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DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO ENDODÔNTICO

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Diagnóstico e planejamento endodôntico 
 
terminologia diagnóstica 
Várias classificações e terminologias de diagnóstico têm sido utilizadas por 
diversos autores. Porém, em 2013 foi publicada a relação dos procedimentos 
julgados necessários para se chegar ao diagnóstico na Endodontia, bem como 
a terminologia de diagnóstico aprovada pela AAE/ABE. 
Diagnóstico pulpar Diagnóstico apical 
✓ Polpa normal 
✓ Pulpite reversível 
✓ Pulpite irreversível sintomática 
✓ Pulpite irreversível 
assintomática 
✓ Necrose pulpar 
✓ Previamente tratado 
✓ Terapia previamente iniciada 
✓ Tecidos apicais normais 
✓ Periodontite apical sintomática 
✓ Periodontite apical 
assintomática 
✓ Abscesso apical crônico 
✓ Abscesso apical agudo 
✓ Osteíte condensante 
 
*Salienta-se que neste livro é recomendado o termo lesão perirradicular em vez de periodontite 
apical, porque ele abrange não somente as lesões na região apical ou periapical (certamente as 
mais comuns), mas também as lesões inflamatórias de origem endodôntica que afetam a porção 
lateral da raiz ou a área de furca* 
 
1. DIAGNÓSTICO PULPAR 
 
PULPITE REVERSÍVEL 
- Sintomatologia provocada de resposta um pouco mais intensa que na 
polpar normal 
- Desconforto pulpar experimentado quanto um estímulo como frio ou doce 
é aplicado 
- Aparecimento de uma dor brusca, que tende a desaparecer poucos 
segundos após a sua remoção 
- Dor provocada 
- Comum nos casos de dentina exposta (sensibilidade dentinária, cárie ou 
restaurações profundas 
- Radiografia periapical: semelhante à de um elemento dental com polpar 
normal 
- Paciente informar não ter sentido necessidade de buscar medicação 
analgésica para desconforto experimentado 
- Tratamento: tratamento de rotina dentro dos princípios que regem a 
abordagem em dentística, com remoção de tecido cariado e restauração 
apropriada, leva à completa remissão dos sintomas evidenciados 
PULPITE IRRERVERSÍVEL SINTOMÁTICA 
- Polpa inflamada vital é incapaz de se recuperar e retomar à sua higidez 
após remoção dos fatores que levaram a esta condição inflamatória 
- Indicado tratamento endodôntico não conservador: pulpectomia ou, 
quando indicada, a pulpotomia 
- Dor aguda após estímulo térmico (demorando a cessar após remoção do 
estímulo, geralmente 30 segundos ou mais) 
- Dor espontânea (dor não provocada) e dor irradiada (também chamada 
dor referida ou dor reflexa) 
- O paciente pode relatar aumento da dor com aplicação de frio e seu alívio 
quando entra em contato com substância quente. Pode acontecer o 
contrário: alívio com frio e dor com o quente. 
- Paciente pode relatar dor em mudanças posturais, como dor em decúbito 
(quando se deita) ou a curvar-se. 
- Uso de analgésico e/ou anti-inflamatórios costuma não surtir o efeito 
desejado. 
- Causas mais frequentes: cáries profundas, restaurações extensas, 
fraturas ou exposição pulpar 
- Não há desconforto à percussão vertical e à palpação apical em dentes 
portadores de pulpar irreversível sintomática, dificultando diagnóstico. 
Nesses casos, história dental e testes térmicos assumem fundamental 
importância. 
- Resposta à palpação apical e percussão vertical pode ser negativa ou 
positiva 
- Aspecto radiográfico pode se apresentar normal ou com ligeiro 
espessamento do espaço periodontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Caso clínico. A, Paciente do sexo feminino, 40 anos, informou que inicialmente sentia dor 
provocada ao frio e ao quente no elemento dentário 37, evoluindo, em algumas semanas, para 
momentos de dor espontânea, fazendo uso de analgésicos e antiinflamatórios. Ao exame clínico, 
presentava restauração em resina fotopolimerizável infiltrada, com cárie na proximidade do corno 
pulpar distal. A aplicação de gás refrigerante resultou em dor persistente após sua remoção por 
mais de 30 segundos. Não foi verificada resposta dolorosa à palpação e à percussão, sendo que 
a radiografia periapical não apresentou qualquer alteração detectável. Diagnóstico: pulpite 
irreversível sintomática; tecidos apicais normais. B, Tratamento endodôntico envolvendo 
pulpectomia, com preparo químico-mecânico e obturação do sistema de canais.* 
 
PULPITE IRRERVERSÍVEL ASISNTOMÁTICA 
- Não há queixa clínica dolorosa importante 
descrita pelo paciente 
- Costumam responder normalmente ou de forma 
bastante moderada aos testes térmicos, 
podendo ter sofrido agressão ou cárie profunda, 
cuja remoção frequentemente leva à exposição 
da polpa. 
- A dor costuma ser intermitente (não contínua) 
- Exemplo de pulpite irrerversível assintomática: 
quadro clínico do surgimento de pólipo pulpar, 
que guarda relação clínica direta com o quadro 
histológico da pulpite crônica hiperplásica. 
- Quando empregados, analgésicos e anti-inflamatórios têm eficácia no 
alívio de alguma possível desconforto. 
 
NECROSE PULPAR 
- Indica a necrose da polpa dental, quadro em que será necessário o 
tratamento endodôntico radical 
- Associado à presença de microorganismos, mesmo nos casos em que a 
causa da necrose teve origem em fatores não microbianos, como o 
traumatismo dental 
- Organismo desencadeia processos agudos ou crônicos de defesa na 
região perirradicular, podendo resultar na formação de cistos e 
granulomas perirradiculares e, eventualmente, no surgimento de coleções 
purulentes (abscessos) 
- Diagnóstico diferencial entre cistos e granulomas perirradiculares só 
acontecerá mediante análise histopatológica 
- Aspecto radiográfico: varia de situação com padrões de normalidade, 
passando para quadros de espessamento do espaço do ligamento 
periodontal, podendo ser identificadas as chamadas lesões 
perirradiculares. 
- Alguns dentes podem não responder aos testes pulpares devido à 
calcificação do canal, lesão traumática recente ou por simplesmente não 
ter resposta positiva 
- Testes podem ser aplicativos de forma comparativa, fazendo nos dentes 
vizinhos e homólogos 
 
PREVIAMENTE TRATADO 
- Recebeu tratamento endodôntico e os canais foram obturados com 
material definitivo e não só preenchidos com medicação intracanal. 
- Não respondem aos testes térmicos ou elétricos 
- Exame radiográfico: presença do material radiopaco preenchendo os 
canais radiculares (assegurar que não seja medicação intracanal com 
agregação de material radiopaco) 
 
TERAPIA PREVIAMENTE INICIADA 
- Polpa dental recebeu somente uma terapêutica endodôntica parcial, como 
pulpotomia ou pulpectomia 
- Dependendo do estágio em que se encontra o tratamento instituído, 
dentes podem ou não responder aos testes pulpares 
 
2. DIAGNÓSTICO APICAL (OU PERIRRADICULAR) 
 
TECIDOS APICAIS (PERIRRADICULARES) NORMAIS 
- Não apresentam resposta dolorosa ao teste da percussão e palpação 
- Radiograficamente a lâmina encontra-se intacta, bem como o espaço 
periodontal uniforme 
- Exame de palpação e percussão deve ser comparativo, iniciando por 
dentes cuja resposta se espera normal 
PERIODONTITES APICAIS (LESÕES PERIRRADICULARES) 
- Processo inflamatório reversível 
- Por ocorrer em dentes portadores de polpa viva inflamada ou elementos 
dentários com polpa necrosada com várias e distintas causas. 
 
PERIODONTITE APICAL (LESÃO PERIRRADICULAR) SINTOMÁTICA 
- Inflamação do periodonto apical 
- Sintomas clínicos de dor à mordida e/ou percussão e palpação apical 
- Poderá estar ou não acompanhada de alteração radiográfica, com 
espessamento do espaço periodontal ou radiolucidez perirradicular apical 
- Resposta severamente dolorosa à percussão/palpação é altamente 
indicativa de processo degenerativo pulpar e o tratamento de canal faz-
se necessário 
- Se estiver acompanhada de necrose pulpar, as respostas aos testes pelo 
frio, quente e elétrico são negativas, a dor à percussão vertical e palpação 
apical e percussão resulta em um dente muito sensível, radiografia pode 
apresentar um discreto espessamento do espaço periodontal e a tentativa 
de aliviaro problema doloroso com medicação sistêmica pode não surtir 
efeito. 
- Pode ocorrer periodontites apicais sintomáticas em dentes portadores de 
polpa viva. Restaurações com sobrecontornos oclusais, pontos de contato 
oclusais prematuros, más oclusões e forças ortodônticas excessivas 
podem desencadear o seu aparecimento. Remoção desses fatores pode 
levar à remissão total do quadro. Sobreinstrumentação de canais além da 
região foraminal, extrusão de debris, restos necróticos e 
microorganismos, injeção incidental de substâncias químicas irritantes 
(via forame) são também fatores que podem levar ao quadro. 
- Dor sintomática foi referida como latejante e martelante, com sinal 
patognomônico de sensação de “dente crescido” informada pelo paciente 
(ligamento periodontal inflamado leva a uma discreta extrusão do 
elemento) 
 
PERIODONTITE APICAL (LESÃO PERIRRADICULAR) ASSINTOMÁTICA 
- Inflamação e destruição do periodonto apical de origem pulpar 
- Não há dor ou é muito discreta 
- Os testes pulpares apresentam resposta negativa 
- Não há desconforto importante como resposta à palpação e à percussão 
- Radiograficamente, manifesta-se a radiolucidez apical 
 
ABSCESSOS APICAIS (PERIRRADICULARES) 
Cavidade circundada por paredes de tecido fibrótico ou de granulação com pus 
em seu interior 
Consequência da morte das células de defesa no combate à infecção 
perirradicular preexistente 
Também chamados abscessos dentoalveolares 
Autores dividem em crônicos e agudos ou assintomáticos e sintomáticos 
Pode apresentar espessamento do espaço periodontal e/ou uma imagem 
perirradicular difusa, mal-definida, neste caso com perda da continuidade da 
lâmina dura ou aspecto radiográfico da lesão crônica original com ou sem 
radiolucidez difusa associada. 
Abscesso apical (perirradicular) crônico: formação de pus se dá lentamente, 
sem desconforto importante para o paciente. Pode estar acompanhado de 
fístula, sinal patognomônico e seu trajeto pode ser rastreado radiograficamente 
pela fistulografia, introduzindo um cone de guta-percha pelo trajeto fistuloso, 
identificando o dente responsável e a causa 
 
 
 
 
 
 
 
*Imagens radiográficas de pré-molares superiores 
endodonticamente tratados, cujas fístulas tinham causas distintas. No 
caso clínico em A, a origem perirradicular da fístula foi evidenciada pelo 
cone de guta-percha apontando para aquela região, indicando a 
presença de um abscesso apical crônico neste dente. Enquanto isso, 
em B – apesar de haver lesão apical – o cone introduzido direcionouse para a lateral da raiz, comprovando 
sua relação com uma fratura 
radicular transversal.* 
Abscesso apical (perirradicular) agudo: costumam ser sensíveis às manobras 
de percussão, palpação e pressão sobre o tema, estando sempre associados à 
presença de polpa necrótica e infectada, em que o dente não responde mais a 
quaisquer testes térmicos pulpares. Quadro doloroso pela pressão do pus e 
tumefação dos tecidos moles, podendo estar acompanhado de manifestações 
sistêmicas como febre, enfartamento ganglionar, trismo. Inchaço pode ser inta 
e/ou extrabucal e a infecção pode progredir para a cortical ou espaços medulares 
do osso (osteomielite) ou se difundir por tecidos moles como celulite (angina de 
Ludwig e a trombose do seio cavernoso) 
*Paciente apresentando celulite facial severa, em 
decorrência de abscesso apical agudo do elemento dentário 27, 
cursando com febre, trismo e intensa prostração. Sua hospitalização foi 
providenciada para tratamento sistêmico com antibioticoterapia por via 
venosa. 
OSTEÍTE CONDENSANTE 
- Crescimento patológico dos ossos maxilomandibulares acompanhado de 
sintomas clínicos discretos 
- Endodonticamente: resposta dos tecidos ósseos perirradiculares a uma 
agressão de baixo estímulo inflamatório ou microbiano ambos de origem 
pulpar dental, com crescimento ósseo periódico 
- Esclerose óssea aparecem associadas a ápices de dentes com pulpites 
e grandes lesões cariosas, restaurações coronárias profundas, em dentes 
portadores de necrose pulpar e em casos de tratamento endodôntico 
inapropriado. 
- Encontrada frequentemente em crianças e adultos jovens, envolve pré-
molares e molares inferiores inflamados ou necrosados. 
- Massa densa e uniforme e vaga transição para o osso circunjacente 
combinada, combinada com perda apical da lâmina dura e ampliação do 
espaço do ligamento periodontal ou ainda lesão difusa apical radiopaca 
- Não apresenta margem radiolúcida como na displasia cemento-óssea 
focal e não há radiopacidade separada do ápice como na esclerose óssea 
idiopática, ambas sem etiologia endodôntica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Radiografias de elementos dentários associados a 
áreas de esclerose óssea, características de osteíte condensante, 
conforme o texto. (Cortesia do Prof. Dr. Rielson Cardoso.)* 
 
ASPECTOS CLÍNICOS RELEVANTES 
Dor é o principal sintoma associado à doença pulpar e perirradicular 
Histórico de intervenções passadas pode também ser determinante para o 
esclarecimento da origem da dor. 
Doença pulpar inflamatória em geral é assintomática, com diagnóstico na 
maioria das vezes é realizado por achados em exames de rotina. 
A inflamação da polpa dental é dividida em reversível e irreversível 
Manifestações dolorosas nas pulpites sintomáticas evoluem em relação direta 
com a intensidade do agente agressor, desde um quadro de hipersensibilidade 
por exposição dentinária até a dor espontânea, ponto de referência para 
irreversibilidade da doença pulpar e marco indicativo da terapia endodôntica 
radical. 
Pensar na manutenção da polpa vital: casos em que a dor espontânea e de 
leve intensidade ocorra em episódios espaçados e que respondam 
prontamente ao uso de analgésico comuns. Porém, em pacientes adultos isso 
tende ao fracasso. 
1. CARACTERÍSTICAS SIMIOLÓGICAS DA DOR: 
TEMPO DE EVOLUÇÃO 
- Dor provocada: nesses casos, quando a doença é deixa ao próprio 
curso, vai progredir para surtos que se prolongam após remoção do 
estímulo de tornam-se menos espaçados, com clara redução no limiar 
da dor. 
- Dor que se repete ao longos de semanas ou meses: manifesta-se de 
maneira constante, denotando um caráter estático, tem origem diversa 
e não se origina em polpa viva. 
- Dor de dente despolpado pode apresenta-se por longos períodos de 
tempo com baixa intensidade, quase sempre relatada pelo paciente 
como dor ao toque ou à mastigação. Pode haver relato de exacerbação 
com remissão espontânea da sensibilidade dolorosa. 
- Saber há quanto tempo a dor está presente pode direcionar atenção 
para um dental vital ou despolpado. 
 
FREQUÊNCIA 
- A dor intermitente é característica de dentes com polpa viva 
- A alternativa entre dor e acalmia coincide com comprometimento 
progressivo da polpa dental, até que a extensão do processo determine 
dor intensa e contínua. 
- A dor da lesão perirradicular aguda, causada por trauma de manipulação 
endodôntica e/ou pela capacidade de agressão de flora bacteriana, 
manifesta-se de forma contínua. 
 
DURAÇÃO 
- Nos dentes vitais, a dor pode estender-se desde apenas alguns 
segundos após a remoção do estímulo até longos períodos de dor que 
merecem o uso de analgésicos. 
- Lesões perirradiculares, a dor permanecerá por algumas horas, quando 
a origem é o trauma da manipulação endodôntica ou até que o processo 
se cronifique, quando a origem for infecciosa. 
- Nortear a conduta clínica em casos de dor pós-operatória 
- Dor espontânea que se estende após a segunda dose de analgésico 
comum é, quase sempre, de origem infecciosa 
INTENSIDADE 
- O padrão de manifestação da dor é que varia em função de questões 
culturais, mas o limiar da dor é muito semelhante para a mesma espécie. 
- Indicador palpável de referência seria a necessidade e a frequência da 
ingestão de analgésicos: dores leves não mereceriam uso de 
analgésicos e dores intensas não cederiam ao uso deanalgésicos 
comuns 
- Dores intensas em polpa viva ou em dentes despolpados são agentes 
facilitadores do diagnóstico, porque são de fácil localização 
 
LOCALIZAÇÃO 
- A dor da polpa viva, especialmente nos estágios iniciais do processo 
inflamatório apresenta-se difusa 
- Clássico do diagnóstico em endodontia: paciente imputar a um dente 
endodonticamente tratado a responsabilidade por sensibilidade térmica 
acompanhada de dor que se irradia para estruturas anatômicas anexas 
- Cérebro registra o desconforto e a agressão sofridos durante o 
tratamento endodôntico e qualquer desconforto futuro que acometa 
aquele hemi-arco será inconscientemente imputado ao tal dente tratado 
- A sensibilidade térmica, especialmente frio, só se justifica pela presença 
de polpa viva, o que descarta a participação de um dente despolpado. 
- Processo inflamatório, ao se estender ao periápice, acomete fibras 
proprioceptivas do ligamento periodontal, tomando a dor localizada 
- Dor irradiada é característica de polpa viva. Se presente, a dor associada 
a um dente despolpado é provocada ou exacerbada por estímulo 
mecânico. 
 
FATORES QUE EXACERBAM 
- Frio pode exacerbar o desconforto em dentes vitais 
- Presença de dentina exposta ou restaurações defeituosas, tornam-se 
sensíveis ao consumo de alimentos doces ou ácidos 
- Posição de decúbito pode determinar o início ou a exacerbação da 
sensibilidade dolorosa 
- Dentes despolpados apresentam desconforto pela mastigação, pelo 
toque e compressão quando terminações nervosas contidas no 
ligamento periodontal edemaciado são estimuladas 
 
 
FATORES QUE AMENIZAM 
- Variações térmicas também podem amenizar 
- Dentes despolpados, nos estágios iniciais do comprometimento 
perirradicular, poderão ter o desconforto amenizado pelo ajuste oclusal 
ou pela retirada de função 
- Na lesão perirradicular, aguda de natureza infecciosa, medida são 
paliativas e somente o uso de analgésicos potentes ou a cronificação do 
processo serão capazes de mitigar a dor. 
 
CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES 
- Padrão pouco usual da dor quando a sintomatologia incide de forma 
espaçada ou quando as informações prestadas são conflituosas 
dificultam diagnóstico. 
- Pode ser necessária prescrição de analgésico e adiamento da abertura 
do dente suspeito para favorecer surgimento de sintomas mais claros e 
característicos das etapas evoluídas da doença pulpar 
- Não fazer bloqueio anestésico até fechar o diagnóstico, ou os dentes 
não responderão aos exames complementares 
 
 
 
Referências: 
LOPES, Hélio Pereira; SIQUEIRA JUNIOR, José Freitas. Endodontia: biologia e técnica. 4. Ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

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