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COMO SOLUCIONAR O PROBLEMA DO BULLYING NA ESCOLA E NA INTERNET Na série televisiva "Glee", Kurt é um adolescente LGBT do colégio William McKinley que, por suas roupas e estilo, é regularmente humilhado e agredido por David Karofsky e seus colegas do time de futebol americano. Fora da ficção, a prática do bullying é muito recorrente nas escolas da rede brasileira de ensino. Para interromper essa ação, é preciso identificar e combater suas principais causas: A reprodução, pelos agressores, de comportamentos vistos em um círculo social em outro, a impunidade e o anonimato que a internet proporciona e a falta de criticidade dos indivíduos subjugados. Mormente, o bullying é uma reprodução do que o sujeito vivencia no ambiente familiar. Segundo o historiador Leandro Karnal, o preconceito não é empírico, ele é culturalmente ensinado. Nesse contexto, as experiências negativas vivenciadas pelas crianças no meio domiciliar, influenciam seu comportamento, o qual é refletido em outros círculos sociais, geralmente em forma de bullying nas escolas. Dessa forma, a apatia dos educadores frente a tal agressão contribui para a perpetuação desse comportamento na vida adulta, configurando um ciclo ininterrupto de violência. Outrossim, é incontrovertível que o bullying tenha ganhado proporções globais por meio de mecanismos da comunicação. Isso deve-se, sobretudo, ao que Hannah Arendt define como "banalidade do mal". Ou seja, agressores sem a autonomia crítica e discernimento adequado utilizam da internet para propagar discriminações elitistas, buscando serem inseridos em um meio social de prestígio para aquele contexto. Nesse sentido, a cultura da impunidade na internet e a falta de criticidade contribuem para a conservação da intolerância, o que conduz ao bullying. Dessarte, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para incentivar a tolerância e a criticidade, urge que o MEC crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas escolas. Essas diligências, ao retratar a problemática sobre o assunto, devem sugerir aos pais, educadores e estudantes um olhar mais crítico em relação à situação, a fim de garantir a ruptura do ciclo do bullying e impedir a propagação da violência para a vida adulta e que o direito à liberdade de expressão seja violado, como ocorreu com Kurt em Glee.
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