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ARTIGO - EDUCAÇÃO ESPECIAL

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1
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
VIVIANE REZENDE RIBEIRO
INCLUSÃO ESCOLAR
SENADOR AMARAL - MG
2022
 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
VIVIANE REZENDE RIBEIRO
 INCLUSÃO ESCOLAR
Artigo Científico Apresentado à CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI, como requisito parcial para a obtenção do título Educação Especial..
SENADOR AMARAL – MG
11
2022
 INCLUSÃO ESCOLAR
Viviane Rezende Ribeiro
RESUMO
O presente artigo científico foi elaborado de maneira a abordar a inclusão de portadores de necessidades especiais nas escolas. Foram usados como parâmetros de revisão a educação inclusiva destacando suas mudanças de paradigmas e dificuldades. O trabalho também procurou abordar a formação adequada dos profissionais da educação voltada para a educação inclusiva. A importância da participação dos pais junto à instituição escolar para poder atender as necessidades dos seus filhos, também foi um dos fatores de destaque nesse trabalho. Por último as considerações finais destaca a importância da participação de toda a sociedade na melhoria da educação inclusiva.
 Palavras-chave: Educação inclusiva – Participação – Pais – Professores 
 Introdução
A inclusão social das pessoas com deficiências significa torná-las participantes da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da Sociedade, do Estado e do Poder Público. A inclusão é um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos isto porque os seres humanos são de natureza complexa e com heranças antigas, têm preconceitos e diversas maneiras de entender o mundo.
 Sociedades antepassadas não aceitavam a deficiência, provocando uma exclusão quase total das pessoas portadoras desta. As famílias chegavam mesmo a escondê-las da convivência com outros, isolando-as do mundo. Felizmente, o mundo desenvolveu levando a uma maior aceitação da deficiência devido ao aparecimento de novos pensamentos e mentalidades. Assim a sociedade aprendeu a ser mais inclusiva, compreensiva e solidária com a deficiência. 
Hoje, as crianças com deficiência frequentam a escola, saem à rua, brincam, vivem como uma criança dita “normal”. No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer para que todas as pessoas se sintam integradas e apoiadas por todo o mundo. 
Uma escola que acolhe as diferenças, que colabora, que convive será um bom princípio para combater a exclusão social. Dividir a escola em termos de alunos “normais” e alunos “deficientes” não é certamente um princípio inclusivo e um objetivo pretendido.
O caminho para termos uma sociedade incluída será, provavelmente, aprofundar a Educação Inclusiva apoiando todos os alunos com dificuldades, dando-lhes uma educação de qualidade num ambiente comunitário e diverso. 
Desenvolvimento
Educação Inclusiva
A educação inclusiva é antes de tudo uma questão de direitos humanos, já que defende que não se pode segregar a nenhuma pessoa como consequência de sua deficiência, de sua dificuldade de aprendizagem, do seu gênero ou mesmo se esta pertencer a uma minoria étnica (seria algo que iria contra os direitos humanos). Em segundo lugar, é uma atitude, representa um sistema de valores e de crenças, não uma ação simplesmente, mas sim um conjunto de ações. Uma vez adotada esta perspectiva por uma escola ou por um sistema de ensino, deverá condicionar as decisões e ações de todos àqueles que a tenham adotado, posto que incluir significa ser parte de algo, formar parte do todo, enquanto que excluir significa manter fora, apartar, expulsar (FALVEY et. al, 1995).
Segundo Mantoan (2004) Vivemos um tempo de crise global, em que os velhos paradigmas da modernidade são contestados e o conhecimento, matéria-prima da educação escolar, passa por uma reinterpretação. A inclusão é parte dessa contestação e implica a mudança do paradigma educacional atual, para que se encaixe no mapa da educação escolar que precisamos retraçar. O conceito de inclusão, porém, parte de um paradigma no qual a deficiência não é responsabilidade exclusiva de seu portador, cabendo à sociedade modificar-se para propiciar uma inserção total de quaisquer indivíduos, independentemente de seus
déficits ou necessidades. (KAFROUNI & PAN, 2001)
O tema da educação inclusiva tem despertado, no meio educacional, angústias e entusiasmos. A mudança de um sistema educacional, que se caracterizou tradicionalmente por ser excludente e segregatório, para um sistema educacional que se comprometa efetivamente a responder, com qualidade e eficiência, às necessidades educacionais de todos, inclusive às dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, exige um processo complexo de transformação, tanto do pensar educacional, como da prática cotidiana de ensino (SILVA & ARANHA, 2005). 
A questão da inclusão coloca, na verdade, o problema da responsabilidade pela educação e pelo fracasso escolar. 
“Na verdade não é o desvio de padrões que determina a excepcionalidade, mas o fracasso escolar, já que se parte da premissa de que a escola cumpre seu papel e se alguma criança – ou muitas, não importa – não conseguem aprender na escola, devem possuir características pessoais impeditivas” (BUENO, 1993, p. 21).
 
O conceito de escola inclusiva, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC-SEESP, 1998), implica em uma nova postura da escola regular que deve propor no projeto político-pedagógico, no currículo, na metodologia , na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendam a todos os alunos. Pois, numa escola inclusiva a diversidade é valorizada em detrimento da homogeneidade. Para Farias et. al (2008) , a escola inclusiva deve estar disposta a adaptar seu currículo e seu ambiente físico às necessidades de todos os alunos, propondo-se a realizar uma mudança de paradigma dentro do próprio contexto educacional com vistas a atingir a sociedade como um todo. Neste espaço, a relação professor-aluno com deficiência deve influenciar a autoimagem desse aluno e o modo como os demais o veem, trazendo benefícios tanto para ele quanto para o seu grupo com base em um suporte que facilite a todos obter sucesso no processo educacional. Dessa forma, a escola para ser considerada inclusiva deve promover as possibilidades e potencialidades de todo e qualquer sujeito, sobretudo aquele com deficiência.
A ação educacional inclusiva visa à transformação de uma sociedade mais justa, valorizando a integração, indistintamente, de todos os cidadãos, e uma participação equitativa na melhoria das condições de vida. Ela envolve um processo com inúmeros impasses e resistências, relacionados a uma prática educacional historicamente segregacionista, geradora de exclusão, que, ao invés de buscar melhorias sociais insistia na discriminação e na exclusão de indivíduos com necessidades especiais (GOMES, 2005).
 
A dificuldade da escola em incluir	
Ferreira et. al ( 2005) em seus trabalhos sobre a dificuldades que a escola tem presente a inclusão escolar destacam que educar para uma sociedade “inclusiva” pressupõe compreender toda uma complexa realidade presente nas salas de aula. Realidade na quais os educadores se encontram e sentem-se, muitas vezes, despreparados quando a questão é trabalhar com alunos que têm algum tipo de deficiência. A dificuldade que sentimos quando nos deparamos com situações desse tipo revela nossa fragilidade diante do convívio com a “diferença”. Embora tenhamos a certeza de que nosso papel enquanto educador está sendo bem desempenhando e de que todo cidadão tem o direito de ter acesso á informação e ao conhecimento, ainda assim encontramos obstáculos que impedem de realizarmos um trabalho coerente com a nossa prática pedagógica. Os autores ainda reforçam que o medo do diferente e a incerteza quanto ao aprendizado de um aluno com necessidades especiais, impossibilitam o avanço de práticas de aprendizagens relevantes. 
A escola tem uma tarefa muito importante que é desenvolver na criança asua autoestima, ensinar o aluno a se relacionar, a resolver seus conflitos particulares e o autocontrole de suas decisões e emoções. As escolas devem buscar formas de prevenção nas propostas de trabalho, preparar os professores para entenderem os alunos, respeitar o ritmo de cada um, tendo a plena consciência que cada criança tem um desenvolvimento diferente uma da outra. A escola deve ser um ambiente onde as crianças possam sentir-se, motivadas e, principalmente, respeitadas (BARTOLOMEU, SISTO e MARIN RUEDA, 2006). A forma pela qual escola se organiza em relação a sua metodologia, ou de que maneira ela resolve os problemas que envolvem os alunos, deve acontecer de forma adequada, mobilizando todos para que estejam empenhados para solucionar as dificuldades de aprendizagem que atingem alguns alunos. Com isso, todos tem a ganhar, a escola, a família e principalmente a criança. Com certeza esta criança terá um bom desempenho, não só dentro da escola, mas também fora dos portões da mesma (NEPOMUCENO E BRIDI, 2010). 
Segundo Nepomuceno & Bridi (2010) muitas dificuldades de aprendizagem são decorrentes da metodologia inadequada, professores desmotivados e incompreensivos, brigas e discussões entre colegas. A escola deve ser a segunda casa do indivíduo, um lugar onde ele possa se sentir bem e entre amigos, contar coma professora sempre que precisar ou sempre que tiver um problema familiar (outra causa de dificuldades de aprendizagem) e manter contato com os outros membros da equipe escolar assim como a coordenação pedagógica. Se o aluno sente-se à vontade para conversar com a professora e lhe pedir opiniões ou mesmo ajuda é sinal de que as coisas andam bem na relação professor/aluno.
Paulo Freire (2004) deixa claro que o professor deve ser um grande aprendiz e estar disposto a aprender com a realidade dos seus educandos, mas para que isso ocorra é preciso que se tenha uma metodologia rigorosa, que o professor tenha consciência de seu papel em sala e use o rigor no momento em que estiver ministrando a sua aula. Uma das várias missões do educador é oferecer ao aluno alguns fatores como motivação, auto estima, o apoio, paciência e o encorajamento, da mesma forma, promover o envolvimento com os pais, assim, o professor se tornara um impulsionador do sucesso escolar de seu aluno consequentemente lhe proporcionando novas perspectivas para o futuro. O educador enquanto mediador do processo ensino/aprendizagem, bem como protagonista na resolução e estudo das dificuldades de aprendizagem deve obter orientações específicas para que desenvolva um trabalho consciente e que promova o sucesso de todos os envolvidos no processo.
 Nas palavras de Okano et.al (2004) As dificuldades de aprendizagem devem ser levadas em conta, não como fracassos, mas como desafios a serem enfrentados, e ao se trabalhar essas dificuldades trabalha-se respectivamente as dificuldades existentes na vida dando oportunidade ao aluno de ser e de reconstruir-se enquanto ser humano e indivíduo. O manejo das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar não se constitui em tarefa fácil, e muitas vezes, a alternativa dada envolve a colocação das crianças em programas especiais de ensino como o proposto para as salas de reforço ou de recuperação paralela, destinadas a alunos com dificuldades não superadas no cotidiano escolar.
Formação dos professores na educação Inclusiva
Para oferecer uma educação de qualidade para todos os educandos, inclusive os portadores de necessidades especiais, a escola precisa capacitar seus professores, preparar-se, organizar-se, enfim, adaptar-se. “Inclusão não significa, simplesmente, matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades especificas, mas significa dar ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica” (MEC-SEESP, 1998).
Segundo Rodrigues (2006) em muitos países já começaram a ser integrados no currículo de formação inicial de professores e educadores disciplinas respeitantes às “Necessidades Educativas Especiais” ou designações afins, é sem dúvida importante por poder vir a familiarizar o futuro professor com o conhecimento de situações prováveis que, face à crescente inclusão de alunos com NEE nas escolas regulares, ele poderá vir a enfrentar. A profissão de professor exige uma grande versatilidade dado que se lhe pede que aja com uma grande autonomia e seja capaz de delinear e desenvolver planos de intervenção em condições muito diferentes. Para desenvolver esta competência tão criativa e complexa não basta uma formação académica; é necessária também uma formação profissional (CAMPOS, 2002). Ramos & Alves (2008) relata em suas pesquisas sobre o processo de inclusão de crianças com necessidades especiais no ensino fundamental que em relação ao processo de inclusão, todos os coordenadores de escolas regulares consideram que possuem profissionais sem qualificação adequada e também que o contato e a assistência com instituições de ensino especializado é insuficiente. 22,2% dos coordenadores das escolas especiais julgam que possuem profissionais insuficientemente qualificados. 33,3% dos coordenadores de escolas especiais e dos coordenadores de escolas regulares destacaram que, em relação à com os desequilíbrios e facilitando o aluno a aprender a aprender (SOARES, 2003) acessibilidade, a estrutura física é inadequada. 
Cada pessoa tem uma história e uma realidade diferente, dessa maneira, é necessário conhecer o aluno com que se está trabalhando, e mais ainda, como este aluno adquire os conhecimentos, ou simplesmente como ele aprende e aplica este conhecimento no seu cotidiano. O trabalho do professor é ajudar a promover mudanças, intervindo diante das dificuldades que se apresentam durante o processo de aprendizagem, trabalhando com os desequilíbrios e facilitando o aluno a aprender a aprender (SOARES, 2003). 
O professor precisa colocar em prática as suas habilidades docentes, sua criatividade, criatividade esta que lhe é peculiar, e desenvolver práticas mais dinâmicas, onde o aluno possa produzir, construir, criar, ter liberdade para agir e ser livre para pensar. Os educadores sabem que quando se dá oportunidade e se acredita no aluno, ele constrói coisas que podem surpreender! É graças à maneira de ser, pensar e agir de cada um que o mundo fica mais interessante (SANTOS et al, 2009). A atitude do professor é um dos fatores que mais contribui para o sucesso de qualquer iniciativa de inclusão da criança com necessidade especial. (MALVÃO et. al, 2006). 
Participação dos pais na Educação Inclusiva dos filhos
Segundo Santos et al (2013), os pais são agentes indispensáveis no processo educacional dos filhos. A família é a que melhor conhece a criança porque a acompanhou desde seu nascimento e, da mesma maneira, a criança sente-se mais segura estando próxima da sua família. Os mesmos autores em seus trabalhos sobre papel dos pais no processo de inclusão escolar e na aprendizagem de filhos com necessidades educacionais especiais destacam que os pais de crianças com NEEs encontram diante de si um longo caminho de obstáculos na educação de seus filhos, e a participação deles, neste processo, é o que determinará o avanço educacional destas crianças. O preconceito e a discriminação que sofrem as crianças com NEEs deixam os pais temerosos em colocá-los em uma escola e em deixá-los em convívio social. Em outros casos, existem pais que lutam para que seus filhos sejam aceitos dignamente em algumas escolas. Isto ocorre porque muitas famílias veem de forma negativa a inclusão escolar e não aceitam que seus filhos sem necessidades estudem com uma criança com NEEs. Além disso, muitas instituições de ensino temem a evasão escolar pelo fato de ter um aluno especial.
Comunicar-se com os profissionais; ser responsável pela educação do filho; manter expectativas adequadas; aceitar a deficiência do filho; respeitar os profissionais; reconhecer o trabalho dos profissionais; confiar no trabalho desenvolvido;acreditar no trabalho desenvolvido; questionar os profissionais de modo adequado; garantir a frequência do aluno; visitar a escola; participar das atividades. (SILVA E MENDES, 2008, p.223).
A relação entre família e escola implica um diálogo onde existe uma constante e ativa procura de significado. Um diálogo onde se gera uma escuta ativa e reforçada pelo desenvolvimento de uma atitude empática, o esforço para compreender o ponto de vista do outro. Pretende-se, neste sentido, melhorar a capacidade de compreender o real significado de uma mensagem sem a distorcer através de julgamentos e interpretações prematuras (DIAS, 1996).
Se a situação descrita é a desejável, a realidade é que muitas vezes, perguntar ao professor se conhece as principais preocupações dos pais face aos seus filhos, ou perguntar aos pais se conhecem as principais preocupações dos professores face aos alunos; "é encontrar respostas vagas advindas de um conhecimento empírico que tende a generalizar-se" (GUERRA, 1985).
É necessário conhecer, porque conhecer é adquirir instrumentos ao serviço de uma interação positiva, como referem o esquema que se segue, o operacionalizar dados sobre os grupos família implicados no processo de ensino/aprendizagem é à base do sucesso na cooperação entre família/escola (DIAS, 1996). 
Para Davis (1992) Se quisermos criar bons programas de envolvimento dos pais, teremos de flexibilizar os rituais e as normas administrativas das escolas. Segundo este autor (1989) a escola sente muitas vezes insegurança privilegiando, assim, as "relações internas e externas estáveis". A escola enquanto organização é pouco permeável à mudança, sendo muitas vezes as inovações "adaptações marginais dos programas existentes". A escola "arrisca" pouco na procura e operacionalização de respostas alternativas aos problemas que se lhe colocam. No entanto, à escola cabe estimular a família de modo a levá-la a participar, "criar-lhe habituação". À família cabe (re) descobrir as vantagens da participação na escola disponibilizando-se. 
Os pais são os que mais compreendem seus filhos com NEEs e, por isso, é importante que haja a troca de informações com os professores para que estes descubram formas melhores de ajudar no desenvolvimento da criança. É necessário que os pais visitem a escola em horários agendados de forma que não atrapalhe a rotina escolar dos alunos. Os pais devem mostrar preocupação e interesse acerca da vida escolar de seus filhos, questionando sobre o que a escola precisa por parte deles, se podem fazer alguma coisa para ajudar, e quando possível eles devem participar das festas escolares, reuniões e eventos (SANTOS 2013). 
Abordagens na relação família escola
Segundo MARQUES (1992) sugere três abordagens de envolvimento dos pais:
•	Comunicação escola casa - os pais atuam dando seguimento e reforçando "aquilo que os professores querem que os alunos façam em casa", seja na ajuda em trabalhos seja conversando sobre aspectos da atividade escolar,...
•	Abordagem interativa - Identificação dos objetivos que são comuns aos dois grupos (família e escola) de modo a que se crie um mútuo respeito influenciando todas as iniciativas de interação.
•	Abordagem de parceria - caracteriza-se pela coexistência, nas relações entre a família e a escola, de elementos das duas abordagens anteriores.
O mesmo autor (1994) especifica mais estas abordagens, quando em referência a EPSTEIN apresenta uma tipologia de envolvimento parental em seis pontos:
1 - Ajuda da escola à família
2 - Comunicações escola-família
3 - Ajuda da família à escola
4 - Envolvimento da família em atividades de aprendizagem em casa
5 - Participação de decisões e na direção da escola
6 - Colaboração e intercâmbio com a comunidade
Conclusão
A educação para os especiais ainda, infelizmente, é uma exclusão. Devemos ajudar na inclusão educacional que é um direito de todos. Chega de tanta exclusão! Basta de tanta discriminação! Precisamos lutar para uma melhor condição de vida para todos a partir de uma formação educacional com uma boa qualidade para todos, buscando melhoria na educação. 
A inclusão social da criança especial no Brasil, portanto, é um projeto a ser construído por todos: família, diferentes setores da vida pública e população leiga. Necessita planejamento, experimentação, de forma a se identificar o que precisa ser feito em cada comunidade, para garantir o acesso das pessoas com deficiência do local e de outras comunidades aos recursos e serviços nela disponíveis. Não se instala por decreto, nem de um dia para o outro. Mas há que se envolver efetiva e coletivamente, caso se pretenda um país mais humano, justo e compromissado com seu próprio futuro e bem-estar.
REFERÊNCIAS
BARTHOLOMEU, D; SISTO, F. F; MARIN R, F. Dificuldades de aprendizagem na escrita e características emocionais de crianças. Psicol. estud., Abr 2006, vol.11, no.1, p.139-146.
BUENO, J. G. S. (1993). Educação especial brasileira. Integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: FAPESP.
Campos, B.P. (2002) “Políticas de Formação de Profissionais de Ensino em Escolas Autónomas”, Edições Afrontamento, Porto,2002.
DIAS, J. C. A problemática da relação família/escola e a criança com necessidades educativas especiais. INSTITUTO JEAN PIAGET. 1996
FALVEY, MA; GIVNER, CC; KIMM, C. What Is an Inclusive School? In RA Villa and JS Thoudand (Ed.): Creating an Inclusive School (pp. 1-12). Alexandria: 1995
FARIAS, I. M. F; MARANHÃO, R.V.A; CUNHA , A.C.B. Interação professor-aluno com autismo no contexto da educação inclusiva: análise do padrão de mediação do professor com base na teoria da Experiência de Aprendizagem Mediada (Mediated Learning Experience Theory). Revista Brasileira de Educação Especial.Rev. bras. educ. espec. vol.14 no.3 Marília Sept./Dec. 2008
FERREIRA, J; MAGALHÃES, G. L; XAVIER, M. N. S. As dificuldades que a escola tem perante a inclusão escolar. São Paulo, 2005. 
GOMES, C. Necessidades educacionais especiais: concordância de professores quanto à inclusão escolar. Temas sobre Desenvolvimento, São Paulo, v. 14, n. 79, p. 23-31, 2005.
KAFROUNI. R; PAN, M.A.G. Inclusão de alunos com necessidades especiais e educação básica. Interação, Curitiba, 2001, 5, 31 a 46. 
MALVÃO, A.A; BARALHOS, C. A. P; FREITAS, V. A. Educação inclusiva: A diversidade faz parte da vida. Janus. Lorena, ano, 3, nº 2º. Semestre de 2006.
MARQUES, R. Colaboração Família-Escola em Escolas Portuguesas: Um Estudo de Caso. In Inovação. Vol. 7, nº 3. Ed. Instituto de Inovação Educacional. p. 357-375.1994
NEPOMUCENO, C. P & BRIDI, J.C.A. O	 papel da escola e dos professores na educação de crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 9, n. 1, jul. de 2010.
OKANO, C. B. et al. Crianças com dificuldades escolares atendidas em programa de suporte psicopedagógico na escola: avaliação do autoconceito. Psicol. Reflex. Crit., 2004, vol.17, no.1, p.121-128.
RAMOS, A. S; ALVES, L. M. A fonoaudiologia na relação entre escolas regulares de ensino fundamental e escolas de educação especial no processo de inclusão. A fonoaudiologia no processo de inclusão Relato de Pesquisa. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, Mai.-Ago. 2008, v.14, n.2, p.235-250
Rodrigues, D. “Dez ideias (mal) feitas sobre a Educação Inclusiva”. S. Paulo. Summus Editorial. 2006. 
SANTOS, C. C. P, et. al. Dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Revista Científica em Educação à Distância. 2009.
Silva, S.C; Aranha, M. S. F. Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica de educação inclusiva. Rev. bras. educ. espec. vol.11 no. 3 Marília Sept./Dec. 2005
SILVA, A. M. e MENDES, E. G. Família de crianças com deficiência e profissionais: componentes da parceria colaborativa na escola. Rev. bras. educ. espec., vol.14, n.2, p.217-234, 2008
SOARES, D. C. R. Os vínculos como passaporte da aprendizagem: um encontro D’EUS. 2ed. Rio de Janeiro, Caravansaral, 2003.
SANTOS, E, R, L; F, R. S; Oliveira. T. C. B.C.Papel dos pais no processo de inclusão escolar e na aprendizagem de filhos com necessidades educacionais especiais. Revista discentis. 2ª edição. julho 2013.

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