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metabolismo dos lipídeos

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profa_ana_paula_boleti
Metabolismo dos Lipídeos
 
Bioquímica facilitada
Introdução
As células podem obter ácidos graxos de 3 fontes: gorduras ingeridas na alimentação; gorduras
armazenadas nas células na forma de gotículas gordurosas; gorduras sintetizadas em um órgão para
serem exportadas para outros tecidos/órgãos. Alguns organismos usam todas as 3 fontes em várias
circunstancias, enquanto outro obtêm ácidos graxos de apenas uma ou duas dessas fontes. 
Profa Dra. Ana Paula Boleti
Quando ocorre síntese e degradação? 
profa_ana_paula_boleti
As gorduras da dieta são absorvidas no intestino delgado. Nos vertebrados, antes que possam ser
absorvidos através da parede intestinal, os triacilgliceróis ingeridos precisam ser convertidos em micelas
microscópicas. Essa solubilização é realizada por sais biliares, como o taurocolato, sintetizados no fígado a
partir do colesterol, estocados na vesícula biliar e liberados no intestino delgado depois da ingestão de
uma refeição gordurosa. 
Lipases intestinais degradam os triacilgliceróis (TG) em monoacilgliceróis, diacilgliceróis, ácidos graxos
livres e glicerol. Em seguida os produtos da ação das lipases difundem-se para o interior das células
epiteliais que recobrem a superfície intestinal interna (mucosa intestinal), onde são convertidos
novamente em triacilgliceróis. Os triacilgliceróis são então incorporados com o colesterol da dieta e
apoliproteinas (ApoC-II), formando agregados lipoproteicos chamados quilomícrons.
Os triacilgliceróis da dieta então são transportados pelos quilomícrons pelo sistema linfático e pela
corrente sanguínea para os tecidos. Nos Capilares a lipase lipoproteica, ativada pela ApoC II, converte os
triacilgliceróis em glicerol e ácidos graxos, que se tornam, assim, disponíveis para as células. 
O fígado é outra fonte de triacilgliceróis no estado alimentado. Ácidos graxos são sintetizados nesse tecido
a partir do excesso de carboidratos e aminoácidos. Esses ácidos graxos estão ligados em triacilgliceróis e
acondicionados em lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), uma segunda lipoproteína rica em
triacilgliceróis, que é secretada na corrente sanguínea.
A lipoproteína lipase está presente no tecido adiposo, no musculo cardíaco e musculo esquelético. No
tecido adiposo, os produtos da lipoproteína lipase são captados e ligados a triacilgliceróis, permitindo
deposição de combustível. No musculo, os ácidos graxos produzidos pela ação da lipase são captados e
usados para gerar energia, embora alguma síntese de triacilglicerol ocorra nesse tecido.
Digestão e absorção dos lipídeos
Digestão e a absorção dos lipídeos da dieta ocorrem
no intestino delgado
 
profa_ana_paula_boleti
Os ácidos graxos são sintetizados por um sistema extramitocondrial, que é responsável pela síntese
completa do palmitato a partir de acetil-CoA no citosol. Na maioria dos mamíferos, a glicose constitui o
principal substrato para a lipogênese, ao passo que, nos ruminantes, é o acetato que desempenha esse
papel e representa o principal combustível produzido pela dieta.
Esse sistema é encontrado em muitos tecidos, incluindo o fígado, os rins, o cérebro, os pulmões, as
glândulas mamárias e o tecido adiposo. Os cofatores necessários incluem NADPH, ATP, Mn2+, biotina e
HCO3- (como fonte de CO2). A acetil-CoA é o substrato imediato, e o palmitato livre é o produto final.
LIPOGÊNESE - SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS
Fonte: Lehninger et al./ Princípios de Bioquímicai. -6ed.-São Paulo: Sarvier, 2014.
A produção de malonil-CoA constitui a etapa inicial e de controle na
síntese de ácidos graxos
A síntese de ácidos graxos consiste na união sequencial de unidades de dois carbonos: a primeira unidade
é proveniente de acetil-CoA, e todas as subsequentes, de malonil-CoA. A malonil-CoA é formada por
carboxilação de acetil-CoA, em uma reação irreversível catalisada pela acetil-CoA carboxilase, biotina-
dependentes. 
A síntese de ácidos graxos é catalisada por um sistema enzimático denominado sintase de ácidos graxos.
Faz parte da sintase uma pequena proteína não-enzimática, designada proteína carregadora de acila ou
ACP (Mr 8,860), a qual está sempre ligada a cadeia do ácido graxo em crescimento. O ACP tem como
grupo prostético um derivado do ácido pantotênico, a 4’-fosfopanteteína, também componente da
coenzima A. 
a) A síntese inicia-se com a transferência do grupo acetila da acetil-CoA para o ACP, catalisada pela
acetil-CoA-ACP transacilase (enzima 1); 
b) Em seguida, a acetila é transferida para o grupo SH de um resíduo de cisteína de outra enzima da
sintase, a β-cetoacil-ACP sintase (enzima 3);
c) O ACP, agora livre, pode receber o grupo malonila da malonil-CoA, formando malonil-ACP, por ação da
malonil-CoA-ACP transacilase (enzima 2). 
d) Segue-se uma condensação dos grupos acetila e malonila, catalisada pela β-cetoacil-ACP sintase ou
enzima de condensação (enzima 3), originando um β-cetoacil-ACP de 4 carbonos, com liberação de CO2.
Este CO2 é exatamente aquele utilizado na carboxilação de acetil-CoA a malonil-CoA;
e) O β-cetoacil-ACP de 4 carbonos formado sofre redução, desidratação e nova redução, catalisadas,
respectivamente, por β-cetoacil-ACP redutase (enzima 4), β-hidroxiacil-ACP desidratase (enzima 5) e
enoil-ACP redutase (enzima 6). As duas redutase usam NADPH como doador de elétrons. Neste ponto,
termina o primeiro ciclo de síntese, com a formação de butiril-ACP.
Para prosseguir o alongamento da cadeia – por adição de unidades de dois carbonos fornecidos por
malonil-CoA - o grupo butirila é transferido para o grupo-SH da fosfopanteteína da ACP para o resíduo
Cys-SH da β-cetoacil-ACP sintase, a qual, inicialmente, carregava o grupo acetil; semelhante do que
ocorreu com o grupo acetila, liberando o ACP, que pode, então, receber outro grupo malonila. A repetição
do ciclo por mais 6 voltas, perfazendo um total de 7 voltas (7 ciclos de condensação e redução), leva a
formação de palmitoil-ACP saturado com 16 carbonos, que ainda ligado a ACP é reconhecido pela
tioesterase (enzima 7): a ligação tio éster do substrato é hidrolisada, liberando o ácido palmítico, o produto
mais usual da síntese de ácidos graxos.
Fonte: Marzzoto e Torres/ Bioquímica básica. -2ed.-Rio de Janeiro: Editora guanabara, 1999.
 Passos da síntese ácidos graxos:
profa_ana_paula_boleti
A síntese de ácido palmítico (16C), no total, requer: 1 acetil-CoA, 7 malonil-CoA, 7 ATP consumidos na
formação de 7 malonil-CoA a partir de 7 acetil-CoA e 14 NADPH utilizados nas 7 voltas da síntese.
 
A acetil-CoA é formada a partir da glicose pela oxidação do piruvato no interior das mitocôndrias.
Entretanto, ele não se difunde prontamente no citosol extramitocondrial, o principal local de síntese dos
ácidos graxos. O citrato, formado no interior das mitocôndrias após a condensação de acetil-CoA com
oxalacetato no ciclo do ácido cítrico, é translocado para o compartimento extramitocondrial pelo
transportador de tricarboxilato, onde, na presença de CoA e ATP, sofre clivagem em acetil-CoA e
oxalacetato, em reação catalisada pela ATP-citrato-liase, cuja atividade aumenta no estado alimentado. 
A acetil-CoA torna-se então disponível para a formação de malonil-CoA e para síntese até palmitato. O
oxalacetato resultante pode formar malato por meio da malato-desidrogenase ligada ao NADH, seguido de
geração de NADPH pela enzima málica. O NADPH torna-se disponível para a lipogênese, e o piruvato pode
ser usado para regenerar a acetil-CoA após transporte para a mitocôndria. Essa via representa um meio de
transferir equivalentes redutores do NADH extramitocondrial para o NADP. De modo alternativo, o próprio
malato pode ser transportado para a mitocôndria, onde tem a capacidade de formar novamente
oxalacetato.
A acetil-CoA constitui o principal bloco de construção dos ácidos
graxos
Acetil-CoA-carboxilase é a enzima mais importante na regulação
da lipogênese
A acetil-CoA-carboxilase é uma enzima alostérica ativada pelo citrato, cuja concentração aumenta no
estado de saciedade e constitui um indicadorde suprimento abundante de acetil-CoA. O citrato promove a
conversão da enzima de um dímero inativo em uma forma polimérica ativa, com massa molecular de
vários milhões. 
A inativação é promovida pela fosforilação da enzima e por moléculas de acil-CoA de cadeia longa,
fornecendo um exemplo de inibição por retroalimentação negativa por um produto da reação.
Consequentemente, se houver acúmulo de acil-CoA por não ser esterificado rapidamente o suficiente, em
consequência de um aumento da lipólise, ou ainda devido a um influxo de ácidos graxos livres no tecido,
ela automaticamente irá reduzir a síntese de novos ácidos graxos. A acil-CoA também inibe o transportador
de tricarboxilato mitocondrial, impedindo, assim, a ativação da enzima pelo efluxo de citrato das
mitocôndrias para o citosol. A acetil-CoA-carboxilase também é regulada por hormônios, como o glucacon,
a epinefrina e a insulina, por meio de alterações em seu estado de fosforilação.
Fonte: Murray, Robert K. Bioquímica ilustrada de Harper , 29. ed., Porto Alegre :
AMGH, 2014.
profa_ana_paula_boleti
Os triacilglicerois armazenados no tecido adiposo são mobilizados para uso como combustível no estado
de jejum. Esse processo é iniciado pela lipase hormônio-sensível, que está localizada nos adipócitos. Os
hormônios epinefrina e glucagon, secretados em resposta a níveis baixos de glicose no sangue, ativam a
adenilato ciclase na membrana plasmática do adipócito, aumentando a concentração intracelular de um
segundo mensageiro, o AMP cíclico. Por sua vez, uma proteína quinase dependente de cAMP fosforila a
perilipina A (proteína que recobre a superfície das gotículas de gordura), e esta proteína fosforilada faz com
que a lipase hormônio-sensível no citosol se mova até a superfície da gotícula onde ela começa a hidrolisar 
os triacilgliceróis para liberar ácidos graxos e glicerol.
O glicerol não pode ser reaproveitado pelos adipócitos, que não tem glicerol quinase, sendo então liberados
na circulação. No fígado e outros tecidos, por ação desta quinase, é convertido a glicerol 3-fosfato, que
pode ser transformado em diidroxiacetona fosfato, um intermediário da glicólise ou da gliconeogênese.
Os ácidos graxos liberados dos adipócitos são transportados pelo sangue ligados a proteína sanguínea
albumina ou soroalbumina e utilizados pelos tecidos, incluindo fígado e músculos, como fonte de energia; o
tecido nervoso e as hemácias são exceções, porque obtêm energia exclusivamente a partir da degradação
de glicose.
A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa em acetil-CoA é uma via central que libera energia em
muitos organismos e tecidos. Os elétrons removidos, durante a oxidação dos ácidos graxos, passam
através da cadeia respiratória e a energia assim liberada é empregada na síntese de ATP; o acetil-CoA
produzido na oxidação dos ácidos graxos pode ser completamente oxidado até CO2 pelo ciclo do ácido
cítrico, resultando na conservação de mais energia. 
Em alguns organismos e em alguns tecidos, o acetil-CoA pode ter destinos alternativos. No fígado, o
acetil-CoA pode ser convertido em corpos cetônicos-combustível hidrossolúvel exportados para o cérebro
e outros tecidos quando a glicose não está disponível. Nos vegetais superiores, o acetil-CoA serve
principalmente como precursor biossintético e apenas de forma secundária como combustível. 
LIPÓLISE – OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS
Transporte de Lipídeos no Estado de Jejum
Fonte: Lehninger et al./ Princípios de Bioquímicai. -6ed.-São Paulo: Sarvier, 2014.
profa_ana_paula_boleti
 Na face externa da mitocôndria, a carnitina-acil transferase I transfere o grupo acila da coenzima A
para a carnitina, por um processo transesterificação;
 A acil-carnitina resultante é transportada através da membrana interna por uma translocase
específica, por difusão facilitada através do transportador acil-carnitina/carnitina na membrana
mitocondrial interna;
 Na face interna, a carnitina-acil transferase II (localizada na face interna da membrana mitocondrial
interna) doa a grupo acila da acil-carnitina para uma coenzima da matriz mitocondrial, liberando
carnitina;
 A carnitina retorna ao citossol pela mesma translocase (o transportador acil-carnitina/carnitina).
Deste modo, o grupo acila dos ácidos graxos atinge o interior da mitocôndria, onde ocorre a sua
oxidação.
A oxidação dos ácidos graxos ocorre na mitocôndria e para sua oxidação, os ácidos graxos são
inicialmente ativados e transportados para a matriz mitocondrial. Então o ácido graxo é primeiramente
convertido em uma forma ativada, um acil-CoA. Esta etapa prévia é catalisada pela acil-CoA sintetase,
associada a membrana externa da mitocôndria.
Nesta reação, forma-se uma ligação tio éster entre o grupo carboxila do ácido graxo e o grupo SH da
coenzima A, produzindo uma acil-CoA. Acil-CoA, como a acetil-CoA, são compostos ricos em energia. Sua
ligação tio éster é formada à custa da energia derivada de uma ligação anidrido fosfórico por clivagem
do ATP em adenosina monofosfato (AMP) e pirofosfato (HP2O7-3 ou PPi
Os ésteres dos acil-CoA graxos formados no lado citosólico da membrana mitocondrial externa podem
ser transportados para o interior da mitocôndria e oxidados para produzir ATP ou ser empregados no
citosol para sintetizar lipídios de membrana. A membrana interna da mitocôndria é impermeável a acil-
CoA, mas os grupos acila podem ser introduzidos na mitocôndria, quando ligados a carnitina. Este
composto, sintetizado a partir de aminoácidos, é amplamente distribuído nos tecidos animais e vegetais,
sendo especialmente abundante em músculos. A ligação reversível do grupo acila a carnitina é catalisada
pela carnitina-acil transferase. Existem duas isoformas da enzima, denominadas I e II, que se localizam nas
faces externa e interna da membrana interna da mitocôndria, respectivamente. O sistema utilizado para o
transporte de grupos acila consta de quatro etapas:
1.
2.
3.
4.
Fonte: Murray, Robert K. Bioquímica ilustrada de
Harper , 29. ed., Porto Alegre : AMGH, 2014.
Degradação de ácidos graxos: ativação, transporte e oxidação
profa_ana_paula_boleti
A acil-CoA presente na matriz mitocondrial é
oxidada por uma via denominada β-oxidação,
porque promove a oxidação do carbono β do
ácido graxo, ou ciclo de Lynen. Esta via consta de
uma série cíclica de quatro reações, ao final das
quais a acil-CoA é encurtada de dois carbonos,
que são liberados sob a forma de acetil-CoA,
com produção de FADH2 e NADH. As quatro
reações e as enzimas que catalisam são:
1.Oxidação da acil-CoA a uma enoil-CoA (acil-
CoA β-insaturada) de configuração trans, a
custa da conversão de FAD a FADH2, a única
reação irreversível da via- acil-CoA
desidrogenase;
 
2. No segundo passo da sequência de oxidação
do ácido graxo, uma molécula de água é
adicionada a dupla ligação do trans-D2-enoil-
CoA, produzindo o isômero L de uma β-
hidroxiacil-CoA. Essa reação, catalisada pela
enoil-CoA hidratase;
3.No terceiro passo, o L-β-hidroxil-CoA é
desidrogenado para formqr o β-cetoacil-CoA
pela ação da β-hidroxiacil-CoA desidrogenase; o
NAD+ é o receptor de elétrons. O NADH formado
nessa reação transfere seus elétrons para a
NADH desidrogenase, um transportador de
elétrons da cadeia respiratória. Essa reação
catalisada pela β-hidroxiacil-CoA desidrogenase
é análoga, de forma estreita, a reação da malato
desidrogenase do ciclo do ácido cítrico;
No quarto e último passo da via de oxidação dos
ácidos graxos é catalisada pela acil-CoA
acetiltransferase (tiolase); ela promove a cisão
da β-cetoacil-CoA por reação com uma
molécula de CoA livre, com formação de acetil-
CoA e uma acil-CoA com dois carboidratos a
menos, está acil-CoA refaz o ciclo várias vezes,
até ser totalmente convertida a acetil-CoA-
tiolase.
 Via β-oxidação, a acil-CoA é oxidada a acetil-CoA, produzindo
FADH2 e NADH
Fonte: Murray, Robert K. Bioquímica ilustrada de Harper
, 29. ed., Porto Alegre : AMGH, 2014.
profa_ana_paula_boleti
Os ácidos graxos insaturados são muito comuns em tecidos animais e vegetais, e suas duplasligações
apresentam quase sempre a configuração cis. Após a remoção de algumas unidades de dois carbonos
(como acetil-CoA) pelo ciclo de Lynen o ácido graxo insaturado pode originar dois tipos de enoil-CoA,
conforme a posição original da dupla ligação em sua molécular; se a dupla ligação for de número ímpar,
como a Δ9 do ácido oleico, forma-se uma cis-Δ3-inoil-CoA; se for de número par, como a Δ12 do ácido
linoleico, resulta uma cis-Δ4-enoil-CoA. Para a oxidação dessas acil-CoA insaturadas, são necessárias,
além das enzimas da β-oxidação, outras enzimas que as convertem em trans-Δ2-enoil-CoA, o
intermediário insaturado da β-oxidação, substrato da enoil-CoA hidratase.
No caso em que é obtida cis-Δ3-enoil-CoA, uma enoil-CoA isomerase possibilita a sua transformação em
trans-Δ2-enoil-CoA.
O segundo tipo de enoil-CoA que pode ser produzida, cis-Δ4-enoil-CoA, é reconhecida pela acil-CoA
desidrogenase do ciclo de Lynen, que a converte, porém, em uma trans-Δ2-cis-D4-dienoil-CoA, que não é
aceita pela enoil-CoA hidratase. 
Para prosseguimento de sua oxidação, é necessária a participação de um dienoil-CoA redutase, que
reduz a ligação cis-Δ4 a custa de NADPH, originando trans-Δ3-enoil-CoA. Na sequência, uma trans-
Δ3→transΔ2 isomerase transforma a dupla ligação trans-Δ3 em trans-Δ2, chegando-se, portanto, ao
intermediário insaturado da β-oxidação.
 Oxidação de ácidos graxos INSATURADOS 
A oleoil-CoA então passa três vezes pelo ciclo de
oxidação dos ácidos graxos para produzir três
moléculas de acetil-CoA e o éster de coenzima A de
um ácido graxo insaturado de 12 átomos de carbono 3,
a cis- 3-dodecenoil-CoA;
Esse produto não pode servir de substrato para a
enoil-CoA-hidratase, que atua apenas em ligações
duplas trans;
A enzima auxiliar 3, 2-enoil-CoA-isomerase
isomeriza a cis- 3-enoil-CoA a trans- 2-enoil-CoA,
que é convertida pela enoil-CoA-hidratase à L-β-
hidroxiacil-CoA correspondente trans- 2-
dodecenoil-CoA;
Esse intermediário então sofre a ação das enzimas
restantes da β-oxidação para produzir ACETIL-COA e
o éster de coenzima A de um ácido graxo saturado de
10 carbonos, o decanoil-CoA;
 
Decanoil-CoA sofre quatro passagens pela via de b-
oxidação para produzir mais cinco moléculas de
acetil-CoA
Fonte: Lehninger et al./ Princípios de Bioquímicai. -6ed.-
São Paulo: Sarvier, 2014.
profa_ana_paula_boleti
RENDIMENTO ENERGÉTICO: A oxidação do ácido palmítico produz 129 ATP: A oxidação completa de um
ácido graxo exige a cooperação entre o ciclo de Lynen, que converte o ácido graxo a acetil-CoA, e o
ciclo de Krebs, que oxida o grupo acetila a CO2.
Em cada volta do ciclo de Lynen, há produção de 1 FADH2, 1 NADH, 1 acetil-CoA e 1 acil-CoA com dois
átomos de carbono a menos que o ácido graxo original. Sempre que o número de átomos de carbono
do ácido graxo por par, a última volta do ciclo de oxidação inicia-se com uma acil-CoA de quatro
carbonos, a butiril-CoA, e, neste caso, são produzidas 2 acetil-CoA (além de FADH2 e NADH).
O número de voltas percorridas por um ácido graxo até sua conversão total a acetil-CoA dependerá,
naturalmente, do seu número de átomos de carbono. Assim sendo, para a oxidação completa de uma
molécula de ácido palmítico, que tem 16 átomos de carbono, são necessárias sete voltas no ciclo, já
que na última volta formam-se duas moléculas de acetil-CoA, com a produção de 8 acetil-CoA. 
A oxidação de cada acetil-CoA no ciclo de Krebs origina 3 NADH, 1 FADH2 e 1 GTP. Pela fosforilação
oxidativa, NADH e FADH2 formam, respectivamente, 3 e 2 ATP. Do total de ATP formado (131) deve ser
descontado o gasto inicial da reação de ativação do ácido graxo, onde há conversão de ATP a AMP +
2Pi e, portanto, consumo de duas ligações ricas em energia, o que equivale a um gasto de 2 ATP
(conversão de a 2ATP a 2 ADP). O rendimento final da oxidação do ácido palmítico é, então, 129 ATP.
Os peroxissomos são organelas citoplasmáticas, envoltas por uma membrana única, presentes em
praticamente todas as células eucarióticas. A via de β-oxidação peroxissômica guarda semelhanças
e diferenças com a β-oxidação mitocondrial, sendo catalisada por ações específicas.
Nos mamíferos, a oxidação de ácidos graxos ocorre nas mitocôndrias, peroxissomos e retículo
endoplasmático. As mitocôndrias são responsáveis pela β-oxidação de ácidos graxos de cadeia
linear curta, média e longa. A β-oxidação peroxissômica promove o encurtamento de ácidos graxos
de cadeia linear muito longa (com mais de 20 carbonos) de ácido graxos ramificados, ácidos graxos
dicarboxílicos e da cadeia lateral de intermediários da síntese de ácidos biliares. No reticulo
endoplasmático, encontra-se uma via de importância menos, a ω-oxidação; nesta via, catalisada
pelo sistema do citocromo P450, o carbono ω (terminal metila dos ácidos graxos) é oxidado,
originando ácidos graxos dicarboxílicos, que são substratos da β-oxidação peroxissômica.
Os ácidos graxos de cadeia muito longa são transportados por uma permease, sem auxílio da
carnitina, para o interior dos peroxissomos, onde são convertidos nas respectivas acil-CoA. A primeira
etapa de oxidação, como aquela mitocondrial, é a transformação das acil-CoA muito longas nas
respectivas trans-Δ2-enoil-CoA, com redução de FAD, catalisada por uma flavoproteína. No caso da
flavoproteína mitocondrial, a acil-CoA desidrogenase, os elétrons do FADH2 são entregues a CTE,
gerando ATP; na reação promovida pela enzima peroxissômica, a acil-CoA oxidase, os elétrons do
FADH2 são transferidos diretamente ao oxigênio, que é reduzido a água oxigenada: A água oxigenada
é decomposta em H2O e 1/2 O2 por ação da catalase presente nos peroxissomos.
A trans-Δ2-enoil-CoA é oxidada pelas mesmas etapas da β-oxidação mitocondrial, catalisadas,
todavia, por uma enzima bifuncional, que exibe as atividades de enoil-CoA hidratase e β-hidroxiacil-
CoA desidrogenase; adicionalmente, a tiolase de peroxissomos só aceita como substrato acil-CoA
com número de carbonos maior do que oito. As moléculas resultantes da β-oxidação peroxissômica
podem ser transportadas para as mitocôndrias, onde sua degradação total.
Oxidação de ácidos graxos ocorre também nos peroxissomos
profa_ana_paula_boleti
Em condições metabólicas associadas a uma elevada taxa de oxidação nos ácidos graxos, o fígado
produz quantidades consideráveis de acetoacetato e D(-)-3-hidroxibutirato (β-hidroxibutirato). O
acetoacetato sofre descarboxilação contínua e espontânea, produzindo acetona. Essas três
substâncias são coletivamente conhecidas como corpos cetônicos.
Nessas reações uma pequena quantidade de acetil-CoA é normalmente transformada em
acetoacetato e β-hidroxibutirato nos hepatócitos de mamíferos. O acetoacetato sofre
descarboxilação espontânea, originado acetona (é exalada). Os três compostos são chamados, em
conjunto, de corpos cetônicos, e sua síntese, de cetogênese. 
CORPOS CETÔNICOS
As enzimas responsáveis pela formação dos corpos cetônicos estão associadas, principalmente, às
mitocôndrias. Duas moléculas de acetil-CoA formadas durante a β-oxidação condensam-se para
formar o acetoacetil-CoA mediante reversão da reação da tiolase. O acetoacetil-CoA, que constitui o
material inicial para a cetogênese, também se origina diretamente dos quatro carbonos terminais de
um ácido graxo durante a β-oxidação. 
A condensação do acetoacetil-CoA com outra molécula de acetil-CoA pela 3-hidroxi-3-metilglutaril-
CoA-sintase forma o 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA (HMG-CoA). Em seguida, a 3-hidroxi-3-
metilglutaril-CoA-liase atua na clivagem da acetil-CoA do HMG-CoA, deixando o acetoacetato livre.
Os átomos de carbono retirados da molécula de acetil-CoA provêm da molécula original de
acetoacetil-CoA. Ambas as enzimas precisam estar presentes nas mitocôndrias para que ocorra a
cetogênese. Esse processo só ocorre no fígado e no epitélio do rúmen. O D(-)-3-hidroxibutirato é a
cetona que predomina quantitativamente no sangue e na urina na presença de cetose.
O acetoacetato e o 3-hidroxibutirato sofrem interconversão pela enzima mitocondrial, a D(–)-3-
hidroxibutirato-desidrogenase;o equilíbrio é controlado pela razão [NAD]/ [NADH] mitocondrial, isto é,
pelo estado redox. A concentração total de corpos cetônicos no sangue de mamíferos bem
alimentados normalmente não ultrapassa 0,2 mmol/L, exceto nos ruminantes, nos quais ocorre
formação contínua de 3-hidroxibutirato a partir do ácido butírico (um produto da fermentação no
rúmen) na parede do rúmen.
Em animais não ruminantes, o fígado parece constituir o único órgão a adicionar quantidades
significativas de corpos cetônicos ao sangue in vivo. Os tecidos extra-hepáticos os utilizam como
substratos respiratórios. O fluxo efetivo de corpos cetônicos do fígado para os tecidos extra-hepáticos
resulta da síntese hepática ativa acoplada a uma utilização muito baixa. A situação reversa é
observada nos tecidos extra-hepáticos. 
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Em condições metabólicas associadas a uma elevada taxa de oxidação nos ácidos graxos, o fígado
produz quantidades consideráveis de acetoacetato e D(-)-3-hidroxibutirato (β-hidroxibutirato). O
acetoacetato sofre descarboxilação contínua e espontânea, produzindo acetona. Essas três
substâncias são coletivamente conhecidas como corpos cetônicos.
Nessas reações uma pequena quantidade de acetil-CoA é normalmente transformada em
acetoacetato e β-hidroxibutirato nos hepatócitos de mamíferos. O acetoacetato sofre
descarboxilação espontânea, originado acetona (é exalada). Os três compostos são chamados, em
conjunto, de corpos cetônicos, e sua síntese, de cetogênese. 
CORPOS CETÔNICOS
As enzimas responsáveis pela formação dos corpos
cetônicos estão associadas, principalmente, às
mitocôndrias. Duas moléculas de acetil-CoA formadas
durante a β-oxidação condensam-se para formar o
acetoacetil-CoA mediante reversão da reação da
tiolase. O acetoacetil-CoA, que constitui o material inicial
para a cetogênese, também se origina diretamente dos
quatro carbonos terminais de um ácido graxo durante a
β-oxidação. 
A condensação do acetoacetil-CoA com outra molécula
de acetil-CoA pela 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA-sintase
forma o 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA (HMG-CoA). Em
seguida, a 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA-liase atua na
clivagem da acetil-CoA do HMG-CoA, deixando o
acetoacetato livre. Os átomos de carbono retirados da
molécula de acetil-CoA provêm da molécula original de
acetoacetil-CoA. Ambas as enzimas precisam estar
presentes nas mitocôndrias para que ocorra a
cetogênese. Esse processo só ocorre no fígado e no
epitélio do rúmen. O D(-)-3-hidroxibutirato é a cetona
que predomina quantitativamente no sangue e na urina
na presença de cetose.
O acetoacetato e o 3-hidroxibutirato sofrem
interconversão pela enzima mitocondrial, a D(–)-3-
hidroxibutirato-desidrogenase; o equilíbrio é controlado
pela razão [NAD]/ [NADH] mitocondrial, isto é, pelo
estado redox. A concentração total de corpos cetônicos
no sangue de mamíferos bem alimentados
normalmente não ultrapassa 0,2 mmol/L, exceto nos
ruminantes, nos quais ocorre formação contínua de 3-
hidroxibutirato a partir do ácido butírico (um produto da
fermentação no rúmen) na parede do rúmen.
Em animais não ruminantes, o fígado parece constituir o
único órgão a adicionar quantidades significativas de
corpos cetônicos ao sangue in vivo. Os tecidos extra-
hepáticos os utilizam como substratos respiratórios. O
fluxo efetivo de corpos cetônicos do fígado para os
tecidos extra-hepáticos resulta da síntese hepática ativa
acoplada a uma utilização muito baixa. A situação
reversa é observada nos tecidos extra-hepáticos. 
Fonte: Lehninger et al./ Princípios de
Bioquímicai. -6ed.-São Paulo: Sarvier,
2014.
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Embora o acetoacetato seja produzido por um mecanismo enzimático ativo a partir de acetoacetil-
CoA no fígado, o acetoacetato, uma vez formado, não pode ser diretamente reativado, exceto no
citosol, onde é usado em uma via muito menos ativa como precursor na síntese de colesterol. Isso
explica a produção efetiva de corpos cetônicos pelo fígado.
Nos tecidos extra-hepáticos, o acetoacetato é ativado para acetoacetil-CoA pela succinil-CoA-
acetoacetato-CoA-transferase. A CoA é transferida do succinil-CoA para formar o acetoacetil-CoA.
Com o acréscimo de uma CoA, o acetoacetil-CoA é clivado em duas acetil-CoA pela tiolase e oxidado
no ciclo do ácido cítrico. Se houver elevação dos níveis sanguíneos, a oxidação dos corpos cetônicos
aumenta até que, em uma concentração de ~12 mmol/L, o mecanismo de oxidação torna-se
saturado. Quando isso ocorre, grande parte do consumo de oxigênio pode ser atribuída à oxidação
dos corpos cetônicos. Na maioria dos casos, a cetonemia é causada pela produção aumentada de
corpos cetônicos pelo fígado, e não por uma deficiência de sua utilização pelos tecidos extra-
hepáticos. Embora o acetoacetato e o D(-)-3-hidroxibutirato sejam prontamente oxidados pelos
tecidos extra-hepáticos, a acetona é difícil de ser oxidada in vivo e, em grande parte, é volatilizada nos
pulmões. 
Fonte: Murray, Robert K. Bioquímica ilustrada de Harper , 29. ed., Porto Alegre : AMGH, 2014.
Na cetonemia moderada, a perda de corpos cetônicos pela urina corresponde apenas a um pequeno
percentual da produção total e da utilização dos corpos cetônicos. Como existem efeitos semelhantes
ao limiar renal (não há um verdadeiro limiar) que variam de acordo com as espécies e os indivíduos,
a determinação da cetonemia, e não da cetonúria, constitui o método preferido para avaliar a
gravidade da cetose.
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A mobilização da reserva de triacilgliceróis depende, primariamente, da atividade da lipase
hormônio-sensível dos adipócitos, que é regulada por modificação covalente. 
Em condições de hipoglicemia, há liberação de glucagon e, na atividade física, de epinefrina. A
interação destes hormônios com seus receptores (receptores β da epinefrina) nos adipócitos aciona
a via de transdução de sinal da proteína quinase dependente de cAMP (PKA) – a lipase é fosforilada, e
ativada, pela PKA.
A lipase também é substrato da proteína quinase dependente de AMP (AMPK), que converte
igualmente a forma ativa; nas duas situações consideradas, o dispêndio de ATP eleva a concentração
intracelular de AMP, o efetuador alostérico positivo da AMPK. 
A insulina, liberada quando a glicemia é alta, sinalizando abundância de nutriente, promove a
desfosforilação e, portanto, a inibição da lipase dos adipócitos, por mecanismos ainda controversos,
que incluem a fosfoproteína fosfatase 1 (PP1) e diminuição dos níveis de cAMP.
A via da β-oxidação não é submetida a regulação alostérica ou modificação covalente. Na realidade,
o seu funcionamento está subordinado ao suprimento de substrato, coenzima A, NAD+ e FAD; o
fornecimento das coenzimas oxidadas depende da CTE.
A disponibilidade de substrato para a β-oxidação é função da atividade de transporte de radicais
acila para o interior da mitocôndria, o compartimento celular onde ocorre a sua degradação. 
Quando a acetil-CoA carboxilase está ativada - em situações de abundância de carboidratos e níveis
altos de insulina – aumenta a concentração de malonil-CoA, que, além de ser substrato da síntese de
ácidos graxos, exerce um papel regulador na degradação destes compostos. Malonil-CoA inibe a
carnitina acil transferase I, a enzima responsável pela introdução de radicais acila na mitocôndria. No
jejum, invertem-se os resultados das regulações.
REGULAÇÃO DA SINTESE E DEGRADAÇÃO DOS ÁCIDOS
GRAXOS 
Fonte: Lehninger et al./ Princípios de Bioquímicai. -6ed.-São Paulo: Sarvier, 2014.
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 Em situações de jejum diminui a produção deacetil-CoA a partir de glicose, devido a falta do açúcar e a
inibição da glicólise e da piruvato desidrogenase - é bloqueada pela inativação da acetil-CoA
carboxilase. Como consequência, há diminuição da concentração de malonil-CoA e ativação da
carnitina acil transferase I, o que possibilita o transporte dos grupos acila dos ácidos graxos para a matriz
mitocondrial, onde podem ser oxidados.
Assim, no jejum, o ciclo da β-oxidação funciona ativamente. Adicionalmente,como a glicólise e o ciclo de
Krebs estão desativados, por falta de substrato e por todos os mecanismos inibitórios estão
desencadeados, as coenzimas oxidadas pela CTE destinam-se exclusivamente ao ciclo de Lynen.
A acetil-CoA produzida na β-oxidação é desviada para a formação de corpos cetônicos, já que não pode
ser quantitativamente oxidada pelo ciclo de Krebs, uma vez que o oxaloacetato está sendo sequestrado
pela gliconeogênese estimulada por glucagon. Desde modo, em condições de jejum, a obtenção de ATP
pelo fígado depende da oxidação parcial de ácidos graxos pelo ciclo de Lynen. O glucagon, portanto,
além de promover a manutenção da glicemia, provê o fornecimento de ácidos graxos e corpos cetônicos
para satisfazer as necessidades energéticas dos tecidos que podem oxidá-los.
Referências
Fundamentos de Bioquímica/Voet, Donalt; Voet, Judith; Pratt, Charlotte, trad. Arthur Germano Feet Neto et
al. – Porto Alegre: Artes Médicas do Sul, 2000;
Princípios de Bioquímica/ Lehninger, Albert; Nelson, David; Cox, Michael; trad. Arnaldo Antônio Simões,
Wilson Roberto Navega Lodi. -6ed.-São Paulo: Sarvier, 2014;
Bioquímica ilustrada de Harper/ Robert K. Murray .et al., 29. ed.– Porto Alegre : AMGH, 2014.

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