principalmente 
em pacientes com problemas psiquiátricos. 
 
AGENTES POTENTES DE INALAÇÃO 
Halotano, isofluorano, sevofluorano e desfluorano – todos derivados éter, exceto halotano. 
Halotano: Útil na indução de anestesia geral por inalação. É muito potente, porém tem ativação e 
recuperação mais lenta. 
É associado a mudanças cardiovasculares significantes e disritmias. Exige monitoração e adm de 
epinefrina quando há disritmias. Pode ser acionador de hipertermia maligna. 
Isofluorano: Tem potencia intermediaria e não é uma boa opção para indução por inalação – é indicado 
para manutenção da anestesia. 
Sevofluorano: Escolha comum para indução por inalação. Potencia intermediaria. Recuperação mais 
rápida. 
Desfluorano: Irritante para as vias aéreas não anestesiadas, podendo dar tosse e laringoespasmos. 
Evitado para indução inalatória. Pode ocorrer taquicardia. Indução recuperação rápida. 
 
MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA ANALGÉSICA 
Opióides – usados no pré e perioperatórios. Adm junto com os anestésicos para suplementar analgesia. 
Morfina pode ser adm antes do término para controle da dor pós. 
Cetorolaco de trometamina (AINES) – em doses IV ou IM de 30 a 60mg pode promover boa analgesia por 
até 6 horas, sem provocar depressão respiratória, náusea ou sedação. É contra indicado para cirurgias 
com hemorragias pós-operatórias, pacientes com desordens de sangramento. 
Anestésicos locais são os mais usados para cirurgias orais. Principalmente para o controle da dor pós 
(bupvacaina). 
Bloqueadores Neuromusculares: relaxamtno muscular pode ser necessário se movimentos dos pacientes 
interferem nos procedimentos - inibe contração. Pode ser usada para auxiliar a intubação. Podem ser 
despolarizantes (succinilcolina) ou não despolarizantes. 
Anticolinesterásicos: São usados para reverter os efeitos de relaxamento muscular promovidos por 
agentes não-despolarizantes – usados portanto no término da cirurgia. 
Pode levar a bradicardia, broncoespasmo, câimbras abdominais e salivação excessiva. Medicações 
anticolinérgicas são usados para prevenir esses quadros durante a reversão do relaxamento muscular. 
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Medicação Antiemética: Nauseas e vômitos pós-operatórios são comuns após cirurgias – sangue e 
secreções deglutidas são irritantes gástricos e estimulam reflexo de vomito. 
Drogas como N2O, ketamina e opióides podem gerar náusea pós. Eles estimulam a Zona 
Quimiorreceptora Ativada, que provoca o vômito. Medicações antimeticas atuam bloqueando os 
receptores da ZQA, são elas: fenotiazinas, butirofenonas. 
Anti-histamínicos como a prometazina e difenidramina podem causar sedação. 
Propofol quando usado na manutenção da anestesia, pode ter ação anti-emética também. 
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SEDAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA 
Variações anatômicas, fisiológicas, nos processos de farmacocinética e farmacodinâmica das drogas 
utilizadas, estágio de desenvolvimento psicológico e capacidade de lidar com o estresse gerado pelo 
procedimento cirúrgico. Isso tudo é diferente em crianças. Isso tudo influencia na escolha da técnica 
anestésica, medicação e manejo do paciente. 
Considerações Anatomicas e Fisiológicas 
Sistema respiratório: em cirugia intra-oral, o desafio é a proximidade intima com a faringe, sendo 
suscetível a obstruções e irritações – hipóxia. O tamanho da língua é maior, em relação a cavidade oral. 
Nas crianças a um aumento na resistência das vias aéreas, devido ao menor diâmetro do lumen dos 
alvéolos, e em casos de aumento de secreção e edema os efeitos podem ser mais graves para as trocas 
gasosas. 
A capacidade residual funcional (CRF) é o volume de gas nos pulmões após expiração normal, e em 
pacientes pediátricos o CRF é menor. Essa CRF garante certa reserva pulmonar de O2 e em períodos de 
depressão respiratórias esse CRF sofre dessaturação mais rápida. 
Entubação Endotraqueal

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