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Malária Aula 11 – Parasitologia Introdução A malária é uma doença causada por espécies do gênero Plasmodium São protistas do Filo Apicomplexa capazes de infectar mamíferos, aves e répteis Doença que afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, com mais de 1 milhão de óbitos a cada ano Doença endêmica de regiões subtropicais e tropicais do planeta Conhecida também por: paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita ou sezão Introdução Apresenta ciclo heteroxeno no qual o homem atua como hospedeiro intermediário O ciclo alterna entre o homem (intermediário) e insetos vetores do gênero Anopheles (definitivo) Quatro espécies de Plasmodium infectam o homem: P. falciparum P. vivax P. malariae P. ovale Das quatro espécies que parasitam o homem, apenas P. malariae é capaz de infectar outros vertebrados (primatas) Morfologia A morfologia varia de espécie para espécie Apresenta 5 formas morfológicas no homem Esporozoíto Trofozoíto Criptozoíto Merozoíto Esquizonte Gametócito Hipnozoíto (apenas em P. vivax) Morfologia No inseto vetor são encontradas 5 formas Microgameta Macrogameta Oocineto Oocisto Esporozoíto Morfologia Ciclo biológico Transmissão Ao inseto Através do respasto sanguíneo em homem infectado contendo gametócitos na circulação periférica Ao homem Através da inoculação de esporozoítos na corrente periférica durante o repasto sanguíneo de Anopheles Formas raras Acidentes de laboratório Transfusão Congênita Evolução da doença As fases decorrida até a chegada ao fígado – ciclo exoeritrocítico - não são patogênicas (não sintomáticas) A liberação de parasitos e seus metabólitos na circulação decorrente da destruição das hemácias é que geram sintomas A patogenia está relacionada a quatro fenômenos Destruição das hemácias e liberação de restos celulares Liberação de citocinas no local (processo inflamatório) Sequestro de hemácias nos capilares Lesão de capilares decorrente de processos inflamatórios Evolução da doença Destruição de hemácias A destruição das hemácias parasitadas é apenas parte do processo Hemácias apenas “marcadas” por moléculas dos parasitos são destruídas no baço Processo inflamatório pode gerar disfunção do tecido hematopoiético (medula óssea) Principal sintoma: anemia Evolução da doença Toxicidade desencadeada por destruição de hemácias O ciclo eritrocítico se repete a cada 48 horas ou 72 horas (P. malariae) A destruição das hemácias leva a formação de processos inflamatórios desencadeados pela liberação de citocinas pelos leucócitos O resultado é um quadro de febre e mau-estar cíclicos chamados de febre terçã ou febre quartã Evolução da doença Sequestro dos eritrócitos parasitados nos capilares A penetração do parasito gera modificações na superfície das hemácias levando a um fenômeno chamado citoaderência Na citoaderência, as hemácias ficam presas aos capilares Consequência: obstrução e redução do fluxo de oxigênio (pior para cérebro, rins e fígado), disparando o quadro de malária grave Em P. malariae podem ocorrem lesão dos capilares Evolução da doença Dois quadros clínicos possíveis: Malária não grave (mais comum) Evolução da doença Malária grave Adultos não-imunes, crianças e gestantes Sintomas Malária cerebral Insuficiencia renal aguda Edema pulmonar agudo Hipoglicemia Icterícia Hemoglobinúria Distribuição Global Distribuição Brasil Diagnóstico Clínico Quadro de febre típico de fase aguda Laboratorial Pesquisa de parasito em sangue periférico (microscopia) Testes de DNA específico do parasito Ensaios imunológicos Profilaxia Cinco estratégias básicas Combate aos vetores adultos (inseticidas) Combate às larvas dos vetores Saneamento básico (evitar criatórios de mosquitos) Melhoria das condições de vida Tratamento dos doentes Tratamento
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