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Avaliação em Educação Mediada Pelas Tecnologias - Modulo 2

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UNOPAR – Avaliação em Educação Mediada Pelas Tecnologias – Módulo 2 .................................................. Página 2 de 15 
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Que tal refletirmos sobre concepções avaliativas? 
A avaliação reflete os resultados obtidos pelo trabalho pedagógico, pelo nível 
de interações e acompanha a própria prática de ensino e aprendizagem de um 
indivíduo ou grupo, durante um determinado período. Não se trata somente de 
codificação em notas ou conceitos, mas a percepção dos avanços e dificuldades que 
o processo de ensino e aprendizagem provoca nos alunos, envolvendo a clareza dos 
objetivos que se pretende atingir. 
Em uma visão histórica, as práticas avaliativas foram marcadas por uma 
pedagogia do exame (LUCKESI, 1995). Exame e seleção passaram a ser denominados 
avaliação, ficando, durante muito tempo, pautada na seleção e na classificação de 
alunos. O “erro” foi considerado como determinante da incapacidade do aluno 
frente a determinados conhecimentos e comportamentos, não sendo analisado 
como parte do processo de aprendizagem. “Para não ser autoritária e conservadora, 
a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento 
dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos” 
(LUCKESI, 1999, p. 43). 
 
A avaliação integra uma parte importante da educação, porque leva à 
reflexão sobre a ação educativa que se realiza, essa prática requer parâmetros para o 
redimensionamento das ações pedagógicas. Muitas vezes, a avaliação é usada como 
sinônimo de medir ou testar, isto em decorrência da concepção, muitas vezes, 
 
 
UNOPAR – Avaliação em Educação Mediada Pelas Tecnologias – Módulo 2 .................................................. Página 3 de 15 
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errônea de que a função da educação é apenas transmitir conhecimentos. O aluno é 
medido pelo número de informações que consegue memorizar, ou seja, para uma 
prova, decora todo o conteúdo e em muitos casos, não consegue se lembrar de mais 
nada. 
A avaliação tem que ser um momento de aprendizagem que permita 
repensar e mudar a ação, um instrumento de comunicação que facilite a construção 
do conhecimento em sala de aula. Os instrumentos para coleta de dados do 
desempenho do aluno, para surgir efeito no processo educativo, devem ser 
analisados e temos que possibilitar o acesso do aluno aos resultados, esse feedback é 
fundamental. 
2.1 Funções da Avaliação 
As funções da avaliação são, grosso modo, divididas em pedagógicas e 
administrativas. A função pedagógica permite mensurar o conhecimento adquirido 
pelo aluno, enquanto a administrativa afere o cumprimento pelo aluno do 
desempenho mínimo necessário para a sua passagem ao próximo estágio escolar. A 
avaliação é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos 
propostos para o processo de ensino e aprendizagem estão sendo atingidos. A 
avaliação passou a ter um caráter orientador e a sua importância está na exposição 
dos avanços obtidos e dificuldades enfrentadas pelo aluno. 
A avaliação funciona para angariar informações que espelhem o 
desenvolvimento dos alunos e possibilitem a ampliação de seus conhecimentos. 
Assim, avaliar não é somente medir ou comparar. As principais funções da avaliação 
são: fornecer ao professor o conhecimento sobre a bagagem cognitiva do aluno, 
identificar as suas dificuldades de aprendizagem, verificar se os objetivos do 
processo de ensino e aprendizagem foram alcançados, aperfeiçoar os instrumentos 
de ensino e promover a aprendizagem do aluno. 
Uma das deficiências da avaliação tradicional é que os atores avaliados são 
apenas os alunos, esquecendo-se da análise do professorado e das instituições de 
ensino. A avaliação deve ser crítica e transformadora, e alcançar a todos os 
envolvidos no processo de ensino. 
 2.2 Avaliação na Educação à Distância 
Na Educação à Distância enfatiza-se as atividades de autoestudo, onde o 
aluno é o gestor de sua própria aprendizagem, dessa forma, adquire autonomia para 
avaliar seu próprio desempenho também. 
A avaliação organiza-se a partir dos... 
 
 
UNOPAR – Avaliação em Educação Mediada Pelas Tecnologias – Módulo 2 .................................................. Página 4 de 15 
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 “elementos centrais do ensino virtual [...], a comunicação mediada por computador, 
o ensino à distância, a comunicação síncrona e assíncrona e as interações 
colaborativas” (MORGADO, 2001, p. 127). 
A EAD abre um intenso debate sobre a avaliação da aprendizagem, aliada à 
revolução no campo da tecnologia, gerando modificações nas concepções sobre 
educação em relação à cibercultura. A avaliação deve ser refletida desde a construção 
do modelo pedagógico do curso, seu currículo e a proposta pedagógica, levando em 
consideração os diferentes tipos de relações entre as disciplinas: a 
multidisciplinaridade, a pluridisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a 
transdisciplinaridade. 
Nessa modalidade de ensino deve-se priorizar a avaliação formativa, 
rompendo com modelos tradicionais, sendo o professor responsável pela mediação 
pedagógica, fundamentada na relação dialógica, participativa, interativa e 
colaborativa, que possibilite desenvolver a autonomia. É importante superar visões 
fragmentadas, enfatizando o trabalho interdisciplinar. O aluno tem a oportunidade 
de ser avaliado a partir dos conteúdos e da sua capacidade de lidar com sua 
automotivação, utilizando instrumentos que permitam a metacognição, que 
envolve raciocínio, capacidade de articular pensamentos, resolver problemas 
sintetizar, tomar decisões e argumentar. Toda avaliação pressupõe uma concepção 
de processo ensino e aprendizagem, na qual o aluno adquire estratégias de acordo 
com as metas traçadas. 
Na EAD professor e tutor exercem uma prática colaborativa, onde o tutor 
acompanha o alunos, sendo corresponsável pelo processo de avaliação, a elaboração 
dos instrumentos é realizada pelo professor e a correção pelo tutor que não o faz 
sozinho, mas com o apoio constate do docente, que reúne critérios para correção, 
organizados de forma clara. O professor tem a possibilidade de realizar a leitura 
conjunta com o tutor das questões dissertativas e produções textuais do aluno, o que 
permite um trabalho cooperativo, assim, é possível avaliar a sua prática e adquirir 
saberes por meio da reflexão. Dessa forma, o acompanhamento constante do 
processo de construção do conhecimento por parte dos alunos, é possível propor 
mudanças, aprimorando as formas de mediação do aluno com o material didático 
do curso. 
2.3 Avaliação libertadora e colaborativa 
É necessário caminharmos no sentido de uma avaliação mediadora, 
buscando a comunicação interativa que estimule a colaboração entre os 
participantes, onde o professor provoque questionamentos, colocando ao aluno na 
posição de coautor do processo. A avaliação mediadora tem seu suporte na ação e 
reflexão, é resultante de uma relação de mão dupla, na qual o aluno recebe e 
transmite conhecimentos e participa da formação de um saber mais amplo. Essa 
 
 
UNOPAR – Avaliação em Educação Mediada Pelas Tecnologias – Módulo 2 .................................................. Página 5 de 15 
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proposta de avaliação tem a visão de uma educação progressista que visa o pleno 
desenvolvimento do ser humano, de sua consciência crítica, de sua capacidade de 
ação e reação. 
Na perspectiva da avaliação mediadora, o professor não é o único 
responsável pela construção do conhecimento, ou seja, acompanha esse processo em 
um trabalho integrado com alunos, professores e tutoria. Dessa forma, o aluno não 
reproduz simplesmente o que lhe tenha sido apresentado, mas forma sua própria 
visão das informaçõesque apreendeu, a partir dos mediadores com os quais convive. 
A interatividade acontece de forma síncrona (comunicação em tempo real) e 
assíncrona, (comunicação em tempos e espaços divergentes). 
Para um trabalho efetivo, é necessário o professor organizar suas ações por 
meio de um planejamento de ensino que contemple o desenvolvimento de 
habilidades e competências. A avaliação acompanha o processo desde o início da 
elaboração do plano de ensino. Na EaD a avaliação deve partir de situações-problema 
e sua elaboração deve favorecer a contextualização, buscando estabelecer um 
diálogo com o processo. O aluno deve ser considerado um ser ativo e precisamos 
promover situações de aprendizagem que possibilitem maior autonomia. 
Quanto aos ambientes de aprendizagens virtuais, estes devem possibilitar o 
diálogo, dando a oportunidade de o aluno se posicionar em relação aos conteúdos, 
motivando sua participação e devem ser esteticamente adequados, onde todas as 
informações possam ser autoexplicativas. Nesse sentido, o erro do aluno deve ser 
considerado uma virtude que favoreça a construção do conhecimento de forma 
subjetiva, a partir de saberes prévios e organizados metacognitivamente. 
2.4 Aprofundando alguns instrumentos de coleta de dados 
A avaliação é o processo de coleta e análise de dados, os recursos que são 
usados para isso são chamados de instrumentos de avaliação. 
O professor deve usar todos os recursos disponíveis para obter o máximo de 
informações sobre o desenvolvimento e o aproveitamento escolar do aluno, sendo 
que estes devem ser selecionados visando os objetivos propostos. 
Para isso, não convém utilizar apenas um instrumento de avaliação, 
confiando apenas em seu resultado, mas sim, é recomendável o uso de técnicas 
diversificadas e instrumentos variados. 
É necessário que os instrumentos atendam aos objetivos delimitados, sendo 
fidedignos e voltados para as regionalidades, possibilitando a generalização e a 
contextualização de saberes, principalmente em relação ao futuro campo de atuação 
do graduando. 
 
 
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Todo professor, ao organizar suas técnicas e instrumentos, precisa definir 
com clareza seus critérios avaliativos. Trabalhando de forma significativa, é 
possível confrontar saberes do senso comum com o conhecimento científico 
articulando-os. 
Os instrumentos de avaliação da aprendizagem devem ser planejados e 
adequados aos objetivos que se quer alcançar e, assim, possibilitar a coleta 
qualitativa de seus resultados, capacitando o professor para constatar o nível de 
aprendizagem de seus alunos. Nesse aspecto, é necessário que: 
a) sejam adequados ao tipo de conduta e de habilidade que estamos 
avaliando (informação, compreensão, análise, síntese, aplicação...); 
b) sejam adequados aos conteúdos essenciais planejados e, de fato, 
realizados no processo de ensino (o instrumento necessita cobrir todos 
os conteúdos que são considerados essenciais numa determinada 
unidade de ensino-aprendizagem); 
c) adequados na linguagem, na clareza e na precisão da comunicação 
(importa que o educador compreenda exatamente o que se está 
pedindo dele); 
d) adequados ao processo de aprendizagem do educando (um 
instrumento não deve dificultar a aprendizagem do educando, mas, ao 
contrário, servir-lhe de reforço do que já aprendeu. 
Responder as perguntas significativas significa aprofundar as 
aprendizagens já realizadas) (LUCKESI, 2000, p. 10). 
Os instrumentos devem apresentar qualidade satisfatória, a sua elaboração 
deve ser cuidadosa, a fim de não praticar injustiças pelo uso de um instrumento 
inadequado. 
A esse respeito, Alvarez Méndez (2002, p. 98) assinala que 
“[...] o valor da avaliação não está no instrumento em si, mas no uso que se faça dele”. 
Muitas vezes, os instrumentos são elaborados sem critérios e cuidados, 
tornando-se inadequados aos objetivos propostos. Seu aprimoramento depende da 
iniciativa do professor e de seu compromisso profissional. 
Se buscamos um trabalho de qualidade, nossas ações devem ser pautadas no 
compromisso com a qualidade, praticando boa vontade e compromisso. 
O nível de dificuldades das questões deve ser equilibrado, bem planejado e 
fidedigno. Deve combater a memorização mecânica do conteúdo. 
 
 
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Nesse sentido, Vasconcellos (1998) aponta os seguintes critérios para a 
elaboração dos instrumentos avaliativos: 
 
Na análise, é importante o tutor estar atento a outras formas de 
(re)elaboração, considerar o processo de resolução feito pelo aluno e não somente o 
resultado final. É essencial realizar o feedback do processo avaliativo e possibilitar 
espaço para este solicitar esclarecimentos sobre a correção feita pelo tutor, que 
deverá argumentar a fim de que o aluno não fique com dúvidas. 
De acordo com Vasconcellos (1998), para a tomada de decisão, o que se espera 
do professor é que este se utilize da avaliação para perceber as reais necessidades dos 
alunos e planejar o que fazer para ajudá-los a superá-las. Nessa perspectiva: 
• Os objetivos não atingidos pelos alunos devem ser retomados e 
retrabalhados imediatamente em sala de aula; 
• O professor deve fazer autoanálise para saber se há necessidade de 
rever sua forma de ensinar aquele conteúdo; 
• Estes objetivos devem ser incluídos na próxima avaliação, dando 
oportunidade de expressão na nova síntese de conhecimento e 
permitindo ao professor saber se os alunos superaram a dificuldade 
(VASCONCELLOS, 1998, p. 70). 
 
 
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Nesse sentido, com a utilização de diversas técnicas e instrumentos 
avaliativos, o professor dá oportunidade a todos de demonstrarem a sua evolução na 
construção do conhecimento, tornando-a mais completa. 
Haydt (1988, p. 55), afirma que 
“[...] quanto mais dados ele puder colher sobre os resultados da aprendizagem, 
utilizando instrumentos variados e adequados aos objetivos propostos, tanto mais 
válida será considerada a avaliação”. 
Instrumentos de avaliação são testes, trabalhos, ou outras formas de 
expressão do aluno que possibilitem o acompanhamento de sua aprendizagem. 
Apresentam registros de diferentes naturezas: expresso pelo próprio aluno (provas, 
cadernos, textos e outros) ou expresso pelo professor (pareceres, registro de 
observação, fichas e outros). Alguns instrumentos de avaliação são mais comuns e 
merecem ser apresentados, bem como observados alguns cuidados em sua 
elaboração. Eis alguns instrumentos: prova, observação, dossiês, portfólios, 
relatórios e conselhos de classe. 
 
2.4.1 A autoavaliação na EAD 
Para participar de um processo de autoavaliação o aluno precisa ser 
orientado para analisar seu próprio desempenho, tal prática contribui para 
aprimorar a responsabilidade e atitude crítica, promovendo situações de 
aprendizagem. A eficácia dos processos de interação e comunicação desenvolve o 
senso da autocrítica, na qual a participação do aluno em relação ao grupo também 
pode ser avaliada 
Os alunos precisam ser orientados quanto à autoavaliação, utilizando o 
ambiente e, como instrumento, podemos utilizar a lista de verificação ou a escala de 
classificação, pois ambas possibilitam o registro dos dados resultantes da 
autoavaliação e podem envolver a avaliação do próprio curso. 
As listas de verificação podem ser de utilização individual ou para avaliar o 
trabalho em grupo, sendo que os membros de cada equipe analisam,em conjunto, o 
desempenho do seu grupo, como pesquisas e trabalhos de campo. As escalas de 
classificação, segundo Haydt (1988), são como listas de verificação que, ao invés de 
ter apenas dois níveis (sim/não; presente/ausente), contém três ou mais níveis: 
bom, muito bom, insuficiente; sempre, às vezes, nunca, etc. 
O sucesso da autoavaliação é limitado pela franqueza do aluno e deve ser 
possível a partir da reflexão de sua participação e resultados das avaliações. 
Contudo, é um caminho para analisar os encaminhamentos e possibilitar a tomada 
de decisão, encontrando novos procedimentos, pois cabe lembrar que a 
 
 
UNOPAR – Avaliação em Educação Mediada Pelas Tecnologias – Módulo 2 .................................................. Página 9 de 15 
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autoavaliação é parte integrante da metacognição, pois leva o aluno a se apropriar 
de informações fundamentais para compreender conteúdos que foram apropriados 
ou não. 
2.4.2 Prova 
A prova é o instrumento de avaliação mais utilizado. No ensino superior, 
algumas disciplinas centram todo seu processo avaliativo em provas, usando como 
argumento a questão da fidedignidade na aprovação do aluno. Na EaD, pode ser 
apresentada de duas formas: dissertativa, objetiva e oral. 
A Prova dissertativa pressupõe descrições livres, na qual o aluno pode 
responder com suas próprias palavras, expressar seu pensamento na sua própria 
linguagem. Apesar da liberdade nas respostas, não perde a objetividade. Não existe 
um tipo de questão correta neste tipo de prova. O que determina a questão são os 
objetivos. 
Haidt (1994, p. 303) apresenta as vantagens das questões dissertativas em 
uma avaliação: 
• Permite verificar certas habilidades intelectuais que constituem 
processos mentais superiores, como a capacidade reflexiva – 
capacidade de analisar, sintetizar, aplicar o conhecimento, relacionar 
fatos e ideais, interpretar dados e princípios, realizar inferências e 
julgar, emitindo juízos de valor. 
• Possibilita saber se o aluno é capaz de organizar suas ideais e opiniões 
e expressá-la por escrito de forma clara e concreta. 
• Pode ser facilmente elaborada e organizada. Pode ser copiada da lousa. 
• Reduz a probabilidade de acerto casual, isto é, de acerto por 
adivinhação ou casualidade, pois o aluno deve organizar a resposta e 
usar sua linguagem para exprimi-la. 
A prova objetiva é realizada em forma de teste, no qual a opinião do 
examinador e a sua interpretação dos fatos não influem no seu julgamento. É difícil 
de ser elaborada, porém, fácil de ser corrigida. 
Necessita ser organizada com número suficiente de itens de acordo com o 
conteúdo e ser distribuída em questões fáceis, médias e difíceis, sendo que, objetivo 
da questão deve ser ajustado ao seu conteúdo e tipo. 
Apresentam-se em dois grupos: aquele em que o aluno precisa escrever uma 
resposta, como por exemplo, questões com lacunas ou respostas curtas e únicas e 
aquele em que o aluno precisa escolher uma alternativa correta entre várias que se 
apresentam ou emitir um julgamento sobre determinado item. São exemplos de 
 
 
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itens: questões de múltipla escolha, verdadeiro ou falso, ordenação, asserção e razão, 
certo ou errado e verdadeiro ou falso. 
Os testes segundo Haidt (1994, p. 304-305) apresentam as seguintes 
vantagens: 
• Avaliam vários objetivos ao mesmo tempo, fornecendo uma ampla 
amostra do conhecimento do aluno, pois são constituídos por 
numerosas questões. 
• Possibilitam julgamento objetivo e rápido, pois a correção é 
relativamente simples, já que, em geral, cada questão só admite uma 
resposta. 
Mas os testes apresentam algumas desvantagens: 
• A elaboração é difícil e demorada. 
• Exigem serviço de digitação, impressão e reprodução. 
• Não avaliam as habilidades de expressão. 
• Restringem as respostas dos alunos, podendo condicioná-los a uma 
certa passividade, caso sejam submetidos apenas a esse tipo de 
instrumento. 
2.4.2 Portfólio 
O portfólio é um instrumento de avaliação que consiste em uma coleção dos 
trabalhos que o educando realizou em um período de sua vida acadêmica, seja, por 
um semestre, um ano ou quatro anos. Estes trabalhos, selecionados com o auxílio do 
professor, evidenciam os esforços, as habilidades, as melhores ideias, os avanços e 
dificuldades dos educandos. 
Nos dizeres de Quintana (2003, p. 166): 
“Essa estratégia promove a criatividade e a autorreflexão. Estimula os estudantes a 
trabalhar em grupos para analisar, esclarecer, avaliar, e explorar seu próprio 
processo de aprendizagem”. Esta avaliação enquadra-se em uma abordagem 
construtivista, onde o aluno constrói seu conhecimento a partir de seu contexto 
sociocultural e experiências vivenciadas (QUINTANA, 2003). 
Permite ao professor acompanhar o desenvolvimento dos conhecimentos e 
competências dos estudantes, complementando com reflexões sobre suas 
aprendizagens. Estes instrumentos mediadores envolvem registros sobre a 
aprendizagem do aluno e direciona o professor a novos caminhos. Na EAD, o 
portfólio favorece a autoavaliação, possibilita a avaliação processual e a 
diferenciação no ensino e favorece o trabalho interdisciplinar. 
 
 
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O portfólio se constitui em um instrumento de comunicação entre o aluno e 
o professor pois, a partir da análise do documento, é possível percorrer a evolução de 
sua aprendizagem, possibilitando novas práticas. Auxilia o professor a desenvolver 
procedimentos para planejar sua aula, favorecendo a aprendizagem significativa, 
visto que possibilita conhecer a produção do aluno. 
O portfólio como instrumento de aprendizagem destacou-se como 
procedimento de avaliação participativa e de vivência de prática democrática. Na 
EAD evidencia-se a necessidade de um trabalho interdisciplinar que envolva 
docentes e coordenadores de curso, possibilitando trabalhos individuais e coletivos 
que permitam ao aluno articular saberes teóricos com saberes práticos, prática 
inexistente em algumas instituições, mas que, quando efetivada, tem contribuído 
para experiências de sucesso. Trabalhar em uma perspectiva interdisciplinar é 
possibilitar o constante diálogo entre as disciplinas que compõem o currículo. 
Utilizar instrumentos avaliativos organizados de forma interdisciplinar possibilita 
resgatar conceitos acerca da avaliação, do ensinar e do aprender, o que contribui 
para a superação de visões fragmentadas e descontextualizadas. 
O trabalho com o portfólio possibilita ainda a prática interdisciplinar, é um 
procedimento de avaliação que contribui para mapear o progresso dos alunos e estes 
se tornam mais participativos, desenvolvem habilidades de argumentar, criticar, 
julgar, aplicar e outras. 
Com a coletânea de trabalhos realizados pelos alunos, é possível desenvolver 
competências específicas. 
Para Villas Boas (2004, p. 37) 
“[...] o portfólio é um dos procedimentos de avaliação condizentes com a avaliação 
formativa”. 
Por retratar a seleção das produções selecionadas pelo aluno, refletindo sua 
aprendizagem por meio da autorreflexão. 
Villas Boas (2004, p. 38) apresenta três ideias básicas: 
a) a avaliação é um processo em desenvolvimento; 
b) os alunos são participantes ativos desse processo porque aprendem a 
identificar e revelar o que sabem e o que ainda não sabem; e 
c) a reflexão pelo aluno sobre sua aprendizagem é parte importante do 
processo. 
Os alunos são, portanto, participantes ativos da avaliação, selecionam seus 
trabalhos para inseri-los no portfólio.Dessa forma, é possível uma aproximação 
com o aluno. 
 
 
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Nos dizeres de Pernigotti et al. (2000, p. 55) encontramos: 
É importante que, a cada dia, seja feito pelo menos um registro, pois isso possibilita, 
ao professor e ao aluno, um retrato dos passos percorridos na construção das 
aprendizagens. Essa característica de registro diário tem o sentido de mostrar a 
importância de cada aula, de cada momento, como uma situação de aprendizagem. 
O aluno é então avaliado por todos esses momentos. 
Sobre o portfólio, Nunes (1999) comenta que não é uma pasta onde se 
arquivam todos os trabalhos realizados pelo aluno. Este, sim, analisa sua produção e 
seleciona apenas o que considerar relevante. O importante não é o portfólio em si, 
mas o que o aluno aprendeu ao fazê-lo, a sua consciência em que progrediu ou 
regrediu depois de certo tempo. Não adiantará se o educando não analisar seus 
progressos e retrocessos. Diante disso: 
 
Esse trabalho consiste em uma avaliação formativa onde o tutor acompanha 
as transformações, e pode também praticar a autoavaliação que está situada em uma 
perspectiva mediadora e reflexiva, onde o aluno analisa seu desempenho individual 
ou no grupo. A avaliação deixa de ser pontual e passa a ser processual e possibilita 
individualização do trabalho. 
Para Ramos (2000), o portfólio pode ter uma apresentação bem variada, e 
pode contar com as melhores habilidades do educando, juntamente com reflexões 
sobre virtudes e fragilidades. Deve conter dados de identificação do estudante, 
comentários sobre trabalhos realizados, textos, resenhas, produções individuais e 
coletivas. 
“É um trabalho que se encaixa na construção/transformação, que ocorre a partir da 
potencialização dos saberes prévios, que se tornam, diante das novas possibilidades, 
conhecimento potencial” (SANTOS, 2006, p. 317). 
O portfólio reflete a identidade de cada aluno, em cada contexto, engajado 
em um processo de mudança, enquanto produtor de saberes, assim, considera-se 
uma ferramenta que conduz a transformação. 
 
 
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A sala de aula é um espaço repleto de desafios, de mudanças constantes em 
relação aos conteúdos, metodologias e recursos, mas a prática da avaliação precisa 
ser repensada face às transformações ocorridas nesse contexto. 
O portfólio mostra-se apropriado à proposta da avaliação formativa, à 
medida que permite ao aluno o acompanhamento do seu processo de construção do 
conhecimento, mostrando seus avanços e retrocessos, ao mesmo tempo em que o 
motiva a novas conquistas. Nesse sentido, dar retorno aos alunos é fundamental e 
necessário, pois permite um retorno do trabalho do professor e do rendimento do 
aluno. 
A modalidade formativa contribui para a aprendizagem significativa, 
proporciona segurança por parte do aluno, feedback, diálogo entre professor e aluno 
e a revisão das metodologias de ensino. Os instrumentos de avaliação da 
aprendizagem devem ser planejados e adequados aos objetivos que se quer alcançar 
e assim possibilitar a coleta qualitativa de seus resultados, possibilitando ao 
professor constatar a aprendizagem de seus alunos. Hoffmann (2002) salienta que a 
avaliação deve ser mediadora e neste processo é importante o professor observar o 
aluno, para refletir sobre as melhores estratégias pedagógicas possíveis no sentido 
de promover sua aprendizagem. 
É necessário que, progressivamente, o professor avance na construção dos 
saberes relativos à tecnologia e o seu bom uso, para operacionalizar sua ação em prol 
da aprendizagem colaborativa, direcionando sua prática através do planejamento de 
ensino. 
O planejamento de ensino se constitui o elemento articulador da prática 
pedagógica e, 
segundo Padilha (2001): 
O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; 
processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios 
(materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, 
em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações 
(PADILHA, 2001, p. 30). 
Ao planejarmos, estamos refletindo sobre nossa prática pedagógica, 
verificando a possibilidade de transformar a realidade, ao definir um conjunto de 
ações para obtermos os resultados esperados. 
O planejamento envolve a conscientização por parte do professor da 
necessidade de mudança. Para Vasconcellos (2000) planejar é um caminho de 
elaboração teórica, constitui uma mediação teórico-metodológica para a ação, 
assim, a elaboração do planejamento é um processo mental que precede a ação. 
 
 
 
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Educação Mediada Pelas Tecnologias 
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