Buscar

Desafio Colaborativo - Módulo A - Gestão e Cultura Educacional - A2023.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Módulo A - 127497 . 7 - Gestão e Cultura Educacional - D1.20231.A 
Desafio Colaborativo
 
Olá, meu querido estudante. 
Bem-vindo ao seu primeiro desafio colaborativo da disciplina de Gestão Educacional. 
Preparado para novas aventuras acadêmicas? 
Então, as políticas públicas vêm para apoiar o gestor que deve atuar de acordo com o que manda a 
legislação brasileira. Vimos que a gestão democrática está apoiada no Brasil, a partir do momento em que 
estamos saindo de um modelo de Regime Militar e passamos para o presidencial, com a Constituição 
Federal (1988) temos os primeiros registros de direito a gestão democrática, logo em 1996, temos 
estabelecido a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional N.9.394/96, e nesse interim abre 
brechas para outras legislações apoiar para as escolas públicas serem administradas no modelo de gestão 
escolar democrática. 
Defenda aqui porque o modelo de administração escolar que tinha a sua administração o diretor, após a 
décadas de 1980 a 1990 para a defender que o modelo de gestão de uma escola tem que ser por meio da 
gestão democrática. O que isso passou a significar para as formas de gerira as escolas públicas brasileiras? 
Aguardo sua interação com seus colegas. 
 
Diante das transformações democráticas que vem se instaurando na sociedade brasileira nas últimas 
décadas após a redemocratização com a Constituição Federal de 1988 e posteriormente com as 
diretrizes criadas pela BNCC no âmbito da educação brasileira, fez-se necessário refletir e agir sobre 
o desempenho da escola que estava manipulada e configurar a gestão escolar pública democrática na 
sociedade moderna, visto que isso é o resultado de um processo político-pedagógico cujo não é neutro, 
mostrando os graus de autonomia e de participação dos atores educativos (gestão e educacional) e da 
comunidade local dentro do contexto escolar e de suas especificidades econômicas-sociais. Assim, a 
autonomia não é autocracia que tradicionalmente cabia somente ao diretor da escola estipular as 
normas internas/reguladoras sem o consentimento do grupo funcional que o cercava e também da 
comunidade que nem se importava tanto em se intrometer no ensino tradicional. 
Primeiro, vimos a emergência do princípio de gestão democrática no Brasil a partir do processo de 
redemocratização na década de 80. Depois, vieram as mudanças necessárias na gestão da escola 
pública com a descentralização do poder, a participação da comunidade escolar nas tomadas de 
decisões, o exercício da autonomia escolar e o trabalho coletivo. E desde então, enfrentamos desafios 
sociais, econômicos, de gênero, e ultimamente de vigilância sanitária (com a COVID19) e as 
perspectivas da instituição dos mecanismos de gestão democrática na escola, dentre os quais se dá 
destaque para a gestão colegiada, o conselho escolar, eleição de gestores escolares e o projeto político 
pedagógico da escola, estas que geriram a agregaram os valores éticos e morais das escolas públicas 
brasileiras. 
Na década de 90, o foco de debate sobre a democratização da educação passou a configurar as 
relações internas da escola, haja vista que novos atores entraram na cena política entre os quais se 
encontram os educadores organizados nos seus sindicatos e associações que passaram a lutar pela 
defesa do ensino público de qualidade para todos e pela gestão democrática, em uma luta inserida no 
resgate e na conquista dos direitos sociais dos cidadãos. 
Essa luta e busca foi contemplada na Constituição de 1988 que instituiu a gestão democrática nas 
escolas, precisamente no seu Artigo 206, preconizando este como preceito constitucional, cujo 
processo de implementação só ganhou força a partir da década de 1990, quando o advento da 
globalização se tornou mais presente em nossa realidade. Também foi contemplada na LDBEN – Leis 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao estabelecer que os sistemas de ensino definam as 
normas de gestão democrática do Ensino Público na Educação Básica, de acordo com suas 
peculiaridades. 
Como se pode perceber, desde o início da década de 90 as reformas na educação vinham implantando 
mudanças na organização e na gestão escolar, mas foi com a LDB 9394/96 que se introduziram 
profundas alterações na escola, ao tornar obrigatório para todo o sistema o que já vinha ocorrendo de 
maneira disseminada pelo país. 
O que entendemos hoje como Gestão Democrática no âmbito do sistema público de ensino, como 
pudemos ver anteriormente num breve contexto histórico, nasceu a partir de um processo de luta 
protagonizado pelo movimento de várias entidades da sociedade civil que se afirmaram com a crise do 
governo militar. 
A gestão democrática, diante das inúmeras maneiras de se gerir uma escola, sem sombra de dúvidas, é 
a forma que exige a participação da coletividade na tomada de decisões; na elaboração e execução de 
projetos pertinentes à comunidade escolar. Por meio dela, descentraliza-se o poder das mãos de um 
único individuo, atribuindo participação e responsabilidade a todos os sujeitos envolvidos e 
interessados com o contexto educacional e na formação emancipadora da sociedade contemporânea.

Continue navegando