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Resumo - Gastroenterite hemorrágica em pequenos animais

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GASTROENTERITE HEMORRÁGICA 
 
PARASITOSES 
 
ISOSPOROSE 
 
- Acomete células epiteliais do intestino 
- Necrose intensa celular 
- Sangramento e destruição do epitélio 
 
Agente: Isospora canis, Isospora ohioensis, 
Isospora felis. 
 
Causas: Ingestão de água ou alimentos 
contaminados; Filhotes por ingestão de fezes; 
 
Sinais clínicos: 
Diarréia sanguinolenta Vômito Inapetência Perda 
de peso 
 
Diagnóstico: 
 
-Coproparasitológico 
- Histopatológico 
- Hemograma 
- Imunoglobulina A (IgA), Imunoglobulina G (IgG) 
e Imunoglobulina M (IgM) 
 
Tratamento: 
 
- Diaziprim: Sulfadiazina + Trimetopina; 
- Fluidoterapia; 
- Probióticos; 
- Tratar o ambiente: amônia quaternária. 
 
ANCILOSTOMOSE*** 
 
- Parasito gastrointestinal possuem cápsula bucal 
grande: lesão na mucosa intestinal produção de 
enzimas anticoagulantes; 
 
Agente: Ancylostoma caninum e Ancylostoma 
braziliensis 
 
Transmissão: percutânea, transplacentária e 
lactogênica; resistentes ao suco gástrico -> 
atingem mucosa intestinal; ingestão de 0,1 a 0,2 
mL de sangue/dia. 
 
 
Sinais clínicos: 
 
- Palidez de mucosa 
- Fraqueza 
- Diarreia sanguinolenta 
- Anemia 
- Perda de peso 
 
Diagnóstico: 
 
- Teste de flutuação 
- Coprocultura 
- ELISA e PCR mais modernos 
 
Tratamento: 
 
- Fembendazol 
- Pirantel 
- Descarte adequado das fezes 
- Limpeza do ambiente 
 
TRICURÍASE 
 
- Raro em gatos; 
- Larva L1 eclode no intestino -> penetram a 
parede do intestino grosso realizam muda; 
- Hematófagos, se alimentam de fluidos e parede 
intestinal. 
 
Agente: Trichuris vulpis 
 
Sinais clínicos: 
 
- Hematoquezia; 
- Perda de peso; 
- Distensão abdominal; 
- Anemia; 
- Inflamação diftérica da mucosa de ceco e colón. 
 
Diagnóstico: 
 
Coproparasitológico; 
Hemograma; 
USG* 
 
Tratamento: 
- Metronidazol; 
- Fembendazol; 
- Limpeza do ambiente. 
 
 
 
IDIOPÁTICA 
Causa inespecífica 
 
Sinais clínicos: 
 
- Grave -> debilita o animal rapidamente; 
- Hematêmese; 
- Hematoquezia. 
 
Diagnóstico: 
 
- Hemograma (hematócrito > 55% e 
trombocitopenia) 
- Função renal (azotemia renal ou pré - renal) 
 
Tratamento: 
 
- Fluidoterapia 
- Ranitidina 
- Omeprazol 
- Metoclopramida 
- Ondansetrona 
 
VIRAIS 
 
CINOMOSE*** 
 
- Indução da interação de proteínas virais com 
células do hospedeiro; 
- Maior sobrevida em baixas temperaturas; 
 
Agente: Morbilivirus da família Paramyxoviridae 
 
Transmissão: 
 Aerossóis 
 Contato direto 
 Fezes 
 Fômites 
 Saliva 
 Urina 
 
Sinais clínicos (variam de acordo com a virulência 
da cepa viral): 
 
- Mais de 50% ocorre de forma subclínica; 
- Febre; 
- Perda de apetite; 
- Infecção do trato respiratório superior; 
- Tosse; 
- Dispneia; 
- Pneumonia; 
- CCS em infecções subclínicas ou sistêmicas; 
- Hiperqueratose digital e nasal. 
Cinomose generalizada grave: 
 
- Cães filhotes não vacinados de 12 a 16 
semanas; 
- Conjuntivite discreta, serosa a mucopurulenta; 
- Anorexia; 
- Vômitos; 
- Diarreia mucosa a sanguinolenta; 
- Tenesmo; 
- Intussuscepção. 
 
Sinais neurológicos: 
 
- Se manifestam 1 a 3 semanas após a 
recuperação; 
- Sistêmica variam de acordo com a área afetada; 
- Convulsões -> pode evoluir para o estado 
epilético; 
- Paraparesia ou tetraparesia; 
- Mioclonia; 
- Sinais cerebelares e vestibulares. 
 
Diagnóstico: 
 
- Sinais clínicos + histórico; 
- Sinais inespecíficos -> dificultam o diagnóstico; 
- Pesquisa de Antígeno Viral; 
- Esfregaço sanguíneo; 
- PCR. 
 
Tratamento: 
 
- Suporte e sintomático; 
 
- Infecções do trato respiratório superior: 
- Antibióticos de amplo espectro 
(ampicilina, tetraciclina e 
clorafenicol); 
- Expectorantes; 
- Nebulização; 
 
- Infecções gastrointestinais: 
 - Antiemético; 
- Fluidoterapia com ringer lactato; 
- Vitamina b* 
 
- Infecções neurológicas: 
Dexametasona: diminuir o edema; 
Diazepam: sinais de convulsão; 
Fenobarbital: estado epilético. 
 
PARVOVIROSE*** 
 
Parvovirus canino (CPV) 
Família: Parvoviridae 
Tropismo por células em mitose 
Transmissão fecal-oral 
 
Sinais clínicos: 
 
Gastroenterite: 
Diarreia sanguinolenta 
Vômito 
Hipertermia 
Leucopenia por linfopenia 
 
Miocardite: 
Arritmia cardíaca 
Dispneia 
Edema pulmonar 
 
Diagnóstico: 
 
- ELISA; 
- PCR; 
- Sorologia - 14 e 21 dias; 
- Isolamento viral; 
- Hemaglutinação das fezes. 
 
Tratamento: 
 
- Fluidoterapia; 
- Antibióticos 
- Ampicilina, cefalotina, enrofloxacina e 
metronidazol 
- Transfusão sanguínea; 
- Antieméticos; 
- Maropitant, Ondansetrona, Metoclopramida; 
- Protetores da mucosa gástrica; 
- Ranitidina, cimetidina; 
- Suporte nutricional. 
 
CORONAVIROSE 
 
Coronavírus entérico canino (CCoV) 
 
Gênero: Alphacoronavirus 
Família: Coronaviridae 
Tropismo por enterócitos da extremidade dos 
vilos no intestino delgado; 
Transmissão fecal-oral. 
 
Sinais clínicos: 
 
- Vômitos; 
- Diarreía súbita; 
- Fezes de cor alaranjada, malcheirosas e com 
pouca frequência contém sangue. 
 
*** Coronavirose + parvovirose -> infecção 
concomitante e que aumenta a gravidade. 
 
Diagnóstico: 
 
- Teste rápido 
- PCR 
- ELISA 
- Imunocromatografia 
 
Tratamento: 
 
- Tratamento de suporte; 
- Fluidoterapia. 
 
HEPATITE INFECCIOSA 
 
Adenovírus canino tipo 1 (CAV-1) 
 
- Tropismo por células do endotélio vascular, 
mesotélio e parênquima hepático; 
- Vírus é excretado pela urina. 
 
Sinais clínicos: 
 
Hiperaguda: 
Animal é encontrado morto sem ter apresentado 
nenhum sintoma. 
 
Aguda: 
- Febre; 
- Depressão; 
- Perda de apetite; 
- Linfadenopatia; 
- Tosse; 
- Vômito; 
- Diarréia com ou sem evidência de hemorragia; 
- Diátese; 
- Hemorrágica; 
- Desorientação; 
- Estupor; 
- Coma; 
- Crises convulsivas; 
- Opacidade corneal bilateral. 
 
Diagnóstico: 
 
- Leucopenia com linfopenia e neutrofilia; 
- Trombocitopenia; 
- ↑ ALT 
- ↑ AST 
- Proteinúria; 
- Sinais Clínicos; 
- Necropsia; 
- Histopatologia; 
- PCR; 
 
Tratamento: 
 
- Tratamento de suporte e sintomático; 
- Fluidoterapia; 
- Transfusões de sangue total ou plasma fresco; 
- Antibiótico de amplo espectro. 
 
 
INTOXICAÇÕES 
 
DICLOFENACO**** 
 
Anti-inflamatório não esteroidal e analgésico – 
Humano 
 
Metabolização: Entero-hepática 
 
Mecanismo de ação: 
Inibição dos ciclos oxigenases -> Produção 
prostaglandinas -> Efeitos fisiológicos; 
 
Os efeitos colaterais são devido a seletividade 
dele as enzimas COX -1 e COX -2 
 
Sinais Gastrointestinais: 
 
- Êmese 
- Úlceras gástricas 
- Gastroenterite hemorrágica 
 
Sinais Renais: 
 
- Diminuição da microcirculação renal; 
- Diminuição da filtração glomerular; 
- Insuficiência renal aguda. 
 
Sinais Hepáticos: 
 
- Icterícia; 
- Aumento das enzimas hepáticas. 
 
Conduta terapêutica: 
 
- Suspender medicação; 
- Administração de eméticos recente; 
- Fluidoterapia hipovolemia, desidratação e injúria 
renal; 
- Protetor gástrico; 
- Dieta de alta qualidade -> fracionada; 
- Transfusão sanguínea. 
 
RICINUS COMMUNIS “Mamona” 
 
- Inibe a síntese proteica 
- Induz a hemoaglutinação 
- Injúria no TGI 
- Efeitos hematológicos: anemia hemolítica, 
neutropenia e eosinofilia. 
 
 
Sinais clínicos: 
 
- Êmese; 
- Depressão; 
- Diarreia sanguinolenta; 
- Anorexia; 
- Dor abdominal; 
- Hematêmese; 
- Gastroenterite hemorrágica. 
 
Os efeitos citotóxicos se estendem ao fígado e 
rins podendo causar elevação das ezimas 
hepáticas e insuficiencia renal 
 
Tratamento para mamona\Pinhão roxo ou 
marrom: 
 
Diagnóstico precoce: 
 Indução da êmese 
 Lavagem gástrica 
 Carvão ativado 
 
Diagnóstico tardio sintomático: 
 Fluidoterapia; 
 Carvão ativado; 
 Antiespasmódico -> dor 
abdominal; 
 Protetor gástrico -> omeprazol; 
Transfusão sanguínea -> anemia; 
 Manitol -> diminuição da injuria 
renal.

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