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tcc escola de ensino médio integrado

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80
*
FACULDADE DE CIÊNICIAS AGRÁRIAS E EXATAS
DE PRIMAVERA DO LESTE
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ESCOLA TÉCNICA INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO PARA 
PRIMAVERA DO LESTE
AMANDA SALETE SANTIN NOGUEIRA
Primavera do Leste - MT 
2021/02
AMANDA SALETE SANTIN NOGUEIRA
ESCOLA TÉCNICA DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO PARA 
PRIMAVERA DO LESTE
Trabalho Final de Graduação, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Ciências Agrárias e Exatas de Primavera do Leste, como requisito básico para a conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Monica Mari de Lima
Primavera do Leste - MT
2021/02
AMANDA SALETE SANTIN NOGUEIRA 
ESCOLA TÉCNICA DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO PARA 
PRIMAVERA DO LESTE
Trabalho Final de Graduação, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Ciências Agrárias e Exatas de Primavera do Leste, como requisito básico para a conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Monica Mari de Lima
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________ Orientadora: Monica Mari de Lima
_____________________________________
 Professor Convidado			
 Membro Externo Convidado	
Primavera do Leste, 29 de novembro de 2021.
Nota Final: __________
DEDICATÓRIA
“Dedico este trabalho a meu esposo Jhony Sontak, ao meu filho Pedro Davi, a minha Avó Rosa Santin e aos meus pais, que sempre estiveram ao meu lado em momentos difíceis, momentos esses que me fizeram pensar em desistir da faculdade. Dedico ao meu Avô Valentim Santin e ao meu irmão Deninho que infelizmente não puderam me acompanhar nessa jornada, mas sei que de algum lugar estão vendo minha luta e minha busca pelos meus objetivos. Dedico também aos meus irmãos, Kenya Lima, Clarineu Junior, Luana Barco e ao Ricardo Santin. 
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente de tudo a Deus por me guiar até aqui, me dando saúde, coragem e me fortalecendo a cada dia da minha vida, a minha família, por me auxiliarem em todos os sentidos para que esta etapa possa ser finalizada, em especial ao meu marido, por me ajudar, por me permitir ter tempo para fazer o TFG, mesmo com nosso filho tão pequeno, tão necessitado de atenção da minha parte, mas eu tenho certeza que a recompensa chega, um dia ele vai saber da luta da mamãe, e tenho certeza que terá admiração. 
Também agradeço a todos os professores que me repassaram todos os conhecimentos necessários para chegar até aqui, em especial a minha orientadora Monica Mari de Lima pela paciência, pela disposição em me ajudar, dentre diversas conversas e atendimentos, conseguiu sanar as minhas dúvidas, e aguçar a minha criatividade, confesso que estava um tanto perdida depois que tranquei a faculdade por mais de 2 anos, pois não conseguia sair do lugar com meu TFG. 
Em suma, esse sentimento de gratidão deve ser dedicado a todas aquelas pessoas que responderam meus questionários, quantitativo, qualitativo, pois vivemos em dias tão difíceis e corridos, sei que parar e doar um pouquinho do nosso tempo a alguém que nem conhecemos pode ser estressante, mas essas pessoas contribuíram para a finalização desse Trabalho Final de Graduação.
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo”.
Paulo Freire
ESCOLA DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO DIGITAL
SANTIN, Amanda. Escola Técnica de Ensino Médio Integrado. Primavera do Leste, 2021. Introdução ao Trabalho Final de Graduação do Curso de Arquitetura e Urbanismo - Faculdade de Ciências Agrárias e Exatas.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar uma das maiores problemáticas que a sociedade vem enfrentando atualmente que é o desemprego, sobretudo entre os jovens, procurando identificar os motivos da taxa ser a mais alta entre as classes sociais. O mercado de trabalho a cada dia vem se reinventando e aprendendo a investir nas tecnologias para se reerguer ou até mesmo a se manter, o que faz as mesmas procurarem por qualificação nos seus contribuintes e futuros profissionais. Muitos jovens que saem do ensino médio não possuem qualificação e na grande maioria não tiveram a oportunidade de se qualificar o que acaba os forçando a adiar seu início de carreira, ou até mesmo se submetendo a empregos informais. O problema é ainda maior quando se pensa nas consequências de jovens desempregados na sociedade de hoje, jovens insatisfeitos e inseguros o que acaba atrapalhando o desenvolvimento “humano e social” do país. Isso evidencia a falta de investimentos públicos em escolas de ensino médio integrado ao técnico, o que poderia minimizar o desemprego entre essa classe social, além de proporcionar estabilidade e até mesmo visão profissional para jovens que estão “perdidos em sua futura carreira profissional”.
Palavras-chave: Desemprego entre jovens, Qualificação Profissional, Mercado de trabalho, Ensino médio integrado ao técnico digital.
ABSTRACT
This work aims to analyze one of the biggest problems that society is facing unemployment, especially among young people; the contact identifies the highest rate types between classes. The labor market is reinventing itself every day and learning to invest in technologies to rebuild itself or even to maintain itself, which makes it possible for the qualification of its taxpayers and future professionals. Many young people out of high school are unqualified, and the vast majority do not have the opportunity to qualify for a postponement of their early career, or even submitting to informal employment. The problem is even greater when one thinks of the consequences of young unemployed people in today's society, dissatisfied and insecure young people, which end up hampering the country's "human and social" development. What is that which is "lost in your future professional career". This highlights the lack of public investment in high schools integrated with the technician, which can minimize unemployment among this social class, as well as provide stability and even overview for young people who are "lost in their future professional careers."
Key words: Unemployment among young people, Professional qualification, Labor market, High school integrated to the digital technician.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Fachada lateral e frontal do prédio - NAVE	33
Figura 2 – Exemplo de painel modificado - NAVE	34
Figura 3 – Amostra da linguagem digital utilizada na escola NAVE	34
Figura 4 – Imagens da escada de estrutura metálica - NAVE	35
Figura 5 – Conjunto de imagens com vista das áreas administrativas e de 1 dos corredores que dão acesso as salas de aula/NAVE	35
Figura 6 - – Imagem de uma sala de aula e de um dos laboratorios de informatica/NAVE ....36
Figura 7 – Sala para atividade extraclasse/NAVE	36
Figura 8 – Projeto da Fundação Nokia de Ensino para 2013 	37
Figura 9 – Fachada Frontal do prédio/ Fundação Matias Machline	38
Figura 10 – Conjunto de imagens das passarelas/ Fundação Matias Machline	38
Figura 11 – Quadra poliesportiva/ Fundação Matias Machline	39
Figura 12 – Fachada do Columbia College Chicago	40
Figura 13 – Volumetria/ Columbia College Chicago................................................................ 40
Figura 14 – Planta baixa setorizada do Columbia College Chicago	41
Figura 15 – Croqui do Projeto/ Columbia College Chicago	42
Figura 16 – Interior da recepção/ Columbia College Chicago	42
Figura 17 – Volumetria do projeto exemplo de Sorriso IFMT	45
Figura 18 – Fachada Frontal do prédio do IFMT. Campus Primavera do leste	46
Figura 19 – Vista Frontal Campus Primavera do leste	46
Figura 20 – Vista Frontal da Escola Alda Gawlinski Scopel	48
Figura 21 – Localização da Escola Alda Gawlinski Scopel (vermelho) e do IFMT (amarelo).54
FIGURA 22 – (Em vermelho) a localização da proposta, (amarelo) as principais avenidas e (Azul) a Rodovia Federal BR070.............................................................................................. 54
FIGURA 23 – Vista aérea do terreno.(circulado em vermelho) .............................................. 55
Figura 24: Esquina Av. Paulo Cezar P. Aranda com a Rua Frederico Westphalen ................ 55
Figura 25: Esquina Av. Paulo C. Aranda com a Rua Nova Esperança.................................... 55
Figura 26: Esquina Rua Nova Esperança com a Rua Jerusalém............................................... 55
Figura 27: Esquina Rua Jerusalém com a Rua Frederico Westphalen...................................... 56
Figura 28: Vista da Rua Frederico W em direção a Unic – Localizada na Avenida Paulo C. Aranda...................................................................................................................................... 56The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior salso left visible.
Figura 29: Levantamento topográfico do terreno...................................................................... 56
Figura 30: Localização do Terreno no mapa de zoneamento. ................................................. 57
Figura 31: Análise Solar .......................................................................................................... 58
Figura 32: Taxa de Rendimentos – Ensino Médio.................................................................... 59
Figura 33: Legenda dos Fluxogramas...................................................................................... 66
Figura 34: Fluxograma do Pavimento Térreo........................................................................... 66
Figura 35: Fluxograma do Pavimento Térreo.......................................................................... 67
Figura 36: Legenda da setorização............................................................................................ 67
Imagem 37: Setorização. .......................................................................................................... 68
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Taxa de desocupação, segundo a Penad do IBGE.................................................. 20
Gráfico 02: População de Primavera do Leste (1991-2021) ..................................................... 43
Gráfico 03: Gráfico apresentando as escolhas dos 268 alunos entrevistados............................ 44
Gráfico 04: Quantidade de alunos por curso/IFMT................................................................... 47
Gráfico 05: Qualidade do curso/IFMT......................................................................................47
Gráfico 06: Quantidade de alunos por curso/Alda Gawlinski Scopel....................................... 48
Gráfico 07: Idade dos entrevistados...........................................................................................49
Gráfico 08: Grau de ensino dos entrevistados. ......................................................................... 50
Gráfico 09: O que consideram mais importante para ingressar no mercado de trabalho.......... 50
Gráfico 10: Qualificação profissional dos entrevistados? ........................................................ 50
Gráfico 11: A Qualificação x primeiro emprego....................................................................... 51
Gráfico 12: O governo é falho com os jovens de Primavera do Leste...................................... 51
Gráfico 13: Interesse em cursar um ensino médio técnico........................................................ 52
Gráfico 14: Qual o curso de interesse em cursas....................................................................... 52
LISTA DE TABELAS
 
Tabela 01 – Projeto Padrão FDNE............................................................................................ 53
Tabela 02 – Zoneamento, uso e ocupação do solo urbano de sede do Município de Primavera do Leste – ZC2 ......................................................................................................................... 57
Tabela 03 - Zoneamento, uso e ocupação do solo urbano de sede do Município de Primavera do Leste – ZR2.......................................................................................................................... 57
Tabela 04- Cálculo de quantidade de alunos por ano para a escola.......................................... 60
Tabela 05- Setor Administrativo. ............................................................................................ 61
Tabela 06- Auditório................................................................................................................ 62
Tabela 07- Biblioteca............................................................................................................... 62
Tabela 08- Bloco Pedagógico (Térreo ao terceiro pavimento) ................................................ 62
Tabela 09- Serviços/Apoio....................................................................................................... 64
Tabela 10- Quadras Poliesportivas........................................................................................... 65
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................15
2. JUSTIFICATIVA................................................................................................................17
3. OBJETIVOS........................................................................................................................18
3.1. OBJETIVO GERAL .........................................................................................................18
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................18
4. METODOLOGIA...............................................................................................................19
5. DESEMPREGO NA JUVENTUDE..................................................................................20
5.1 A FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSINAL.............................................................22 
5.2 A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL...........................................23 
6. O MERCADO DIGITAL NO BRASIL.............................................................................24
6.1 OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO DIGITAL.............................................................26
7. ENSINO MÉDIO INTEGRADO NO BRASIL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA...........28
7.1 A ATUAL EDUCAÇÃO TÉCNICA..................................................................................31
8. CORRELATOS...................................................................................................................33
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
8.1. NAVE (NÚCLEO AVANÇADO EM ESTUDOS) - BRASIL...........................................33
8.2. FUNDAÇÃO MATIAS MACHLINE - BRASIL...............................................................37
8.3. COLUMBIA COLLEGE CHICAGO.................................................................................40
9. ESTUDO DE CASO............................................................................................................43
9.1. PRIMAVERA DO LESTE E SUAS INSTITUIÇÕES.......................................................43
9.2. IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso....................45
9.3 ESCOLA ESTADUAL ALDA GAWLINSKI SCOPEL....................................................48
9.4 PESQUISA DE CAMPO ................................................................................................... 49
10. PROJETO (ESCOLA DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO DIGITAL.................................................................................................................................53
10.1. ESCOLHA DO TERRENO..............................................................................................53
10.2 O TERRENO ...................................................................................................................54
10.3 TOPOGRAFIA ................................................................................................................ 56
10.4 CONDICIONANTES LEGAIS ...................................................................................... 57
10.5 ANÁLISE CLIMÁTICA ................................................................................................. 58
11. PROGRAMA DE NECESSIDADES .............................................................................. 59
11.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO .......................... 61
12. FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO ............................................................................ 66
13. PARTIDO ARQUITETONICO / CONCEITO ............................................................. 68
14. MEMORIAL DESCRITIVO .......................................................................................... 69
15. MEMORIAL JUSTIFICATIVO .................................................................................... 70
16. IMPLANTAÇÃO ............................................................................................................. 71
17. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................75
1. INTRODUÇÃO
A educação profissional acompanha as práticas humanas, desde os períodos mais remotos da história, quando segundo Manfredi (2002), os humanos, transferiam seus conhecimentos profissionais por meio de uma educação baseada na observação, na prática e na repetição, as mesmas repassavam conhecimentos e técnicas de fabricação de utensílios, aprimoramento de ferramentas, instrumentos de caça, defesa e demais artefatos que lhes servissem e facilitassem o cotidiano. 
A partir da Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, em meados do final do século XVIII e início do século XX a educação profissional se consolidou, nesta ocasião conforme a (Enciclopédia de Diderot e D’Alembert - 2006), pela primeira vez se descreveu o quadro de ocupações da época como por exemplo, o que deveria ser estudado para o exercício e funcionamento das mesmas. 
A vinculação tardia entre educação e trabalho para Manfredi, era compreensível, por conta das relações especificas da sociedade antiga e medieval que se mantinham ligadas a poderes centralizados, nos senhores feudais ou na igreja. O autor acreditava que as noções de trabalho.
“[...] vão se construindo e reconstruindo ao longo da história das sociedades humanas, variando de acordo com os modos de organização da população e de distribuição de riqueza e poder” (p. 34). 
Sancionado pelo então Presidente da República Nilo Peçanha, o Decreto-Lei nº 7.5662, de 23 de setembro de 1909, instituiu oficialmente a educação profissional brasileira, e tinha como principal objetivo a assistência em relação á massa trabalhadora, vista pelos mesmos como instrumento de capacitação para atender o crescente desenvolvimento industrial ao ciclo da urbanização da época. Para suprir a demanda do mercado produtivo, dominado pela burguesia e, ocorreu a criação de 19 escolas de aprendizes artífices, com a intenção de preparar e formar profissionais das camadas pobres da população. (WITTACZIK. Lidiane; SENAI. 2008).
As escolas superiores surgiram em 1930, para a formação de recursos humanos necessários ao processo produtivo da época e se expandiu, incluindo pobres e ricos em seu público-alvo. O Sistema S surgiu em 1940, e era formado por 8 organizações de entidades corporativas voltadas para a assistência social, pesquisa e assistência técnica, treinamento profissional e consultoria; atualmente são 11 organizações, e ficou conhecido como sistema S porque todas as organizações possuem a sua inicial com a letra S como por exemplo o Senai, além de possuírem raízes comuns e características organizacionais similares. (Site Senado Federal).
No Brasil atualmente um a cada cinco jovens brasileiros, está desempregado. Através de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Ministério do Trabalho o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) fez um levantamento do primeiro trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2016. Nesse período, o desemprego entre 14 e 24 anos passou de 16,8% para 26,7%. Na faixa entre 25 e 59 anos, subiu de 5,2% para 9,1%. Entre as pessoas com mais de 59 anos, ela cresceu de 2% para 4,7%. No mesmo período, o levantamento mostra que o desemprego geral no país cresceu de 7,2% para 11,3%. (CARVALHO. Sandro Sacchet; Ipea. 2016)
O principal motivo do desemprego atualmente, certamente é a crise, porém, o que eleva o índice entre os jovens é a falta de qualificação. A constante mutação do mercado digital faz com que os profissionais precisem ser cada vez mais especializados, o que dificulta na hora da contratação. (CUNHA. Joana. Folha de S. Paulo, 2016).
“Ainda é muito difícil encontrar pessoas recém-formadas ou no começo de carreira que tenham boa formação para o mercado digital, seja para a área de mídia, criação ou planejamento. Com certeza, a formação destes profissionais é um desafio para os próximos anos”, (GROSMAN. Roberto; sócio fundador da F.biz, 2014)
Em Primavera do Leste, o sistema S se faz presente com o Senac e Sebrae. Entretanto escolas de ensino médio integrado gratuitos, pode-se contar com apenas uma instituição ativa, que é o IFMT ( Instituto Federal do Mato Grosso), além desta, a escola Alda Gawlisnsk Scopel ofertava dois cursos até o final de 2019. Há hoje uma escola técnica em construção desde 2017, localizada no bairro Castelândia, sua inauguração estava prevista para também no final de 2019 porém a obra ainda não foi finalizada.
 Todavia a quantidade de alunos que não conseguem uma vaga para se qualificarem e saem do ensino médio sem experiência é muito grande. Em consequência a falta de qualificação, os jovens acabam tendo sua entrada no mercado dificultada e muitas vezes adiada para poderem se qualificar antes. 
2. JUSTIFICATIVA
Diante dos fatos apresentados, é possível concluir a viabilidade da implantação de uma Escola técnica de ensino médio integrado para a cidade de Primavera do Leste, vinculada a atender os pacientes de Primavera e regiões vizinhas.
A importância de uma escola técnica de ensino médio integrado, está em oferecer aprendizado e estrutura para a qualificação de jovens, abrindo as portas do mercado de trabalho para os mesmos, pois para o mercado de trabalho, qualificação é um ponto primordial.
No currículo do ensino profissional, a formação humana é fundamental para o aluno. “Como formação humana, o que se busca é garantir ao adolescente, ao jovem e ao adulto trabalhador o direito a uma formação completa para a leitura do mundo e para a atuação como cidadão pertencente a um país, integrado dignamente à sua sociedade política”. (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005, p. 85).
A escola tem papel importante em planejar de acordo com a realidade do seu entorno, adequando os currículos e a proposta de gestão política pedagógica de forma participativa.
A política curricular é um processo de seleção e de produção de saberes, de visões de mundo, de habilidades, de valores, de símbolos e significados – em suma de culturas. É também a maneira de instituir formas de organizar o que é selecionado, tornando-o ensinável. (...) Tais políticas podem ou não ser registradas em documentos escritos, mas sempre são planejadas, vivenciadas e reconstruídas em múltiplos espaços e por múltiplos sujeitos no corpo social da educação (BRASIL, 2003, p. 35 apud FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005, p. 93).
Conforme Santomé (1998 apud Frigotto; Ciavatta e Ramos, 2005), o currículo integrado tem sido considerado como forma de promover a compreensão global relacionada ao conhecimento e de alavancar a interdisciplinaridade.
Com toda a estrutura planejada e uma equipe de profissionais capacitados para ministrarem cursos, feiras de empreendedorismo e até mesmo palestras, a Escola de Ensino Médio Técnico,terá espaços e capacidade suficiente para atender 480 alunos, e dar a eles o melhor aprendizado possível.
 
3. OBJETIVOS
3.1. GERAL
O presente trabalho tem como objetivo elaborar uma pesquisa, apontando sobre a necessidade e importância de uma escola técnica integrada ao ensino médio para jovens e adultos, através desta pesquisa entender as dificuldades dos jovens que iniciam suas vidas profissionais despreparados para o mercado de trabalho, enfatizando os motivos que os levam a esse despreparo e as dificuldades para encontrar cursos profissionalizantes que incluam esses jovens na vida profissional e na realização pessoal e profissional. 
3.2. ESPECÍFICOS
· Compreender e interpretar dados e fatos relacionados ao desemprego de jovens; 
· Aprofundar o conhecimento e funcionamento da qualificação integrada ao ensino médio;
· Entender as pretensões dos alunos do ensino fundamental para o futuro profissional.
· Conhecer os espaços de escolas de ensino médio técnico, em busca de conhecimento para a realização do projeto;
· Compreender as dificuldades que os alunos encontram durante o curso e buscar informações a respeito da qualidade dos cursos oferecidos nas escolas do município; 
· Elucidar sobre a importância e necessidade de uma habitação adequada para esse ensino e a importância da qualificação para os jovens;
· Atender normas de acessibilidade NBR 9050;
· Propor um projeto de uma escola voltada a atender jovens que acabam de sair do ensino fundamental, onde a arquitetura possa trabalhar de forma funcional e dinâmica no desenvolvimento, interação e incentivo de alunos com a vontade de estudar.
4. METODOLOGIA
Como metodologias utilizadas para a realização deste trabalho foram utilizadas a pesquisa qualitativa e quantitativa, que compreende leituras e análise de artigos, dissertações e teses publicadas em sites de domínio público sobre a temática, bem como pesquisa de campo, utilizando técnicas de observação e entrevistas, buscando assim, identificar, descrever, analisar e compreender a importância da qualificação profissional. Para dar início aos trabalhos, foi feito um levantamento inicial através dados do IBGE os quais demonstraram estatísticas e números a serem analisados. 
Quanto aos instrumentos de coletas, para realização da pesquisa de campo foram usados vários métodos para que fosse possível obter uma conclusão das ações voltadas aos jovens e assim pode se fazer uma análise se essas ações são suficientes e se atendem as necessidades básicas dos mesmos. Para isso, foram realizados entrevistas e questionários na Escola Alda Scopel e no IFMT em 2018 com a finalidade de levantar informações e coletar dados a respeito do funcionamento da instituição, das atividades desenvolvidas e suas carências. Além das entrevistas com alunos do Ensino fundamental e ensino médio em 03 escolas da cidade de Primavera do Leste, para a compreensão das necessidades, e da visão dos mesmos para o seu futuro. Já em 2021 em meio a pandemia do COVID 19, foi realizado um questionário online com algumas perguntas a população em geral, perguntas essa relacionada ao ensino que tiveram, se fizeram algum técnico e se isso faria diferença em suas vidas atualmente ou futuramente.
Durante todo o processo, houve a pesquisa quantitativa, onde foram realizadas entrevistas com moradores e alguns empresários da cidade, procurando saber a opinião deles a respeito das dificuldades que muitos jovens enfrentam na busca de um emprego sem qualificação, no que o curso técnico pode influenciar esses jovens e até mesmo para saber se a falta de opções e instituições na cidade.
A Pesquisa qualitativa, será conduzida através de levantamentos a respeito da qualidade do ensino dos cursos ofertados desde salas de aula, laboratórios e até mesmo professores qualificados.
A pesquisa descritiva e exploratória foi elaborada através de informações necessárias ao estudo com a finalidade de acrescentar conhecimentos, ampliando a eficiência para se tiver um melhor resultado. 
A pesquisa a ser desenvolvida é de extrema importância, pois trata de uma preocupação que muitas vezes não é dada o devido valor, uma vez que vemos no nosso cotidiano vários jovens e até mesmo adultos desempregados, porém não se é feito nada para mudar está realidade.
5. DESEMPREGO NA JUVENTUDE
O desemprego no Brasil vem crescendo a cada ano, de acordo com o G1 em 3 anos, o número de desempregados mais que dobrou no país, e chegou a 13,7% no 1° Trimestre de 2017 atingindo 14,2 milhões de pessoas. (G1. Março, 2017).
Gráfico 01: Taxa de desocupação, segundo a Pnad do IBGE 
 Fonte: (Editoria de arte/G1).
Taxa de desemprego no Brasil entre pessoas de 18 e 24 anos sempre foi a mais alta entre os grupos de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é interessante observar como ela vem crescendo de forma intensa. A técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, revela que: “Em janeiro de 2015, a taxa de desocupação entre os mais jovens era de 12,9%. Agora, é 6% maior. (Jconline. Março, 2016).
Já o levantamento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), realizado através de dados registrados pelo Ministério do trabalho e do IBGE entre o primeiro trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2016, revela que o aumento do desemprego afetou os trabalhadores de forma generalizada, mais foi particularmente mais danoso ao grupo dos mais jovens, nesse intervalo a taxa de desemprego passou de 16,8% para 26,7% entre os brasileiros de 14 e 24 anos. (CARVALHO. Sandro Sacchet; Ipea. 2016)
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, em fevereiro 20% dessa faixa etária de trabalhadores estavam desempregados. (IBGE, 2016).
A falta de emprego entre jovens de 18 e 24 anos, pode acarretar em diversas consequências, de aspecto econômico e social, no entanto no momento o maior problema é o de nível psicológico, pois várias pessoas que sempre trabalharam ou não ficaram mais de 1 mês sem trabalhar se depararam com a atual realidade do desemprego. (FÉLIX, Célia. Psicóloga. 2012).
O impacto econômico é o mais preocupante em curto prazo, já que o desemprego pode levar três milhões de familiais que já tinham sido excluídas da linha de pobreza, de volta a classes D e E, pois exclui novamente a geração que já estava inserida desde a infância/adolescência do mercado consumidor, levando assim o empobrecimento das familiais. Outro efeito é a degradação do tipo de emprego oferecido, já que a procuro por emprego ficara maior, e a pouca experiência e a escassez de vagas no mercado de trabalho, faz com que esses jovens estejam sujeitos a aceitar empregos informas que exigirão baixa qualificação e até mesmo pouca experiência e irão pagar salários mínimos. (FINAMOR. Ana Lígia; coordenadora dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas. 2016)
O impacto psicológico é um dos aspectos que pode levar o grande índice de jovens que estão sofrendo com a depressão. Pois estar desempregado, significa na maioria dos jovens, depender dos outros e inseguranças a respeito da vida pessoal como água, comida e moradia, o que acaba acarretando uma série de problemas como autoestima, frustração e insatisfação com a vida. (Hype Science, 2012).
Sem-contar que diante da perda de emprego, muitas vezes por ser o primeiro emprego, o jovem acaba ficando inseguro e perde a confiança nas instituições e no governo, a autoestima também preocupa muito já que esse é primordial no início de carreira. Todos esses aspectos psicológicos fazem com que ocorra impacto diretamente na evolução do país, pois diante dessa situação esses jovens acabam perdendo as esperanças pela falta de oportunidades, e apostam em viver em outro país, sujeitando-se ao trabalho ilegal e até mesmo na chance de desemprego. Nesse contexto, podemos dizer que sérios prejuízos à nação de ordem social, econômica e política podem acontecer por causa dos altos índices de desemprego associado a grande perca de segurança e confiança desses jovens. FINAMOR ainda destaca:“A qualificação da mão de obra dos jovens é fundamental para reduzir o quadro de desemprego”.
O mercado de trabalho brasileiro de frente a crise, assumiu algumas adaptações que tendem a afetar e adiar a entrada desses jovens no mercado de trabalho. A justificativa para os jovens serem sempre os mais atingidos se dá através de investigações constantemente por aqueles que se preocupam com o mercado de trabalho para a juventude, segundo estatísticas publicadas pela OIT (Organização Internacional de Trabalho) em relação ao desemprego de jovens relacionada entre idade, sexo e formação profissional, a maioria dos jovens que não conseguem ou que acabam perdendo o emprego não tem formação profissional ou são semiqualificados. Quase metade dos empregadores que foram consultados acham que nos últimos 5 anos a qualidade profissional dos jovens tem decaído, e isso é consequência da falta de motivação e de educação básica. ( POSTHUMA. Anne; especialista da OIT. 2016).
A qualificação pode ocorrer de duas formas, uma com incentivos a programas de aperfeiçoamento, estágios e parcerias com o setor produtivo para aproveitamento dos egressos de cursos técnicos. E a outra, com políticas de apoio ao empreendedorismo, ou seja, oferecer acesso a crédito para os jovens financiarem suas iniciativas empresariais e capacitar os mesmos para que se tornem gestores de pequenas e microempresas. (ALVES. Edgard Luiz Gutierres. Economista do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Vieira e Carlos Alberto dos Santos. Economista do CNPT - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
“A educação brasileira é uma tragédia, e a transformação do País se dá por meio da educação. O que podemos fazer? Temos de agir”. (AILVA. Ozires. Reitor do Centro Universitário Monte Serrat – Unimonte e presidente do Conselho de Administração da Anima Educação).
5.1. A FALTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Atualmente, o jovem tem o maior peso entre os desempregados no Brasil, mesmo sem representarem a maioria dos trabalhadores no país. Em nota o SIPS (Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre trabalho e renda), revelou em 2011 que 25% dos desempregados entre 18 e 29 anos citaram a falta de qualificação ou experiência, como principal obstáculo na busca por vagas. A resposta “nunca tenho a qualificação e/ou experiência exigida nas seleções de emprego” foi a escolha de 28% do total de entrevistados. (IPEA. 2011)
“A melhor resposta à crise econômica e ao desemprego de jovens é assegurar a capacitação básica e relevante de que precisam para entrar no universo do trabalho com confiança”. (BOKOVA. Irina. Diretora-geral da Unesco).
Para Manoel Dias, (Ministro do Trabalho e Emprego entre 2013-2016), as escolas técnicas têm importância fundamental para o futuro da juventude. Já que por meio dos cursos oferecidos, os mesmos inicialmente podem “qualificar e preparar uma geração inteira”, de modo com que o jovem consiga o primeiro emprego e entre no mercado de trabalho. 
 “Investir no desenvolvimento das habilidades de jovens é uma estratégia inteligente para países que querem impulsionar seu desenvolvimento econômico”. UNESCO
BOKOVA, também destaca a geração de jovens frustrados, por não possuírem qualificação e habilidades para o emprego, para ela esses jovens precisam de incentivos e caminhos alternativos para a educação, pois somente assim conseguirão habilidades necessárias para contribuírem com as suas comunidades. 
5.2. A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
A Qualificação profissional é a preparação para o mercado de trabalho, ou seja, para as pessoas que almejam sucesso em sua carreira ou até mesmo manter a posição ocupada, alimentando chances de crescimento, a qualificação é uma ferramenta de suma importância, pois o mercado de trabalho está cada vez mais exigente no requisito de qualidade de mão de obra e em pessoas que sempre estão aprimorando suas habilidades buscando conhecimento na sua área especifica, já que mudanças acontecem quase que diariamente dentro do mercado e em seu entorno. ( Choice, academia de profissões)
A alguns anos a realidade era diferente, havia muitos profissionais para pouca vaga já que nesse tempo, para algumas áreas bastava apenas ter o ensino médio ou até mesmo o ensino fundamental. Hoje o mercado de trabalho possui vagas, no entanto estão procurando pessoas qualificadas e nessa busca acabam constatando que há poucos profissionais preparados para as exigências, o fato de um profissional não possuir qualificação, irá ocasionar uma demora/ou dificuldade maior para concluir as suas tarefas, e para as empresas tempo é dinheiro. (RIBEIRO. Flavio de Burgos. Rh.com, 2013).
“Eles são menos produtivos, por ter menor experiência, e custam menos para dispensar”. (BACCIOTI. Rafael; economista da Tendências Consultoria, 2016).
O profissional, segundo a diretora de desenvolvimento da ABRH-RS (Associação Brasileira de Recursos Hídricos) precisa estar aberto ao aprendizado, seja rápido e se adapte ao ambiente que vai trabalhar, ela ainda destaca. “É preciso também ter visão sistêmica, uma amplitude perceptiva. Saber enxergar os problemas do ambiente, mesmo estando dentro dele”. (COSTI, Maria da Graça. ABRH-RS, 2016).
As empresas buscam algumas características importantes em seus profissionais, características essas que podem ser adquiridas por alguns cursos de qualificação básica, como por exemplo trabalho em equipe, liderança, oratória, escrita e comportamento e essas características podem sim definir se o candidato será ou não classificado. Por outro lado falta inovação dentro das empresas para acompanhar os jovens e as tendências. Essa falta de incentivo faz com que percam seus funcionários qualificados, pois os mesmos não conseguem trabalhar com sua melhor produtividade e acabam largando seus empregos por desmotivação. (MATOS. Jorge. Presidente da Etalent, 2016). 
6. O MERCADO DIGITAL NO BRASIL
O mercado de trabalho a cada dia que se passa, torna-se mais moderno, se adaptando ao meio em que vivemos buscando tecnologia. E essa área está dentre as áreas que mais sofrem déficit de mão de obra qualificada, muitas pessoas pensam que por “saberem” utilizar redes sociais entendem de computação, pois por assistirem vídeo-aulas disponibilizadas na internet mostrando o passo a passo, acham que estão qualificados e acabam querendo trabalhar com opções simples, porém não estão qualificadas, como por exemplo, formatação de computadores/ e celulares. Essas mesmas pessoas acabam se candidatando para algumas vagas de emprego, que precisam de qualificação, fazendo com que empresas percam seu tempo com entrevistas desnecessárias. (RIBEIRO. Flavio de Burgos. Rh.com, 2013).
Segundo o IBGE em 2012 cerca de 94,2 milhões de pessoas com mais de 10 anos tinham acesso à internet. Em 2014 esse número chegou a 95,4 milhões de brasileiros, ou seja 54,4% da população. Isso porque o IBGE mudou sua metodologia de pesquisa, antes era registrado apenas o número de pessoas que acessavam a internet por computadores, foi quando eles começaram a registrar o acesso por smartphones, tablets e outros dispositivos. A PNAD (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílio), divulgada pelo IBGE ainda mostra que mais da metade dos domicílios, cerca de 36,8 milhões de casas passaram a ter acesso a internet em 2014, o que representa 54,9% do total, em 2013 era de apenas 48%. (GOMES. Helton Simões. G1, 2016).
O Bluetooth atualmente é um argumento na hora de venda de um carro por exemplo e quem imaginaria isso? Quase metade dos brasileiros que tem acesso a conteúdos digitais, consomem esse conteúdo através de mais de um dispositivo, e quase 9 milhões dos internautas acessam exclusivamente de seus tablets e celulares. Ou seja, a cada dia, pessoas estão tendo mais acesso a canais de informações que nunca utilizaram, sendo o resultado de pessoas formadoras de opiniões, influenciadoras e até mesmo geradoras de conteúdo. (ARAUJO. Renato. MMinformatica, 2012).
Apesar dos problemas causados pela crise econômica, o Brasil passa por um momento muito interessantenesta área com cada vez mais empresas buscando uma posição de destaque na internet e até mesmo formar suas próprias equipes para fugir dos altos custos das agencias digitais. (Academia do marketing, 2016).
Em 1982 existia no total 315 sites, atualmente existe em torno de 174 milhões. A cada minuto cerca de 48 horas são postadas no youtube, a cada segundo um novo blog surge. Cerca de 70% das pessoas acham que a internet é indispensável. (To be Guarany, agosto de 2015).
No ano de 2015, o investimento real somou R$ 9,3 bilhões, a estimativa em relação a 2014 era de um aumento de 14%, onde o valor foi de 8,3 bilhões. O segmento que lidera as verbas publicitarias é o de search e classificados sendo responsável no ano passado por (R$ 5,169 bilhões), seguida por Display e mídia social (R$ 3,148 bilhões) e vídeos (R$1,038 bilhões). Segundo dados do IAB Brasil, associação que reúne 230 empresas de diferentes setores do mercado (agências, produtoras, empresas de tecnologia, veículos e anunciantes), o investimento em publicidade online neste ano de 2016 deve-se chegar a 10,4 bilhões, estimaram um aumento de 12% em relação a ano passado. (IAB brasil, março 2016).
“Os investimentos [previstos para 2016] são em todos os tipos de plataformas e deverá haver crescimento nos três níveis. Mas, olhando pela experiência, esperamos um crescimento grande em mobile, em vídeos e mídia programática também. Mas isso sabemos pela experiência de conviver no dia a dia com anunciantes, agências e veículos, e temos essas pessoas como membros do IAB também” ( IZAY. André. Presidente do IAB Brasil, 2016)
A diretora executiva da associação Cris Camargo, destacou algumas novidades de 2016 como, por exemplo, a criação dos comitês de “Tendências e Inovação” e “Combate à Fraude”. (Digitalks, 2016).
Uma das tendências é o remarketing é uma ação que vem impressionando muito, o usuário acessa um determinado local, e os produtos ou serviços visitados começam a aparecer em tudo que é website, até mesmo no facebook, isso ocorre porque o cookies do navegador rastreia os sites que o usuário acessou. Com certeza isso é um investimento alto e que surti efeito, pois talvez o usuário não se interessou no valor, mas como reapareceu e talvez com valor de desconto ele acaba efetuando a compra, aumentando as vendas para a empresa. (Academia do marketing, 2016).
6.1. OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO DIGITAL
Dentre os vários desafios que surgem em resolver os problemas e a necessidade da comunicação digital Arthur Quezada e Fernanda Bottoni destacaram a carência de profissionais, falta de qualificação, necessidade de monetizar o meio e cobrar mais e melhor. (Proxxima, 2016).
Em relação a monetização real, Márcio Oliveira, presidente da Lew’Lara\TBWA afirma que "O digital vai ter que aprender a cobrar mais e melhor por tudo o que faz", pois a dificuldade está nas pessoas em querer pagar menos só porque é digital.
"Todo mundo está experimentando, mas ninguém decifrou o código para ganhar dinheiro com isso ainda." (LEMOS. Manoel. Diretor-superintendente de negócios digitais da Editora Abril, 2014).
Outro desafio é montar e manter a equipe de profissionais bem preparados segundo LEMOS. "O mercado está muito aquecido, especialmente nas áreas mais técnicas, e a disputa por profissionais gera muita mobilidade e inflaciona salários", ele cita também que os profissionais que trabalham com desenvolvimento em áreas técnicas gerais são uma mola para a evolução, pois são flexíveis e se adaptam ao meio que estão. Diante dessa situação, o desafio pela qualificação se tornou o maior problema de todos, tendo vista que muitos negócios foram construídos a partir de um único modelo como por exemplo fabricas de banner, postings e vídeos onde a escala não era problema até então.
"Com o aumento da expectativa e da exigência do mercado, teremos de passar por um processo de qualificação dos talentos." ( CAVALLETTI. Mauro. chief integration officer da JWT, 2014).
Segundo a diretora de mídias digitais do Estadão, Carolina Tuttoilmondo, a cada dia surgem novas alternativas de mídias e a falta de serenidade dos profissionais acaba sendo uma pedra no caminho. 
"Mais uma vez, caímos na importância de investir na formação dos profissionais. Saber o que comprar e o que vender garante ao anunciante a oportunidade de explorar melhor o potencial que cada alternativa de mídia pode oferecer." Como são muitas as possibilidades – não necessariamente excludentes – o desafio está em entender que cada uma atende a um objetivo específico. (TUTTOILMONDO. Carolina. 2014).
Qualquer programa ou sistema que pode ser executado em mais de uma plataforma é conhecido como multiplataforma, o desafio é fazer com que as empresas se adaptem a isso, invistam em plataformas de gerenciamento e produção de conteúdo. Entretanto precisam entender que tem custo, e que o retorno vira em médio e longo prazo. ( FELICI. Diego. gerente de novas mídias do SBT).
"O desafio é integrar os departamentos e incentivar essa cultura na emissora, para resultar cada vez mais em ‘projetos 360°’ com potencial comercial." ( FELICI).
A necessidade de adaptação das próprias empresas e a busca de conhecimento em novas disciplinas pode mudar a cultura de uma organização, ou seja, as empresas precisam encontrar maneiras de trazer conhecimento para perto, incorporando novos especialistas com domínios diferentes e até mesmo incomuns, que possam fornecer oportunidade para a mesma se encaixar em novos cenários da comunicação. (LOPES. Thiago. co-CEO da Cubocc).
 “É preciso delimitar a demanda, definir um escopo de trabalho e ampliar muito o horizonte de busca. Para isso, as equipes de comunicação podem contar com profissionais diferentes, como tecnólogos, economistas, estatísticos, dentre outros”. (LOPES).
Para os varejistas o E-commerce não é mais um desafio, e sim uma questão de sobrevivência. Ao longo dos últimos anos o mercado de trabalho vem a cada dia se impressionando mais com as mídias digitais, atualmente mais de 70% dos acessos no brasil são feitos através de smatphones ou tablets. (SCANDIUZZI. Fernando. Doutorado em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo)
“Muitas vezes se planeja e se compra mídia digital como se ela fosse uma versão atualizada da mídia off-line, sem que essa ação responda objetivamente ao problema descrito no briefing do cliente. Com esse viés, o projeto inteiro é planejado para dar audiência massiva para um vídeo ou capturar fãs em grande volume para uma página de marca, por exemplo. Essa postura é comum em clientes e agências, e atrasa a evolução da comunicação digital como business ao mesmo tempo em que detém várias plataformas e formatos de comunicação de massa”. (LOPES).
7. ENSINO MÉDIO INTEGRADO NO BRASIL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA
A formação de quadros médios técnicos assumiu historicamente a sua importância, a partir dos anos 30. A formação para trabalho assumiu carácter de controle das classes populares, inseriram escolas correcionais, para dar alguma formação aos jovens mais carentes. (WINCKLER. Carlos Roberto. Sociólogo da FEE e Professor da UCS, 2012).
Entre 1930 e 1945, a procura por operários qualificados cresceu após o capitalismo industrial nacional. A criação do Curso de Ferroviários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, surgido no ano de 1934. No curso, os alunos tinham aulas teóricas pela manhã e aulas práticas no período da tarde, ministradas por instrutores que atuavam nessa área, os estudantes realizavam estágio, conforme o curso escolhido, o curso oferecia qualificação no oficio de: ajustador mecânico, ferreiro, torneiro mecânico e, em 1949, ofertou a qualificação de eletricista. Para fazer o curso era necessário participar de uma seletiva, através de uma prova de conhecimentos em matemática e português e, em seguida, uma prova prática denominada teste de aptidão, tal processo denota que não havia vagas para todos os interessados, essas eram limitadas a um número específico de alunos. (UBIRATAN. Augusto Domingues Batista.Professor do curso de Pedagogia pela Universidade Paulista-UNIP, mestrado, 2012).
Em 1937, ficou estabelecido por meio a constituição de 1937, a obrigatoriedade da organização de escola profissionais pelas empresas e sindicatos. (PORTO. Walter Costa. Constituições Brasileiras, volume IV, 2012)
Em 1942 foi criado o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem), e a Lei orgânica do ensino industrial entrou em rigor, fazendo assim com que não fica-se mais exclusivo dos sindicatos e empresas, além de igualar o ensino profissionalizante ao ensino médio. (História do Senai – Senai SP)
A partir dos debates da constituição da primeira Lei de Diretrizes e Bases, na década de 60, o governo promulgou a LDB 4.024/61, com ela o ensino médio reestruturou-se para integrar o ensino regular ao técnico, fato inédito na história da educação brasileira. A partir daí, surgiu pela primeira vez a articulação completa entre os ramos secundário de 2° ciclo e profissional, para fins de acesso ao ensino superior; da mesma forma, os cursos realizados pelo SENAI e SENAC poderiam ser organizados de modo que equivalessem aos níveis fundamental (1° grau) e técnico (2° grau). (KUENZER . Acácia Zeneida. Professora Titular do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, pesquisadora da área de Educação e Trabalho. Doutora em Educação pela PUC/SP. 2004).
Durante o período chamado de “anos de chumbo”, ou milagre econômico, 1968 a 1974, conhecido assim por ter tido na época um crescimento econômico elevado durante o regime militar, aconteceu uma tentativa fracassada, de impor um modelo de ensino de segundo grau com formação obrigatória profissionalizante.
Em 1978, três escolas técnicas federais foram transformadas em centros federais de educação tecnológica (CEFETs), o mesmo se expandiu em outras unidades nos anos seguintes, procurando articular ensino de graduação, pós graduação e ensino médio vinculados ao mundo do trabalho, além de se promover cursos de atualização profissional na área industrial. Na década de 80, conhecida como a década perdida por causa da crise que durou mais de uma década, houve a formulação das políticas educacionais pois o mercado de trabalho exigia a incorporação de habilidades e competências para a formação partindo da ideia de que a revolução tecnológica, a reestruturação produtiva e as novas exigências colocadas pela flexibilização do mercado de trabalho. ( WINCKLER).
Ao término da década de 1980 e início da década de 1990, o cenário educacional brasileiro sofre novas mudanças, devido à reestruturação ocorrida no modelo de produção capitalista a nível mundial, bem como pela conjuntura brasileira, com o processo de democratização da sociedade. Em meio a uma intensa participação popular na definição de uma nova Lei de diretrizes e bases da educação, propostas mais progressistas de educação surgem como esperança de um modelo mais igualitário e democrático. ( UBIRATAN).
Após o fracasso do modelo estabelecido em 1971, com a lei nº 5692, e com a acomodação do “caos” pela lei 7044/82 através de uma saída conservadora e nociva à classe trabalhadora, a quem não interessa um “propedêutico” equivocadamente apresentado como “geral”, mas sem ser básico, voltado exclusivamente para a preparação do ingresso dos mais “competentes” na universidade, a discussão do Ensino Médio, que vinha sendo desenvolvida lenta, mas seriamente no período de discussão nacional da LDB, vai ser atropelada pela elaboração da proposta de substitutivo dirigida pelo senador Darcy Ribeiro e pela apresentação do PL 1603/96 pela Secretaria de Educação Média e Tecnológica do MEC/SEMTEC. (KUENZER).
Retomando a questão do ensino profissional, o Decreto 2.208/97 estruturou a formação profissional em três níveis de formação:
Art. 3º A educação profissional compreende os seguintes níveis: I – básico - destinado à qualificação e reprofissionalização de trabalhadores, independente de escolaridade prévia; II – técnico - destinado a proporcionar habilitação profissional a alunos matriculados e egressos do Ensino Médio, devendo ser ministrado na forma estabelecida por este decreto; III – tecnológico - correspondente a cursos de nível superior na área tecnológica, destinados a egressos do Ensino Médio e técnico. (BRASIL, 1998).
Em 2003, com a mudança do governo, tanto nacional quanto estadual, um novo modelo de educação profissional é implementado em escala nacional. O Decreto 5.154/04 defende a integração da formação geral/propedêutica à formação profissional/técnica, partindo dos eixos: Trabalho, Ciência, Cultura e Tecnologia. (Portal MEC. Boletim 07, maio/junho 2006).
Compreender a relação indissociável entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura significa compreender o trabalho como princípio educativo [...] equivale dizer que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isso, se apropria dela e pode transformá-la. (MOURA. Dante Henrique, Pesquisador na área de ensino técnico, possui doutorado em Educação pela Universidade Complutense de Madri. Integra o Comitê Científico da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPED).
Desde 2016, muito se houve a respeito da MP (Medida Provisória) do novo ensino médio, isso porque ela promete uma reforma nos últimos três anos do ensino médio, passando a oferecer o ensino técnico, feito assim a retirada de algumas matérias da grade curricular e aumentando a carga horária letiva, que de 800horas passara a ser de 1400 horas, tornando o ensino médio integral. A medida provisória foi aprovada no dia 08 de fevereiro de 2017 pelo senado, e sancionado pelo Presidente Michel Temer no dia 16, porém ainda aguarda a reformulação da grade que será feita pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
O principal objetivo da nova proposta para o ensino médio é atrair e manter os jovens na escola, pois atualmente mais de 1 milhão de jovens de 17 anos que deveriam estar no terceiro ano do ensino médio estão fora da escola e outros 1,7 milhões de jovens não estudam e nem trabalham.. ( Portal Brasil, Fevereiro, 2018)
A princípio era para ser implantado a partir de 2018, porém o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse em Fevereiro que o novo ensino médio estará implementado em todo o país a partir de 2019. “Há prazos para os estados se adequarem a essa realidade. A base [Base Nacional Comum Curricular] só estará concluída até o final de 2018. Não poderíamos exigir a implementação plena pelos estados em 2018. Então, isso será feito com mais profundidade só em 2019.” (EBC. Agência Brasil. Fevereiro,2018).
7.1. A ATUAL EDUCAÇÃO TÉCNICA
O Brasil fica muito abaixo da média registrada em outros países. Nas 34 nações mais desenvolvidas, a porcentagem de matrículas no ensino técnico entre jovens de 15 a 24 é de 35%, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (SMESP – Sindicato das mantedoras de ensino superior. 2014).
Apenas 6% dos jovens com idades entre 16 e 24 anos estão matriculados em cursos de educação profissional, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O dado divulgado, faz parte de pesquisa encomendada pelo grupo ao Ibope, que ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios. A pesquisa do Ibope considerou tanto os estudantes que cursam o ensino médio integrado ao técnico quanto aqueles que fazem apenas o ensino profissional. 
Segundo os dados, 44% da população entre 16 e 24 anos estuda, sendo a maioria no ensino superior (18%) e, em seguida, médio (15%). A pesquisa mostra ainda que um em cada quatro brasileiros de todas as idades já fez curso técnico/profissionalizante. As principais razões para que a maioria (75%) da população nunca tenha feito esse tipo de formação são falta de tempo para estudar (40%), falta de recursos para pagar (26%) e falta de interesse (22%). Apesar da baixa procura, os cursos técnicos são apontados pelos entrevistados como uma porta de entrada no mercado de trabalho. Entre os que optaram pela formação profissional, 61% já trabalharam na área do curso, o que indica que os conhecimentos adquiridos têm aplicabilidade no mercado de trabalho.(CNI - Confederação Nacional da Indústria. 2014).
 “Historicamente a educação profissional não foi prioridade na agenda política do país. Na nossa sociedade, o sistema educacional era todo voltado para uma lógica academicista, como se todos os jovens fossem para a universidade. Isso está mudando”, ( LUCCHESI. Rafael; diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai, 2014).
Entre os entrevistados, 90% acreditam que quem tem formação técnica tem mais chances de encontrar trabalho do que quem não possui tal graduação; 82% concordam que os profissionais com certificado de qualificação profissional têm salários maiores. Segundo a CNI, os resultados do estudo servirão de base para definir a oferta de vagas do Senai, que responde por 43% da oferta de cursos técnicos no país, seguido da rede privada (37%) e da rede pública (20%).
Apesar do crescimento do número de estudantes do ensino superior no Brasil, 80% dos jovens ainda terminam o ensino básico sem condições ou interesse em seguir para a universidade. (EBC Agência Brasil. Julho 2015).
“Eles precisam ter um caminho para ingressar no mercado de trabalho com uma profissão. A educação profissional vai ao encontro desse anseio, como, aliás, é feito nos países desenvolvidos.” (LUCCHESI. 2014).
Cortella (2014, p. 11) chama atenção para os tempos atuais:
A cada dia, temos mais velocidade de comunicação, das relações, de mudanças de cenário, de conhecimento, de aprendizado. Esta alteração nos obriga a perceber as mudanças que estão ocorrendo, de maneira a reorientar o nosso processo de trabalho. Aliás, também na forma como os alunos chegam até nós.
Pois deve-se pensar em um Ensino Médio integrado que proporcione ao jovem uma formação em nível médio, humano e profissional, o mesmo ensino deve promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho, qualificando jovens e adultos com conhecimento e habilidades gerais e especificas para exercerem atividades produtivas, com o aprendizado baseado no aprender a aprender e no aprender fazendo. (Portal da Educação, 2013)
8. CORRELATOS
As referências de projetos para o desenvolvimento deste trabalho são, portanto retiradas de projetos realizados para organizações de ensino técnico. Foram escolhidos três diferentes projetos.
8.1. NAVE – (NÚCLEO AVANÇADO EM ESTUDOS) - BRASIL
Arquitetura – Oficina de Arquitetos
O NAVE – Colégio Estadual José Lopes está localizado no Rio de Janeiro – RJ. O projeto é um resultado da parceria do Oi Futuro com o Governo do estado. O local disponibilizado para o projeto/reforma consiste em num bloco de dois edifícios, onde, funcionava e ainda funciona o Centro de Distribuição de Linhas Telefônicas da OI. A equipe responsável pelo projeto foi formado por Ana Paula Polizzo, André Thurler, Beatrice Reglieri, Gustavo Martins, Gustavo Rosadas, Marco Milazzo, Sara Jorge, Tom Caminha e Yasmim Pinheiro Assade.
Inaugurado em maio de 2008, conta com 8.600 m² de área construída. Além dos cursos técnicos integrados ao ensino médio o local também funciona como um centro de pesquisas e inovações, que procura solucionar problemas e proporcionar melhoria ao ensino. Os matérias predominantes nesse projeto são: aço, alumínio, plástico e vidro. ( MILLAZZO. Marco. Arquiteto)
FIGURA 01 – Fachada lateral e frontal do prédio - NAVE
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible. 
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-37561/escola-nave-oficina-de-arquitetos/ Acesso out/2018
Um painel de 18m x 18m criado pelo designer carioca Jair de Souza, faz o papel de intervenção de arte urbana na fachada do edifício, e é substituído periodicamente. As imagens/desenhos são escolhidos em um concurso, pelos alunos da escola. 
FIGURA 02 – Exemplo de Painel modificado - NAVE
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible. 
Disponível em: http://www.milazzo.com.br/projetos.php?projeto=NAVE/ Acesso out/2018
A primeira parte desse projeto foi identificar as áreas que permaneceriam ocupadas tecnicamente pela central telefônica e nos espaços que seriam ocupados para o novo programa escolar. Os espaços vazios ficaram responsáveis pelos acessos ao edifício, o design visual Jair de Souza, trouxe a “linguagem digital”, para as paredes, teto e piso através de cores e formas, marco referencial da NAVE e da Escola Estadual José Leite Lopes. (ARCHDAILY, 2014).
FIGURA 03 – Amostra da linguagem digital utilizada na escola NAVE
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible. 
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-37561/escola-nave-oficina-de-arquitetos/ Acesso out/2018
O programa foi organizado em seis pavimentos e três mezaninos. A escada de estrutura metálica, foi locada dando acesso aos dois blocos existentes, sendo assim o principal acesso dos alunos professores e funcionários, organizando de forma bem objetiva o fluxo de pessoas nos andares, além de criar espaços de encontros e estar. (ARCHDAILY, 2014)
 
FIGURA 04 – Imagens da escada de estrutura metálica - NAVE
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-37561/escola-nave-oficina-de-arquitetos/ Acesso out/2018
As entradas principais ao Nave e a Central de Telefonia são realizadas por entradas independentes para as duas funções, isso possibilitou a restrição de acesso de pessoas não autorizadas nas áreas técnicas. No primeiro pavimento, ficou locado a área administrativa da escola, ambientes de estudos, sala de TV digital e algumas salas de aulas. 
FIGURA 05 – Conjunto de imagens com vista das áreas administrativas e de 1 dos corredores que dão acesso as salas de aula/NAVE
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-37561/escola-nave-oficina-de-arquitetos/ Acesso out/2018
A partir do primeiro andar até o oitavo andar, ficaram locadas as salas de aula, laboratórios e as demais áreas necessárias para as atividades educacionais. (POLIZZO. Ana Paula. Arquiteta).
FIGURA 06 – Imagem de uma sala de aula e de um dos laboratórios de informática/NAVE
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-37561/escola-nave-oficina-de-arquitetos/ Acesso out/2018
A cobertura ficou responsável pela área de lazer, contendo uma quadra poliesportiva, um jardim e uma sala para atividades extraclasse.
 
FIGURA 07 – Sala para atividade extraclasse
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible. 
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-37561/escola-nave-oficina-de-arquitetos/ Acesso out/2018
8.2. FUNDAÇÃO MATIAS MACHLINE – BRASIL 
Arquiteto: Marcelo Correia.
A fundação está localizada em Manaus – AM e surgiu em 1986, por meio de um convênio firmado entre o governo do estado do Amazonas, a superintendência da zona franca e o centro de indústrias do estado. O curso se instalou na fundação Centro de Analise, pesquisa e inovação tecnológica (FUCAPI). O diretor da FUCAPI, Sr. Manoel Rodrigues ciente da qualidade do capital em formação, levou ao conhecimento de empresários, o projeto. Entre os empresários estava o Sr. Matias Machline, presidente da Sharp do Brasil S/A, abraçou a causa e transformou sua empresa como a mantedora oficial do projeto. Com a sua morte a instituição passou por diversos mantedores e em 2011 quando a fundação 25 anos, a nokia anunciou um investimento de R$ 40 milhões para a construção do novo campus da instituição. 
Em 2013 prestes a inauguração, a Nokia é vendida para Microsoft Corporation, que em 2014 assumiu como mantedora.Em 2015, a Microsolft anuncia a venda da fábrica em Manaus e consequentemente encerrou suas atividades da fundação. Com isso a instituição nem chegou a ser inaugurada.
FIGURA 08 – Projeto da Fundação Nokia de Ensino para 2013
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible. 
Disponível em: http://faixamobi.com/2012/03/30/no-brasil-nokia-investe-40-milhoes-de-reais-em-escolatecnica/ Acesso out/2018
O projeto foi inteiramente pensado na tecnologia verde. Segundo o arquiteto, corredores foram implantados para o lado de fora, tendo desempenho energético eficiente, pois evitaria que o sol aquece-se as paredes da sala de aula, e equilibraria a intensidade da luz solar. A cobertura do prédio era pra ser totalmente revestida por painéis solares e a água poderia ser reaproveitada por meio de uma moderna estação de tratamento de esgoto, porém com a troca 
dos mantedores o projeto não seguiu fiel.
FIGURA 09 – Fachada frontal do prédio/ Fundação Matias Machline
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible. 
Disponível em: http://www.emtempo.com.br/fundacao-matias-machline/ Acesso out/2018
Dois blocos paralelos ficaram responsáveis pela organização do ensino do ensino médio e técnico, unindo-se a um bloco mais baixo onde ficou a área administrativa. Passarelas vão conectar os blocos e uma delas.
FIGURA 10 – Conjunto de imagens das passarelas/ Fundação Matias Machline
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.emtempo.com.br/fundacao-matias-machline/ Acesso out/2018
 
Além das 27 salas de aula, o projeto ainda inclui refeitório, piscina semiolímpica coberta, quadras poliesportivas, 31 laboratórios, sendo 24 da área técnica e 7 da área básica, 
ambulatório médico, auditório para 336 pessoas com vista para a floresta preservada. 
FIGURA 11 – Quadras Poliesportiva/ Fundação Matias Machline
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.emtempo.com.br/fundacao-matias-machline/ Acesso out/2018
A escola irá oferecer, ensino Médio Técnico, Pós-Médio Técnico e Cursos de Formação Continuada ao Trabalhador, a Fundação terá 1.660 novas vagas a oferecer para a sociedade amazonense. É uma grande oportunidade de transformação por meio do conhecimento”, afirma Fabíola Bazi, diretora executiva da Fundação Nokia. ( Fundação Matias Machline).
8.3. COLUMBIA COLLEGE CHICAGO - EUA
Arquitetos: Studio Gang Arquitetos Chicago
O Columbia College Chicago está localizado em Chicago nos Estados Unidos, é uma faculdade de artes liberais, sem fins lucrativos, especializada em artes e disciplinas de mídia, com aproximadamente 9.500 estudantes. Fundada em 1890, a escola está localizada no distrito South Loop de Chicago, Illinois. (Nushu Studio. 2008)
FIGURA 12 – Fachada do Columbia College Chicago
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.dbhms.com/work/all-work/project/m/columbia-college-media-production-center/ Acesso out/2018
A equipe do projeto foi liderada por Kara Boyd e o projeto é da arquiteta Margaret Cavenagh. Na volumetria podemos ver o uso de vidros coloridos que deram um charme e elegancia ao lugar.
FIGURA 13 – Volumetria do Columbia College Chicago
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.archdaily.com/67247/columbia-college-chicago-media-production-center-studio-gang-architects#_=_/ Acesso out/2018
Inaugurado em 2010, com área construída de aproximadamente 36.000 m². O Centro de Produção de Mídia da Columbia College Chicago abriga três grandes estúdios de som de qualidade profissional para instrução em cinema, vídeo e captura de movimento, além de ensinar espaço para aulas de iluminação, criação de setores, direção e animação. Podemos entender melhor através da figura 14. (California Architects. 2010)
FIGURA 14 – Planta baixa setorizada do Columbia College Chicago 
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: http://www.architecturalrecord.com/articles/7561-media-production-center-columbia-college-chicago?v=preview/ Acesso out/2018
Como podemos observar o Colégio Chicago possui uma ampla estrutura, a seguir fiz a tradução para melhor entendimento da planta baixa (figura14), pois a mesma se encontra em inglês.
SETORIZAÇÃO
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1 – Entrada				
2 -Lobby (Saguão de entrada)
3 - Salão
4 - Escada de visualização
5 - Laboratório de animação
6 - Estúdio de captura de movimento
7 - Estúdio Principal
8 - Estúdio de Iluminação
9 - Estúdio de preparação
10 - Maquiagem
11 - Provador
12 - Lote dos fundos
13 - Loja
14 - Sala de aula
15 - Escritório de produção
16 - Estúdio de direção
17 -Check-out do equipamento 18
19 - Armazenamento de equipamento
20 - Armazenamento de roupas
21 - Quarto verde
FIGURA 15 – Croqui do Projeto 
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/569494315352475928/ Acesso out/2018
O design oferece uma adição animada ao seu ambiente urbano, criando espaços interiores interativos e visualmente conectados para o ensino da produção de mídia. ( California Architects. 2009)
FIGURA 16 – Interior da recepção. 
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/22447698112957258/ Acesso out/2018
Como podemos observar a fachada colorida proporciona um jogo de luz dentro dos ambientes, o que acaba gerando diversão aos alunos.
9. ESTUDO DE CASO
9.1. PRIMAVERA DO LESTE E SUAS INSTITUIÇÕES
O local destinado para a proposta se localiza na cidade de Primavera do Leste situada no interior do estado de Mato Grosso, a 244 km da capital Cuiabá, com a econômica voltada para o agronegócio, um município que possui um pouco mais de 10.267 km2, fazendo divisa com Paranatinga, Santo Antônio do Leste, Poxoréo, Dom Aquino, Campo Verde, Planalto da Serra e Nova Brasilândia. Fundada em 1960, porém emancipada apenas em 13 de maio de 1986, é uma cidade jovem com apenas 35 anos. 
Segundo dados do último censo do IBGE/2010 apresentava uma população de 52.066 habitantes, em 2021 esse número está estimado em 63.876. Atualmente não existe um número exato em que se podem basear os habitantes da cidade de Primavera, mas as expectativas apontam em torno de 63.000 a 75.000 habitantes.
Gráfico 02: População de Primavera do Leste (1991-2021)
Fonte: IBGE/2021
Através do gráfico acima, percebe-se nitidamente o crescimento da cidade de Primavera do Leste, que vem crescendo progressivamente, e de forma muito rápida. Conhecida por ser uma cidade de temperatura agradável por causa do seu clima tropical, e também como uma cidade de muitas possibilidades, sendo assim considerada uma das melhoras cidades do Mato Grosso para morar. Primavera é uma cidade que se desenvolve em pleno vapor, e encontram muitas dificuldades em encontrar pessoas capacidades e qualificadas para o mercado de trabalho. 
Com dados retirados do ano de 2018/02, primavera contava com 04 instituições particulares que atendiam o ensino médio, porém com dados fornecidos de somente duas somou-se um total de 623 alunos. O município também conta com 06 instituições estaduais que na época atendia 3162 alunos.
Das 10 instituições somente uma fornecia ensino médio integrado ao técnico que é a Escola Estadual Alda Gawlinski Scopel, eles tinham 49 alunos matriculados e cursando entre os cursos de (Vendas e logística), além da escola estadual,outra instituição que fornece o técnico integrado é o IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso) que possuía 349 alunos no ensino médio integrado ao técnico, cursando (Eletromecânica, Eletrotécnica, Informática e logística).
Segundo a pesquisa nota-se que de 3.162 alunos, somente 398, ou seja, 12,58% tiveram a chance de sair do ensino médio qualificados para o mercado de trabalho. Através de dados coletados na primeira pesquisa em 2018/02, nas escolas e através de pesquisas com alunos do Ensino Fundamental e Médio, foi questionado o interesse desses alunos nos cursos ofertados no município e até mesmo outros três tipos de cursos que ainda não possui em nenhuma das duas instituições: Agronegócio, Mecânica Industrial e Edificações.
A pesquisa foi respondida por 151 alunos do Ensino Fundamental 9º ano e 117 alunos do Ensino Médio. Totalizando 268 entrevistados, isso no segundo semestre de 2018.
Gráfico 03: Apresentando o interesse dos entrevistados em cursar um curso técnico.
Fonte: (Pesquisa feita em 3 escolas do município).
Em relação à pesquisa os dois cursos que levaram vantagem foi o de Agronegócio e de Eletromecânica. A partir dessas informações podemos ver a falta de opções para esses jovens, se fossem implantados novos cursos, o município teria maiores números de alunos qualificados ao sair do ensino médio e aptos a entrar para o mercado de trabalho. A pouca quantidade de vagas foi a maior queixa entre eles, dos alunos do Ensino médio 13 haviam se inscrito em algum curso e não conseguiram vagas. Já entre os 9º anos, 78 dos entrevistados disseram que pretendiam cursar o curso técnico ao concluírem o ensino fundamental, mas que não há opções de cursos para o mercado de trabalho e poucas vagas entre os cursos ofertados.
Outro questionamento foi a respeito da qualificação, se eles acreditam que o curso técnico possa ajudaria a se inserir no mercado de trabalho, e 87,31% dos 268 entrevistados disseram que sim e alguns acrescentaram que “Com o crescimento de informações no mercado de trabalho, com a tecnologia a qualificação, é o principais requisito e qualidade que a empresa procura nos seus futuros profissionais”.
Porém somente 5,97%, ou seja, de 268 alunos, apenas 16 possuem algum curso de qualificação, dentre eles o de secretariado, oratória, informática básica e avançada.
Já entre moradores e algumas empresas de Primavera do Leste que foram abordados durante a pesquisa, somando 187 entrevistados, 90,37% deles acham que a falta de qualificação é uma dificuldade para jovens/adultos conseguirem um emprego, 73,79% acham que o Curso técnico poderia influenciar os jovens a estudar e se interessar com seu futuro profissional e 66,31% acham que o governo está em falta com a qualificação de jovens.
9.2. IFMT (Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia De Mato Grosso)
O projeto do IFMT, é um exemplo que foi implantado em Sorriso e doado por um grupo de arquitetos e com a ajuda do Diretor de Desenvolvimento Institucional, o arquiteto Henrique do Carmo Barros e o engenheiro José Luis Malheiros, será implantado cinco novos institutos no Estado, um em Várzea Grande, Alta Floresta, Tangará da Serra, Diamantino e Lucas do Rio Verde e em Primavera do Leste já está em funcionamento desde 2013. 
FIGURA 17 – Volumetria do Projeto exemplo de Sorriso IFMT
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em http://www.copopular.com.br/educacao_e_cultura/ Acesso out/2021
O Campus do IFMT Primavera do Leste, está localizado na Av. Dom Aquino, nº 1500 no Bairro: Parque Eldorado. Foi inaugurado no dia 12 de maio de 2016. O prédio tem uma estrutura de 4.347,57 m² de área construída, composto por saguão principal, auditório, área de convivência, biblioteca, pavilhão administrativo e pavilhão de salas de aula. 
FIGURA 18 – Fachada Frontal do Prédio do IFMT. Campus Primavera do Leste
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível no google feedback do Instituto - Acesso out/2021
FIGURA 19 – Vista Frontal. Campus Primavera do Leste
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Disponível no google feedback do Instituto - Acesso out/2021
O Reitor do IFMT, professor José Bispo Barbosa ressalta que a inauguração do prédio do Campus Primavera do Leste consolida a presença do Instituto no município e região, tendo em vista que a cidade necessita de formação de mão de obra qualificada para atender os arranjos produtivos locais. O Diretor do Campus Primavera do Leste, Dimorvan Brescancim, conta que a missão do IFMT é “Educar para a Vida e para o Trabalho” e o campus tem como meta formar profissionais de excelência para trabalhar no setor de tecnologia para o agronegócio e a agroindústria. 
O campus atualmente atende 501 alunos e oferta ao todo 8 cursos, sendo dois de nível superior (Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação, e Tecnologia de Análise e Desenvolvimento de Sistemas), e seis de nível médio, sendo quatro na modalidade técnico integrado ao ensino médio (Eletromecânica, Eletrotécnica, Informática e Logística) e dois na modalidade técnico subsequente (Eletromecânica e Eletrotécnica). O campus tem capacidade de atender 1.200 alunos.
A modalidade de técnico integrado ao ensino médio em 2018 contava com 349 alunos, divididos em quatro cursos, somando 12 turmas. 
Gráfico 04: Quantidade de alunos por curso do IFMT – Total 349 alunos
Fonte: (Dados oferecidos pela Instituição 2018).
Através de um questionário feito com 113 desses alunos onde foi abordado perguntas a respeito da qualidade do curso e o que está faltando para a melhoria. 
Gráfico 05: Qualidade do curso / IFMT – 113 respostas
Fonte: (Respostas dos alunos no IFMT).
Nota-se que a grande maioria está satisfeita com o curso, porém entre os que classificaram o curso como ruim e regular, 21 deles achavam que o curso precisava de mais prática, e não tanta teoria. Uma observação feita pela maioria dos alunos foi em relação ao estágio, a dificuldade em encontrar algum lugar para estagiar, já que a instituição não tinha e não tem até hoje empresas parceiras para estágio dos alunos.
A o único curso que possui estágio é o Técnico e logística, os outros cursos segundo o Diretor só é feito caso o aluno queira fazer estágio, mas mesmo assim a essa dificuldade.
9.3. ESCOLA ESTADUAL ALDA GAWLISNKI SCOPEL
Fundada em 28 de novembro de 1983, está localizada na Av. São João, nº 212, Bairro Centro.
FIGURA 20 – Vista Frontal da Escola Alda Gawlinski Scopel
The outer facade is of untreated Austrian larch, while much of the wooden paneling used for the interior is also left visible.
Disponível em: Acesso out/2021
Em questão de infraestrutura a Escola peca em muitos quesitos: Não há laboratórios de ciências, para o desenvolvimento das aulas práticas, as salas não são climatizadas, a rede de elétrica tem capacidade insuficiente para atender as demandas da escola, falta espaço adequado para apresentações culturais e a quadra não é coberta o que acaba prejudicando aulas e até mesmo dinâmicas com os alunos.
A escola adotou os cursos técnicos em 2009 e até hoje oferece cursos Técnico em Logística e Vendas. Em 2018 atendia 893 alunos no Ensino médio, a escola ofertava dois cursos Técnicos integrados ao ensino médio (Vendas e Logística).
A modalidade de técnico integrado ao ensino médio em 2018 contava com 49 alunos, divididos em dois cursos, somando 3 turmas.
Gráfico 06: Quantidade de alunos por curso da Escola Alda Gawlinski Scopel – Total de 49 alunos
Fonte: (Dados oferecidos pela Instituição 2018).
Através de um questionário feito com 32 desses alunos, foi abordado perguntas a respeito da qualidade do curso e o que está faltando para a melhoria. 
Os alunos demostraram de forma clara que estavam insatisfeitos com o curso, pois a escola contava somente com um laboratório de informática para atender

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