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Toda vez que um recurso é interposto a lei estabelece que esse recurso necessita passar por duas etapas lógicas de apreciação (apreciado em dois momentos) ➔ É uma questão de ordem pública 1. Juízo de admissibilidade Análise da adequação formal em que o tribunal irá verificar se o recorrente, preencheu as exigências necessárias para recorrer. Exemplo: pagamento de custas; interposto dentro de prazo. • Quando o recurso ainda estiver nessa primeira etapa, será chamado de fase de conhecimento do recurso. Conhecimento: Analisando somente as formalidades. 2. Juízo de mérito • Após o conhecimento do recurso na etapa anterior e este não possuir problemas formais. • Quando o tribunal já estiver se debruçado no juízo de mérito, será a fase de provimento do recurso Provimento: Quando o recurso é conhecido e no julgamento do mérito, ele foi aceito, dando assim provimento. ➔ Essas etapas são para a economia processual, pois caso haja um problema formal, não dirigido para a próxima etapa, diminuindo assim, a quantidade de processos dirigidos ao juízo. Quem faz o juízo (análise) de admissibilidade? 1) O recurso é interposto perante o mesmo órgão que proferiu a decisão anterior que foi recorrida, porém será julgado por órgão de instância superior. • Recursos caracterizados pelo duplo caminho: A) Apelação ➔ Cabível na sentença ➔ Art 101, 932, 1010 ➔ A segunda instância julga, mas a petição vai ser dirigida ao juiz de primeira instância. ➔ Não é o juiz de primeira instância que faz o juízo de admissibilidade. A tarefa dele é burocrática. Não vai analisar a formalidade do recurso. Por que passa pelo juiz de primeira instância? Ocorre, para que ele possa fazer o juízo de retratação (ele pode reconsiderar, retratar e mudar a própria sentença - não é julgar, é se retratar - muito raro) e, quando uma das partes apela, o juiz de primeira instância vai intimar seu adversário para as contrarrazões (se manifestar sobre o recurso) - depois disso, ele manda para a segunda instância. • É o relator que fará o juízo de admissibilidade, ele que vai conhecer ou negar conhecimento ao recurso - depois, o colegiado fará o juízo de mérito. Juízo de admissibilidade dos recursos B) Recurso especial e Recurso extraordinário ➔ Cabíveis em acórdãos (julga a apelação feita em 1° instância, para a segunda instancia/ decisão colegiada) de tribunais de segunda instância. ➔ O recurso deverá ser direcionado ao tribunal de 2° instância que concedeu o acórdão. ➔ O tribunal de segunda instância nesse caso, irá fazer o juízo de admissibilidade. ➔ Nesses recursos não pode haver revisão de provas, só será aceito será afetar um direito constitucional. ➔ Ao chegar em Brasília, o relator irá reaver novamente o juízo de admissibilidade ➔ Caso tenha defeito formal, o tribunal nega conhecimento e não sobe para Brasília. ➔ Haverá dois juízos de admissibilidade. Se for o caso, o colegiado ainda pode fazer um terceiro juízo de admissibilidade, uma vez que é questão de ordem pública. Exemplo: juiz analisa e revisa partes do processo recorrido e somente depois irá passar para a instância superior julgar. A instância superior, somente irá julgar. 2) O recurso é interposto perante órgão de instância superior e por este órgão será julgado. ➔ Saiu uma decisão na primeira instância e a pessoa interpõe o recurso direto na instância superior. ➔ Recurso que não é de duplo caminho, recorrendo diretamente ao órgão. Exemplo: agravo de instrumento (decisão interlocutória). ➔ Quem irá analisar será o próprio relator, fazendo assim o juízo de admissibilidade. Podendo ser repetido pelo colegiado. ➔ Novamente, o colegiado pode fazer outro juízo de admissibilidade se considerar necessário. 3) O recurso é interposto perante o mesmo órgão que proferiu a decisão e por ele será julgado. ➔ Casos em que se recorre ao mesmo órgão que proferiu a decisão e ele mesmo irá julgar o recurso. ➔ O próprio juiz irá fazer o juízo de admissibilidade e irá julgar também o recurso. Exemplos: Embargos de declaração
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