Diferenças entre crime impossível e crimes imaginários (putativos)

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Crime impossíveis e crimes imaginários 
 
CRIME IMPOSSÍVEL 
Alguém aqui já viu matar uma pessoa que já esteja em óbito? Ou até mesmo assassinar 
uma pessoa um sal ou açúcar? (aqui depende hein? Rsrs!). é isso que veremos neste 
tópico de resumo, vamos lá! 
Art. 17 CP. – “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”. 
Denominações: Crime oco, quase-crime, tentativa inidônea, inadequada, impossível. 
• No crime impossível se os atos preparatórios configurarem por si só um crime, o 
agente pode ser punido por ele. Ex.: porte de arma de fogo. 
• A natureza jurídica do crime impossível é causa de exclusão de tipicidade. 
 
ESPÉCIES DE CRIME IMPOSSÍVEL 
1) Ineficácia absoluta do meio: 
 
• Se refere ao meio de execução do delito 
• Destaca-se que o instrumento utilizado deve ser absolutamente ineficaz para a 
pratica do crime 
• Para averiguar a ineficácia absoluta do meio, deve se analisar o caso concreto. 
• Ex.: arma defeituosa que não efetua disparos, farinha ao invés de veneno. 
 
2) Improbidade absoluta do objeto: 
 
• Objeto material sobre o qual recai a conduta criminosa 
• Será absolutamente impróprio quando for inexistente ou quando torna 
impossível a consumação do crime. 
• Ex.: Pessoa no qual já tinha vindo a óbito antes mesmo da execução do ato, tiro 
ou aplicação do veneno. 
 
NÃO SE CONFIGURA CRIME IMPOSSÍVEL 
1) Súmula 567 STJ → sistema de vigilância realizado por videomonitoramento ou 
por existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, por si só, 
não torna impossível a consumação/configuração do crime de furto. 
 
2) Crime de roubo, se já perpetuada a violência ou grave ameaça contra pessoa 
(crime complexo) 
 
3) Batedor de carteira quando age sobe um bolso da calça, sendo que o objeto 
material se encontra no outro bolso – aqui trata-se de uma impropriedade 
relativa. 
 
TEORIAS 
1) Teoria subjetiva → havendo vontade consciente de praticar o crime o agente deve 
responder pela tentativa. Aqui se leva em consideração a intenção do agente, pouco 
importa se trata de crime impossível, vai responder por tentativa. 
 
2) Teoria sintomática → leva em consideração a periculosidade do agente. 
Periculosidade uma personalidade do que ele é, direito penal do autor, vai 
responder por tentativa. 
 
3) Teoria objetiva → deve haver no mínimo perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
a) Teoria objetiva-pura: não há tentativa se a idoneidade do meio ou do objeto for 
absoluta ou relativa. 
b) Teoria objetiva temperada: não há tentativa, somente se a idoneidade do meio e 
do objeto for absoluta (adotada atualmente). 
 
CRIMES IMAGINARIOS 
Também chamado de crime putativo que vem de putativus onde chegaremos em 
imaginário ou erroneamente suposto. 
• No crime putativo, o agente acredita praticar um crime, mas o fato praticado não 
corresponde a qualquer tipo penal. 
• Aqui existem 3 espécies de crime putativo: 
1) Crime putativo por erro de tipo → o agente acredita que está praticando um 
crime, mas faltam elementos para que haja adequação da sua conduta ao tipo 
penal. 
Atenção: Somente essa espécie de crime putativo é equiparada ao crime 
impossível. 
 
2) Crime putativo por erro de proibição (delito de alucinação ou crime de 
loucura) → o agente acredita que está praticando um crime mas supõe 
erroneamente que sua conduta é típica, enquanto na verdade se tratando de 
conduta atípica. 
Exemplo clássico é o dano culposo, não é crime, o agente bate no portão do 
vizinho e acha que ficando ali pode ser preso em flagrante. 
 
3) Crime putativo por obra do agente provocador → também chamado de crime 
de ensaio, flagrante provocado/preparado e crime de experiência. Não haverá 
qualquer crime. Ocorre quando uma pessoa induz outra a praticar crime, 
todavia, concomitantemente, já adota as providências necessárias para 
impedir a consumação do delito. 
 
Sumula 145 STF – “não há crime quando a preparação do flagrante pela 
policia torna impossível sua consumação”. 
 
OBS: se o delito já estava em curso, não haverá flagrante preparado, 
portanto, haverá crime. 
 
CRIME PUTATIVO VS CRIME IMPOSSÍVEL 
• Crime putativo → agente supõe, no seu imaginário estar praticando um crime 
que nunca ocorreu, acredita praticar um fato típico, mas realiza um indiferente 
penal. 
 
• Crime impossível → não é possível consumar o delito em razão da ineficácia 
absoluta do meio empregado ou da absoluta improbidade do objeto material. O 
agente sequer responde pela tentativa (esse tem correspondência com o erro de 
tipo putativo). 
 
• Enquanto o crime impossível é uma causa de excludente a tipicidade, no crime 
putativo a conduta é atípica por si só (não há tipicidade). 
 
Esse resumo foi feito por Rafael Luiz Trigo Trovão, tal resumo tem o cunho de 
relembrar pontos importantes para sua prova, o resumo em tese é somente para 
suplementar seus estudos, reforço e sugiro fortemente que sempre use os meios de 
retroalimentação, ao qual irá bombar seus resumos, como faço essa retroalimentação? 
Simples, o uso de questões direcionadas (adicione questões em seus resumos sempre 
que resolverem). Dicas, mnemônicos, leis e jurisprudências sempre são de extrema 
importância para reforçar seus resumos e estudos, dito isso encerro esse resumo com 
essa dica preciosa que adquiri com o tempo de estudos. Me ajude a melhorar diga-me 
como estou indo nos comentários, desde já agradeço. 
 
Bons Estudos 
REFERENCIAS 
CÓDIGO PENAL < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/Del2848compilado.htm > 
SÚMULA 145 STF < 
https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=30&sumula=2119#:~:t
ext=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20crime%2C%20quando%20a,torna%20imposs%C
3%ADvel%20a%20sua%20consuma%C3%A7%C3%A3o. > 
SÚMULA 567 STJ < 
https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=stj&num=567#:~:text=%C2%ABSistema%2
0de%20vigil%C3%A2ncia%20realizado%20por,configura%C3%A7%C3%A3o%20do
%20crime%20de%20furto.%C2%BB > 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm
https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=30&sumula=2119#:~:text=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20crime%2C%20quando%20a,torna%20imposs%C3%ADvel%20a%20sua%20consuma%C3%A7%C3%A3o
https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=30&sumula=2119#:~:text=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20crime%2C%20quando%20a,torna%20imposs%C3%ADvel%20a%20sua%20consuma%C3%A7%C3%A3o
https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=30&sumula=2119#:~:text=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20crime%2C%20quando%20a,torna%20imposs%C3%ADvel%20a%20sua%20consuma%C3%A7%C3%A3o
https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=stj&num=567#:~:text=%C2%ABSistema%20de%20vigil%C3%A2ncia%20realizado%20por,configura%C3%A7%C3%A3o%20do%20crime%20de%20furto.%C2%BB
https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=stj&num=567#:~:text=%C2%ABSistema%20de%20vigil%C3%A2ncia%20realizado%20por,configura%C3%A7%C3%A3o%20do%20crime%20de%20furto.%C2%BB
https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=stj&num=567#:~:text=%C2%ABSistema%20de%20vigil%C3%A2ncia%20realizado%20por,configura%C3%A7%C3%A3o%20do%20crime%20de%20furto.%C2%BB