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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA KATRINE MANOEL – MEDICINA UNIDAVI GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA EXAME PREVENTIVO DO COLO DE ÚTERO Exame preventivo do colo de útero O exame é indicado para mulheres em idade entre 25 a 64 anos que têm ou já tiveram relação sexual. É recomendado, evitar por pelo menos 48H antes: lubrificantes, espermicidas, medicamentos vaginais e relação sexual, exames vaginais como o transvaginal (realizar após coleta do preventivo). O exame não pode ser feito no período menstrual. Recomenda-se que seja realizado por volta do 15º dia de ciclo. SALA DE COLETA • Mesa ginecológica; • Escada de dois degraus; • Mesa auxiliar; • Foco de luz com cabo flexível; • Biombo ou local reservado. • Avental descartável; • Lençol descartável; • Lixeira. MATERIAIS NECESSÁRIOS • Formulário de requisição; • Espéculos de tamanhos variados; • Lâmina de vidro com extremidade fosca; • Lápis preto nº 2; • Luvas descartáveis; • Espátula de Ayre; • Escova endocervical; • Solução fixadora (álcool 96% ou spray); • Frasco porta-lâmina; • Fita para identificação do frasco. 1. IDENTIFICAÇÃO Identificar a paciente através de suas iniciais e nº do prontuário, utilizando lápis preto nº 2 na extremidade fosca da lâmina. 2. POSICIONAMENTO DA PACIENTE A mulher deve estar em posição de litotomia com as nádegas próximas à borda da mesa ginecológica. O profissional deve posicionar-se sentado à frente da paciente para realização do exame. É necessário o posicionamento correto do foco de luz antes do início do exame. 3. EXAME FÍSICO EXTERNO Exame da vulva, região do períneo e região anal. • Vulva: Pelos, aspecto da fenda vulvar, umidade, secreções, hiperemia, ulcerações, distrofias, neoplasias, lesões cutâneas. • Períneo: Íntegro ou se há ruptura (I, II ou III grau), cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia. • Ânus: Hemorroidas, fissuras, prolapso da mucosa e malformações. 4. INTRODUÇÃO DO ESPÉCULO Introduzir na posição longitudinal e oblíqua em relação à fenda vulvar e girar delicadamente até ficar na posição transversa em relação à fenda. Após introdução completa, o espéculo deve ser aberto lentamente a fim de não causar desconforto à paciente. 5. INSPEÇÃO DO COLO UTERINO A inspeção já pode indicar alguma anormalidade (corrimento espesso e esbranquiçado). Se houver alguma patologia, o esfregaço cervical deve ser adiado, pois pode prejudicar o diagnóstico. Deve-se, então, tratar o quadro, e realizar o exame após o tratamento. 6. ESFREGAÇO ECTOCERVICAL Utilizando-se a espátula de Ayre, a ponta mais longa é encaixada no orifício do colo uterino. Deve-se girar 360° até que toda a região tenha sido raspada. O material coletado deve ser estendido de maneira transversal, e cada lado da espátula deve ser depositado na lâmina na porção mais próxima da parte fosca da lâmina. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA KATRINE MANOEL – MEDICINA UNIDAVI GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA EXAME PREVENTIVO DO COLO DE ÚTERO 7. ESFREGAÇO ENDOCERVICAL Informar a mulher que neste momento ela pode sentir cólicas. A escova endocervical deve ser introduzida, e então, faz-se um giro de 360º. O material deve ser distribuído para a parte ainda livre da lâmina, rolando as cerdas. 8. FIXAÇÃO DOS ESFREGAÇOS Após a dispersão sobre a lâmina, as amostras devem ser fixadas imediatamente em álcool 96% por pelo menos 15 min ou por um spray fixador (2 jatos à aproximadamente 20 cm da lâmina). Após, colocar a lâmina dentro do frasco porta-lâmina. 9. RETIRADA DO ESPÉCULO Sempre informar a paciente sobre o processo de retirada do espéculo e realiza-lo lentamente. O espéculo deve ser fechado enquanto é retirado da vagina, evitando, assim, distensão excessiva ou lesão. 10. TOQUE BIDIGITAL O toque bidigital é realizado apenas se houver queixa pela paciente. Não se faz o procedimento se o motivo da consulta é apenas coleta de preventivo. O examinador lubrifica o dedo indicador e o dedo médio de uma das mãos enluvadas e, na posição de pé, introduz os dedos lubrificados na vagina. O colo do útero é palpado, observando sua posição, seu formato, sua consistência, sua regularidade, sua mobilidade e se existe dor à palpação. Normalmente, o colo do útero apresenta alguma mobilidade sem indução de dor. Os fórnices são palpados em torno do colo do útero. 11. PALPAÇÃO DO ÚTERO O examinador coloca a mão sobre o abdome da paciente, logo acima da sínfise púbica. Enquanto eleva o colo do útero e o útero com a mão que está na vagina, o abdome é comprimido, tentando “segurar” o útero entre as duas mãos. É necessário observar: dimensões, o formato, a consistência e a mobilidade, e identificar se há dor à palpação ou massas. Após, informar à paciente que o exame está concluído e que ela pode vestir-se.
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