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Nathália Muniz – Medicina Veterinária UFRB Lesões sem significado clínico - Trajetos de injeção: são vistos com uma certa frequencia em animais que foram tratados antes do abate. Tem um aspecto linear, coloração esverdeada e odor de medicamento. São áreas muito bem isoladas na musculatura. Pode ocorrer necrose, liquefação e processo inflamatório caso a agulha ou seringa utilizada para injeção estiver contaminada. Alterações cadavéricas - Rigor mortis: Quando a fibra muscular não está sendo estimulada para se contrair, os íons cálcio são logo retirados das miofibrilas e devolvidos ao retículo endoplasmático; como resultado, o processo de contração cessa imediatamente. O relaxamento muscular, por conseguinte, necessita de energia. Após a morte, depois de curto período agônico de relaxamento muscular, o influxo de cálcio para as miofibrilas produz a contração muscular post mortem conhecida como rigor mortis ou rigor cadavérico. A depleção de ATP, que ocorre após a cessação dos mecanismos de produção de energia pela célula, impede a retirada do cálcio das miofibrilas (um processo ativo), e os músculos permanecem contraídos, enrijecidos. Como não há mais energia, o rigor mortis permanece até que as alterações autolíticas começam a dissolver os filamentos das miofibrilas, e o rigor desaparece. Alterações hereditárias e congênitas Hipoplasia miofibrilar Doença congênita por fator ambiental onde há o não desenvolvimento completo das fibras musculares. Em suínos, uma das causas principais é a intoxicação por zearalenona, que é uma toxina sintetizada por um Aspergillus (contaminante do milho) que evidencia efeito teratogênico. Outras causas incluem predisposição genética, infecções e fatores nutricionais. O animal possui a chamada “Síndrome dos membros abertos” principalmente pela fraqueza muscular. Os aspectos ultraestruturais do músculo de leitões afetados pela SMA abrangem distorção das bandas Z e perda do alinhamento dos sarcômeros. Há também alterações nos miofilamentos, que estão reduzidos de tamanho e bipartidos. O glicogênio está aumentado. Hiperplasia muscular congênita É uma condição que foi buscada em bovinos, ou seja, por melhoramento genético, com o objetivo de aumentar a carcaça desses animais. Não há hipertrofia do músculo e sim a hiperplasia, ou seja, se duplica o número de fibras musculares. É um defeito autossômico recessivo e afetará animais homozigotos. Síndrome do estresse porcino Hereditário. Hipertermia maligna dos suínos → condição que predispõe o animal a manifestações clínicas relacionadas ao estresse, como como manuseio, transporte ou brigas e temperatura ambiental alta. Os sinais clínicos são: tremores musculares (após os fatores estressantes), rigidez muscular, aumento da frequência cardíaca e respiratória, elevação da temperatura. Epidemiologia: afeta diversas raças de suínos, principalmente Landrace, Pietran e Hampshire. Os animais que mais apresentam essa síndrome são animais de maior rendimento de carcaça. A causa principal é um defeito no fechamento dos canais de rianodina → canal liberador de cálcio do retículo endoplasmático que desempenha papel crítico na deflagração da liberação do cálcio do retículo endoplasmático durante o acoplamento excitação-contração. Essas alterações são, portanto, conhecidas como miopatias dos canais de íons ou canalopatias. Artrogripose Pode ser congênita ou hereditária. Denota uma ocorrência de uma contração muscular permanente devido a dois fatores: Patologia do Sistema Músculo Esquelético desenvolvimento incompleto da musculara ou defeito na movimentação do feto no útero. Há o encurtamento das inserções dos músculos e o com isso o animal apresenta dificuldade de locomoção, dificuldade para mamar, etc. No Nordeste há uma maior frequência de artrogripose em pequenos ruminantes, sobretudo, caprinos. O animal pode sobreviver à alteração. A principal causa no Nordeste se dá pela intoxicação de Mimosa tenuiflora (jurema preta). Alterações inflamatórias Miosites clostridiais Carbúnculo sintomático Causada pelo clostridium chauvoei. Conhecido como “mal de ano”, “manqueira”, “quarto-fofo”, “Blackleg”, doença caracterizada por uma miosite necrosante aguda e fatal (letalidade de 100%). Rebanhos vacinados são muito difíceis de serem contaminados. Epidemiologia → Mais frequente em bovinos, menos frequente em ovinos (em ovinos: alteração da cor da pele sobrejacente, menor quantidade de bolhas de gás; o músculo é mais úmido), raramente ocorre nas outras espécies domésticas. Morte em 24-36 horas. Morte aguda causada por toxemia. Rápida autólise dos órgãos endócrinos, rim e fígado. Patogênese → ativação de esporos latentes na musculatura. Os esporos de clostridium são ingeridos pelos bovinos no pastejo/água e passam pelas barreiras teciduais com facilidade. Ganham a circulação e podem se alojar em diversos tecidos, mas principalmente músculo. Há trauma ou isquemia transitória no músculo, formando um ambiente anaeróbico favorável à germinação de esporos latentes →secreção de toxinas citolíticas (lecitinases, hemolisina, DNase, hialuronidase) → necrose do endotélio vascular e das miofibras. Macroscopia → Necrose e hemorragia da musculatura, se apresenta enegrecida e, a depender do estágio da doença vai ter aspectos diferentes. Nos estágios iniciais tende a estar úmida, brilhante, edemaciada. Mas, com o avançar do processo, ela tende a ficar seca, porosa e negra. O clostridium estimula a produção de gás, onde há a separação das miofibras pelas bolhas de gás, conferindo uma crepitação na musculatura. Nessas bolhas de gás, há um odor de “manteiga rançosa”. Alterações em outros tecidos são: pericardite fibrinosa, em quadros mais graves o miocárdio vai estar afetado que será a miocardite necrohemorrágica, lesão hemorrágica e necrose no diafragma e, quase sempre associado a esse processo pode haver pleurite fibrinosa. Microscopia → é uma lesão monofásica. Esta, é caracterizada por uma lesão que expressa uma condição única em um único momento. Por exemplo, no carbúnculo há necrose, hemorragia, que são lesões que acontecem ao mesmo tempo. A necrose é segmentar, onde a fibra muscular é grande e algumas áreas da fibra estão mais afetadas do que outras. Há degeneração das miofibras, estriações vão sendo perdidas e o músculo adquire um padrão homogêneo, resultando em necrose e lise das miofibras. Edema e bolhas de gás são também vistos. Edema maligno | Gangrena gasosa Contaminação de ferimentos por Clostridium (C. septicum, C. sordelii e C. perfringens). Ferida penetrante que inocula o músculo. Causas → procedimentos que levem a traumatismos dentro de um rebanho, como manejos de tosquia, corte de cauda em ovinos, vacinação, vermifugação desde que se utilizem injeções. Epidemiologia → Só há o surto da doença se todos do rebanho forem submetidos à um ferimento/traumatismos. A morte é rápida, em torno de 12-24h. Macroscopia → diferente do carbúnculo, no edema maligno a lesão não chega diretamente à musculatura, sendo muito mais um quadro de serosite no tecido subcutâneo. A gangrena gasosa (necrose muscular + gás) é, de fato, a lesão que ocorre na musculatura, quando as lesões são profundas o suficiente. A lesão, portanto, é muito semelhante ao carbúnculo, com miosite necrohemorrágica e bolhas de gás. Obs: as clostridioses no geral são extremamente graves, porém são muito fáceis de serem prevenidas com a vacinação, que possui um ótimo custo-benefício. Miosites parasitárias Cisticercose Formação de cisticercos em bovinos e suínos ao entrarem em contado com ovos de taenias em humanos. Os humanos são hospedeiros definitivos para duas espéciesdiferentes de taenias (T.saginata e T. solium) e, quando as proglotes gravídicas são liberadas no ambiente, os bovinos ou suínos podem ser contaminados ao ingerirem esses ovos. T. saginata – bovinos e T. solium – suínos. Nos animais, o cisto é a última forma observada de taenias no músculo. O ciclo se fecha quando o ser humano ingere o tecido muscular desses animais contaminados com o cisto ainda íntegro. Macroscopia → Os cistos procuram geralmente músculos com alta atividade metabólica (diafragma, m. da mastigação, língua). Geralmente não há interferência na função muscular com a presença do cisto, porém, em processos mais crônicos pode haver fibrose associada e degeneração. O padrão macroscópico pode variar com o tempo que o parasita se insere no músculo. Outros agentes de miosites parasitárias em animais domésticos incluem: - Sarcocystis spp. (protozoário) em equinos, bovinos, ovinos, caprinos, camelídeos e suínos. Cistos que se desenvolvem na musculatura sem causar qualquer processo inflamatório por ser bem adaptado, a não ser que saiam da fibra muscular. - Trichinella spiralis (nematódeo) em suínos. - Neospora caninum (protozoário) em cães e fetos bovinos. - Trypanosoma cruzi (protozoário) em cães. - Larva migrans de nematódeos em cães. - Hepatozoon americanum (protozoário em cães. Miosites eosinofílicas Em bovinos, muito raramente, a miosite eosinofílica se desenvolve quando os cistos de Sarcocystis spp. (protozoário) se degeneram e são liberados da fibra muscular. Nessas condições pode haver uma reação de hipersensibilidade a partir dessa liberação do cisto, onde há primeiramente uma produção de IgE e uma proliferação de eosinófilos nos tecidos, levando ao processo de inflamação chamado miosite eosinofílica. Microscopia → há espessamento das fibras musculares por acentuado infiltrado inflamatório predominantemente por eosinófilos, degeneração da miofibra seguido de destruição Macroscopia → o músculo é visto esverdeado. Miosites imunomediadas Polimiosites imunomediadas: Ocorre principalmente em cães. Este grupo é dividido em: - Miosite dos músculos mastigatórios - Miosite dos músculos extraoculares - Polimiosite (pode afetar felinos e equinos) Miosite mastigatória Os músculos temporal, masseter e pterigóideo (lateral e medial) de cães são compostos de fibras do tipo 1 e uma variante de fibras do tipo 2, designadas como 2 M. Portanto, as miofibras que formam esses músculos são diferentes das de outras fibras do organismo. Na miosite dos músculos mastigatórios, há desenvolvimento de autoanticorpos contra fibras tipo 2 M, que apresentam cadeias leves e pesadas de miosina, diferentes dos músculos dos membros. Essa diferença é postulada como a base para a inflamação imunomediada, que ataca seletivamente os músculos mastigatórios. A sensibilização do sistema imunológico à miosina das fibras tipo 2 M pode ser decorrente da infecção bacteriana prévia. A miosina apresenta determinantes antigênicos com algumas bactérias e, desse modo, anticorpos produzidos contra essas bactérias poderiam ser também direcionados contra as fibras 2 M dos músculos mastigatórios Alterações degenerativas Miopatias isquêmicas Tromboembolismo em sela (em gatos): decorre de cardiomiopatias que alteram o fluxo sanguíneo. Ocorre principalmente na trifurcação da aorta e consequentemente há uma oclusão vascular, onde toda a estrutura caudal de membros posteriores são afetadas perdendo a chegada de sangue e O2. Os gatos apresentam dor, maresia, ausência de pulso nos locais, algidez e palidez. Na necropsia o músculo se apresenta pálido. Isquemia por decúbito (grandes animais): quando o animal se permanece em decúbito por muito tempo, independente da causa clínica, comprimindo os grandes vasos contra o solo. Também pode haver lesões de reperfusão quando os animais são movimentados ao se levantarem, onde há mineralização do tecido e deposição de cálcio. Outro processo que pode acontecer são as síndromes compartimentação. O musculo apresenta-se pálido e as lesões são unilaterais. Síndrome de compartimentação – associado a micotoxicose por Aspergillus clavatus. Miopatias tóxicas Intoxicação por antibióticos ionóforos Frequente em animais de produção. Os ionóforos comumente utilizados na veterinária são: monensina (principal), salinomicina, narasina e lasalocida. Essas intoxicações ocorrem por: erros na administração, visto que há diferentes dosagens entre as espécies, erros na mistura (pré-mix), erros na produção da ração (quando a fábrica trabalha com duas espécies diferentes), dentre outros. Há descrições de mortes súbitas, cursos superagudos, agudos, subagudos e crônicos. Para bovinos, o período entre a ingestão e o aparecimento dos sinais clínicos varia entre 18 h e 4 dias, dependendo da quantidade ingerida. Sinais clínicos → Inicialmente ocorre anorexia, e a seguir diarreia, tremores, ataxia, fraqueza muscular, andar arrastando as pinças, taquicardia e parada do rúmen. Mioglobinúria é observada em alguns casos. Com o tempo a dificuldade de locomoção pode progredir para a incapacidade do animal em se levantar. Macroscopia → Degeneração do miocárdio e músculos esqueléticos. Áreas de necrose e focos ou estrias pálidas/brancas. Nos cavalos tendem a ser amareladas. As lesões geralmente são bilaterais e simétricas. Microscopia → Os achados histológicos mais característicos incluem lesões degenerativas e necróticas dos músculos esquelético e cardíaco. As lesões histológicas consistem em tumefação, necrose hialina, necrose flocular e lise das miofibras. Nos bovinos, búfalos e cavalos pode haver lesão cardíaca no processo, como uma cardiomiopatia por degeneração e necrose dos miócitos. Diagnóstico diferencial: epidemiologia para diferenciar da intoxicação por Senna spp → Com os antibióticos ionóforos os animais recebem ração e há ocorrência de lesões cardíacas. Intoxicação por Senna spp. A ingestão de Senna (Cassia) occidentalis conhecida popularmente como “fedegoso”, causa intoxicação caracterizada por degeneração do músculo esquelético em várias espécies, incluindo bovinos, suínos e equinos. A intoxicação tem ocorrido no Brasil sob duas condições epidemiológicas: ingestão de cereais ou feno contaminado com sementes ou outras partes da planta – isso é particularmente importante quando há contaminação de sorgo por sementes de S. occidentalis – e pela ingestão da planta em pastoreio. O princípio toxico se encontra nas sementes. Geralmente é uma planta invasora de lavouras. Bovinos que ingerem grandes quantidades da planta podem morrer 3 dias após a ingestão, com pouca ou nenhuma manifestação clínica. Mais comumente, no entanto, a doença se inicia 5 a 10 dias após a primeira ingestão da planta. Sinais clínicos → fraqueza muscular, decúbito esternal e lateral, apatia, dificuldade de locomoção, ataxia dos membros posteriores, diarreia (aumento do volume fecal, se tornando ressecadas com o passar do tempo) e mioglobinúria (urina avermelhada). Macroscopia → lesão de necrose muscular, tendendo a ser bilaterais e simétricas. Microscopia → muito semelhante aos antibióticos ionóforos, degeneração e necrose segmentar com lise das miofibras. Diagnóstico diferencial: epidemiologia para diferenciar da intoxicação por antibióticos ionóforos → Com a Senna spp., os animais não recebem ração e não há a ocorrência de lesões cardíacas. Acidente ofídico (picada de cobra) Bovinos: estudos vêm sendo feitos para comprovar a ocorrência da causa de mortes por picadas de cobras em bovinos, visto que as lesões são muito confundidas por exemplo com o carbúnculo sintomático que causa hemorragia, lesões musculares e a morte rápidado animal. Equinos: ocorre com frequência em áreas de face, onde irão ter contato direto com a serpente e em membros. Tendem a ser vista como áreas de edema, necrose de coagulação na musculatura e hemorragia extensa. Cães: nesses animais ocorre em áreas de face principalmente pela curiosidade com as serpentes. Ao rebater o tecido subcutâneo observam-se lesões hemorrágicas na musculatura. A lesão vascular leva a um choque distributivo, podendo também ser cardiogênico e levando ao choque de órgãos centrais, como a congestão hepática, congestão renal e edema pulmonar. Miopatia nutricional Deficiência de selênio e Vitamina E Também chamada de doença dos músculos brancos, sendo crônica o suficiente para haver mineralização dos tecidos. Epidemiologia → normalmente afeta animais jovens em crescimento acelerado, mas que recebem dietas ricas em carboidratos e normalmente cordeiros ou bezerros que receberam dietas com deficiência de selênio e vitamina E. Selênio e vitamina E são cofatores enzimáticos da glutationa peroxidase, enzima responsável pela remoção de radicais livres. Estes radicais podem levar a lesões de membrana e, com o déficit dos cofatores da enzima glutationa peroxidase, mais radicais livres ficam distribuídos pelo corpo, causando as lesões musculares. O quadro clínico pode ser agudo, mas em algumas situações pode haver um quadro crônico que nem sempre vai estar restrita a lesão no músculo esquelético, envolvendo também o coração. Os músculos mais demandados/ utilizados pelo animal são os mais afetados e expostos a ação de radicais livres. Macroscopia → músculo pálido, branco, e em casos crônicos há mineralização dos tecidos podendo apresentar o aspecto de giz. Miofibras afetadas com a deposição de cálcio. Microscopia → lesão polifásica, associada a lesões crônicas. Ou seja, ao mesmo tempo que há necrose muscular (fragmentação das miofibras e necrose flocular), há também mineralização do tecido, proliferação de tecido fibroso em meio as miofibras e regeneração muscular. Miopatia metabólica Rabdomiólise induzida por exercício É mais observada em raças grandes (cavalos principalmente) que são submetidos a exercícios constantes. A miopatia por exercício abrange um grupo de doenças em que a necrose aguda de fibra muscular é iniciada pela atividade muscular, embora a causa subjacente específica seja desconhecida ou pouco entendida. Essa condição não possui apenas uma causa, mas a lesão aguda da miofibra é deflagrada após o exercício em animais afetados por vários tipos de miopatia, incluindo distrofia muscular ligada ao sexo, miopatia nutricional, miopatias metabólicas, hipertermia maligna e paralisia periódica hipercalêmica (PPHI). O excesso de movimento é relativo para as várias raças. Lesões suficientemente graves para resultar em mioglobinúria, fraqueza e paralisia será mais observada em animais de raças grandes. Já animais de fazenda, que não costumam praticar exercícios sendo pouco utilizados nessas atividades, quando expostos, pode haver a indução dessa enfermidade pela falta de adaptação. Causa → a mais aceita atualmente é o desequilíbrio hidroeletrolítico, desencadeando a partir do exercício a lesão muscular. Sinais clínicos → tumefação da musculatura, mioglobinúria (decorrente da lise de miofibras que liberam mioglobina), fraqueza, dor nos membros. Um dos motivos para a causa da morte é a IRA, decorrente da nefrose mioglobinúrica (passagem excessiva de mioglobina). Macroscopia → relativamente pálidos, edema, hemorragia, pode haver necrose e consequentemente lise das miofibras. Microscopia → lesão monofásica, necrose, hemorragia e edema com inflamação, fibrina no perimísio e endomísio (alterações vasculares nítidas). Atrofia muscular Pode haver por: desnutrição, desnervação, lesão por Sarcocystis neurona, intoxicação crônica por Prosopis juliflora. Intoxicação por Prosopis juliflora (algaroba): planta bastante difundida no Nordeste. A disseminação é feita pela defecação do animal, ou seja, o animal ao ingeri-la pode espalhar ainda mais a vegetação. Não é uma lesão muscular e sim neurológica, seletiva e crônica causando uma degeneração neuronal no nervo motor do nervo trigêmeo (atrofia por desnervação) causando uma mandíbula totalmente solta, dificuldade na mastigação Macroscopia → músculo branco, pálido. Microscopia → degeneração dos neurônios (nervo trigêmeo). A lesão é crônica pois o animal precisa ingerir mais de 80% da dieta com Prosopis juliflora, ou seja, o que leva meses para causar a intoxicação. Neoplasias musculares - Miócitos: Rabdomioma, Rabdomiossarcoma - Estruturas de suporte: Hemangioma, Hemangiossarcoma - Invasão a partir de tecidos adjacentes: Lipoma infiltrativo, Melanoma. Rabdomiossarcoma → neoplasia mais comum, bastante agressiva e ocorre principalmente em cães. Macroscopia: Tem um aspecto carnoso, bem circunscrito e invasivo. Pouco estroma (tecido de sustentação) e muita célula (taxa de mitose alta). Microscopia: substituição das fibras musculares por células neoplásicas (há pleomorfismo celular, ou seja, vários aspectos morfológicos).
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