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CASO - Edwin Sutherland Resposta

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Bruno Fernando Cavalcante, 10º B, R.A. 111659531.
CASO - Edwin Sutherland – Resposta:
1º Passo – Compreendendo o problema:
· Tipificação: Roubo simples – art. 157, caput, do CP (pena: reclusão de 4 a 10 anos);
· Tipo de ação penal: Pública incondicionada, art. 100 do CP;
· Rito processual: Ordinário – art. 394, §1, inc. I, do CPP;
· Momento processual: 06 – processo findo – durante execução da pena;
· Quem ó o cliente: Edwin Sutherland;
· Situação prisional: Cumprindo pena definitiva privativa de liberdade.
2º Passo – identificando a peça:
· Peça cabível: Livramento condicional – art. 83 do CP.
3º Passo – Identificando a competência:
· Competência: Vara da Execução Penal – art. 66, III, “e” c/c art. 131 da LEP (Lei. 7.210/84).
4º Passo – teses de defesa:
· Mérito: Livramento condicional da pena:
Razão: Trata-se de um instituto de política criminal, destinado a permitir a redução do tempo de prisão com a concessão antecipada e provisória da liberdade do condenado, quando é cumprida pena privativa de liberdade, mediante o preenchimento de determinados requisitos e a aceitação de certas condições. Portanto, é medida penal restritiva da liberdade de locomoção, que se constitui num benefício ao condenado e consiste em um direito subjetivo de sua titularidade, integrando um estágio do cumprimento da pena. 
Conforme dispõe o art. 131 da LEP, “o livramento condicional poderá ser concedido pelo juiz da execução, presentes os requisitos do art. 83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e o Conselho Penitenciário”. 
No presente caso, o sentenciado, apesar de reincidente e ter cometido falta grave durante a execução da pena, preenche todos os requisitos legais para concessão do benefício, quais sejam: objetivo (temporal): pena aplicada superior a 02 (dois) anos (art. 83, caput, do CP), já cumpriu mais da metade da pena (art. 83, inc. II, do CP); subjetivo (comportamental): comprovado bom comportamento carcerário (art. 83, inc. III, “a”, do CP). Há de se salientar que a prática de falta grave pelo preso no ano de 2017, não altera o prazo para obtenção do benefício, nesse sentido o teor da súmula 441 do STJ: “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional”. Não obstante, a reforma da Lei 13.964/2019 (PAC) ter modificado esse entendimento, inserindo a alínea “b” ao inc. III do art. 83 do CP, como requisito objetivo para concessão do benefício: “não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses”. Tal norma, em respeito ao direito penal intertemporal, previsto no art. 5º, inc. XL, da CF, por tratar-se de norma de natureza mista (penal - processual penal) prejudicial ao sentenciado não se aplica no presente caso, pois a falta grave cometida pelo apenado ocorreu no ano de 2017, ou seja, anterior a vigência da nova lei que não pode retroagir a fatos pretéritos. Assim, todo o período de cumprimento da pena deve ser computado para aferir o requisito temporal, de tal modo que restam preenchidos todos os requisitos legais para concessão da benesse, devendo ser, o apenado, posto em liberdade condicional para dar seguimento ao cumprimento da pena pelo tempo restante.
Fundamentos: art. 83 do CP, art. 131 da LEP (Lei. 7.210/84), súmula 441 do STJ, Lei 13.964/2019 (PAC), art. 5º, inc. XL, da CF (direito penal intertemporal).
Considerar a reincidência em crime culposo – art. 83, inc. I, do CP.

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