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PRINCIPAIS HEPATOPATIAS EM CÃES E GATOS EM FELINOS LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA - Obesos, dietas calóricas + quadros de anorexia prolongados; - Deficiências proteicas; - Estresse (Pancreatite, Diabetes, Doença Inflamatória Intestinal, neoplasias, outras hepatopatias). Fator estressante -> Gato inapetente -> acúmulo de gordura -> 1 - Compressão dos canalículos biliares -> colestase Ou 2 - Compressão entre os hepatócitos -> função hepática acometida -> inflamações hepáticas diversas -> gato inapetente. SINAIS CLÍNICOS: Inapetência; Perda de Peso; Icterícia; Hiperbilirrubinemia (95% casos); Aumento dos níveis de AST, ALT e FA (80%); Diminuição de concentração de nitrogênio ureico (BUN) (50%); Hipercolesterolemia (pode estar) e Hipertrigliceridemia; Coagulopatias (20 a 60%); DIAGNÓSTICO: Raio-x (hepatomegalia difusa); USG (aumento dos hepatócitos, demais órgãos abdominais; hiperecogenicidade); Histopatologia; Citologia hepática por aspiração com agulha fina (AAF). TRATAMENTO: Tratamento da doença de base; Restabelecer alimentação -> iniciar de forma CONSERVADORA; Fluidoterapia (fisiológico) - NÃO usar Ringer Lactato e Glicosados; Reposição eletrólitos; Controle da glicose e corpos cetônicos; Antieméticos. COLANGITE NEUTROFÍLICA - Processo inflamatório caracterizado por infiltrado neutrófilico no ducto biliar provocado por infeção ascendente advinda do intestino delgado. AGENTES ETIOLÓGICOS: E. coli, Salmonella spp, Streptococcus spp. ASPECTOS CLÍNICOS: Afeta animais de todas as idades, porém com frequência maior em gatos jovens SINAIS CLÍNICOS: Estase biliar, icterícia, letargia, pirexia DIAGNÓSTICO: - Hemograma completo + função hepática Aumento na contagem de neutrófilos segmentados; Aumento da ALT; Aumento de bilirubina total; - Cultura e antibiograma da bile; TRATAMENTO: Após antibiograma -> antibióticos o Amoxilina Prednisolona; Dieta bem digestível para evitar doenças concomitantes (lipidose); COLANGITE LINFOCÍTICA Caracterizada pela presença de linfócitos nas áreas portais do fígado. CAUSAS: Podem existir agente etiológicos associados, porém na maioria dos casos a causa é desconhecida. ASPECTOS CLÍNICOS: Afeta animais de todas as idades, porém com frequência maior em gatos idosos. SINAIS CLÍNICOS: Perda de peso, letargia e caquexia, além de icterícia e ascite. DIAGNÓSTICO: Histopatologia DD: linfoma e PIF TRATAMENTO: Uso de corticóides Uso de antibiótico de forma inicial (em caso de suspeita infecciosa) Antioxidantes como a S adenosilmetionina Vitamina E Ácido ursodesoxicólico Dieta bastante digestível e rica em proteína para evitar doenças concomitantes (lipidose) COLANGITE PARASITÁRIA A infestação por trematódeo hepático é regularmente observada em gatos de áreas endêmicas; CAUSAS: Platynosomum spp. Amphimerus pseudofelineus Metametorchis intermedius ASPECTOS CLÍNICOS A gravidade da infecção vai depender diretamente da carga parasitária SINAIS CLÍNICOS: Icterícia pós hepática, anorexia, depressão, perda de peso e letargia. DIAGNÓSTICO: Histórico de exposição a hospedeiros intermediários (lagartixas) Histopatológico Avaliação das fezes e da bile. TRATAMENTO: Praziquantel Fembendazol COLECISTITE Inflamação da vesícula biliar ASPECTOS CLÍNICOS: Ocorre isoladamente ou em combição com a colangite neutrofílica; Pode-se encontrar sedimentos na bile ou coleólitos; A parede da vesícula fica irregular; Pode causar onbstrução do ducto biliar. SINAIS CLÍNICOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO: Semelhantes a colangite neutrofilica; OBSTRUÇÃO EXTRA-HEPÁTICA DO DUCTO BILIAR A obstrução do ducto biliar extra-hepático é uma síndrome associada a várias diferentes causas de base SINAIS CLÍNICOS: Icterícia, anorexia, depressão, vômito, hepatomegalia, fezes acólicas DIAGNÓSTICO: Ultrassonografia Laparotomia TRATAMENTO: Em casos de obstrução parcial Ácido ursodesoxicólico S-adenosilmetionina PERITONITE BILIAR Inflamação do abdome provocada pelo extravasamento da bile na cavidade abdominal DIAGNÓSTICO: Hiperbilirrubinemia; Alta atividade enzimática sérica de FA e de GGT; Elevadas concentrações de ácido biliar sérico (ABS) em jejum e pós-prandial; Aumento das concentrações de colesterol; Alterações menos graves na atividade sérica enzimática de ALT. TRATAMENTO: Remoção ou correção cirúrgica da vesícula; Lavagem abdominal; Fluidoterapia e reposição de eletrólitos; Terapia antibiótica o Ampicilina ou amoxicilina; o Cefalosporinas de primeira geração; o Metronidazol. HEPATOPATIA VACUOLAR É um distúrbio hepático comum tipicamente associado ao hipercortisolismo, mas pode ter outras causas associadas ASPECTOS CLÍNICOS: No caso dessa doença ser a causa secundária, como a síndrome hepatocutânea e o diabetes mellitus, a causa primaria deve ser tratada. DIAGNÓSTICO: Hemograma completo Enzimas hepática Radiografia Biopsia hepática Ultrassom Glucagon plasmático Fosfatase alcalina TRATAMENTO: Não existe tratamento específico, sendo necessário tratar a causa principal. AMILOIDOSE HEPÁTICA Deposição de material amiloide no fígado ASPECTOS CLÍNICOS: Doença hepática emergente em felinos; Hereditária; Siameses e Abssinios são mais predispostos. SINAIS CLÍNICOS: Anemia e hipotensão relacionados à ruptura da cápsula hepática e ao hemoabdome; Letargia, anorexia, mucosa das membranas pálidas, pulsação oscilante e sopro cardíaco. AMILOIDOSE -> AUMENTO E RIGIDEZ DO FÍGADO e\ou RUPTURA HEPÁTICA -> HEMORRÁGIA DIAGNÓSTICO: Histopatologia Avaliação clínica DD: PIF Linfoma hepático Lipidose hepática TRATAMENTO: Tratamento de suporte, pois não tem medicamento específico; Redução da doença inflamatória; Uso de antioxidantes e suplementação com vit K; Transfusão sanguínea é necessária em gatos com hemoabdome. HEPATITE CRÔNICA É caracterizada como apoptose ou necrose hepatocelular, infiltrado invariável de células inflamatórias mononucleares ou mistas, regeneração e fibrose. CAUSAS: Maioria dos casos é desconhecida; Doença do armazenamento de cobre; Hepatite tóxica; Raças: Bedlington Terrier, dálmatas, doberman. HEPATITE CRÔNICA IDIOPÁTICA Infecção viral, bacteriana ou por outro patógeno, ou seja, evento tóxico não identificado, ou doença imunomediada. ASPECTOS CLÍNICOS: Diminuição do apetite 61% Apatia 56% Vômito 24% Diarreia 20% Poliúria- polidipsia 30% Icterícia 34% Ascite 32% (cirrose) Encefalopatia hepática 7,1% Melena 6,1% Obs.: Só apresentam sinais da doença quando mais de 75% da função hepática está comprometida. DIAGNÓSTICO 1 - Perfil bioquímico: Aumento de ALT 85% Aumento de FA 84% Aumento de AST 78% Aumento de GGT 61% Acido biliares 75% Diminuição Ureia 40% Diminuição albumina49% (-) Diminuição de colesterol 40% 2 – Coagulação: Aumento de TP 47% Aumento de TTPA 42% Diminuição de plaquetas 23% Anemia 34% Diminuição de fibrinogênio 57% Diminuição de p-C reativa 69% Diminuição antitrombina 23% 3 – Exame de imagem: Ultrassonografia: Fígado pequeno e hiperecoico e presença de ascite. TRATAMENTO: 1 – Dieta (proteína de alta qualidade); 2 – Glicocorticoides (para os casos confirmados por biopsia) 3 – Coleréticos -> Ursodiol (contraindicado para cães comobstrução biliar completa); 4 – Antioxidante -> VIt. E e SAM-e Obs.: Evitar o uso de tetraciclinas, sulfonamidas, nitrofurantoína e eritromicina pois são potencialmente hepatotóxica. HEPATITE CRÔNICA POR DOENÇA DO ARMAZENAMENTO DE COBRE Causa de hepatite aguda e crônica em várias raças de cães. Doença do armazenamento de cobre -> Defeito genético no transporte e/ou armazenamento de cobre; Hepatite Crônica relacionada ao Cobre -> Acúmulo de cobre (colestase) + sobrecarga de cobre na dieta. ASPECTOS CLÍNICO: Atividade sérica enzimática de ALT persistentemente alta. SINAIS CLÍNICOS: Poliúria - polidipsia, gastrointestinais, anorexia, vômito e letargia. DIAGNÓSTICO: Alterações são muito semelhantes aos cães com hepatite idiopática; Para diagnóstico definitivo é necessária a biopsia e a determinação ou estimativa da concentração de cobre no fígado. TRATAMENTO: Crise aguda Dieta com baixo teor de cobre e altos teores de zinco Cão deve beber água engarrafada Transfusão de sangue para animais que estão sofrendo com lise celular Quelação Sem crise aguda Quelacão ativa do cobre: com o uso da D- penicilamina Suplementação de zinco Dieta com baixo teor de cobre Terapia de suporte (antioxidante, ursodiol e etc.). Causas tóxicas de hepatite crônica Toxinas e reações medicamentosas no geral causam hepatite necrotizante aguda ou crônica. 1 - Fenobarbital ou primidona; 2 - Lomustina ou CCNS; 3 - Fenilbutazona; 4 - Aflatoxinas; 5 - Mercúrio; 6 - Sulfonamidas potencializadoras; 7 - Acetaminofeno; 8 - Carprofeno; 9 - Mebendazol; 10 - Tiacetarsamida. HEPATITE AGUDA Muito menos comum que a hepatite crônica, mas quando grave, tem um prognóstico muito pior. CAUSAS: Infecciosas Tóxicas ASPECTOS CLÍNICOS: Perda aguda da função hepática Necrose celular generalizada Liberação de citocinas inflamatórias e fatores de teciduais. SINAIS CLÍNICOS: Anorexia; Vômitos/ Hematemese; Polidipsia; Desidratação; Encefalopatia Hepática com depressão seguido de convulsão e/ou coma; Icterícia; Febre; Dor abdominal cranial; Coagulopatias com petequias; Melena; Ascite; Esplenomegalia; Insuficiência renal. DIAGNÓSTICO: - Histórico dos sinais Clínicos - Alterações de patologia clínica Alterações acentuadas e precoces nas atividades séricas das enzimas hepatocelulares ALT e AST; Hipoglicemia e Hipocalemia; Azotemia; Tempo de coagulação prolongada, assim como trombocitopenia; Icterícia; Elevação nos marcadores de colestase. TRATAMENTO: Grande parte é de suporte. ABCESSOS HEPÁTICOS Embolização séptica de uma infecção bacteriana intra-abdominal; Filhotes -> onfaloflebite; Adultos -> inflamação do pâncreas ou sistema hepatobiliar; Obs.: ocasionalmente uma infecção do endocárdio, pulmão ou sangue pode disseminar até o fígado causando abscessos. ASPECTOS CLÍNICOS: Dependem da causa subjacente; > 8 anos: os mais afetados. Anorexia; Letargia; Vômito; Exames físicos Febre; Desidratação; Dor abdominal. DIAGNÓSTICO: Leucocitose neutrofilica com desvio para esquerda; Com ou sem alterações toxicas; Altas atividades séricas FA e ALT; Radiografias abdominais; Ultrassonografias ** Aspiração por agulha fina. TRATAMENTO: Remoção cirúrgica; Antibióticos o Amoxilina o Metronidazol o Clindamicina Centese guiada por ultrassonografia e o esvaziamento do abcesso. DESVIO PORTOSSISTÊMICO CONGÊNITO – CÃES Comunicação vasculares anormais entre a circulação portal e sistêmica; pode ser congênita ou adquirido secundário à hipertensão portal; Intra e extra-hepática. São mais comuns em cães; Raça; Insulto no útero. DPS congênito não há presença de ascite; Distúrbios vasculares congênitos associados ao aumento da pressão portal ≠ DPS adquirida hipertensão portal e ascite associados são comuns. ASPECTO CLÍNICO: Subdesenvolvido sinais de encefalopatias hepáticas - variações entre filhotes (andar em círculos, cegueira cortical, convulsões ou coma) e cães adultos levemente afetados ou assintomáticos; Gastrointestinal; Trato urinário; Urólitos de urato; DIAGNÓSTICO: Perfil sanguíneos; Urinálise; Técnicas de imagem: o Ultrassonografia; Nível de proteína C (anticoagulante liberado pelo fígado). TRATAMENTO: Oclusão cirúrgica do vaso anômalo; Reduzir os níveis de amônia circulante para evitar os efeitos deletérios da encefalopatia hepática. DESVIO PORTOSSISTÊMICO CONGÊNITO – GATOS Menos comuns do que em cães; Intra-hepático e extra-hepático; Hiperplasia de arteríolas (compensatória) Diminuição do fornecimento de fatores hepatotróficos - ex.: insulina-> atrofia hepática. ASPECTOS CLÍNICOS: Gastrointestinais; Urinários; Neurológicas; Histórico neurológico que aumentam e diminuem constantemente; Intolerância à medicação comum; Vômitos e/ou diarreia intermitentes; Baixo crescimento; Coloração acobreada na íris. DIAGNÓSTICO: Histórico de sinais neurológicos; Altas concentrações de amônia ou ácidos biliares (jejum e/ou pós-prandiais); Ultrassonografia; Venografia portal. TRATAMENTO: Ligação cirúrgica dos vasos; Gatos devem ser manejados com medicação pré-operatório e por 2 meses após; Restrição cuidadosa de proteínas na dieta Antibioticoterapia (amoxilina) Fibra solúvel - lactulose até o alcance dos efeitos. Obs.: alterações de manejo sempre de forma GRADUAL.
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