Buscar

Resumo I - SF VI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
Rafaela Pamplona 
Resumo I – Saúde da Família VI 
IST ............................................................................................................................................................................................................. 1 
MORTALIDADE MATERNA ..................................................................................................................................................................... 8 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL I ................................................................................................................................................................. 10 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL II – NUTRIÇÃO E GRAVIDEZ .................................................................................................................. 17 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL III – AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDIO-FETAIS ......................................................................... 25 
IST 
 
Introdução 
• Infecção genital mais comum no mundo 
• Alta prevalência e transmissibilidade 
• Importante problema de saúde pública 
• Relacionado ao aparecimento tanto de lesões benignas 
quanto malignas 
• Principal fator no desenvolvimento de cânceres 
• Acompanhamento periódico é necessário 
• Vacinação possui eficácia comprovada para prevenção da 
infecção pelo HPV 
 
Definição 
• Infecção sexualmente transmissível 
• A mudança da definição é devido ao termo doença que 
remete a sinais e sintomas, enquanto infecção é detectável 
por exames, sem necessariamente haver sinais e sintomas 
• Importante saber o tratamento, incluindo os medicamentos 
 
Revisão de literatura 
• IST mais comum no mundo; 450 milhões de pessoas 
infectadas 
• 40% são infectadas, incidência 1%, prevalência superior a 
50% em todo o mundo 
• No Brasil, prevalência de 1-2%; 2-5% apresentam alterações; 
incidência de 15.590: 100.000 em 2014 de CA 
• Inca diz que a expectativa é de 1,2 milhão de CA no País entre 
2018 e 2019 
• 2ª causa de morte por neoplasias nas mulheres (CA de colo 
uterino) 
• 80% carcinoma epidermoide; 15% adenocarcinoma; 3-5% 
carcinoma adenoescamoso 
• Vacinação 
 Em mais de 100 países 
 Quadrivalente x Bivalente (classificação baseada no 
número de tipos de HPV) 
 Homens e Mulheres entre 11 e 12 anos (EUA) 
 Mulheres entre 12 e 17 anos de idade (Alemanha) 
 Março de 2014 – Quadrivalente recombinante meninas de 
11 a 13 anos de idade gratuitamente 
 Em 2015, para meninas de 9 e 11 anos; (quadrivalente) 
 Esquema estendido atual: 0-6m-5 a 
 Mais de 5 milhões de meninas em 2014 foram vacinadas 
 Vacinas em HOMENS 
 
Infecções sexualmente transmissíveis 
• O que são 
 São infecções sexualmente transmissíveis 
 IST, também chamadas de doenças venéreas ou doenças 
do mundo são aquelas adquiridas ou transmitidas 
principalmente através de relações sexuais 
 Podem se tornar um grande risco para quem as adquire, se 
não tratadas corretamente e no início da doença 
 Qualquer pessoa que tem vida sexual pode pegar uma IST 
• Quais são 
 Aids, sífilis, HPV, gonorreia, cancro mole, hepatite B 
• Como se transmitem 
 Mais frequente de transmissão é através das relações 
sexuais (vaginais, orais e anais) 
 Durante a gestação, parto ou amamentação 
• Quem as causa 
 Protozoários, vírus e bactérias 
• Prevenção – preservativo 
 Único método contraceptivo eficaz na prevencao das ISTs 
 Funciona como método de barreira que impede que o pênis, 
a vagina, o sêmen e o fluido vaginal entrem em contato 
 A maioria da população tem consciência da importância, 
mas quase metade não utiliza 
 Deve-se ainda ter cuidados de higiene intima e não partilhar 
roupa intima, toalhas ou utensílios íntimos 
 Antes de engravidar devem ser feitas analises ao sangue 
para prevenir a transmissão vertical 
 
Política e Educação permanente em saúde 
• Prioridades do PN-IST e AIDS 
 Consolidar a estratégia brasileira de prevenção e controle 
das IST/Aids 
 Reduzir a transmissão vertical do HIV e sífilis 
2 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Implementar o plano nacional de controle das ISTs 
 Fortalecer a capacidade de gestão dos estados e 
municípios 
 Ampliar e qualificar a cobertura em assistência na rede de 
saúde 
 Aprimorar o sistema de vigilância epidemiológica 
 Fortalecer o controle social 
 Implementar e aprimorar o monitoramento das ações de 
prevenção e controle das IST e HIV/Aids 
 Desenvolver autonomia nacional no que se refere a 
medicamentos e insumos estratégicos para o tratamento 
das pessoas vivendo com HIV e Aids 
 
• Objetivos 
 Implantação e implementação do Plano Nacional de 
Prevenção e Controle das DST; 
 Formação de instrutores/facilitadores para implementação 
da política de educação permanente, de forma 
descentralizada, em abordagem sindrômica nos estados e 
municípios; 
 Fortalecimento da gestão descentralizada no seu papel de 
articulador e coordenador de políticas de educação 
permanente, prevenção, controle e assistência em DST, nos 
estados e municípios. 
 Estratégias 
1) Implementar Curso de Abordagem Sindrômica 
2) Articular com estados e municípios a implementação do 
Plano Nacional de DST 
 
Problema de saúde publica 
• 340 milhões de casos novos/ano 
• 5ª causa de procura a unidade de saúde 
• 70% dos tratamentos feito por balconista 
• Alta incidência de associação com HIV 
• Mulheres em idade fértil 
• Homens e mulheres jovens/vida produtiva e reprodutiva 
• Estão entre as 5 principais causas de procura por serviços de 
saúde (OMS-90) 
• 340 milhões de casos de DST curáveis por ano (OMS-2001) 
• No Brasil, estima-se 12 milhões de casos novos de DST 
curáveis 
 
IST no Brasil 
• Saíram do esquecimento 
• As IST não são de notificação compulsória 
 Exceção da AIDS, sífilis congênita e adquirida 
• As IST continuam discriminadas nas unidade de saúde 
• Os medicamentos padronizados também usados para outras 
patologias são insuficientes 
• Os serviços de saúde tem reduzida capacidade para oferecer 
exame laboratorial 
• Busca de assistência informal nos balcões de farmácia 
 
Riscos relativos de infecção por HIV segundo tipo 
de IST 
 
 
 
Sexo mais seguro 
• Beijo profundo 
• Sexo com preservativo com parceria HIV-negativa 
• Monogamia mútua 
• Masturbação mútua 
• Masturbação ou massagem 
 
Acolhimento 
• Princípio de toda a equipe 
• Relação profissional – parâmetros técnicos, éticos e de 
solidariedade 
• Atenção resolutiva – escutar – resolver – orientar – 
encaminhar 
• Articulação com outros serviços de saúde para dar 
continuidade na assistência 
• Responsabilização integral 
• Avaliação do potencial de risco da paciente 
• Aumento da responsabilização, vínculo e confiança 
• Capacidade de atenção e disponibilidade para receber bem o 
usuário, ouvir o motivo que o levou ao serviço e dar respostas 
as suas demandas (recepção, segurança, porteiro, triagem, 
sala de espera...) 
 
• Objetivos 
 Conhecer o paciente e suas demandas 
 Estabelecer e fortalecer o vínculo e a confiança do usuário 
com relação à equipe e à unidade de saúde 
 Propiciar subsídios à equipe através do conhecimento das 
demandas do usuário 
 
3 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Onde se inicia 
 Se inicia no acesso do usuário ao serviço e vai sendo 
construído ao longo das diversas etapas do atendimento, 
não se limitando a um ou outro momento, nem a este ou 
aquele profissional 
 
• Atitudes e comportamentos dos profissionais 
 Postura isenta e ética 
 Confidencialidade e sigilo; 
 Respeito e valorização das diferenças; 
 Valorização da participação do usuário em seu processo de 
trabalho; 
 Comportamento receptivo; 
 Escuta ativa; 
 Linguagem clara e acessível 
 Disponibilização de informações 
 
Ambiência 
• A ideia de ambiência segue 03 eixos 
 Confortabilidade - privacidade e individualidade dos sujeitos 
envolvidos 
 Sensação de proteçãoe segurança-sigilo e respeito a 
autonomia 
 Espaço como ferramenta facilitadora do processo de 
trabalho favorecendo a otimização de recursos e o 
atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo 
 
Manejo adequado de casos de IST 
• Triagem: deve ser realizada por profissionais de saúde 
devidamente preparados e de maneira confidencial; 
• Espera: deverá ser utilizado para educação em saúde por 
intermédio de vídeos educativos, atividades de 
aconselhamento em grupo e outras questões de saúde e 
cidadania; 
• Consulta médica: fazer anamnese, exame físico e coleta do 
material das secreções e lesões para exames laboratorial 
• Consulta de enfermagem: para aconselhamento, detecção de 
situações de risco e educação para saúde 
• Aconselhamento: deve estar presente em todo atendimento e 
deve ser feita por todos os profissionais envolvidos 
• Comunicação aos parceiros sexuais: comunicação ou 
convocação de todos os indivíduos com quem o paciente 
relacionou-se sexualmente nos últimos 30 dias 
 
Exame físico 
• Exame genital masculino: inspeção dos genitais externos, o 
paciente deverá estar em pé, com pernas afastadas, e o 
clínico sentado 
 Região anorretal o paciente deverá curvar-se para frente, 
afastando as nádegas com as próprias mãos ou também 
deitado em decúbito lateral com leve ante flexão da coxa 
não encostada na mesa de exame 
• Exame genital feminino 
 Exame estático: deve-se observar, grandes e pequenos 
lábios, clitóris, hímen, monte de vênus, períneo e borda 
anal, deve-se procurar discromias, tumorações, ulcerações; 
 Exame dinâmico: usar luvas de procedimento, colocar os 
dedos indicador e médio na região que corresponde às 
glândulas de Bartholin e tracioná-las para baixo e para fora. 
Entreabrir a vulva 
 Exame especular: antes explicar a paciente, introduzir o 
espéculo com inclinação de 75º, pressionando a parede 
posterior da vagina. Observar coloração e pregueamento 
vaginal, aspecto do colo uterino, do muco cervical, presença 
de secreções, ulcerações e colher a citologia oncótica e/ou 
material para exame laboratorial, fazer teste de Schiller 
(Lugol) para ver lesões do colo e ectopias 
 Toque vaginal: deve ser utilizada com luva estéril, 
introduzindo os dedos médio e indicador (lubrificados), 
procurando sentir elasticidade vaginal, presença de 
tumorações, coloração, consistência e tamanho do colo e 
abertura do canal cervical, movimenta-se o colo de um lado 
para o outro para evidenciar processos inflamatórios 
 Toque retal: quando necessário. É neste exame que melhor 
se encontram massas no fundo de saco de Douglas 
 
Abordagem sindrômica 
• Abordagem Sindrômica 
 Início: OMS – Genebra, 1984 
 No Brasil, 1993 
• Objetivo: tratamento imediato e efetivo as ISTs 
• Conceito de “síndrome” 
 Conjunto de sinais e sintomas que se apresentam para 
definir uma entidade mórbida que pode, entretanto, ser 
produzida por causas muito diversas 
• Utilização de fluxogramas para orientação do profissional de 
saúde quanto ao esquema terapêutico a ser adotado 
• São utilizados esquemas antimicrobianos que devem ser 
capazes de assegurar cobertura para os principais patógenos 
responsáveis por uma determinada síndrome numa área 
geográfica específica (antibióticos, antifúngicos e 
antiparasitários) 
• Abordagem sindrômica em diversos contextos clínicos 
 Indicação do início imediato de um esquema terapêutico 
com um ou mais antibióticos, visando dar cobertura aos 
principais agentes etiológicos responsáveis pelo quadro 
4 
 
 
Rafaela Pamplona 
 A coleta de exames laboratoriais é feita previamente, 
quando possível – normalmente é inviável 
 “Diagnóstico epidemiológico” 
 
• Vantagens da abordagem sindrômica 
 Manuseio rápido de casos, no primeiro contato do paciente 
 Maior cobertura, por facilitar a implantação ao nível primário 
 Oportunidade de introdução de medidas preventivas e de 
promoção à saúde 
 Padronização do tratamento, sistema de referência e 
notificação 
- Notificação compulsória: AIDS e Sífilis 
 Satisfação da clientela 
 
• Desvantagens da abordagem sindrômica 
 Utilização de antimicrobianos para tratamento de mais de 
uma doença em pacientes com apenas uma patologia ou 
até sem uma infecção 
 Maior custo do tratamento 
 Pressão seletiva para desenvolvimento de cepas 
resistentes (devido ao uso de medicamentos 
desnecessários) 
 
• Limitações da abordagem 
 Pacientes com infecção subclínica ou assintomáticos 
 Pacientes que não costumam procurar os serviços de 
saúde, apesar de sintomáticos 
 
• Fluxogramas 
 Fatores a serem considerados 
- Síndromes e etiologias mais prevalentes 
- Importância de suas complicações 
- Vulnerabilidade às ações de controle 
- Contexto socioeconômico e político 
- Profissionais que utilizarão 
 
 
 
 
Fluxograma corrimento uretral masculino 
• Etiologias mais comuns 
 Gonorreia 
 Infecção por clamídia 
 Tricomoníase (corrimento uretral e vaginal) 
 Micoplasma 
 Ureaplasma 
• Corrimento geralmente amarelado ou esbranquiçado 
 
 corrimento uretral da clamídia é mais espesso que o da 
gonorreia, essa característica não deve ser utilizada como 
diagnostico diferencial! TEM QUE tratar os dois 
 
• Exames obrigatórios para todos os pacientes 
 AIDS – HIV 
 Sífilis – VDRL 
 Hepatite B e C – HBsAg e Anti-HCV 
• Analise laboratorial – para coletar a amostra da secreção: 
solicitar ao paciente para movimentar a glande 
• Sem análise laboratorial – abordagem sindrômica 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Opções terapêuticas para corrimentos uretrais 
 
 Ciprofloxacina – desuso devido a resistência bacteriana 
 
 Tratamento: gonorreia + clamídia 
- Ceftriaxona 250mg, IM, dose única 
+ 
- Azitromicina 1g, VO, dose única 
 
 Terapêutica para agentes menos frequentes de corrimento 
uretral 
 
 
Fluxograma úlcera genital 
• Etiologia mais comuns 
 Sífilis 
 Cancro mole 
 Herpes genital 
 Donovanose (IST crônica progressiva, causada pela 
Klebsiella granulomatis) 
 
 
 
 Lesão ulcerosa com mais de 4 semanas pensar em 
donovanose, linfogranuloma, sífilis e cancro mole. Nessas 
situações, deve-se solicitar biopsia da lesão para investigar 
lesões neoplásicas 
 Opções terapêuticas para ulceras genitais (exceto herpes) 
 
 
 
 Tratamento: sífilis + cancro mole 
- Penicilina G Benzatina, 2,4 milhões UI, via IM, dose única 
+ 
- Azitromicina 1g, VO em dose única 
 
 Tratamento: Herpes 
- No 1° episódio 
~ Aciclovir 400mg, VO, 8/8hs por 7 a 10 dias 
- Nas recorrências 
~ Aciclovir 400mg, VO, 8/8hs por 5 dias 
 
 Tratamento: Donovanose 
- Tratamento longo, geralmente por 30 dias ou mais 
~ Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h por 21 dias ou até a cura 
 
Fluxograma corrimento vaginal 
• Etiologias mais comuns 
 Tricomoníase 
 Vaginose bacteriana (não é considerada IST, logo, não trata 
o parceiro de imediato, a não ser que seja recorrente) 
 Candidíase 
 
• Avaliação de risco 
 Quantidade de parceiros? 
 Parceiro sintomático ou não? 
 Procedência – região com altos índices de gonococo e 
clamídia? 
 Paciente suspeita de IST e por quê? 
Se risco positivo associado a irritação de colo uterino 
 Tratar gonorreia e clamídia 
 Sinais de irritação do colo uterino 
Sinal de muco-pus: presença de secreção purulenta 
Teste do cotonete positivo: secreção amarelada, 
friabilidade ou sangramento do colo 
6 
 
 
Rafaela Pamplona 
Se risco negativo 
 Teste de KOH ou teste das aminas 
- Aplicação de hidróxido de potássio (KOH) a 10% em 
lâmina com material coletado da vagina, sendo positivo 
caso ocorra aparecimento de odor desagradável causado 
pela liberação de aminas voláteis produzidas por 
anaeróbios – peixe podre 
 
 
 
 Fluxograma SEM microscopia 
 
 
 Fluxograma COM microscopia 
 
 Opções terapêuticas 
 
 
 
 Metronidazol é o único tratamento eficaz para tricomonase 
vaginose bacteriana 
 
 Tratamento: tricomoníase, vaginose bacteriana, candidíase 
- Metronidazol 500mg, VO, de 12/12hs, por 7 dias 
+ 
- Miconazol, creme a 2%, via vaginal, 1 aplicação à noite, 
por 7 dias 
 
Fluxograma desconforto ou dor pélvica 
• Etiologias mais comuns 
 Gonorreia 
 Infecção por clamídia 
 
7 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Opções terapêuticas para cervicite 
 
 
 
 Opções terapêuticas para DIP leve, sem sinais de 
peritonismo ou febre (tratamento ambulatorial) 
 
 
 Tratamento: cervicite por gonorreia e infecção por clamídia 
- Ciprofloxacina 500mg, VO, dose única 
+ 
- Azitromicina 1g, VO, dose única 
 
 Tratamento: gonorreia e infecção por clamídia 
- Ceftriaxona 250mg, IM, dose única 
+ 
- Doxiciclina 100mg, VO, 12/12hs, por 14 dias 
 
HPV 
• Papiloma Vírus Humano 
• Tem tropismo pelos epitélios escamosos, causando 
proliferação epitelial, formando verrugas 
• Existem 200 subtipos de HPV 
• 70% das manifestações são subclínicas 
 
• Introdução 
 Era Romana (Celsus 25 DC): verrugas da pele 
 Idade Média: não diferenciada das ISTs 
 Séc. XVIII: confundidas com manifestações da sífilis e 
gonorreia 
 Sec. XX: evidências de que as verrugas eram causadas por 
vírus 
 Últimos 30 anos 
- Relação bem estabelecida do HPV com carcinoma do colo 
uterino e câncer de pênis 
- Estudos dos fatores envolvidos 
• IST mais frequente em todo mundo 
• Brasil: ≈9 milhões de infectados (IBGE/2000) 
• Presente em 96% casos de CA colo útero 
 
• Tratamento 
 ATA 90% – Ácido tricloroacético a 90% 
- Lesões exofídicas externas 
- Usado para queimar as verrugas 
- Uso restrito – hospital ou ambulatório 
 Podofilina 25% alcoólica 
- Lesões exofídicas externas, lesões planas e mucosas 
- Exceto em gestantes – teratogênica 
- Muito utilizada em homens 
- Pode ser utilizada em domicílio 
 Bisturi elétrico 
 
• Fatores de risco e prevenção 
 Envelhecimento é a principal causa de câncer em todo o 
mundo 
 Tabagismo, o consumo de álcool, o sedentarismo, a 
ingestão de comidas gordurosas e a exposição ao sol sem 
proteção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Rafaela Pamplona 
MORTALIDADE MATERNA 
 
Conceitos básicos 
• Morte materna (óbito materno) é a morte de uma mulher 
durante a gestação ou até 42 dias após o termino da gestação 
• Não é considerada morte materna a que é provocada por 
fatores acidentais 
 
Classificação 
• Morte materna obstétrica direta 
 É aquela que ocorre por complicações obstétricas durante 
a gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, 
omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos 
resultantes de qualquer dessas causas 
 Mais prevalente em países subdesenvolvidos ou em 
desenvolvimento 
• Morte materna obstétrica indireta 
 É aquela resultante de doenças que existiam antes da 
gestação, não provocadas por causas obstétricas diretas, 
mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez 
 Mais prevalente em países desenvolvidos 
• Morte materna tardia 
 É a morte de uma mulher, devido a causas obstétricas 
diretas ou indiretas, que ocorre num período superior a 42 
dias e inferior a 1 ano após o fim da gravidez 
 
Mulher em idade fértil 
• Segundo a definição internacional, é a mulher entre 15 e 49 
anos de idade 
• No Brasil, considera-se idade fértil a faixa etária entre 10 a 49 
anos 
• A definição brasileira de idade fértil teve como base a 
experiência dos comitês de morte materna, as estatísticas de 
registros vitais e de procedimentos médicos realizados, que 
revelam a ocorrência frequente de gravidez em mulheres com 
menos de 15 anos 
 
Razão de mortalidade materna 
• Relaciona as mortes maternas obstétricas diretas e indiretas 
com o número de nascidos vivos, e é expresso por 100.000 
nascidos vivos 
• Cálculo 
𝑛º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 (𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠)
𝑛º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑋 100.000
 
• Específica 
 A razão de mortalidade pode ser especificada segundo um 
amplo conjunto de variáveis relacionados às características 
da mulher (grupo etário, cor/raça, local de residência, etc.) 
ou do óbito (a causa específica, local de ocorrência, entre 
outras) 
 Para se calcular o risco de morte materna na faixa etária de 
40 a 49 anos, por exemplo, adota-se a seguinte fórmula 
 
𝑛º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑑𝑒 40 𝑎 49 𝑎𝑛𝑜𝑠
𝑛º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑒𝑠 𝑑𝑒 40 𝑎 49 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑋 100.000
 
 
 O exemplo seguinte refere-se à razão de mortalidade 
materna por eclampsia 
𝑛º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑐𝑙𝑎𝑚𝑝𝑠𝑖𝑎
𝑛º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑋 100.000
 
 
Relevância da mortalidade materna 
• Incidência e epidemiologia 
 Todos os dias, aproximadamente 830 mulheres morrem por 
causas evitáveis relacionadas à gestação e ao parto no 
mundo 
 99% de todas as mortes maternas ocorrem em países em 
desenvolvimento 
 A mortalidade materna é maior entre mulheres que vivem 
em áreas rurais e comunidades mais pobres 
 Dados recentes do Brasil 
- Conseguiu reduzir em 8,4% entre 2017 e 2018 a Razão 
de Mortalidade Materna (RMM), um dos principais 
indicadores de qualidade de atenção à saúde das 
mulheres no período reprodutivo 
- Em 2018, a RMM no país foi de 59,1 óbitos para cada 100 
mil nascidos vivos, enquanto no ano anterior era de 64,5 
- Meta para o Brasil (2030) = 
30 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 
100.000𝑁𝑉
 
 
• Fatores sociais e fatores de risco 
 Mulheres jovens 
 Causas evitáveis em 92% dos casos 
 Mulheres negras 
 Baixa renda 
 Baixa escolaridade 
 Estado civil – solteira 
 São mulheres saudáveis, que se encontram no auge de 
suas vidas reprodutivas, com potenciais de vida que são 
subitamente perdidos com a morte prematura que tem 
causa, quase sempre, evitável 
 A morte materna é um dos mais sensíveis indicadores das 
condições de vida de uma população e reflete, 
principalmente, a desarticulação, desorganização e 
qualidade inadequada da assistência de saúde prestada à 
mulher durante o ciclo gravídico-puerperal 
 
 
9 
 
 
Rafaela Pamplona 
Principais causas de morte materna 
 
 
 
• Diretas (71%) 
 Síndromes hipertensivas (21,2%) 
 Hemorragias (12,4%) 
 Infecções puerperais (7%) 
 Complicações do aborto (4,7%) 
 Embolia pulmonar pós-cesárea (2,6%) 
• Indiretas (29%) 
 Cardiopatias (11%) 
 Pneumopatias (7%) 
 
 
 
 
 
 
 
• Outros fatores de risco 
 Tabagismo 
- O tabagismo na gravidez aumenta a incidência de 
tromboembolia , principalmente em mulheres com 
vasculopatia venosa (varizes) nos membros inferiores . 
- Além de ser um fator de risco para Tromboembolia 
pulmonar , o tabagismo é, também, fator de risco para 
~ Descolamento prematuro da placenta (DPP) 
~ Placenta prévia (PP) 
~ Acretismo placentário 
 
 Alcoolismo 
- O alcoolismo frequentemente passa despercebido e é 
fator de risco para as complicações hepáticas na 
gestação 
 
 Cesariana prévia – fator de risco para 
- Acretismo placentário 
- Placenta prévia 
- Ruptura uterina 
- Quando a gestante tem cesariana prévia, principalmente 
se mais do que uma, e é tabagista, o risco de placenta 
prévia e acretismo está aumentado 
- Estas pacientes devem fazer avaliação ecográfica da 
localização da placenta durante o pré-natal 
 
 Idade materna, paridade 
- Idade materna como fator de risco 
- A idade em seus extremos – menos de 15 anos e mais de 
35 anos 
- O maior risco materno está na faixa etária de 45 a 49 anos 
- As mulheres com várias gestações e mais de 35 anos 
estão mais propensas ao desencadeamento das 
síndromes hemorrágicas 
 
Qualidade do pré-natal 
• Proporção de gestantes com pelo menos 6 consultas pré-
natal realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de gestação 
• O que mais ?? 
 
- 
 
Via de parto 
• Cesariana 
 Vários estudos comprovamque quase 70% dos casos de 
mortalidade materna ocorrem em partos feitos através de 
cesarianas e cerca de 30%, em partos naturais 
 
10 
 
 
Rafaela Pamplona 
Serviços hospitalares 
• Qualidade dos serviços hospitalares em ginecologia e 
obstetrícia (acolhimento, pronto-atendimento, organização, 
partograma, alta, contrarreferência, etc) 
• Formação acadêmica e residências médicas 
 
Principais problemas relacionados a morte materna 
• Gravidez não planejada 
• Grande número de filhos 
• Início tardio do pré-natal 
• Pré-natal de baixa qualidade 
• Falta de busca ativa da gestante faltosa às consultas 
• Baixa valorização das queixas e do quadro clínico 
• Demora na identificação da necessidade de encaminhamento 
para o pré-natal de alto risco 
• Dificuldades no acolhimento, responsabilização e vinculação 
com as equipes de saúde 
• Demora na tomada de decisão no atendimento das 
intercorrências e urgências 
• Não seguimento dos protocolos 
• Não realização da consulta de puerpério 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL I 
 
Importância do pré-natal 
• Sexualidade 
• Orientação higienodietética 
• Desenvolvimento da gestação 
• Modificações corporais e emocionais 
• Sinais e sintomas do parto 
• Importância do planejamento familiar 
• Impacto e agravos das condições de trabalho sobre a 
gestação parto e puerpério 
• Importância da participação do pai durante a gestação 
• Importância do vínculo pai-filho para o desenvolvimento 
saudável da criança 
• Aleitamento materno 
• Preparo psicológico para as mulheres que tem 
contraindicação para o aleitamento materno (portadoras de 
HIV e cardiopatia grave) 
• Importância das consultas puerperais 
• Cuidados com o recém-nascido 
• Importância do acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento da criança, e das medidas preventivas 
(vacinação, higiene e saneamento do meio ambiente) 
 
Avaliar o risco antes da gestação 
• Perguntas para determinar sinais e sintomas de perigo 
 Qual sua idade? 
 Já iniciou vida sexual? 
 Se sim: Tem vida sexual ativa? 
 Tem parceiro estável? 
 Você e seu parceiro utilizam algum método de planejamento 
reprodutivo? 
 Tem relação sexual sem proteção? 
 Quantos partos já teve? 
 Qual o intervalo entre os partos, qual o tipo de parto? 
 Antecedentes de cirurgia previa? 
 Faz uso de drogas, álcool, fumo ou medicamentos? 
 Tem alguma doença? 
 Investigar dados de depressão, tristeza extrema ou 
violência 
 
Pré-natal 
• O pré-natal é muito importante para que se tenha uma 
assistência também psicológica e emocional para a mulher, 
pois este é um período em que a mulher vive uma fase mais 
sensível, mais emotiva, onde surgem muitas dúvidas e medos 
 
 
11 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Triagem no pré-natal 
 Detectar precoce 
 Iniciar tratamento 
 Redução da morbidade e mortalidade 
 
Identificação dos fatores de risco 
• Risco pré-concepcional 
 Educação 
 Hábitos e estilo de vida 
 Uso de medicação (drogas) 
 Aconselhamento genético 
 Prevenção de infecções 
 Controle de doenças crônicas 
 
Assistência pré-natal 
• É competência da equipe de saúde acolher a gestante e a 
família desde o primeiro contato na unidade de saúde ou na 
própria comunidade 
• “A assistência pré-natal visa proporcionar higidez ao 
organismo materno, pesquisar e tratar estados mórbidos 
porventura existentes, orientar a gestante, ampará-la social e 
psicologicamente e educá-la para o parto, visa, enfim, 
assegurar a perfeita estruturação somatopsíquica do 
nascituro” 
 
 
 
Diagnóstico de gravidez 
• Pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro da unidade 
básica 
• A gestante deve receber orientações necessárias ao 
acompanhamento pré-natal 
 Sequência de consultas médicas e de enfermagem, visitas 
domiciliares e reuniões educativas 
 
• Objetivos 
 Início rápido pré-natal 
 Diagnóstico gestação em seu início 
 Definição precisa idade gestacional 
 Captação precoce gestante 
 Melhora resultados maternos e perinatais 
 
Condições básicas para organização da assistência 
pré-natal 
I. Discussão permanente com a população sobre a importância 
do pré-natal 
II. Identificação precoce das gestantes e início precoce do pré-
natal 
III. Acompanhamento periódico e contínuo de todas as 
gestantes 
IV. Sistema eficiente de referência e contrarreferência 
 
• Condições para que tais práticas sejam desenvolvidas, faz-se 
necessário 
a) Recursos humanos 
b) Área física adequada 
c) Equipamento e instrumental mínimo 
d) Laboratório 
e) Instrumentos de registro e processamento e análise dados 
disponíveis 
- Cartão da gestante 
- Ficha perinatal 
- Mapa de registro diário 
f) Medicamentos essenciais 
g) Avaliação permanente da assistência pré-natal 
 
Algoritmo do diagnóstico 
Atraso ou 
irregularidade 
menstrual, 
náuseas, aumento 
do vol. abdominal 
→ Avaliar: ciclo menstrual, data da última 
menstruação, atividade sexual 
 
 Atraso em mulheres com atividade sexual 
 ↓ 
 Solicitar teste imunológico de gravidez 
 ↓ ↓ 
 Resultado positivo Resultado negativo 
 ↓ ↓ 
 Gravidez 
confirmada 
Repetir TIG após 
15 dias 
 ↓ ↓ 
 Iniciar 
acompanhamento 
da gestante 
Resultado negativo 
↓ 
 Persistindo 
amenorreia – avaliar 
causas ginecológicas 
 
 
 
12 
 
 
Rafaela Pamplona 
Classificação do risco gestacional 
 
 
• Perguntar 
 Qual a sua idade? 
 Quando foi a última menstruação? 
 Faz controle pré-natal? 
 Quando começou o pré-natal? 
 Quantas consultas? 
 Quantas gestações já teve? 
 Quando foi seu último parto, tem ou teve queixas urinarias? 
 Os partos foram normais, cesáreas ou com fórceps? 
 Teve filho com baixo peso, tem tido febre, tem alguma 
doença? 
 Teve filhos prematuros, está tomando algum medicamento? 
 Teve filhos malformados, tem ou teve algum sangramento 
vaginal? 
 Teve aborto, tem corrimento, tem dor de cabeça forte? 
 Teve morte de filhos ao nascer, tem visão turva, teve 
convulsões? 
 Está tendo dores de parto, fuma bebe ou consome drogas? 
 
• Avaliar características individuais e condições 
sociodemográficas favoráveis 
 Idade entre 15 e 34 anos 
 Gravidez planejada ou desejada 
 História reprodutiva anterior 
- Intervalo interpartal maior que um ano. 
- Ausência de intercorrências clínicas e/ou obstétricas na 
gravidez anterior e/ou na atual 
RISCO HABITUAL 
 
• Avaliar características individuais e condições 
sociodemográficas desfavoráveis 
 Idade menor que 15 e maior que 34 anos 
 Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, 
principalmente em adolescentes 
 Ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de 
horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos 
nocivos, estresse 
 Situação conjugal insegura 
 Baixa escolaridade (< 5 anos) 
 Tabagista 
 Altura menor que 1,45 m; • IMC < 19 ou > 30 
 Uso de drogas 
 Nuliparidade e multiparidade maior que 05 partos 
 Cirurgia uterina anterior 
 Intervalo interpartal menor que 2 anos 
 Intercorrências clínicas/obstétricas na gravidez atual 
- Infecção urinária 
- Anemia com hemoglobina maior que 8 
 Dependência química de drogas 
 História reprodutiva anterior 
- Morte perinatal explicada e inexplicada 
- Abortamento habitual 
- Esterilidade/infertilidade 
- Síndrome hemorrágica ou hipertensiva 
- Prematuridade 
 Doença obstétrica na gravidez atual controlada 
- Desvio quanto ao crescimento uterino e ao volume de 
líquido amniótico 
- Gestação múltipla 
- Ganho ponderal inadequado 
- Diabetes gestacional 
- Hemorragias da gestação 
RISCO HABITUAL 
 
• Intercorrências clínicas (patologias controladas) 
 Infecção urinária de repetição 
 Hipertensão arterial 
 Cardiopatias (reumáticas, congênitas, hipertensivas, 
arritmias, valvulopatias, endocardites na gestação) 
 Pneumopatias (asmaem uso de medicamentos contínuos, 
DPOC) 
 Nefropatias (insuficiência renal, rins policísticos, pielonefrite 
de repetição) 
 Endocrinopatias (diabetes, hipo e hipertireoidismo) 
 Hemopatias 
 Epilepsia 
 Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, 
infecção pelo HIV) 
 Doenças autoimunes (lúpus eritematoso, artrite reumatoide 
etc.) 
 Ginecopatias (malformações uterinas, miomas intramurais 
com diâmetro > 4 cm ou múltiplos e miomas submucosos, 
útero bicorne) 
 Câncer: os de origem ginecológica, se invasores, que 
estejam em tratamento ou possam repercutir na gravidez 
13 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Gestação resultante de estupro, em que a mulher optou por 
não interromper a gravidez ou não houve tempo hábil para 
a sua interrupção legal 
 Fatores de risco gestacional 
 Doença obstétrica na gravidez atual – não controlada 
 Intercorrências clínicas – patologias não controladas 
 Malformações fetais 
 Isoimunização (fator Rh) 
ALTO RISCO 
 
• Fatores de risco a gestação segundo o Ministério da Saúde 
 
 
 
 
Gestação sem risco iminente – baixo risco 
• Roteiro das consultas 
 Mínimo 6 – preferencialmente 
- 1 consulta no 1º trimestre 
- 2 consultas no 2º trimestre 
- 3 consultas no 3º trimestre 
• O total de consultas deverá ser de, no mínimo 6, com 
acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro 
• As consultas devem ser realizadas conforme o cronograma 
 Até a 28ª semana → mensamente 
 Da 28ª a 36ª semana → quinzenalmente 
 Da 36ª a 41ª semana → semanalmente 
• Diagnóstico da gravidez 
 Presunção 
- Náuseas, Vômitos, Sensibilidade Mamária, Polaciúria e 
Constipação associados a amenorreia 
 
- Sinais de presunção 
~ 4 semanas: amenorreia 
~ 5 semanas: náuseas (50%), vômitos e anorexia 
Aumento do apetite/perversão alimentar 
Congestão mamaria 
~ 6 semanas: polaciúria (VU/AVF) 
~ 8 Semanas: pigmentação aréola primária 
Tubérculos de Montgomery 
 
 
 
~ 16 Semanas: colostro 
Rede de Haller 
 
 
 
~ 20 semanas: aréola secundária 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Rafaela Pamplona 
- Sinais de probabilidade 
~ 6 semanas: amenorreia (10 – 14 dias) 
~ 8 semanas 
Alteração da consistência uterina 
↳ Sinal de Hegar: amolecimento do istmo 
Alteração da forma 
↳ Sinal de Piskacek: abaulamento, amolecimento da 
zona de implantação 
↳ Sinal de Nobile-Budin: abaulamento do útero 
gravídico ao toque do fundo de saco 
↳ Sinal de Osiander: percepção dos batimentos do 
pulso vaginal 
↳ Sinal de Jacquemier ou de Chadwick: coleção 
violácea vestíbulo e meato pelo aumento do fluxo 
sanguíneo 
↳ Sinal de Kluge: coloração violácea da vagina pelo 
aumento do fluxo sanguíneo 
 
 
 
 
 
 
 
- Sinais de certeza 
~ 14 semanas: Sinal de Puzzos (rechaço fetal) 
~ 18 semanas: percepção e palpação dos movimentos 
fetais 
Palpação dos segmentos fetais 
~ 20 – 21 semanas: ausculta fetal (Pinard) Sonar (10s) 
M-mode (7/8s) 
 
 
 Laboratorial 
- TIG – Urina e Sangue (Beta-HCG) 
 
 
 Exame físico 
- Alterações mamárias → sinais de presunção 
~ Turgência 
~ Aumento de volume e sensibilidade 
- Alterações uterinas → sinais de probabilidade 
~ Aumento do volume 
~ Consistência do colo 
 
• Métodos para cálculo da idade gestacional (IG) 
 DUM totalmente desconhecida 
- AU/Toque Vaginal 
~ Até 6 semanas – sem alteração 
~ 8 semanas – 2 x normal 
~ 10 semanas – 3 x normal 
~ 12 semanas – palpável sínfise púbica 
~ 16 semanas – ½ entre SP e cicatriz umbilical 
~ 20 a 30 semanas – AU = IG 
 
• Aumento do volume abdominal – altura uterina (AU) 
 
 
• Diagnóstico ultrassonográfico 
 USG pélvica USG transvaginal 
SG 5s 4s 
Embrião 7 – 8s 5 – 6s 
BCF 7 – 8s 5 – 6s 
Placenta 12s 9s 
Cabeça fetal 11 – 12s 8s 
15 
 
 
Rafaela Pamplona 
Captação precoce 
• Visitas domiciliares: foco na gestante, abrangendo contexto 
familiar e social 
• Objetivos da visita domiciliar 
 Captar gestantes não-inscritas 
 Reconduzir gestantes faltosas, especialmente as de alto 
risco 
 Acompanhar algumas gestantes com dificuldade de acesso 
 Completar o trabalho educativo 
 Reavaliar, reorientar ou dar seguimento 
 
Nova caderneta da gestante 
• Publicação dirigida aos profissionais e usuárias do SUS 
• Contempla as diretrizes de boas práticas na assistência pré-
natal, parto e nascimento propostas na Estratégia Rede 
Cegonha e alinhadas com a Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Mulher 
 
Primeira consulta 
• Deve ocorrer o mais precoce possível, antes da 13ª semana 
• Anamnese completa 
 Idade gestacional 
 Avaliação nutricional 
 Plano de acompanhamento 
• Marcos 
 Inserir nº de registro do SISPré-natal no Cartão da Gestante 
 entrega do cartão da gestante, solicitação de exames de 
rotina, calendário das vacinas, convite às atividades 
educativas 
 
• Roteiro 
 Identificação: idade, cor, naturalidade e endereço 
 Dados socioeconômicos: instrução, ocupação, situação 
conjugal, nº de dependentes, renda, condições moradia e 
saneamento 
 Motivos da consulta: se foi encaminhada, procurou 
espontaneamente, se tem queixa 
 Antecedentes familiares: hipertensão arterial*, diabetes, 
doenças congênitas, gemelaridade, câncer de mama, 
hanseníase, tuberculose e outros (grau parentesco) 
 Antecedentes pessoais: hipertensão*, diabetes, 
cardiopatias, doenças renais crônicas, anemias, doenças 
neuropsíquicas, herpes e rubéola, alergias, hanseníase e 
tuberculose (registrar tipo e data) 
 
 História clínica 
- Antecedentes ginecológicos: ciclos menstruais (duração, 
intervalo e regularidade), uso de métodos 
anticoncepcionais, quais, por quanto tempo e motivo 
abandono), infertilidade e esterilidade, DST inclui parceiro, 
mamas (alteração e tratamento), último exame de 
Papanicolaou 
- Sexualidade: início da atividade sexual, desejo, orgasmo, 
dispareunia, prática sexual nesta gestação e nas 
anteriores, nº de parceiros 
- Antecedentes obstétricos: Nº de gestações (abortos, 
gravidez ectópica e mola hidatiforme); nº, tipos e locais de 
partos, nº e tipos de abortamentos, se fez curetagem; nº 
de filhos vivos; idade da 1ª gestação; intervalo interpartal; 
nº e intercorrências dos recém-nascidos; intercorrências 
nas gestações, partos e puerpérios anteriores; história de 
aleitamento 
- Gestação atual: data da última menstruação (DUM) – 
primeiro dia/mês/ano 
Ex.: DUM 04/07/2021 
DPP – 11/04/2022 calcular DPP 
~ Dúvida? 
~ Anotar percepção dos primeiros movimentos fetais 18 
semanas, ultrassonografia + efetiva, quando precoce; 
sinais e sintomas gestação; 
~ uso de medicamentos 
~ atividade ocupacional 
 
 Exame físico geral 
- Aferição do peso 
- Avaliação do estado nutricional da gestante 
- Aferição da frequência cardíaca 
- Medida da temperatura axilar 
- Medida da pressão arterial 
- Inspeção da pele e das mucosas 
- Exame da cavidade bucal 
- Palpação da tireóide e mamas 
- Ausculta cardiopulmonar 
- Exame do abdome 
- Palpação dos gânglios inguinais 
- Exame dos membros inferiores 
- Pesquisa de edema (face, tronco, membros) 
 
 Exame físico específico 
- Exame de mamas 
- Medida da altura uterina 
- Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF) 
~ Entre a 7ª e a 10ª semana – Sonar Doppler 
~ Após a 20ª semana – Pinard 
- Identificação da situação e apresentação fetal (3º 
trimestre) 
- Inspeção dos genitais externos – DST/HIV/AIDS 
16 
 
 
Rafaela Pamplona 
- Exame especular: inspeção das paredes vaginais, do 
conteúdo vaginal e do colo uterino, e coleta de material 
para exame colpocitológico 
- Toque vaginal 
- Educação individual 
- Outros exames, se necessários 
 
• Rotina laboratorial mínima 
 ABO/Rh 
 Hb/Ht 
 VDRL 
 Glicemia jejum 
 Sumário de urina 
 Colpocitologia oncótica (> 3 anos) 
 Elisa anti-HIV 
- Exame consentido 
- Aconselhamento pré-teste 
- Explicar: teste 
benefícios diagnóstico precoce 
- Sorologia HIV 
~ Rastreamentouniversal informado 
↳ Se positivo 
Contraindica procedimentos invasivos 
Rastrear parceiro sexual 
Cuidados em sala de parto 
Contraindica amamentação 
 
• Rotina laboratorial avançada 
 Sorologia: Hepatite 
Toxoplasmose 
Rubéola 
 Urinocultura com antibiograma 
 Bacterioscopia da secreção vaginal 
 Hepatite B – HBsAg 
- Vacinar pacientes de alto-risco 
- Rastrear parceiro sexual 
- Se positivo: contraindica procedimentos invasivos 
~ Cuidados em sala de parto 
Vacina e imunoglobulina para o RN 
Mãe (-) – apenas vacinar RN 
Mãe (+) – HBIG 0,5ml IM + Vacina RN 
 
• Ações complementares 
 Referência para atendimento odontológico 
 Referência para vacinação antitetânica, quando a gestante 
não estiver imunizada 
 Referência para serviços especializados na mesma unidade 
ou unidade de maior complexidade, quando indicado 
 Agendamento de consultas subsequentes 
 
Consultas subsequentes 
• Revisão da ficha perinatal e anamnese atual 
• Cálculo e anotação da idade gestacional 
• Controle do calendário de vacinação 
 Vacinas inativas são seguras, e podem ser utilizadas, 
quando necessário, nas gestantes 
Ex.: difteria, tétano, influenza, hepatite A e hepatite B, 
corona vírus 
 Vacinas que contém vírus ou bactérias vivas a princípio 
devem ser contraindicadas, exceto em situações em que o 
risco de adoecimento sobrepuja o risco teórico vacinal 
Ex.: varicela, sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, 
influenza nasal e outras 
 
 Vacina antitetânica – gestante não vacinada 
1ª dose 2ª dose 3ª dose 
Precoce 60 dias após 60 dias após a 2 dose 
 
- As primeiras duas doses com intervalo de dois meses 
(mínimo de um mês) - aplicando-se a primeira o mais 
precocemente possível - e a terceira, seis meses depois 
da segunda 
~ Caso só haja tempo para aplicação de duas doses, a 
segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da 
data provável do parto (esquema 0, 2, 8) 
- Três doses, de dois em dois meses (intervalos mínimos de 
um mês) - aplicando-se a primeira dose o mais 
precocemente possível 
- Caso só haja tempo para aplicar duas doses, a segunda 
deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável 
do parto (esquema 0, 2, 4) 
- Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um 
ou outro esquema nas diferentes regiões do país 
 
 Vacina antitetânica – gestante vacinada 
- Se 1ª ou 2ª doses: completar esquema de 3 doses 
- Reforço: 10/10 anos 
- Na gestação: 5 anos 
- DTPa a cada gestação 
- Esquema básico: na gestante que já recebeu uma ou duas 
doses da vacina contra o tétano (DTP, DT, dT ou TT) 
deverão ser aplicadas mais duas ou uma dose, 
respectivamente, da vacina dupla tipo adulto (dT), para se 
completar o esquema básico de três doses. Essa terceira 
dose deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data 
provável do parto 
17 
 
 
Rafaela Pamplona 
- Reforços: de dez em dez anos; antecipar a dose de 
reforço se ocorrer nova gravidez cinco anos, ou mais, 
depois da aplicação da última dose. A dose de reforço 
deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável 
do parto 
 
• Exame físico e gineco-obstétrico: repetir todos os passos 
citados anteriormente 
• Interpretação de exames laboratoriais e solicitação de outros, 
se necessários 
• Acompanhamento das condutas adotadas em serviços 
clínicos especializados 
• Realização de ações e práticas educativas (individuais e em 
grupos) 
• Agendamento de consultas subsequentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL II – NUTRIÇÃO E 
GRAVIDEZ 
 
Nutrição e gestação 
• A gestação é um período na vida da mulher durante o qual 
aumentam as necessidades nutritivas 
 Feto: crescimento e desenvolvimento 
 Mae: modificações do corpo 
• Peso ideal 
 Ao longo dos 9 meses de gravidez, a mulher aumenta em 
média entra 10 a 12kg 
- 1º trimestre: 1 a 2kg 
- 2º a 3º trimestre: 1,5 a 2kg por mês 
 
Placenta e anexos embrionários 
 
 
 
Avaliação do estado nutricional 
• O estado nutricional é o que os nutricionistas utilizam para 
definir se a gestante apresenta peso igual, maior ou menor do 
que o adequado, além de avaliar o ganho de peso na gravidez 
• Índice de massa corpórea – IMC 
IMC = 
𝑝𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔)
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚)𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚)
 
 
18 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Ganho de peso recomendado 
 
 
IMC pré Ganho de peso (kg) 
Baixo peso 12,5 – 18,0 
Normal 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 7 – 11,5 
Obesidade < 7,0 → adulta 
7,0 – 9,0 → adolescente 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suplementação vitamínica 
• Toda paciente idade reprodutiva deve receber 4mg/dia ácido 
fólico prevenção de defeitos do tubo neural (DTN) e anemia 
megaloblástica 
• Suplementação de 40mg de Fe - 2° e 3° trimestre 
• Suplemento vitamínico e mineral - grupos de risco 
• Não usar vitamina A em altas doses, leva a malformações 
fetal 
 
• Consulta subsequente 
 Prescrever sulfato ferroso 
- 300mg/dia  30 a 60mg ferro elementar 
 Prescrever ácido fólico (4mg/dia) 
 Orientar alimentação 
 Realizar ações e práticas educativas (individual/grupo) 
 Agendar consultas subsequentes 
 
• Ácido fólico 
 Coenzima necessária no turnover e crescimento tecidual 
 Folhas verdes frutas cítricas e cereais, feijão, leite 
• Vitamina B12 
 Necessária a divisão celular e síntese proteica 
 Carnes, peixes, ovos e legumes 
• Vitamina B6 
 Metabolismo, função eritrocitária e imune 
 Carne, aves, peixes e fígado 
• Vitamina C 
 Envolvida no metabolismo 
 Frutas cítricas e vegetais 
• Cálcio 
 Formação óssea 
 Leite, queijos, iogurte 
• Zinco 
 Crescimento celular e metabolismo 
 Ostras, frutos do mar, peixes, fígado, peru 
• Ferro 
 Encontrado em carne, ovos, fígado, ameixa 
 Ingesta concomitante com leite, chá, café inibem absorção 
• Vitamina C 
 Envolvida no metabolismo frutas cítricas e vegetais 
 Kiwi, laranja, limão, abacaxi, caju, acerola 
• Vitamina A 
 Envolvida no crescimento celular e reações fotoquímicas na 
retina 
 Fígado, ovos, leite, cenoura e folhas verdes 
 
 
 
19 
 
 
Rafaela Pamplona 
Métodos para cálculo da IG 
• Objetivo 
 Estimar tempo gravidez 
 Idade fetal 
 
 
 
 
 
• Mês X semana 
 
 
• DUM conhecida/certeza 
 Sem uso anticoncepcionais 
 3 meses após anticoncepcional oral 
 6 meses após progestágeno injetável 
 Ciclos regulares 
 
 Método do calendário 
- Soma dos dias entre 1º dia da menstruação e o dia atual 
- Dividir o resultado por sete 
- Resultado: No de semanas 
- Resto: No dias além da referida semana 
 
- Ex.: DUM: 20/09/2020 
Data atual: 15/04/2021 
IG: set 10 
Out 31 
Nov 30 
Dez 31 
Jan 31 
Fev 28 
Mar 31 
Abr 15 
 207 7 
67 29 
4 
IG = 29 semanas e 4 dias 
 
 Gestograma (disco gestacional) 
- Colocar a seta sobre data DUM 
- Observa na data atual o nº de semanas 
- Observa na outra seta a DPP 
 
 
 
• DUM desconhecida/incerteza 
 Sabe-se época mês, considera-se 1º dia da DUM 
- Início mês = Dia 05 
- Meio mês = Dia 15 
- Final mês = Dia 25 
 
• DUM totalmente desconhecida 
 IG calculada por aproximação com: 
- Altura fundo uterino 
- Toque vaginal 
- Início movimentação fetal (16 – 20 semanas) 
20 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Altura uterina / toque vaginal 
- Até 6 semanas – sem alteração 
- 8 semanas – 2 x normal 
- 10 semanas – 3 x normal 
- 12 semanas – palpável sínfise púbica 
- 16 semanas – ½ entre SP e cicatriz umbilical 
- 20 a 30 semanas – AU = IG 
 
 
 
 Ultrassonografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Métodos para cálculo DPP 
• Objetivo 
 Estimar período provável nascimento 
 
 Altura uterina / toque vaginal 
- Soma-se 280 dias ou 40 semanas a partir da DUM 
 
 Com gestograma (disco gestacional) 
- Coloca 1ª seta na DUM e observa outra seta na DPP 
- DUM conhecida/certeza 
 
 
 
 A partir da DUM 
- Soma7 ao 1º dia e diminui 3 ao mês 
~ Ou soma 9 se janeiro/fevereiro/março 
- Soma 7 ao 1º dia e, se muda o mês, diminui 2 ao mês 
~ Ou soma 10 se janeiro/fevereiro/março 
 
 
 
 
 
Procedimentos técnicos – Medida do Peso 
• Objetivo 
 Avaliar estado nutricional 
 Avaliar o ganho peso gestação 
• Identificação de gestantes com déficit nutricional, sobrepeso 
ou obesidade no início da gestação 
• Detectar o ganho peso deficiente ou excessivo 
• Adotar condutas corretivas 
• Técnica da medida do peso 
 Aparelho: plataforma, escala com intervalo até 100kg 
- Destravar, zerar, tarar balança 
- Gestante na plataforma com bata/descalça – frente 
mostrador 
- Mover peso maior até baixar braço balança 
~ Voltar o peso maior para o ponto imediatamente 
anterior (braço da balança levanta) 
- Mover peso menor lentamente até equilibrar o braço da 
balança (fica em linha reta) 
- Verificar peso, em quilos, na escala maior e, em gramas, 
na escala menor 
- Anotar peso no prontuário/ficha/cartão 
- Anotar no gráfico de peso (avaliar curva de ganho de 
peso) 
 
Procedimentos técnicos – Medida da Estatura 
• Aparelho: Balança com plataforma 
 Gestante na plataforma descalça 
 Frente para examinador 
 Calcanhares, nádegas e espáduas tocam a haste vertical da 
balança 
 Cabeça erguida, reta 
22 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Baixar haste até pressionar cabelo 
 Medir altura com aproximação de 0,5cm 
 Anotar resultado no prontuário/cartão/ficha perinatal 
 
Avaliação do estado nutricional 
• Peso pré-gravídico conhecido 
 Calcular IMC – índice de massa corpórea 
IMC = 
𝑝𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔)
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚2)
 
IMC (kg/m2) Classificação 
< 19,8 Baixo peso 
19,8 – 26 Peso normal 
26,1 – 29 Sobrepeso 
> 29 Obesidade 
 
• Ganho de peso recomendado 
IMC pré Ganho de peso (kg) 
Baixo peso 12,5 – 18,0 
Normal 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 7 – 11,5 
Obesidade < 7,0 → adulta 
7,0 – 9,0 → adolescente 
 
 
• Classificação IMC 
 
 
 
 
• Peso pré-gravídico desconhecido, mas consulta inicial no 1º 
trimestre 
 Usa o peso obtido na consulta e os mesmos parâmetros 
prévios 
 
• Peso pré-gravídico desconhecido, com consulta inicial após 
1º trimestre 
 Pode-se obter, em tabelas, o peso esperado para 
determinada altura segundo a IG 
 
 
< p10 = baixo peso 
p10 – p90 = normal 
> p90 sobrepeso 
 
• Ganho de peso (GP) 
 GP (kg) = Peso atual – Peso pré-gestacional 
(1ª consulta no 1º trimestre) 
 Colocar no gráfico 
 Controlar ganho a cada consulta 
 Verificar se acima do p90 ou abaixo do p25 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=iXfSHZKqWp2SXM&tbnid=oTY6wMXNkLzPhM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fpicnicchic.blogspot.com%2F2013%2F01%2Fpeso-correto-na-gestacao.html&ei=pBU6UdviJIf68QS0lIBI&bvm=bv.43287494,d.dmQ&psig=AFQjCNG5XOzseOEKT1dAJYUXLvg8TAKQMg&ust=1362846485620241
23 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Adequado: entre p25 e p90 
 Se no início do pré-natal 
- IMC baixo: GP perto p90 
- IMC normal: GP entre p50 e p90 
- IMC sobrepeso: GP entre p25 e p50 
- IMC obesidade: GP perto p25 
 
• Peso pré-gravídico totalmente desconhecido 
 Normal: 400g/semana – 2º trimestre 
300g/semana – 3º trimestre 
 Inadequado: >p90 ou <p25 
- GP < p25: desnutrição? 
Predisposição feto PIG 
- GP > p90: Excesso ingesta/edema? 
Predisposição feto GIG 
 Aumento súbito >500mg/semana 
- Edema? 
- Erro mensuração? 
 
 Ganho de peso normal 
- Conduta: rotina e orientação alimentar 
 
 
 Ganho de peso deficiente 
- Conduta: investigar alimentação 
Investigar causas 
Retorno prazo menor 
Consulta medica – serviço de alto risco 
 
 Ganho de peso excessivo 
- Conduta: investigar alimentação 
Investigar causas (obesidade, edema, gemelar, 
polidrâmnio, macrossomia) 
Avaliar/tratar 
Retorno prazo menor 
Consulta médica – serviço de alto risco 
 
 
 
Controle da Pressão arterial 
• Objetivos 
 Detecção precoce dos estados hipertensivos 
 Redução do risco materno e perinatal 
• Hipertensão gestacional 
 PAS  140mmHg 
 PAD  90mmHg 
 2 ocasiões – intervalo 4h 
 
• Técnica 
 Aparelho de pressão calibrado 
 Paciente sentada (nunca supina), repouso 5 minutos 
 Braço altura do coração estendido sobre a mesa 
 Colocar aparelho pressão 
 Colocar diafragma do estetoscópio na dobra do cotovelo 
(não prender com o aparelho de pressão) 
 Inflar e desinflar lentamente 
 1º ruído: PA sistólica 
 Último ruído ou abafamento: PA diastólica 
 
• Conduta 
 Repetir PA após 4 horas repouso 
 Remarcar consulta 7/14 dias 
 Orientar para sintomas de agravo 
- Cefaleia, dor gástrica, escotomas visuais, edema,  
diurese, urina espumosa, diminuição movimentação fetal 
 Repouso 
24 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Verificar proteinúria: Labstix: + ou mais 
Urina 24 h > 300mg/lt 
 PA > 140 x 90 mmHg 
- Proteinúria positiva 
- Sintomas clínicos agravo  Pré-natal risco 
Unidade referência 
 HAC moderada/grave 
- Medicação anti-hipertensiva  Pré-natal risco 
 
Verificação da presença de edema 
• Objetivo 
 Detecção precoce edema patológico 
 
• Detecção de edema em MMII 
 Decúbito dorsal ou sentada 
 Pressão tornozelo: região peri-maleolar 
 Pressão perna, face anterior: região pré-tibial 
 
 
• Detecção de edema em região sacra 
 Decúbito lateral ou sentada 
 Pressão região sacral 
 
 
• Detecção de edema em face e MMSS 
 Inspeção 
 
Palpação obstétrica 
• Objetivo 
 Identificar situação, posição e apresentação fetais 
- Delimitação fundo uterino 
- Delimitação laterais uterinas 
- Identificação pólos cefálico, pélvico e dorso fetal 
 
 
 
• Manobra de Leopold – 4 tempos 
 1ª Manobra de Leopold: situação da parte fetal e delimitação 
do fundo uterino 
Longitudinal – transversa – obliqua 
 2ª Manobra de Leopold: posição fetal 
Se longitudinal: Direita – Esquerda 
Se transversal: Anterior – Posterior 
 3ª Manobra de Leopold: apresentação fetal/altura 
Cefálica – Pélvica – Córmica 
- Apresentação pélvica ou córmica ao final da gestação 
~ Encaminhar para serviço de alto risco 
~ Parto hospitalar 
 4ª Manobra de Leopold: atitude ou insinuação. Confirma a 
apresentação fetal 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Rafaela Pamplona 
Medida da altura uterina 
• Objetivo 
 Identificar o crescimento fetal 
 Diagnosticar os desvios da normalidade através da relação 
AU/IG 
 
• Técnica 
 Decúbito dorsal 
 Corrigir dextroversão uterina 
 Extremidade fita fixada na margem superior púbis 
 Deslizar fita entre os dedos indicador e médio da outra mão 
até fundo uterino com margem cubital dessa mão 
 Verificar valor fita e anotar no gráfico (em geral 1,5+/- 0,6cm 
maior) 
 Anotar no gráfico 
 
 
 
 
 
• Ponto entre a curva superior e inferior 
 Conduta: AU correspondente à IG 
Rotina 
 
 
 
ASSISTENCIA PRÉ-NATAL III – AUSCULTA 
DOS BATIMENTOS CARDIO-FETAIS 
 
Objetivo 
• Constatar ritmo, frequência e normalidade 
• Normal: 110 a 160bpm 
 
Técnica de ausculta Pinard 
• Decúbito dorsal 
• Identificar dorso fetal (posição) 
• Dúvida: área maior movimentação fetal 
dorso área contrária 
• Colocar Pinard local ausculta 
• Auscultar e anotar BCF (1 minuto) 
• Registrar BCF 
 Ausculta dos BCFs 
- Sonar Doppler: entre a 10ª e 12ª semana 
- Estetoscópio de Pinard: entre a 17ª e 20ª semana 
 Variam de 120 a 160bpm 
 Devem ser diferentes do pulso materno 
 
 
 
 
 
• Inaudíveis com IG > 24 semanas 
 Erro IG? 
 Dificuldade de ausculta? (ex.: obesidade) 
 Usar sonar Doppler 
- Se inaudível → USG ou serviço e alto risco 
 
• Taquicardia 
 Sinal de alerta 
 Afastar: febre materna, taquicardia materna, medicações 
 Suspeitar de sofrimento fetal 
26 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Avaliação médica do obstetra 
 Persistência → encaminhar para o serviço de alto risco 
 
• Bradicardia 
 Sinal de alerta 
 Afastar: bradicardia materna,medicações 
 Suspeitar de sofrimento fetal 
 Avaliação médica do obstetra 
 Persistência → encaminhar para o serviço de alto risco 
 
• Aumento transitório FCF após → boa vitalidade 
 Contração uterina 
 Movimentação fetal 
 Estimulo mecânico 
 
Avaliação da vitalidade 
• Aceleração FCF 
• Registro movimentação fetal – mobilograma 
 A partir da 28º semana 
 Método: simples, de baixo custo, sem contraindicações, não 
requer instrumentos. Raro falso-negativo 
 Diminuição da percepção do movimento fetal 
- Insuficiência placentária 
- Isoimunização Rh 
- Malformação fetal congênita 
- Atividade materna excessiva 
- Uso medicações, álcool, nicotina, etc 
 Técnica 
- Escolha período para atenção aos movimentos fetais 
- Alimentação prévia ao exercício 
- Sentar com mão sobre abdômen 
- Anotar os movimentos 
 Conduta 
- Período máximo 1 hora 
- Normal: 6 movimentos até 1 hora 
- Se obtém em menos tempo pode parar 
- Anormal → Inatividade fetal 
< 6 movimentos/hora 
2 horas consecutivas 
 
Serviço Referência 
• Teste estímulo fetal simplificado 
 Sonar Doppler 
 Buzina Kobo 
 Técnica 
- Decúbito dorsal com cabeceira elevada 
- Palpar pólo cefálico 
- Realizar estímulo acústico sobre o pólo cefálico por 3 a 5s 
- Observar movimentos fetais 
- Auscultar e contar novamente BCF por 4 períodos de 15s 
- Calcular média 4 valores 
 Interpretação 
- Teste positivo 
~ Movimentos fetais bruscos 
~ ↑ BCF em 15bpm 
- Teste negativo 
~ Ausência movimentos fetais 
~ Ausência  BCF 
~ Desaceleração FCF 
~ Se negativo: repetir 2x com intervalos de 10min 
~ Avaliação mais confiável da vitalidade fetal 
~ Referir nível maior de complexidade 
 
Cardiotocografia 
• É um método biofísico não invasivo de avaliação do bem-
estar fetal 
• Consiste no registro gráfico da frequência cardíaca fetal e das 
contrações uterinas 
• É classificada em cardiotocografia anteparto (quando 
realizada antes do início do trabalho de parto) e intraparto 
 
 
 
Bom Pré natal 
• Precoce 
• Periódico – mínimo 6 consultas 
• Completo 
• Ampla cobertura 
 
Covid 
• Paciente com síndrome gripal 
 Covid X H1N1 
• Ciclo gravídico puerperal 
 Adaptações do organismo materno a gravidez tornam a 
gravida mais susceptível as infecções – GRUPO DE RISCO 
- Alterações cardiovasculares 
- Alterações Imunológicas 
- Alterações Hematológicas 
- Alterações Pulmonares 
27 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
• Adotar medidas para minimizar risco de exposição (gestantes 
e profissionais de saúde) 
 Organizar horário das consultas 
 Orientar medidas de precaução 
 Recomendar uso de mascara 
 Organizar horário de atendimento 
- Baixo risco: espaçar consultas, exames 
- Alto risco: individualizar calendário das consultas 
 Triagem na chegada à unidade de saúde 
- Aferir temperatura + avaliar queixas respiratórias 
(gestante e acompanhante) 
- Triagem negativa: sem febre ou queixas de síndromes 
gripais 
~ Realizar consulta habitual 
- Triagem positiva: T≥ 37,8º e síndrome gripal 
~ Gestante recebe mascara 
~ Encaminhamento para área restrita 
↳ Avaliação área restrita – equipe médica (EPI) 
Nova aferição da temperatura + queixas respiratórias 
Avaliar FR + satO2 
Sinais de gravidade 
~ Caso suspeite de COVID 
↳ Isolamento domiciliar – ausência de sinais de 
gravidade 
↳ Internação – presença de sinais de gravidade 
 
 
 
 
• Atenção pré-natal 
 Gestantes assintomáticas para COVID – sem febre e/ou 
sintomas respiratórios 
 Manter acompanhamento pré-natal 
- Organização data consultas e dos exames (espaçar, se 
possível) 
- Controlar horário do atendimento (evitar aglomeração no 
local de espera) 
- Orientar vacinas (H1N1) 
- Orientar máscara de tecido 
 Orientar medidas de precaução padrão 
- Higienização das mãos 
- Evitar aglomerações 
- Evitar contato com pessoas febris/infecção respiratória 
- Evitar contato das mãos com a boca, nariz e olhos 
 Orientar sintomas da COVID e contato/local a procurar, se 
necessário 
 Gestantes: profissionais de saúde ou com atividade ou local 
de trabalho insalubre 
- Lei 13.287/16 proíbe trabalho de gestantes e lactantes 
SEM necessidade de atestado 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Atenção pré-natal 
 Gestantes sintomáticas para COVID – febre (≥38ºC) e/ou 
sintomas respiratórios (coriza, dor de garganta, mialgia, 
anosmia) 
- Sinais de gravidade 
~ FR ≥ 25irpm 
~ SatO2 <95% 
~ Hipotensão arterial 
~ Alteração no tempo de enchimento capilar 
~ Alteração do nível de consciência 
~ Oliguria 
 SEM sinais de gravidade 
- Orientar gestante 
~ Necessidade de uso de máscara cirúrgica 
~ Isolamento domiciliar 
~ Sobre sintomas de gravidade 
~ Sobre local a procurar em caso de piora/sinais de 
gravidade 
- Se disponível: teste de diagnostico molecular COVID 
 
• Atendimento hospitalar 
 Gestantes sintomáticas para COVID 
 Febre (≥38ºC) e/ou sintomas respiratórios (coriza, dor de 
garganta, mialgia, anosmia) 
 COM sinais de gravidade 
- Colocar mascara cirúrgica na gestante 
- Colher amostra (naso e orofaringe): teste diagnostico 
SARS-COV2 e outros exames 
- Iniciar oseltamivir, discutir uso de ATB 
- Notificar VE 
 
• Parturiente suspeita/ Diagnóstico de COVID-19 
 Paciente: colocar mascara 
 Equipe: EPI 
 Comunicar todas as equipes 
 Via parto: indicação obstétrica 
 Restringir acompanhantes 
 Sala de parto/cirúrgica com pressão negativa 
 Analgesia/anestesia: protocolo serviço 
 Complementar EPI equipe se procedimento gera aerossol 
(intubação e esforço materno no expulsivo) 
 Assistência ao TP e parto 
- Monitorização materna (sinais vitais) 
- Monitorização continua FCF 
- Se dispneia/ dificuldade respiratória abreviar expulsivo 
 Manejo cesárea 
- Indicação é obstétrica (materna e/ou fetal) 
- Preparar equipe/material para realizar cesárea em UTI 
 Pontos sem evidências cientifica 
- Definir protocolo serviço e discutir com parturientes 
~ Clampagem precoce ou oportuna cordão umbilical 
~ Contato pele a pele 
 Pós-parto 
- Puérpera em isolamento (máscara e precaução de 
contato) 
- Monitorizar SV maternos e critérios de gravidade 
- Equipe: EPI 
- Restringir visitas e acompanhante 
- RN com mãe, berço distante 2m 
- Amamentação liberada 
 Amamentação 
- Condições clínicas maternas 
- Desejo e capacidade 
- Compreensão materna 
 
Modificações fisiológicas da gravidez 
• Alterações dermatológicas 
 A maioria das gestantes apresentam algum grau de 
escurecimento da pele 
 A causa exata não é conhecida 
 Também se observa cloasma em grande números de 
mulheres que tomam AHO 
 A hiperpigmentação é evidente em áreas como: aréola, 
mamilo, períneo, vulva e umbigo 
 A linha alba, torna-se hiperpigmentada e chama-se linha 
nigra 
 Hirsutismo leve, especialmente da face, não é raro na 
gestação 
 A imensa maioria das gestantes apresentam estrias, os 
fatores predisponentes são raciais e genéticos 
 Fatores que desencadeiam: estiramento e distensão da pele 
e componentes hormonais, particularmente os estrógenos 
placentários 
 
• Alterações do sistema osteoarticular 
 A lordose progressiva é um achado característico na 
gravidez normal para compensar o peso do abdome (em 
posição anterior 
 Devido ao crescimento do útero é que ocorre a lordose, 
responsável pelo deslocamento do centro de gravidade para 
trás. Acentua-se a mobilidade das articulações sacrilíaca, 
sacrococcígea e junção púbica, durante a gravidez, 
presumivelmente como resultado das modificações 
hormonais 
 
 
29 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Modificações gerais 
- Postura 
~ Lordose da coluna lombar 
~ Afastamento das espaduas 
~ Marcha anserina 
- Esqueleto 
~ Embebimento gravídico 
~ Relaxamento articular 
 
Condutas nas queixas mais frequentes na gestação 
normal 
• Náuseas, vômitos e tonturas 
 Explicar que esses são sintomas comunsno início da 
gestação 
 Orientar a gestante para: dieta fracionada (seis refeições 
leves ao dia); evitar frituras, gorduras e alimentos com 
cheiros fortes ou desagradáveis; evitar líquidos durante as 
refeições, dando preferência à ingestão nos intervalos; 
ingerir alimentos sólidos antes de levantar-se, pela manhã 
 Agendar consulta médica para avaliar a necessidade de 
usar medicamentos ou referir ao pré-natal de alto risco, em 
caso de vômitos frequentes 
 
 
 
• Pirose (azia) 
 Orientar a gestante para: 
- Dieta fracionada, evitando frituras; ingerir leite frio 
- Evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo 
 
 OBS.: em alguns casos, a critério médico, a gestante pode 
fazer uso de medicamentos antiácidos 
 
• Sialorreia (salivação excessiva) 
 Explicar que esse é um sintoma comum no início da 
gestação; 
 Orientar dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos 
 Orientar a gestante para deglutir a saliva e tomar líquidos 
em abundância (especialmente em épocas de calor) 
 
• Fraqueza e desmaios 
 Orientar a gestante para que não faça mudanças bruscas 
de posição e evite a inatividade 
 Indicar dieta fracionada. Sugerir chá ou café com açúcar 
como estimulante, desde que não estejam contraindicados 
 Explicar a gestante que sentar-se com a cabeça abaixada 
ou deitar-se em decúbito lateral, respirando profunda e 
pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio 
 
• Dor abdominal, cólicas, flatulências e obstipação intestinal 
 Certificar-se de que não sejam contrações uterinas 
 Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, 
sugerir o uso de cinta (com exceção da elástica) e exercício 
apropriados 
 Se houver flatulência (gases) e ou obstipação intestinal 
- Orientar dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, 
mamão, ameixas e cereais integrais; 
- Recomendar que aumente a ingestão de líquidos e evite 
alimentos de alta fermentação, tais com repolho, couve, 
ovo, feijão, leite e açúcar; 
- Recomendar caminhadas, movimentação e regularização 
do hábito intestinal 
 Eventualmente prescrever 
- Dimeticona – gases 
- Supositório de glicerina - obstipação 
- Hioscina, uma cápsula, via oral, até duas vezes ao dia – 
cólicas 
- Solicitar exame parasitológico de fezes, se necessário 
 
• Hemorroidas 
 Recomendar a gestante 
- Fazer dieta, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se 
necessário, prescrever supositórios de glicerina 
- Não usar papel higiênico colorido ou áspero (molhá-lo) e 
fazer higiene perianal com água e sabão neutro, após 
defecação 
- Fazer banhos de vapor ou compressas mornas 
- Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento 
anal persistente 
 
• Corrimento vaginal 
 Explicar que um aumento de fluxo vaginal é comum na 
gestação 
 Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja 
diagnóstico de infecção vaginal 
30 
 
 
Rafaela Pamplona 
 Agendar consulta médica, se ocorrer fluxo de cor 
amarelada, esverdeada ou com odor fétido, ou caso haja 
prurido. Nesses casos, ver condutas no Manual e Controle 
de Doenças Sexualmente Transmissíveis/DST-Aids/MS 
 
• Queixas urinarias 
 Explicar que, geralmente, o aumento do número de micções 
é comum no início e no final da gestação (aumento do útero 
e compressão da bexiga) 
 Agendar consulta médica, caso exista dor ao urinar ou 
hematúria (sangue na urina), acompanhada ou não de febre 
 
• Falta de ar e dificuldade para respirar 
 Esses sintomas são frequentes na gestação, em 
decorrência do aumento do útero ou ansiedade da gestante: 
- Recomendar repouso em decúbito lateral 
- Ouvir a gestante e conversar sobre suas angústias, se for 
o caso 
- Estar atento para outros sintomas associados e para 
achados no exame cardiopulmonar pois, embora 
infrequentemente, pode tratar-se de doença cardíaca ou 
respiratória. Agendar a consulta médica, caso haja dúvida 
ou suspeita 
 
• Dor nas mamas 
 Recomendar o uso constante de sutiã, com boa 
sustentação, após descartar qualquer alteração no exame 
das mamas 
 
• Dor lombar (dores nas costas) 
 Recomendar à gestante: 
- Correção de postura ao sentar-se e ao andar; 
- Uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis; 
- Aplicação de calor local; 
- Eventualmente, usar analgésico (se não for 
contraindicado), por tempo limitado 
 
• Cefaleia (dor de cabeça) 
 Afastar hipertensão arterial e pré-eclâmpsia (se tiver mais 
de 24 semanas de gestação) 
 Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e 
temores 
 Referir à consulta médica, se persistir o sintoma 
 
• Sangramento nas gengivas 
 Recomendar o uso de escova de dentes macia e massagem 
na gengiva 
 Agendar atendimento odontológico, sempre que possível 
 Limpeza dos dentes 
- A mulher gravida responde mais ativamente a irritação 
que bactérias causam na gengiva, por isso o sangramento 
gengival ser muito comum na gestante 
 
• Varizes 
 Recomendar não permanecer muito tempo em pé ou 
sentada 
 Repousar (20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas 
elevadas; 
 Não usar roupas muito justas e nem ligas nas pernas, e, se 
possível, utilizar meia-calça elástica para gestante 
 
• Câimbras 
 Recomendar massagear o músculo contraído e dolorido e 
aplicar calor local 
 Evitar excesso de exercício 
 
• Cloasma gravídico (manchas escuras no rosto) 
 Explicar que é comum na gravidez e que costuma diminuir 
ou desaparecer, em tempo variável, após o parto; 
 Recomendar não expor o rosto diretamente ao sol 
 
• Estrias 
 Explicar que são resultados da distensão dos tecidos e que 
não existe método eficaz de prevenção. As estrias, que no 
início apresentavam cor arroxeada, tendem, com o tempo, 
a ficar de cor semelhante à da pele 
 Ainda que controversas, podem ser utilizadas massagens 
locais, com substâncias oleosas, na tentativa de preveni-las

Outros materiais