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Consulta ginecológica (propedêutica médica)

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Universidade Tiradentes - Medicina P4
Consulta ginecológica
CLÍNICAS
VULVA:
● Vulva: denominada pudendo
feminino na Terminologia
Anatômica, é o termo coletivo
usado para descrever a parte
externa da genitália feminina.
● Consiste em:
○ Monte do púbis: um
coxim adiposo recoberto
por pêlos acima da sínfise
púbica;
○ Grandes lábios: (lábios
maiores do pudendo),
pregas arredondadas de
tecido adiposo que
formam os lábios
externos da vagina;
○ Pequenos lábios: (lábios
menores do pudendo),
as pregas
rosadas-avermelhadas
mais delgadas ou lábios
internos que se estendem
anteriormente para
formar o prepúcio, e o
clitóris.
○ Também inclui o
vestíbulo, a fossa
navicular entre os lábios
menores, o meato uretral
(óstio externo da uretra)
e a abertura da vagina.
● A abertura da vagina pode
estar parcialmente ocluída por
uma membrana, o hímen.
● O termo períneo refere-se ao
tecido situado entre o intróito e
o ânus.
Genitália externa feminina na posição de
litotomia.
● As aberturas das glândulas de
Bartholin (glândulas
vestibulares maiores): estão
localizadas posteriormente nos
dois lados da abertura vaginal,
mas não costumam ser visíveis.
● Glândulas parauretrais (de
Skene): Em um ponto
imediatamente posterior e
adjacente ao meato uretral em
cada lado.
1
2
VAGINA:
● A vagina é um tubo
musculomembranoso que se
estende para cima e para trás,
● Situada entre a bexiga urinária
e uretra e o reto.
● Seu terço superior está em um
plano horizontal e termina no
fórnice, que é cupuliforme.
● A mucosa vaginal é disposta em
pregas transversais, ou rugas.
● O fórnice da vagina está
situado em um ângulo quase
reto em relação ao colo do
útero.
● O colo do útero é um órgão
colagenoso cilíndrico e firme,
com uma fenda ou depressão
central, que é conectado ao
útero.
● O útero é uma estrutura
fibromuscular de paredes
espessas que tem o formato de
uma pêra invertida.
● O colo do útero sofre protrusão
para a vagina, dividindo a
porção superior da vagina em
três recessos, as partes anterior,
posterior e lateral do fórnice.
ÚTERO:
● A porção vaginal do colo do
útero, a ectocérvice, é
facilmente observada com o
auxílio de um espéculo.
● Em seu centro há uma
depressão redonda, oval ou em
forma de fenda, o óstio externo
do colo do útero, que marca a
abertura para o canal
endocervical (canal do colo do
útero).
● A ectocérvice é coberta por um
epitélio colunar vermelho
aveludado e por um epitélio
escamoso rosado e brilhante em
continuidade com o
revestimento vaginal.
● A junção escamocolunar forma
o limite entre esses dois tipos de
epitélio.
● Durante a puberdade, a faixa
larga de epitélio colunar que
envolve o óstio, chamado
2
3
ectrópio, é gradualmente
substituída por epitélio
escamoso.
● A junção escamocolunar migra
na direção do óstio, criando a
zona de transformação.
● O colo do útero está conectado
ao istmo, ou a porção inferior
do útero.
● Acima do istmo está o corpo do
útero e a porção superior do
útero, chamado fundo.
● As paredes uterinas contêm três
camadas:
○ Perimétrio: revestimento
seroso derivado do
períneo;
○ Miométrio: de músculo
liso distensível;
○ Endométrio: o
revestimento interno
aderente.
● A cavidade uterina é revestida
pelo endométrio e conecta-se
abaixo com o canal
endocervical.
ANEXOS:
● O termo anexos significa
“apêndices”;
● Refere-se aos ovários, tubas
uterinas e seus tecidos de
sustentação.
● As duas tubas uterinas bilaterais
estão inseridas no fundo uterino.
● A tuba uterina tem uma
extremidade semelhante a um
leque, as fímbrias, que se
estende até o ovário em cada
lado do útero e recolhe o oócito
da cavidade peritoneal
periovariana para conduzi-lo
até a cavidade uterina.
● Os dois ovários são glândulas
de formato amendoado, que
exibem uma variação de
tamanho considerável.
● Os ovários são palpáveis
durante o exame pélvico em
cerca de metade das mulheres
durante os anos reprodutivos.
● Normalmente, as tubas uterinas
não são palpáveis.
● Funções dos ovários: produção
de oócitos e a secreção de
hormônios, incluindo
estrogênios, progesterona e
testosterona.
● O aumento da secreção
hormonal durante a puberdade
estimula o crescimento do útero
e de seu revestimento
endometrial, aumento da
vagina, espessamento do
epitélio vaginal, e o
desenvolvimento de
características sexuais
secundárias.
3
4
● A área localizada atrás do útero
tem a configuração de um fundo
de saco e é chamada de
escavação retouterina (fundo
de saco de Douglas). É possível
palpar essa área durante o
exame retovaginal.
● A pelve maior, protegida pelas
asas do osso ílio, contém as
vísceras abdominais baixas e,
então, se estreita inferiormente
na pelve menor, que cerca a
cavidade pélvica e o períneo.
ASSOALHO PÉLVICO:
● Os órgãos pélvicos são
sustentados por uma faixa de
tecidos composta de músculos,
ligamentos e fáscia visceral da
pelve, chamado assoalho
pélvico.
● O assoalho ajuda a sustentar os
órgãos pélvicos acima da
abertura inferior da pelve.
● Os músculos do assoalho
pélvico também auxiliam na
função sexual (orgasmo), na
continência urinária e fecal e na
estabilização das articulações
conectadas.
● O assoalho pélvico consiste no
diafragma da pelve e na
membrana do períneo (fáscia
inferior do diafragma da pelve).
● A fraqueza dos músculos do
assoalho pélvico pode causar
dor, incontinência urinária,
incontinência fecal e prolapso
dos órgãos pélvicos.
● Diafragma da pelve: separa a
cavidade pélvica do períneo e
consiste no músculo levantador
do ânus e nos músculos
isquiococcígeos, que se fixam à
superfície interna da pelve
menor.
● Membrana do períneo: é uma
lâmina triangular de tecido
fibromuscular que contém os
músculos bulboesponjoso e
isquiocavernoso, o corpo do
períneo transverso superficial e
o músculo esfíncter externo do
ânus.
● Essa membrana cobre o trígono
anterior que fixa a uretra, a
vagina e o corpo do períneo aos
ramos isquiopúbicos.
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA:
● A linfa da vulva e da porção
inferior da vagina drena para os
linfonodos inguinais.
● A linfa dos órgãos genitais
internos, incluindo a porção
superior da vagina, segue para
os linfonodos pélvicos e
abdominais, que não são
palpáveis.
4
5
● Abordagem sistemática da
história obstétrica e
ginecológica de uma paciente.
● É importante um ambiente
tranquilo e privativo.
● A história deve ser obtida com a
paciente totalmente vestida, em
particular se esse for seu
primeiro contato com ela.
● Idealmente, a paciente deve ser
entrevistada sozinha, a não ser
que ela solicite especificamente
a presença de um cuidador,
amigo ou parente.
● Também podem ser feitas
exceções para crianças,
adolescentes e mulheres com
comprometimentos cognitivos.
(Mesmo nessas circunstâncias, é
desejável que a paciente tenha
algum tempo para conversar
com você em particular.)
● Para aumentar o nível de
conforto de uma paciente,
deve-se fazer perguntas
abertas e de um modo acrítico.
● Perguntas sobre a menarca,
menstruação e menopausa
devem ser abordadas.
MENARCA E MENSTRUAÇÃO:
● Na população dos EUA, a idade
mediana na menarca é entre 12
e 13 anos – em populações bem
nutridas nos países
desenvolvidos.
● As meninas adolescentes nos
EUA em geral começam a
menstruar entre 9 e 16 anos de
idade e costuma demorar ≥ 1
ano até que os ciclos menstruais
adotem um padrão regular.
● Fatores ambientais, incluindo
condições socioeconômicas,
nutrição e acesso a cuidados de
saúde preventivos, podem
influenciar o momento e a
progressão da puberdade.
● O intervalo entre os ciclos varia
aproximadamente de 24 a 32
dias;
● O fluxo menstrual dura de 3 a 7
dias.
● As datas dos ciclos menstruais
anteriores fornecem indicações
de uma possível gravidez ou
irregularidades menstruais.
História menstrual: .
● Idade na menarca,
● Quando suas menstruações
começaram.
● Quando ocorreu a data da
última menstruação (DUM)
● Se possível quando ocorreu a
menstruação anterior a essa,
chamada de data da
menstruação anterior (DMA).
● Qual é a frequência dos ciclos
(intervalo entre o primeiro dia
de dois ciclos sucessivos)● São regulares ou irregulares?
● Quanto tempo duram?
● Qual é a intensidade do fluxo?
(número de absorventes usados
por dia; o absorvente fica
encharcado ou apenas
manchado)
● Ele está mais leve ou mais
intenso que o habitual?
5
6
● Qual é sua cor?
● Usa um absorvente interno e um
externo ao mesmo tempo?
● Apresenta algum sangramento
entre os ciclos? Ou após a
relação sexual?
● Dor antes ou durante as
menstruações;
○ Como é a dor
○ Quanto tempo dura
○ Sintomas associados
○ Interfere nas atividades?
Dismenorreia: .
● Dor durante a menstruação, é
relatada por quase metade das
pacientes.
○ Dismenorreia primária:
sem uma causa orgânica.
(causada por aumento
da produção de
prostaglandinas durante
a fase lútea do ciclo
menstrual, quando os
níveis de estrogênios e
progesterona declinam.)
○ Dismenorréia
secundária: com uma
causa orgânica.
(endometriose,
adenomioses
(endometriose nas
camadas musculares do
útero), doença
inflamatória pélvica (DIP)
e pólipos endometriais.)
Amenorreia: .
● Refere-se à ausência de
menstruação.
○ Amenorreia primária:
ausência do início de
menstruações;
○ Amenorreia secundária:
a parada das
menstruações depois de
estarem estabelecidas.
(Gravidez, lactação e
menopausa são causas
fisiológicas de
amenorreia secundária).
● Outras causas de amenorreia
secundária incluem baixo peso
corporal, desnutrição, anorexia
nervosa, estresse, doença
crônica e disfunção do eixo
hipotálamo-hipófise-ovariano.
Síndrome pré-menstrual: .
● Inclui sintomas emocionais e
comportamentais como
depressão, explosões de raiva,
irritabilidade, ansiedade,
confusão, crises de choro,
transtorno do sono, pouca
concentração e isolamento
social.
● Pergunte sobre sinais como
distensão abdominal e ganho
de peso, edema das mãos e dos
pés e dor generalizada.
● Os critérios diagnósticos são:
○ Sinais e sintomas nos 5
dias antes da
menstruação por, no
mínimo, três ciclos
consecutivos;
○ Término dos sinais e
sintomas dentro de 4 dias
após o início da
menstruação;
○ Interferência com as
atividades diárias.
SANGRAMENTO ANORMAL:
● Pergunte sobre qualquer
sangramento anormal.
● “Sangramento é mais intenso ou
a duração é mais longa que o
normal (menorragia)?”
● “Você tem sangramento, em
maior ou menor volume, entre
as menstruações
(metrorragia)?”
● “Você tem uma combinação
dessas duas coisas
(menometrorragia)?”
● As causas variam conforme o
grupo etário e incluem
gravidez, infecção ou câncer do
colo do útero ou vagina,
hiperplasias ou pólipos cervicais
6
7
ou endometriais, fibroides,
distúrbios hemorrágicos e
contracepção ou terapia de
reposição hormonal.
MENOPAUSA:
● A menopausa ocorre
tipicamente entre 48 e 55 anos
de idade, com um pico na idade
mediana de 51 anos.
● É definida como a interrupção
da menstruação por 12 meses,
progredindo por vários estágios
de sangramento cíclico errático.
● Esses estágios de duração de
ciclo variável, com frequência
acompanhados por sintomas
vasomotores como ondas de
calor, rubor e sudorese,
representam a perimenopausa.
● Os ovários deixam de produzir
estradiol e progesterona e os
níveis estrogênicos caem de
modo significativo, embora a
síntese de testosterona ainda
persista em algum grau.
● A secreção hipofisária de LH e
FSH gradualmente vai se
tornando muito elevada.
● Baixos níveis de estradiol
permanecem detectáveis
devido à conversão de
esteróides supra renais no
tecido adiposo periférico.
● Durante a transição para a
menopausa, as mulheres podem
apresentar mudanças de humor,
alterações da autoimagem,
ondas de calor (fogacho), perda
óssea acelerada, aumentos no
colesterol total e de
lipoproteína de baixa
densidade e atrofia
vulvovaginal, com
ressecamento vaginal, disúria e
dispareunia.
● A reposição estrogênica alivia
os sintomas, mas acarreta
outros riscos à saúde.
● Pergunte a uma mulher de
meia-idade ou mais velha se ela
parou de menstruar.
○ “Quando?”
○ “Como você se sente (ou
sentiu)?”
○ “Como isso afetou sua
vida de um modo
positivo ou negativo?”,
○ “Houve algum sintoma
associado a essa
transição?”
○ Sempre pergunte sobre
sangramento leve ou
intenso após a
menopausa.
● Menopausa precoce
(insuficiência ovariana
prematura): mulheres deixam
de menstruar antes dos 40 anos
de idade.
DOR PÉLVICA- AGUDA E CRÔNICA:
● Dor pélvica aguda em meninas
adolescentes e mulheres que
menstruem requer atenção
imediata.
● O diagnóstico diferencial é
amplo, mas inclui condições
potencialmente fatais, como
gravidez ectópica, torção
ovariana e apendicite.
● Enquanto identifica o início, o
momento e as características da
dor e sintomas associados, você
deve considerar causas
infecciosas, gastrintestinais (GI)
e urinárias.
● Perguntar sobre ISTs, inserção
recente de um dispositivo
intrauterino (DIU) e qualquer
sintoma no parceiro sexual.
● A causa mais comum de dor
pélvica aguda é a DIP, seguida
por ruptura de um cisto
ovariano e apendicite.
● Dor pélvica crônica refere-se a
uma dor que dura mais de 6
meses e não responde ao
tratamento.
7
8
● A dor pélvica representa cerca
de 20% das histerectomias.
● Os fatores de risco são idade
avançada, cirurgia ou trauma
pélvico anterior, paridade e
parto, condições clínicas,
medicamentos e aumento
crônico da pressão
intra-abdominal.
● Explore as causas
ginecológicas, urológicas, GI,
musculoesqueléticas e
neurológicas.
● A endometriose, decorrente do
fluxo menstrual retrógrado e
extensão do revestimento
uterino fora do útero, afeta 50 a
60% das mulheres e meninas
com dor pélvica.
● Outras causas incluem DIP,
adenomiose e fibroides.
● A dor pélvica crônica é um sinal
de alerta para abuso sexual.
SINAIS E SINTOMAS
VULVOVAGINAIS:
● Os sintomas vulvovaginais mais
comuns são corrimento vaginal
e prurido.
● Se a paciente relatar um
corrimento, pergunte:
○ Quantidade
○ Cor
○ Consistência
○ Odor.
● Pergunte sobre quaisquer
feridas ou nódulos localizados
na área da vulva.
ABORDAGEM GERAL:
● Pedir a permissão da paciente
para realizar o exame.
● Uma explicação sobre as
etapas do que está prestes a ser
feito.
● Ajudar a paciente a relaxar é
essencial para um exame
adequado.
● Sempre use luvas, tanto durante
o exame quanto ao manusear o
equipamento e amostras.
● Para pacientes com menos de 21
anos de idade, um exame
pélvico só deve ser realizado
quando indicado pela história
médica.
● Para pacientes com menos de 21
anos que apresentem queixas
como distúrbios menstruais,
corrimento vaginal ou dor
pélvica, um exame pélvico pode
ser necessário.
● Examinadores do sexo
masculino devem ser
acompanhados por uma
assistente do sexo feminino.
● Examinadoras do sexo feminino
também devem ser auxiliadas
se a paciente apresentar
alguma alteração física ou
emocional ou se houver
necessidade de ajuda para o
exame.
8
9
POSICIONAMENTO:
● Cubra a paciente
adequadamente e ajude-a a
assumir a posição de litotomia.
● Coloque um calcanhar de cada
vez nos estribos.
● A paciente pode ficar
confortável usando meias ou
sapatos em vez de ficar
descalça.
● Em seguida, peça que ela
deslize para baixo, na direção
da extremidade da mesa, até
que suas nádegas estejam
posicionadas discretamente
além da borda.
● As coxas da paciente devem
ficar em flexão, abdução e
rotação externa nos quadris.
● Certifique-se de que a cabeça
da paciente esteja apoiada em
um travesseiro.
EQUIPAMENTO DE EXAME:
■Fonte de luz móvel;
■Espéculo vaginal de tamanho
apropriado;
■Lubrificante hidrossolúvel;
■Equipamento para coleta de
esfregaço de Papanicolaou, culturas
bacteriológicas e sondas de DNA ou
outros materiais para testes
diagnósticos, como hidróxido de
potássio e soro fisiológico.
● Os espéculos vaginais são feitos
de metal ou de plástico e
apresentam dois formatos
básicos, designados como
Pedersen e Graves.
● Ambos os formatos estão
disponíveis nos tamanhos
pequeno, médio e grande.
● O espéculo de Pedersen médio
em geral é mais confortável
para mulheres sexualmente
ativas.
● O espéculo de Pedersen de
lâmina estreitaé melhor para
pacientes com introito pequeno,
como uma mulher virgem ou
idosa.
● Os espéculos de Graves são
melhores para mulheres
multíparas com prolapso
vaginal.
● O espéculo de plástico
tipicamente faz um ruído de
clique alto e pode haver
pinçamento quando ele é
travado ou liberado, causando
desconforto.
Espéculos, da esquerda para a direita:
Pedersen de metal pequeno, Pedersen de metal
médio, Graves de metal médio, Graves de
metal grande e Pedersen de plástico grande.
9
10
TÉCNICAS DE EXAME:
Exame externo:
● Avaliar a maturidade sexual de
uma paciente adolescente.
(Tanner)
● Avaliação dos pelos pubianos.
(características e distribuição)
● A puberdade tardia é, com
frequência, familiar ou
relacionada a doenças
crônicas. Também pode refletir
distúrbios do hipotálamo, da
adeno-hipófise ou dos ovários.
● Inspecione o monte do púbis, os
lábios e o períneo.
● Separe os lábios maiores e
inspecione:
○ Escoriações;
○ Pequenas maculopápulas
vermelhas e pruriginosas
(sugerem pediculose
pubiana)
○ Lábios menores
○ Clitóris
○ Meato uretral
○ Abertura vaginal, ou
intróito
● Aumento do clitóris é observado
nos distúrbios endócrinos
masculinizantes.
● Observar a presença de
inflamação, ulceração,
corrimento, tumefação ou
nódulos.
● Palpe qualquer lesão.
● Lesões da vulva.
● A glândula de Bartholin pode
exibir infecção aguda ou
crônica, provocando uma
tumefação.
● Palpação das glândulas de
Bartholin: Introduza seu dedo
indicador na vagina próximo à
porção posterior do introito.
Palpe um lado de cada vez, nas
posições de aproximadamente
“4 horas” e “8 horas”, entre o
indicador e o polegar,
pesquisando a presença de
tumefação ou dor.
Palpação da glândula de Bartholin
EXAME ESPECULAR:
● Selecione um espéculo de
tamanho e forma apropriados e
umedeça-o com água morna.
● Lubrificantes ou géis interferem
nos estudos citológicos e nas
culturas bacterianas ou virais,
por isso devem ser usados com
parcimônia.
● Avise a paciente que você está
prestes a inserir o espéculo e
10
11
que aplicará uma pressão para
baixo.
● Com delicadeza, separe os
lábios menores e introduza o
espéculo fechado e inclinado
para baixo a aproximadamente
30°, na direção do colo do
útero.
● Alguns médicos alargam
cuidadosamente o introito
vaginal, lubrificando um dedo
com água morna e aplicando
uma pressão para baixo em sua
margem inferior.
● Inspeção do colo do útero: Após
a introdução do espéculo na
vagina, remova os dedos de sua
outra mão do introito.
● Gire o espéculo para uma
posição horizontal, mantendo a
pressão posteriormente, e
introduza-o em seu
comprimento total.
● Abra o espéculo devagar para
visualizar o colo do útero.
● Gire e ajuste o espéculo até que
ele envolva o colo do útero e
permita sua visualização
completa.
● Fixe o espéculo na posição
aberta, apertando o parafuso.
● Posicione a fonte luminosa até
que possa enxergar nitidamente
o colo do útero.
● Quando o útero estiver em
retroversão, o colo do útero
apontará em uma direção mais
anterior que a ilustrada.
● Se tiver dificuldade para
encontrar o colo do útero, recue
o espéculo ligeiramente para
reposicioná-lo em um trajeto
diferente.
● Se uma secreção obscurecer a
visualização, limpe-a
delicadamente com um
chumaço de algodão.
● Observe a cor do colo do útero,
sua posição e as características
da superfície e qualquer
ulceração, nódulo, massa,
sangramento ou secreção.
● Inspecione o óstio do colo do
útero para detectar secreção.
11
12
● Procurar deslocamento lateral
do colo do útero em pacientes
com endometriose que envolva
os ligamentos uterossacrais.
● Inspeção da vagina: Recue o
espéculo lentamente, enquanto
observa as paredes da vagina.
● Quando o espéculo liberar o
colo do útero, solte o parafuso e
mantenha o espéculo na
posição aberta com o polegar.
● Inspecione as paredes vaginais
à procura de massas, lesões,
secreção anormal ou
sangramento.
● Verifique se há protrusões na
parede da vagina.
● Corrimento vaginal com
frequência acompanha a
infecção por Candida,
Trichomonas vaginalis e
vaginose bacteriana.
● O diagnóstico depende de
exames laboratoriais porque a
sensibilidade e a especificidade
das características do
corrimento são baixas.
● O uso de escova cervical e
citologia em meio líquido é
cada vez mais comum e
também pode ser empregado
para teste de clamídia e
gonorreia.
● Ao fim da inspeção, o espéculo
é fechado delicadamente e
removido.
● O uso da lâmina inferior como
um afastador enquanto a
paciente faz força para baixo
ajuda a expor defeitos da
parede anterior da vagina
como cistoceles.
● Do mesmo modo, o uso da
lâmina superior ajuda a expor
retoceles.
OBTENÇÃO DE AMOSTRAS PARA
CITOLOGIA CERVICAL (ESFREGAÇOS
DE PAPANICOLAOU):
● Citologia cervical: Obtenha
uma amostra da endocérvice e
outra da ectocérvice, ou uma
amostra combinada usando um
pincel cervical ou “escova”.
● Para melhores resultados, a
paciente não deve estar
menstruada.
● Ela deve evitar relações sexuais
e o uso de duchas, absorventes
internos, espumas ou cremes
contraceptivos e supositórios
vaginais por 48 horas antes do
exame.
● Mulheres sexualmente ativas
com idade menor ou igual a 26
anos, mulheres assintomáticas
com maior risco de infecção,
planejar culturas cervicais de
rotina para Chlamydia.
● Opções para coleta de
amostras:
○ Escova cervical: para
colher uma única
amostra que contenha
tanto células epiteliais
escamosas quanto
colunares. Gire a ponta
da escova no óstio do
colo do útero, em um
círculo completo no
sentido horário e, em
seguida, coloque a
amostra diretamente no
líquido conservante.
12
13
○ Raspagem cervical:
Coloque a extremidade
mais longa do raspador
no óstio do colo do útero.
Pressione, gire e raspe
fazendo um círculo
completo e garantindo
que a zona de
transformação e a junção
escamocolunar sejam
incluídas.
○ Escova endocervical:
Posicione a escova
endocervical no óstio do
colo do útero. Gire-a
entre o polegar e o
indicador, nos sentidos
horário e anti-horário.
REALIZAÇÃO DO EXAME BIMANUAL:
● Lubrifique os dedos indicador e
médio de sua mão enluvada;
● Introduza seus dedos
lubrificados na vagina, mais
uma vez exercendo pressão
basicamente no sentido
posterior.
● Seu polegar deve estar
abduzido, com o anular e o
dedo mínimo flexionados na
direção da palma.
● Uma pressão para dentro no
períneo com os dedos
flexionados causa pouco ou
nenhum desconforto e permite o
posicionamento correto dos
dedos para palpação.
● Observe quaisquer lesões ou
dor na parede vaginal,
incluindo a região da uretra e a
bexiga localizada
anteriormente.
● Fezes no reto podem simular
uma massa retovaginal, mas,
ao contrário de uma massa
maligna, em geral é criada uma
reentrância com a pressão
digital. O exame retovaginal
confirma a diferenciação.
● Palpe o colo do útero,
observando sua posição, forma,
consistência, regularidade,
mobilidade e sensibilidade.
● Normalmente, o colo do útero
pode ser mobilizado um pouco
sem provocar dor.
● Palpar os fórnices ao redor do
colo do útero e verificar se há
nodularidade, imobilidade e
dor à palpação nessa área.
● Dor à mobilização do colo do
útero e/ou dor à palpação dos
anexos são típicas de DIP,
gravidez ectópica e apendicite.
● Nodularidade, imobilidade e
dor nos fórnices podem ser
causadas por endometriose.
● Palpe o útero: Coloque sua
outra mão sobre a região
inferior do abdome, logo acima
da sínfise púbica.
● Enquanto eleva o colo do útero
e o útero com sua mão pélvica,
pressione a mão abdominal
para baixo e internamente,
tentando prender o útero entre
as duas mãos.
● Observe tamanho, forma,
consistência e mobilidade, e
identifique qualquer dor ou
massa.
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● Aumento do útero sugere
gravidez, miomas uterinos
(fibroides) ou malignidade.
● Nódulos nas superfícies uterinas
sugerem miomas.
● Se você não conseguir sentir o
útero com uma dessas
manobras, ele pode estar
inclinado posteriormente.
● Uma parede abdominal obesa
ou pouco relaxada também
impedirá que você sinta o útero.
● Palpe cada ovário: Coloque
uma mão sobre o quadrante
inferior direito do abdome ea
outra mão no fórnice lateral
direito.
● Pressione sua mão abdominal
para baixo e para dentro,
tentando empurrar as estruturas
dos anexos na direção da mão
na pelve.
● Tente identificar o ovário direito
ou qualquer massa nos anexos
adjacentes.
● Se possível, observe tamanho,
forma, consistência, mobilidade
e dor.
● Repita o procedimento no lado
esquerdo.
●
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