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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
1 
Pode ser dividido em: 
• Pré-termo = entre 20 e 36 semanas e 6 dias 
• Termo = 37 até 41 semanas e 6 dias 
 Inicial = 37 semanas até 38 semanas e 6 dias 
 Full term = 39 semanas até 40 semanas e 6 
dias 
 Tardio = 41 semanas até 41 semamanas e 3 dias 
= pós-DPP 
• Pós-termo = após 42 semanas 
 
Obs: pós-datismo significa após a a DPP. 
Obs2: Pós-maturidade (dismaturidade) descreve um 
recém-nato com características clínicas de uma gravidez 
prolongada, como: descamação da pele, impregnação 
por mecônio, unhas longas, pouco ou nenhum vérnix, 
pregas palmares e plantares bem desenvolvidas, muito 
cabelo e pouca gordura subcutânea. 
 
Quando o feto ainda não atingiu a vitalidade, o término 
da gestação é denominado abortamento. O 
abortamento é definido como o término da gestação 
antes de completadas 20 ou 22 semanas ou antes do 
feto atingir 500 g de peso. 
 
Trabalho de parto = 2-3 cm de dilatação, 2-3 
contrações em 10 minutos.;; 90-120 UM 
 Os fatores e fenômenos que participam do 
nascimento no parto por via vaginal são: 
• Trajeto = o canal do parto, representado pela bacia 
óssea, pelo seu revestimento musculoaponeurótico 
e pela vagina; 
• Objeto = feto que atravessará o trajeto. Inclui a 
estática fetal, entendendo como o feto se relaciona 
com a bacia e com o útero, bem como a 
nomenclatura obstétrica 
• Motor = força que impulsiona o feto (objeto) 
através do canal do parto (trajeto). Esta força é 
gerada pela musculatura uterina através de suas 
contrações. 
 
No parto dirigido, ocorre a intervenção do obstetra, 
como na amniotonia. 
O parto eutócico ocorre de forma fisiológica, já o 
distócico ocorre com presença de condições anõmalas 
ou fenômenos patológicos. 
 
 
 
 A dor do parto é um fenômeno complexo, influenciado 
por características anatômicas e fisiológicas, além de 
fatores psicossociais e culturais. 
 A inervação uterina funcional é feita por nervos 
parassimpáticos provenientes de S2 a S4 e nervos 
simpáticos provenientes de T7 a T8, que inervam também 
a bexiga e a porção superior da vagina. Já o períneo é 
inervado pelo nervo pudendo, que entra na medula 
espinhal no nível de S2 a S4. 
 A inervação sensitiva do útero, responsável pela 
percepção da dor do parto, se faz através de fibras 
aferentes viscerais provenientes do corpo uterino, que 
entram na medula espinhal no nível de T11 e T12. O colo 
uterino, a vagina e o períneo são inervados por nervos 
que entram na medula no nível de S2 a S4. Como parte 
das fibras nervosas uterinas atinge a medula espinhal em 
nível alto. 
 Os impulsos dolorosos do TP são transmitidos por 
fibras A delta e C. A dor assume características e 
intensidade diferentes, de acordo com a progressão do 
parto. 
• A = mielinizadas = trato neuoespinotalâmico = aguda, 
extrema 
• C = amielinínicas = trato paleoespinotalâmico = crônica, 
prolongada, emocional 
 
Via Neoespinotalâmica 
• É a via “clássica” de dor e temperatura e constitui o 
trato espinotalâmico lateral, envolvendo uma cadeia de 
três neurônios. 
a) Neurônios I – localizados nos nervos espinhais (raízes 
dorsais). Estes penetram na medula (substância cinzenta – 
corno posterior – lâminas I a IV de Rexed), onde fazem 
sinapse com os neurônios de ordem II. 
b) Neurônios II – decussam o plano mediano e ganham o 
funículo lateral do lado oposto, ascendendo para constituir 
o trato espinotalâmico lateral. Na ponte, as fibras desse trato 
se unem com as do espinotalâmico anterior para constituir 
{Parto} 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
2 
o lemnisco espinhal, que termina no tálamo fazendo sinapse 
com os neurônios III. 
c) Neurônios III – localizam-se no tálamo, no núcleo ventral 
posterolateral. Seus axônios formam radiações talâmicas 
que, pela cápsula interna e coroa radiada, chegam à área 
somestésica do córtex cerebral situada no giro pós-central. 
- Através dessa via, chegam ao córtex cerebral potenciais 
de ação dos receptores térmicos e dolorosos do tronco e 
dos membros do lado oposto. Ela é responsável apenas pela 
sensação de dor aguda e bem localizada (dor em pontada). 
 
Via Paleoespinotalâmica 
• Possui uma cadeia de neurônios, em quantidade, maior 
que os da via neoespinotalâmica. 
a) Neurônios I – localizam-se nos nervos espinhais, e seus 
axônios penetram na medula do mesmo modo que os da 
via anterior. 
b) Neurônios II – situam-se na coluna posterior (núcleo relé) 
da medula. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral do 
mesmo lado ou do lado oposto, onde ascendem para 
constituir o trato espinorreticular. Este sobe na medula junto 
ao trato espinotalâmico lateral (lemnisco espinhal) e termina 
fazendo sinapse com os neurônios III em vários níveis da 
formação reticular. Muitas dessas fibras não são cruzadas. 
c) Neurônios III – localizam-se na formação reticular e dão 
origem às fibras retículotalâmicas que vão para os núcleos 
do grupo medial do tálamo (núcleos intralaminares); 
d) Neurônios IV – Os núcleos intralaminares projetam-se 
para vários territórios do córtex cerebral. São responsáveis 
pela ativação cortical do que com a sensação de dor, uma 
vez que essa se torna consciente já em nível talâmico. 
-Alguns Neurônios III da via paleoespinotalâmica (formação 
reticular), projetam-se também para a amígdala, o que 
contribui para o componente afetivo da dor. A via 
paleoespinotalâmica é responsável por um tipo de dor 
pouco localizada, dor profunda do tipo crônico (dor em 
queimação). 
- Além da área somestésica, respondem a estímulos 
nociceptivos neurônios do córtex da parte anterior do giro 
do cíngulo e da ínsula. Ambos fazem parte do sistema 
límbico e parecem estão envolvidos no processamento do 
emocional da dor. Indivíduos com lesões da parte anterior 
do giro do cíngulo são indiferentes à dor. A dor é a mesma, 
só que eles não se importam com ela. 
 
 O Primeiro estágio do TP compreende o intervalo 
entre o início e a completa dilatação cervical. A dor, 
basicamente visceral, é causada pelas contrações uterinas, 
pela dilatação do colo do útero e pela distensão do 
segmento inferior do útero. Os impulsos dolorosos são 
transmitidos por fibras viscerais que acompanham as fibras 
simpáticas e entram na medula espinhal nos segmentos 
T10 a L1. Essas fibras passam pelo útero, pelo plexo cervical 
e pelo plexo hipogástrio até atingir a medula. Quando a dor 
do início do TP é de pouca intensidade, seus impulsos são 
transmitidos pelos segmentos espinhais T10 e T11, mas, 
quando se torna mais intensa, atinge T12 a L1.5 
• Fibras sensoriais viscerais atravessam o gânglio de 
Frankenhauser, lateral ao colo, penetram o plexo 
pélvico e seguem pelos plexos ilíacos intermo, médio 
e superior, até chegarem na medula espinhal, pelos 
ramos comunicantes brancos, associados de T10 a L1. 
 O Segundo estágio compreende o intervalo entre a 
dilatação cervical total até a saída do feto. Durante o 
segundo estágio surge o componente somático da dor 
devido à distensão no assoalho pélvico, vagina e períneo. 
Essas informações são transmitidas pelo nervo pudendo, 
que é composto de fibras somáticas sacrais (S2 a S4). 
Além da inervação sensitiva da vagina, vulva e períneo, os 
nervos pudendos fazem a inervação motora a vários 
músculos da pelve e região perineal. Outras estruturas 
vizinhas, como anexos, peritônio parietal, bexiga e reto 
sofrem tração. Portanto, a dor é intensa e possui 
componente visceral e somático, com fibras que penetram 
na medula nos segmentos T10 a S4.5 Quando se utiliza 
analgesia, essa fase pode perdurar até duas horas nas 
pacientes multíparas ou até três horas nas pacientes 
nulíparas. 
 Embora dor aguda, como a do parto, tenha duas 
dimensões, a sensorial e a afetiva, tanto na pesquisa como 
naprática clínica o foco primário de avaliação da dor do 
parto é frequentemente a transmissão física do estímulo 
doloroso, e não a dor como uma experiência sensorial e 
afetiva. Porém, o grau de sofrimento que causa a dor é 
altamente variável de acordo com as características do 
parto, perfil físico e psicossocial da mulher, variações 
culturais, tipo de ambiente e de cuidado dispensado à 
paciente nesse momento. O entendimento de todos esses 
fatores que influenciam a experiência da dor do parto é 
complexo e limitado, até mesmo pela qualidade e 
quantidade de pesquisas disponíveis. 
 Dor não controlada durante o TP resulta aumento nas 
catecolaminas circulantes, o que pode levar à diminuição 
do fluxo sanguíneo uterino com alterações na frequência 
cardíaca fetal. As consequências endócrino-metabólicas 
dessa dor se assemelham à resposta ao trauma cirúrgico, 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
3 
com aumento também na concentração plasmática de 
endorfinas, lactato e ácidos graxos, gerando acidose 
metabólica fetal e materna. 
 
 
 
Por onde o bb vai passar 
Mole: 
• Segmento inferior do útero 
• Colo do útero 
• Vagina 
• Região vulvoperineal 
 
Distocias do trajeto mole: 
• Atresia da vulva. 
• Rigidez vulvovaginal. 
• Hematomas e trombos. 
• Lesões e tumores inamatórios. 
• Condiloma acuminado. 
• Cistos. 
• Atresia vaginal. 
• Septos longitudinais e transversais. 
• Constrição anular congênita. 
• Cisto do ducto de Gartner. 
• Cistocele e retocele. 
• Neoplasias (mioma, carcinoma, sarcoma). 
• Contração tetânica do elevador do ânus 
• Atresia e estenose. 
• Carcinoma do colo uterino. 
Anteflexão e retroflexão uterina exagerada. 
• Miomas uterinos. 
• Tumores ovarianos. 
• Bexiga distendida. 
• Rim pélvico 
 
Duro: 
• 2 ossos ilíacos 
• Sacro 
• Pubis 
• Cóccix 
• 3 estreitos 
 
Estreito superior: 
• Delimitado anteriormente pelo pube, lateralmente 
pela linha terminal (ou inominada) e, posteriormente, 
pela saliência do promontório e pela asa do sacro 
• 3 diêmtreos = anteroporterior (conjugata vera 
obstétrica), oblíquios, transverso 
• 4 conjugatas = anatômica, obstétrica, diagonal, 
exitus. 
• A conjugata obstétrica, da parte interna da sínfise 
púbica até o promontório, mostra o diâmetro pelo 
qual a criança vai passar. = Estimada pela diagonal, 
que vai da borda inferior da sínfise púbica até o 
promontório. = Obstétrica é 1,5 cm < que Diagonalis 
 
 
 
Estreito médio: 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
4 
• Espinhas isquiáticas = transverso - sentido latero-
lateral = deve medir 10 cm = avaliada pelo toque. 
• Diâmtero anteroposterior = dem nível das espinhas 
ciáticas, mede 12 cm. 
• Quando atinge o plano 0 DeLee = insinuação 
• Local mais comum de distórcia = desproporção 
cefálo-pélvica 
 
Estreito inferior: 
• Pontos de referência são as partes moles. 
• É limitado pelos músculos que unem o osso sacro 
às espinhas isquiáticas (músculos sacrociáticos) e 
pelos músculos que unem o ísquio ao cóccix 
(músculo isquiococcígeo). Assim, é delimitado 
anteriormente pela borda inferior do osso púbico, 
lateralmente pelos músculos sacroilíacos e 
posteriormente pelo músculo isquiococcígeo 
• Conjugata exitus = aumenta retropulsão do 
coccigeo = diâmetro anteroposterior. 
• 9,5 cm, mas o cóccix é retropulsátil e é ampliado 
para cerca de 11 
• Diâmetro transverso ou bi-isquiático ou 
intertuberoso = 11 cm. 
 
Pelve ginecoide: 
• Estreito superior arredondado 
• Porção posterior espaçosa 
• Paredes pélvicas paralelas 
• Espinhas ciáticas não proeminentes 
 
Pelve androide: 
• Estreito superior triangular 
• Paredes pélvicas convergentes 
• Espinhas ciáticas salientes 
• Ângulo subpúbico estreito 
• Pior para o póbis 
 
Pelve antropoide: 
• Estreito superior elíptico 
• Maior diâmetro anteroposterior 
• Espinhas ciáticas não proeminentes 
• Bb insinua em occiptopúbis ou occiptosacro 
 
Pelve platipeloide: 
• Estreito superior ovaloide 
• Maior diâmetro transverso 
• Estreito inferior semelhante à ginecoide 
 
Outra Classicação de Bacias: 
• Normal: correspondendo à ginecoide; 
• Bacia regular e igualmente estreitada: dimensões 
reduzidas de forma regular; 
• Bacia infundibuliforme: em forma de funil, com 
estreitamento do estreito inferior; 
• Bacia chata: correspondente à platipeloide; 
• Bacia irregular: correspondente às assimétricas 
 
 
 
Até 30 semanas de gestação, a atividade uterina 
é muito pequena, inferior a 20 UM. Os registros de 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
5 
pressão amniótica evidenciam contrações reduzidas, 
frequentes, cerca de 1 por minuto, que permanecem 
restritas a diminutas áreas do útero. 
De vez em quando surgem contrações de 
Braxton-Hicks, que têm frequência muito baixa, em torno 
de 28 a 32 semanas, até 2 contrações/h. Elas resultam 
mais da soma de metrossístoles assincrônicas, 
parcialmente propagadas, do que de atividade bem 
coordenada. 
No parto normal, a onda contrátil tem sua origem 
em dois marca-passos, direito e esquerdo, situados perto 
das implantações das tubas. Admite-se o funcionamento 
alternado: certas ondas nascem do direito e outras, do 
esquerdo, sem que haja interferência entre eles. Do 
marca-passo a onda se propaga ao resto do útero na 
velocidade de 2 cm/s, percorrendo todo o órgão em 15s. 
O sentido de propagação da onda é predominantemente 
descendente, apenas em um pequeno trajeto, que se 
dirige ao fundo, é ascendente. 
A intensidade das contrações diminui das partes 
altas do útero para as baixas. No colo, somente a zona 
próxima ao orifício interno tem tecido muscular liso e 
pode se contrair. 
Diz-se, então, que a onda de contração do parto 
normal tem triplo gradiente descendente: as 
metrossístoles começam primeiro, são mais intensas e 
têm maior duração nas partes altas da matriz do que nas 
baixas. Essa coordenação do útero parturiente normal 
determina a soma de efeitos, com elevação regular, de 
pico único, intensa, da pressão amniótica. 
A progesterona tem a propriedade de diminuir 
a sensibilidade da célula miometrial ao estímulo contrátil, 
por hiperpolarização da membrana, bloqueando a 
condução da atividade elétrica de uma célula muscular a 
outra. – Bloqueio progesterônico subplacentário. 
O aumento dos estrogênios é a causa do 
acréscimo das junções comunicantes. 
Durante a gravidez, o crescimento do útero sob 
ação dos estrogênios fornece espaço para o 
desenvolvimento do feto. Porém, no final da gestação, 
quando cessa o crescimento do útero, o aumento da 
tensão nas paredes uterinas sinaliza para o início do parto. 
Por essa razão, o parto se inicia antes na gravidez 
gemelar, na macrossomia fetal e no polidrâmnio, 
conduzindo à prematuridade. Esses eventos estão 
relacionados com a sobredistensão do miométrio . Na 
maioria das estruturas musculares lisas, o estiramento 
determina a contração. 
À medida que o termo se aproxima, há elevação 
da concentração do CRH placentário, estímulo para a 
produção de ACTH pela hipófise fetal e de estrogênios 
pela suprarrenal. O DHEA elaborado em quantidades 
crescentes pela zona fetal da suprarrenal é rapidamente 
metabolizado na placenta em estrogênios. 
A concentração elevada de cortisol induz a 
maturação dos pulmões, elevando a produção da 
proteína surfactante A e dos fosfolipídios que são críticos 
para a função pulmonar. 
A produção de proteína surfactante A, 
fosfolipídios e citocinas inflamatórias no líquido amniótico 
eleva a atividade da cicloxigenase-2 (COX-2) e a 
produção da PGE2 no âmnio e de PGF2α no miométrio. 
As prostaglandinas medeiam a liberação de 
metaloproteinases da matriz (MMP), que enfraquecem as 
membranas fetais, facilitando a sua ruptura..Isso envolve 
alterações morfológicas no colo, que se transforma de 
barreira rígida, a qual isola o ambiente intrauterino da 
infecção ascendente, em órgão amolecido, distensível, 
dando passagem ao feto durante a parturição. 
A concentração de colágeno no colo diminui 
durante o seu amadurecimento, e as glicosaminoglicanas 
hidrofóbicas dentro do tecido conjuntivo são substituídas 
pelo ácido hialurônico hidrófilo. A concentração total de 
água no colo cresce, e a de colágeno diminui. 
O amadurecimento do colo é processo 
inflamatório conduzido por macrófagos e neutrófilos que 
infiltram a cérvice nas proximidades do termo; o influxo 
de neutrófilos é conduzido pela interleucina-8 (IL-8). Além 
de produzirem citocinas, macrófagos e neutrófilos 
elaboram metaloproteinases da matriz (MMP) que 
digerem as proteínas da matriz extracelular, o que é 
necessário para o amadurecimento cervical. 
As prostaglandinas são produzidas pelo 
miométrio e pelas membranas fetais, especialmente o 
âmnio. A liberação do ácido araquidônico (AA) dos 
fosfolipídios constituintes de todas as membranas 
celulares é a fase inicial na síntese das PG. Isso é 
assegurado pela ação direta da fosfolipase A2 (PLA2) ou 
indireta, da fosfolipase C (PLC). O segundo estágio é a 
oxigenação e a redução do AA pela ação da enzima 
cicloxigenase (COX). O terceiro período enzimático na 
síntese das PG é a conversão da PGH2 em uma PG das 
biologicamente ativas: PGI2, PGE2, PGF2α e TxA2. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
6 
As PG produzidas nas membranas fetais 
interagem com os receptores locais ou, por difusão, 
alcançam o miométrio. Nas membranas, as PG ativam e 
promovem a degeneração do colágeno, favorecendo a 
sua ruptura. 
A PGF2α estimula a contração uterina pela 
produção de IP3 e a conseguinte liberação de cálcio do 
retículo sarcoplasmático. A ação da PGE2 no miométrio 
é complexa, em virtude da existência de quatro 
receptores: dois estimulantes (EP1 e EP3) e dois 
relaxantes (EP2 e EP4). 
A expressão dos receptores de PG varia de 
acordo com o estágio da gravidez, e o nível ou o tipo 
de receptor dita o grau de quiescência ou de 
contratilidade uterina. 
A ocitocina não tem papel atuante no 
determinismo do parto. Sua participação é importante no 
período expulsivo e no secundamento, quando o 
estímulo da dilatação cervical ocasiona a sua secreção 
em pulsos pela neuro-hipófise materna. Sabe-se que a 
concentração de ocitocina não aumenta com a 
proximidade do parto; em vez disso, os receptores de 
ocitocina nas células miometriais sofrem acréscimo 
notável no termo, o que se deve à ação dos estrogênios. 
O aumento nos fatores inflamatórios, tais como 
COX-2 e interleucina-8, se constituem em eventos iniciais 
para a progressão do parto ativo 
Tocometria é a mensuração das contrações 
uterinas. O seu registro gráfico échamado tocografia, que 
serve para diagnosticar e tratar os distúrbios quepossam 
aparecer durante o parto. As contrações uterinas podem 
seravaliadas por diversos métodos, sendo os invasivos os 
mais precisos. São eles: 
• Registro da pressão intramiometrial 
• Registro da pressão amniótica 
• Registro de pressão placentária 
• Registro da pressão do útero vazio 
• Tocometria externa 
 
Tônus uterino = pressão miometrial em repouso. 
 
Frequência = contrações em 10 minutos 
 
Intensidade = pressão máxima durante contração 
 
Duração = tempo entre o início e o fim da contração, 
em segundos geralmente 
 
Atividade uterina = intensidade x frequência mmHg/10 
min (UM) 
 
Trabalho uterino = é a soma das intensidades de todas 
as contrações uterinas durante o trabalho de parto ou 
parte dele, só podendo ser medido se houver tocometria 
interna. 
Tríplice gradiente descendente = fundo ao colo uterino 
• Do marca-passo, a onda se propaga ao resto do 
útero na velocidade de 2cm/s, percorrendo o órgão 
em 15 segundos. O sentido de propagação 
épredominantemente descendente e a intensidade 
da contração uterina émaior nas partes superiores 
do útero que nas inferiores, pois a quantidade 
detecido muscular é maior nesta área. O útero, ao 
relaxar-se, o faz por igual,todo ao mesmo tempo. 
Esses fenômenos explicam a característica 
maisimportante das contrações durante o trabalho 
de parto, que é o tríplicegradiente descendente: 
as contrações começam e são mais intensasno fundo 
uterino e se propagam do fundo para o colo uterino. 
 
 
Durante a gravidez, as contrações uterinas são 
incoordenadas, frequentes,focais, de baixa intensidade e 
não possuem o tríplice gradiente descendente:as 
contrações de Braxton-Hicks. Ao se aproximar o 
momento do parto, vãose tornando mais coordenadas e 
frequentes. Entre 28 a 32 semanas,possuem uma 
frequência de aproximadamente duas a cada hora e, 
entre 33 a36 semanas, até três contrações por hora. 
 
2 a 3 contrações a cada 10 minutos, durando 30-40 
segundos 
30 a 40 mmHg 
80 a 120 UM 
 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
7 
5/6 contrações a cada 10 minutos, durando 60-80 
segundos 
50-60 mmHg 
250 UM 
 
A posição da paciente tem influência na contratilidade 
uterina. O decúbitodorsal comprime a veia cava inferior e 
diminui o débito cardíaco, levando àhipotensão arterial e 
aos distúrbios de contratilidade uterina como aumentoda 
frequência e diminuição da intensidade das 
metrossístoles. 
Após o nasciemnto, o útero continua a contrair de forma 
intensa e ritimada, embora as contrações sejam indolores 
– período de repouso fisiológico. As duas ou três 
contrações depois do nascimento geralmente são 
suficientes para descolar a placenta. 
Onda contrátil generalizada e mantém tríplice. 
Normal = 25-50 mmHg, 2-5 contrações em 10 minutos. 
Hipoatovidade 
• Hipossistolia = intensidade inferior a 25mmHg 
• Bradissistolia = frequência inferior a 2 contrações a 
cada 10 minutos 
 
Hiperatovidade 
• Hiperssistolia = intensidade superior a 50mmHg 
• Taquissistolia = frequência superior a 5 contrações 
a cada 10 minutos 
 
Hipertonia 
• Por taquissistolia = não dá tempo do útero relaxar 
• Por incoordenação = útero não sabe contrair 
• Por sobredistensão = útero muito esticado 
• Autêntica = descolamento prematuro de placenta 
 
Ondas generalizadas com inversão da tríplice ou 
localizada, assimétrica e incoordenada = impedem 
dilatação e descida do feto. 
 
Inversão do tríplice gradiente descendente 
• Predominância da contratilidade nas partes baixas 
 
Incordenação uterina 
• 1º grau = Ação alternada dos 2 marca-passos 
• 2º grau = marca-passos ectópicos (fibrilação) 
 
Hipoatividade =  contrações 
• Ocitocina 
• Prostaglandinas 
• Descolamento de membranas 
 
Hiperatividade = contrações 
• Parar uterotônicos 
• Decúbito lateral esquerdo 
• Analgesia 
• Tocolíticos 
 
Qualitativas =  contrações ou desencadear TP 
• Ocitocina (doses fisiológicas) 
• Decúbito lateral esquerdo 
• Analgesia 
• Amniotomia 
 
 
 
Deve ser considerada quando mais que 42 semanas de 
gestação, corioamnionite, RPMO >32/34 semanas, óbito 
fetal 
 
Contraindicações 
• Gestações múltiplas 
• Desproporção cefalopélvica 
• Apresentação fetal anômala 
• Histerectomia corporal prévia – cicatriz no útero 
• Placenta prévia 
• Sofrimento fetal 
• Mecônio anteparto 
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8 
• Gemelaridade 
• Vício pélvico 
• Carcinoma invasivo do colo 
• Macrossomia fetal + 4kg 
• Herpes genital ativo 
• Obstrução de canal de parto por lesões grandes de 
HPV – só o HPV NÃO É CONTRAINDICAÇÃO 
 
Avaliar BISHOP 
 
BISHOP 
• > 9 = muito favorável 
• 6-9 = favorável 
• < 6 desfavorável = preparo/amadurecimento do 
colo antes de iniciar a indução. 
 
Ocitocina = ideal para BISHOP maior iguala 9 
• Usa em bomba ou gota/gota 
• Eleva-se a dose a cada 15 minutos até a presença 
de contrações efetivas 
• Apagado 
• Amolecido 
• Anterior 
• Aberto 
• Altura > 0 
 
Misoprostol = se BISHOP desfavorável (<5) 
• Prostaglandina que estimula contração uterina e 
maturação do colo 
• Contraindicado quando existe cicatriz uterina 
• 25 ng a cada 6 horas 
• Máximo de 6 doses 
• Desvantagem = taquissostolia e sofrimento fetal, 
hemorragia pós-parto por atonia 
• Taquissistolia e sofrimento fetal = para miso e aplica 
terbutalina 250ng IM 
 
Dinoprostona 
• Prostaglandina 2 
• Fita 
• Mais caro = não tem em todo lugar 
• Após 15 minutos da retirada tem-se a suspensão 
• Ocitocina 30 minutos depois 
 
Se contraindica o misoprostol = Método de Krause = 
preparo do colo com sonda de Foley, o que favorece o 
descolamento do colo natural. = Alguns médicos 
descolam com o dedo. 
 
 
Incluem as alterações maternas que ocorrem durante o 
trabalho de parto 
 
Modificações sofridas pelo útero ao longo de várias 
semanas 
Início rntre 30-36 semanas de gestação. 
À medida que o parto se aproxima, há uma decida do 
fundo uterino (2 a 4 cm), com a acomodação da 
apresentação ao canal de parto. 
As contrações uterinas, ainda irregulares, levam à 
formação e adelgaçamento do segmento uterino inferior 
e orientação do colo uterino, que passa a se alinhar ao 
eixo vaginal. As gestantes começam a perceber as 
contrações uterinas, por vezes com cólicas, porém 
incoordenadas e irregulares, podendo ser confundidas 
com contrações reais de trabalho de parto. 
Fase latente 
Perda do tampão mucoso 
Ausência de dilatação progressica e rápida do colo 
NÂO È UM PERÌODO CLÍNICO 
Não tem indicação para internamento. 
Orientar e tranquilizar a paciente explicando acerca da 
fase latente e que o trabalho de parto ativo deverá 
começar em algumas horas. = É bom explicar o trabalho 
de parto ativo para que a gestante possa voltar à 
maternidade quando ele começar. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
9 
Segundo a OMS, NÃO existe tempo máximo para a fase 
latente. 
Fase ativa 
São atingidas contrações uterinas de frequência, 
intensidade e duração suficientes para produzir o 
apagamento e a dilatação do colo uterino. Termina 
quando o colo está totalmente dilatado. 
10-12 horas em nulíparas (colo afina para depois dilatar), 6-
8h em multíparas (colo afina e dilata ao mesmo tempo). 
– Isso do colo só em mulher que teve parto normal!! 
Inicia com o trabalho de parto: 
 
• Colo do útero = 3/4 cm com dilatação progressiva. 
• Contrações = 2/3 p 10 minutos, rítmicas e regulares. 
• Rotura da bolsa das águas 
 
Conduta: 
• Hidratação venosa 
• Dieta = líquidos claros (águas, chás), gelatinas, 
sorvetinhos. – evitar broncoaspiração caso seja 
necessária anestesia. Reposição calórica através da 
infusão venosa de fluidos e de glicose – prevenção 
de cetose e desidratação. 
• Decúbito = evitar decúbito dorsal, deambulação livre 
• Tricotomia = não é de rotina. = aumenta os riscos 
de infecção. 
• Enteróclise = lavagem intestinal = não fazer 
• Amniotomia = não de rotina 
• Nº de toques = reduzir = 1/2 horas (4 horas) 
 Apagamento e dilatação do colo, orientação e 
donsistencia 
 Progressão da descida do feto (altura de 
apresentação), variedade de posição, 
proporcionalidade, grau de flexão e presença 
de assinclitismo. 
 Avaliação do estado da bolsa das águas 
• Ausculta BCF = antes, durante e após a contração. 
Se baixo risco, fazer a cada 30 minutos 
• Direito a presença de acompanhante 
• Deve ser evitado o decúbito dorsal para evitar 
síndrome de hipotensão supina. 
• Avaliação do bem-estar fetal e materno 
• Analgesia: bola, hidromassagem... 
• Medicamentos = analgésicos, anestisia de condução, 
ocitocina 
 A ocitocina é utilizada em doses fisiológicas para 
correção dos distúrbios do trabalho de parto (1 
a 8 mU/min), dose que pode ser dobrada a cada 
30 minutos até que o perfil contrátil desejado 
seja alcançado. Como possíveis efeitos adversos 
podemos observar efeito antidiurético, 
hiperestimulação uterina e sofrimento fetal, que 
podem ser rapidamente revertidos com a 
suspensão do medicamento (meia-vida de 
cerca de cinco minutos). Nestes casos, sua 
interrupção deve ser realizada, além da 
administração de oxigênio à gestante, adoção 
de decúbito lateral esquerdo e hidratação 
venosa. 
 A analgesia peridural contínua deve ser 
oferecida à parturiente sempre que possível, 
após a comprovação da adequada evolução do 
trabalho de parto apontada por atividade uterina 
coordenada, colo dilatado acima de 4 cm, 
apresentação fetal insinuada e adaptada à 
cervice. 
 Quando não está disponível a analgesia 
peridural, pode-se eventualmente prescrever 
opiáceos. A escolha recai sobre a meperidina, 
que além de seu efeito anestésico, propicia 
melhora da atividade uterina. Pode-se aplicá-la a 
cada duas horas, na dose de 50 mg IM. Os 
efeitos do medicamento relacionados à 
depressão respiratória do recém-nato são 
prontamente revertidos através da adequada 
atenção neonatal e são mais frequentes quando 
a mesma é aplicada distante do nascimento. 
 
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10 
Inicia com a dilatação total e finaliza com o 
desprendimento do feto. 
Prolongado se maior que 1h 
Dura em média 50 minutos nas primíparas e 20 
minutos nas multíparas. De acordo com o Ministério da 
Saúde, os limites de tempo para o período expulsivo são 
0,5 a 2,5 horas em primíparas (uma a três horas com 
analgesia peridural) e até uma hora em multíparas (duas 
horas com 
peridural). 
As contrações uterinas atingem seu máximo, 
com uma frequência de cinco em dez minutos, durando 
de 60 a 70 segundos. A gestante apresenta esforços 
expulsivos (puxos) e desejo de defecar. Geralmente, está 
agitada e com dores intensas se não estiver sendo 
acompanhada com analgesia de parto (peridural ou 
medicamentos opiáceos). A altura da apresentação e a 
variedade de posição no período expulsivo são variáveis, 
mas frequentemente a apresentação já se encontra 
insinuada no início do período expulsivo. 
Conduta: 
• Posição ideal do parto? A que a mãe quiser, as 
verticais podem ajudar por conta da gravidade. 
 
• Ausculta BCF = no baixo risco a cada 15 minutos e 
no alto a cada 5. 
• Anestesia de períneo 
• Episiotomia = Avaliar 
 Feto grande , parto fórcipe ou vacuoestração, 
períneo rígido, exaustão materna, período 
expulsivo prolongado, variedades 
occipitoposteriores, distocia de espáduas, 
insuficiência cardíaca materna, sofrimento fetal 
agudo e apresentação pélvica. 
 Evitar = HIV +, coagulopatias 
 Mediana = vagina em direção ao ânus 
 Menos dor, menos sangramento, menos 
lesão muscular, maior lesão do reto 
 Médio-lateral 
 Mais dor, mais sangramento, mais lesão 
muscular, menos lesão de reto 
• Manobra de Ritgen Modificada = proteção do 
períneo posterior e impedimento que o bb faça 
flexão brusca. 
 
• Clampeamento tardio do cordão 
• Distócia de espáduas 
 Manobra de McRoberts = flexão da coxa da 
mãe sobre o seu abdome 
+ 
 Pressão suprapúbica – Rubin 1 = aperta a 
região suprapúbica da gestante, fazendo 
redução do diâmetro biacromial 
 
2ª linha - rotacionais 
 Manobras de Woods = mão na clavícula e ir 
rodando 
 
 Manobras de Rubin II 
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11 
 
 Manobra de Jacquemier/ braço posterior = 
introdução da mão do obstetra profundamente 
na vagina e retirada do braço fetal posterior, 
diminuindo o diâmetro impactado. 
 
 Manobra de Gaskin = paciente em 4 apoios 
para realizar desprendimento dos ombros 
 
3ª linha 
 Manobra de Zavanelli = empurrar 
apresentação e fazer cesariana. 
Se nada der certo quebraa clavícula do bb 
Saída da placenta (<30 minutos), depois de 30 minutos 
denomina-se prolongado. 
Mecanismos: 
• Schultze = a implantação placentária encontra-se no 
fundo uterino (corporal). Ocorre em cerca de 75% 
dos casos, desprendendo-se pela face fetal em 
forma de guarda-chuva, com o sangramento se 
exteriorizando após a saída da placenta 
• Duncan = implantação placentária ocorreu nas 
paredes laterais uterinas. Responde por cerca de 
25% dos casos, desprende-se pela borda inferior, o 
sangramento precedendo a saída da placenta 
 
Manobras: 
• Avaliar se a placenta já descolou 
• Nenhuma manobra mais intempestiva deverá ser 
feita, pois existe o risco de inversão uterina aguda, 
evento potencialmente grave que leva ao choque 
neurogênico e a perdas sanguíneas intensas. 
• 10 U ocitocina IM pós expulsão fetal = profilática 
• Tração controlada do cordão 
• Massagem uterina após secundamento 
• Revisão do canal de parto = espéculo 
• Episiorrafia / sutura de laceração 
• Revisão do canal de parto 
• Pinçamento do cordão umbilical próximo à vulva, e 
com o descolamento da placenta o local de 
pinçamento se distancia (sinal de Ahlfeld); 
• Tração intermitente discreta do cordão umbilical, a 
qual não será transmitida ao fundo uterino quando 
a placenta estiver descolada (sinal de Fabre) ou 
inversamente, a percussão do fundo uterino não é 
propagada ao cordão umbilical (sinal de Strassmann); 
• Elevação do corpo uterino através da palpação 
abdominal não acompanhada da movimentação do 
cordão umbilical (sinal de Kustner); 
• Sinal da placenta: sensação de peso sobre o reto 
referida pela paciente. 
• Diagnosticado o descolamento da placenta, pode-se 
auxiliar na descida da placenta pelo canal vaginal com 
compressão leve na região do segmento uterino 
inferior (manobra de Harvey). 
• Durante sua exteriorização, pode-se impor leve 
tração e torção axial da placenta, para auxiliar no 
seu descolamento (manobra de Jacob-Dublin). Se 
necessário, devemos interferir no processo de 
secundamento 
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12 
 
 
 
4º
Final do secundamento até a 1ª hora após o 
secundamento – observar sangramentos 
 
Hemostasia 
• Miotamponagem – ligaduras vivas de Pinard 
• Trombotamponagem = hematoma intrauterino 
• Indiferença miouterina 
• Contração uterina fixa – globo de segurança de 
Pinard 
 
Lacerações: 
• I = pele e mucosa = sutura contínua única ou 
múltiplas conforme a quantidade de lacerações 
• II = musculatura sem esfíncter 
• III A- <50% Esfincter Anal Externo 
• III B- >50% Esfincter Anal Externo 
• III C- Esfincteres interno e externo 
• IV- Esfincteres e mucosa anal 
 
 
 
Overlaping 
• Inicie Cefoxitina, 2g, dose única. 
• Utilie Vycril para a realização das suturas. 
• Após a sondagem, mantenha: 
• Sondagem vesical de demora por 12h; 
• Lactulose 12 em 12 horas por 10 dias; 
• Frio local por 12 horas; 
• Analgesia por 3 a 7 dias. 
 
Sutura do EA externo 
• Inicie Cefoxitina, 2g, dose única. 
• Utilie Vycril para a realização das suturas. 
• Após a sondagem, mantenha: 
 Sondagem vesical de demora por 12h; 
 Lactulose 12 em 12 horas por 10 dias; 
 Frio local por 12 horas; 
 Analgesia por 3 a 7 dias. 
 
 
 
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13 
 
 
Vizualizar trabalho de parto e detectar precocemente as 
intercorrências. 
 
Dilatação = Δ 
Altura de apresentação = O e depois faz desenho da 
posição da cabeça 
Atividade uterina = fraca x, moderada colore metade e 
forte colore tudo 
 
A fase ativa também é conhecida como trabalho de parto 
propriamente dito e inicia-se quando a dilatação atinge 
pelo menos 4 cm, de acordo com o Ministério da Saúde. 
Nesta fase, a dilatação cervical se processa de forma mais 
rápida (> 1,2 cm/h). É dividida em três períodos: fase de 
aceleração (dilatação inicial, com duração de cerca de 
uma hora); fase de inclinação máxima (dilatação linear e 
rápida) e fase de desaceleração (dilatação em velocidade 
constante), na qual ocorre normalmente a descida da 
apresentação. Esta usualmente ocorre de forma tardia 
na fase ativa de dilatação, tornando-se mais rápida após 
8 cm de dilatação. O padrão de descida varia de acordo 
com a paridade da paciente, sendo mais tardia nas 
multíparas 
Linhas – dilatação cruza = algo de errado 
Alerta = triângulo antes, dilatação indo bem 
Ação = 4 quadrados depois de atenção = intervir 
 
Fase ativa prolongada ou distocia fundional 
• Dilatação < 1 cm/hora em intervalo de 2 horas 
• Triângulo sobe devagar 
• Geralmente associado a motor ineficaz = ocitocina 
• Curva de dilatação ultrapassa a linha de alerta e, às 
vezes, a linha de ação 
• A correção é feita inicialmente pelo emprego de 
técnicashumanizadas de estímulo ao parto normal, 
por exemplo, estimulando-se adeambulação e, se 
necessário, posteriormente pela administração 
deocitocina ou rotura artificial da bolsa das águas. 
 
Parada secundária da dilatação 
• Dilatação < 1 cm/hora em intervalo de 2 horas 
• Triângulo na mesma linha 
• Falta de metrossistole = quadrinho sem colorir 
• Desproporção cefalo-pélvica 
• Ultrapassa a linha de alerta e às vezes a linha de 
ação. 
• Associação com sofrimento fetal. 
 
Parada secundária da descida 
• Dilatação total e altura mantida por 1 hora = período 
expulsivo 
• Em primiparas e partos com analgesia, se mãe e bb 
estiverem bem e demorar mais de 1h, tá tudo certo 
• Há necessidade de se reavaliar as relações 
fetopélvicas, pois a causa maisfrequente desse tipo 
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14 
de distocia é a desproporção cefalopélvica relativa 
ouabsoluta 
 
Período pélvico prolongado 
• Expulsivo com descida lenta 
• Motor insuficiente 
• Nota-se dilatação completa do colo uterino e 
demora na descida e expulsão do feto. 
• Administração de ocitocia, rotura artifical da bolsa 
das águas, fórcipe. 
• Limite de tempo do período expulsivo 
 
Parto precipitado (taquitócito) 
• Dilatação, descida e expulsão menor ou igual a 4 
horas 
• Administração excessiva de ocitocina 
• O padrão da contratilidade uterina é de taquissistolia 
ehipersistolia e, caso a placenta esteja no limite de 
sua função, pode ocorrer osofrimento fetal. 
Lacerações do trajeto também são mais frequentes 
nestetipo de parto, pois não há tempo para 
acomodação dos tecidos pélvicos,ocorrendo descida 
e expulsão do feto de modo abrupto. 
 
 
Abertura da parede abdominal e da parede uterina para 
extração do feto. 
 
Indicações mais comum: 
• Falha de progressão durante o trabalho de parto 
• Histerotomia prévia 
• Apresentação fetal anômala 
• Sofrimento fetal 
 
 
 
Nascimento antes de 37 semanas completas ou 259 dias., 
sendo a principal causa de morbidade e mortalidade 
neonatal. 
 
O parto prematuro associa-se à maior 
susceptibilidade aos tocotraumatismos e anoxia, podendo 
haver graves lesões cerebrais. A apresentação pélvica, o 
prolapso de cordão e o parto precipitado agravam a 
anoxia. 
A prematuridade pode se associar a sequelas 
tardias, como retardo do crescimento, disfunções 
auditivas e visuais, maior chance de óbito no primeiro ano 
de vida e complicações imediatas como 
hiperbilirrubinemia, persistência do canal arterial, 
enterocolite necrosante, fibroplasia retrocristaliniana, 
hemorragia intracraniana, anemia, hipoglicemia, 
leucomalácia periventricular e doença de Síndrome de 
Angústia Respiratória (SAR), que é a principal causa de 
morte do RN pré-termo. 
 
Classificação: 
• Extremo - < 28 semanas 
• Muito prematuro – 28 a 31 +6 
• Moderado – 32 a 33 + 6 
• Tardio – 34 a 36 + 6 
 
Os partos prematuros podem ser eletivos ou 
espontâneos. 
 
Eletivos: 
• Risco materno = Patologias maternas graves= 
COVID, cardiopata, difícil de entubar. 
• Risco fetal = Sofrimento fetal, Insuficiência 
placentária 
• Iatrogênico = Erro na determinação da idade 
gestacional, Partos eletivos 
 
Espontâneos 
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15 
• 70% dos casos 
• Melhor meio de prevenção: avaliação pré-
concepcional e assistência pré-natal. 
 
Principais causas 
• Iatrogenia 
• Cesariana eletiva com IG erroneamente calculada 
• Sobredistensão uterina 
• Amniorrexe prematura 
• Gestação de alto risco 
• Hemorragias da 2ª metade da gestação 
• Malformações uterinas e miomas 
• Incompetência istmocervical 
• Infecções 
 
Fatores de risco: 
• Prematuro anterior 
• Anemia 
• Descutrição 
• Polidramnia 
• Infecção – reação inflamatória 
• Drogas 
• Tabagismo 
• Ruptura prematura da membrana ovulatória 
• Gestação múltipla 
• Hipertenção gestacional 
• Alterações hormonais 
• Sagramentos vaginais 
• Inserção baixa da placenta 
• Descolamento prematuro de placenta 
• Malformações fetais e placentárias 
• Amputação de colo uterino 
• Miomas 
• Malformações uterinas 
• Erros na determinação da IG 
• Partos eletivos 
• Gestação indesejada 
• Estresse 
• Excesso de atividade física 
• Baixo nível socioeconômico 
• Assistência pré-natal inadequada 
• Tabagismo 
• Drogas ilícitas 
• Desnutrição 
• Higiene inadequada 
• Doenças maternas 
• Procediemntos cirúrgicos na gravidez 
• Mulher solteira 
• Ansiedade e depressão 
• Divórcio 
• Dietilestilbestrol 
• Anomalias congênitas 
 
O parto pré-termo é evento multifatorial, no qual 
estão envolvidas aliberação de citocinas inflamatórias 
(interleucina 1, 6 e 8, fator de necrosetumoral), hormônios 
hipotalâmicos e adrenais (ocitocina, cortisol ehormônio 
liberador de corticotropina), produção de estrógenos 
placentários,liberação de prostaglandinas e proteases e 
formação de trombina. Estes eventos parecem ser 
resultado de um dos quatro processos patológicos: 
ativação prematura do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal 
materno e fetal;inflamação/infecção; hemorragia decidual 
e distensão uterina patológica. 
O parto prematuro, visto de forma isolada, tem 
como um grande fator causala rotura precoce de 
membranas ovulares, mas, na maior parte dos casos, 
nãoé possível identificar um fator desencadeante. 
 
Prevenção primária 
• É deficiente 
• Identificar fatores de risco e tentar mudá-los. 
• Promover todas as causas 
• Equipe multidisciplinar 
• Anamnese detalhada 
• Fatores de risco epidemiológicos: atuar desde o 
início 
 
Prevenção Secundária 
• Acrescentar exames de rotina pré-natal 
• Culturas de secreção vaginal e pesquisa de ISTs em 
pacientes com fator de risco 
• Pesquisa de infecção do trato urinário (ITU) 
 Trata-se bacteriúria assintomática em gestantes 
 Profilaxia em ITU de repetição 
• Pesquisa de Streptococcus grupo B 
• Monitorização das contrações uterinas: acompanhar 
clinicamente contrações -> ensinar a gestante como 
identificar uma contração. 
• Pode fazer a tocografia 
• USG para medida do colo 
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16 
 Gestantes com colo curto ou menor do que 
25mm é um dos maiores preditores para o 
parto prematuro. 
 Realizar em gestantes com fator de risco e entre 
a 18ª e a 24ª semana. 
 Colo curto = repouso, abstinência sexual, 
investigação de infecções, progesterona vaginal, 
internação se sintomas e fibronectina fetal. – Se 
afunilamento = pior prognóstico. 
 Colo curto + Sludge = antibioticoterapia 
Sludge = aglomerado de partículas hiperecogênicas 
entre o orifício interno do colo e apresentação. 
 
Predição: 
• USG (20-24 semanas) colo curto se < 25mm 
 Uso de progesterona vaginal a partir do 2º 
semestre = 200 mg até 36 semanas durante 
a noite 
 Colo curto = reavaliar a cada 2 semanas 
 
• Dúvida se interna = dosar fibronectina = se baixa, 
libera pra casa 
 Liberada pelo trofoblasto quando há ruptura na 
interface uteroplacentária 
 Alto valor preditivo negativo 
 Desaparece entre 20-22 semanas, quando 
ocorre a fusão do âmnio e do córion 
 Marcador de trabalho de parto 
 
Trabalho de parto: 
• Ativididade uterina aumentada, apagamento parcial 
ou total do colo, dilatação ausente ou discreta 
• 4 contrações em 20 minutos ou 8 contrações em 
60 minutos 
ou 
• Dilatação cervical > 2 cm ou apagamento 80%+ 
 
Prevenção: 
• Repouso 
• Tratamento da vaginosa bacteriana 
• Circlagem uterina 
• Progesterona = parto prematura anterior, colo curto 
 
24-34 semanas: 
• Hidratação venosa 
• Administrar corticoide 
 Diminui desconforto respiratório, síndrome 
membrana hialina, enterocolite necrotizante, 
hemorragia periventricular. 
 Melhor resposta ao surfactante pulmonar 
 Menos hemorragia intracraniana 
 Os efeitos atingem seu benefício máximo se o 
parto ocorre entre 24h e 7 dias após a última 
dose do medicamento 
 2x Betametasona 12mg IM a cada 24h 
 4x desametasona 6mg a cada 6h. 
 Risco de leucocitose com desvio à esquerda 
• Tocólise: não fazer se houver sofrimento fetal 
agudo ou corioamnionite, malformações fetais 
incompatíveis com a vida, óbito fetal, maturidade 
pulmonar comprometida, placenta prévia 
 Contrações rítmicas (TPP verdadeiro), menos 
que 3 cm (fase de latência), esvaecimento não 
pronunciado, viabilidade 
 Evitar por períodos prolongados 
 β-agonista = evitar se cardiopata, DM = muito 
efeito colateral, glaucoma, anemia falciforme 
 Salbutamol, aerolim, perbutamina, 
terbutalina, ritodrina 
 Cuidado c efeitos colaterais 
 VENOSO 
Terbutalina = 
 5mg (ou 10 amp.) em 500ml SG 5% (0,01 
mg/ml) 60ml/hr em bomba de infusão ou 
20 gotas/min. 
 Aumentar 10 μg/min de 20 em 20min até 
inibição das contrações 
 Efeitos colaterais maternos: pulso > 
120bpm; dor torácica; hipotensão; EAP -> 
SUSPENDE a droga 
 Manter por 12h 
 Indometacina = inibidor da COX = não usa 
depois de 32 semanas pois pode fechar 
precocemente o ducto arterioso e gerar 
hipertensão pulmonar, além de oligodramia 
 Nifedipina = bloquador de canal de cálcio = oral 
= não usar em hipotensão e nem em 
cardiopatas. 
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17 
 10mg VO a cada 20min – até 4 doses OU 
20mg VO em dose única e, se necessário, 
20mg após 90-120min se a atividade 
uterina persistir. 
 Se após a 2ª dose mantiver atividade 
uterina, considerar falha terapêutica e 
utilizar outro agente. 
 Manutenção: 20mg VO a cada 4 a 8h por, 
no máximo, 72h. 
 Atosiban = sem contraindicações específicas. = 
antagonista da ocitocina = menos interfere 
cardiovascularmente = custo elevado. 
• Neuroproteção = sulfato de magnédio nos partos < 
32 semanas = diminui as chances de paralisia 
cerebral 
• Prevenir sepse neonatal = penicilina cristalina 
 
34+ semanas: 
• Parto 
 Via obstétrica na maior parte dos casos 
 Monitorização fetal continua 
 Amniotomia tardia 
 Desprendimento lento do polo cefálico 
 Laqueadura do cordão tardia 
• Avaliar profilaxia para GBS 
 Sepse neonatal, meningite, pneumonia 
 Penicilina cristalina ou ampicilina 
 Alérgica a penicilina = clindamicina 
 Cultura positiva, cultura não realizada, 
prematuros, RPMO > 18h, bacteriúria por EGB, 
história de recém-nascido prévio infectado por 
EGB, febre intraparto 
 
 
 
Também chamada de rompimento prematuro de 
membrana ovular, ocorrendo quando a bolsa estoura 
antes do início do trabalho de parto e podendo levar ao 
parto prematuro. 
As principais causas de rotura prematura das 
membranas são a inflamação ea infecção. A produção 
de enzimas proteolíticas pelas bactérias 
infectantespromove o enfraquecimento das membranas 
e consequente rotura.Paralelamente a isso, fatores 
inflamatórios produzidos pela decídua(interleucina-1, 
interleucina-6e fator de necrose tumoral), atuando 
atravésda produção de prostaglandinas, também estão 
envolvidos. 
A diminuição do colágeno do cório leva ao 
amadurecimento das membranase também pode 
explicar em parte a fisiopatologia da RPMO. 
Outro mecanismo possivelmente envolvido seria 
a diminuição dofosfatidilinositol nas membranas, o qual 
atua como lubrificante na interfaceentre o cório e o 
âmnio. Este processo leva a uma menor 
distensibilidadedas membranas, favorecendo a rotura. 
Apesar dos diversos mecanismos propostos, 
raramente a causa da RPMO éconhecida. 
 
Queixa principal = líquido claro ou amarelo escorrendo 
subitamente pelas pernas 
Padrão-ouro para diagnótico = exame especular. 
Outros = se exame especular for inconclusivo 
• Teste de nitrazina (aumento de pH) 
• Teste de cristalização (positivo se RPMO) = volta a 
ter estrogenio e conteúdo vaginal cristaliza = 
aspecto arboriforme em folha de samambaia 
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18 
• Pesquisa de elementos fetais = células orangiófilas 
• Alfafetoproteína na secreção vaginal 
• Amnisure = alfamicroglobulina placentária – caro 
• USG = avaliar oligodramnia 
 
Complicações: 
• Infecção 
• Prematuridade 
• Acidentes de parto 
• Compressão do cordão por oligodramnia 
• Sofrimento fetal 
• Malformações 
• Retenção placentária 
• Risco de cesariana 
 
Corioamnionite 
• Febre (37,8ºC) + 2 (leucocitose ou aumento da FC 
ou aumento BCF ou dor uterina ou líquido fétido). = 
Parto preferencialmente vaginal 
• Antibioticoterapia 
 Ampicilina (2 g IV 6/6 horas) e gentamicina (5 
mg/kg por dia ou 1,5 mg/kg8/8 horas), que 
deverá ser mantida até 48 horas após o último 
episódio febril, não sendo necessária a 
administração de manutenção oral. É possívela 
adição de clindamicina 900 mg IV 8/8h ou 
metronidazol 500 mg IV 8/8hpara ampliar a 
cobertura anaeróbia, caso seja realizada 
cesariana. 
 
Sem corioamnionite: 
• Entre 32 e 34 semanas = Parto – não é indicado 
tocolítivos 
• 24 a 32/34 semanas = Corticoide + antibiótico 
(aumentar tempo de latência e reduzir risco de 
corioamnionite) A paciente deve ser mantida 
hospitalizada, em repouso, com hidratação 
abundante. 
 
 
 
Gestação entre 40 e 42 semanas ou 280 a 294 dias. 
 
Placenta tem prazo de validade! 
Gestações prolongadas: ultrapassam 42 semanas 
 
Sinônimos: 
• Serotina 
• Protraída 
• Retardada 
• Pós-termo 
 
Fatores de risco 
• Primíparas 
• Baixas condições socioeconômicas 
• Ciclos menstruais irregulares 
• Antecedente pessoal 
• Não tem certeza da DUM 
• Idade materna avançada 
• Malformações fetais 
• Deficiência da sulfatase placentária 
• Excesso de progesterona 
• Fator cervical 
 
Complicações 
• Taxa de mortalidade perinatal aumenta 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
19 
• Intraútero 
 Oligoâmnio 
 ILA <5 
 Insuficiência útero placentário 
 Anóxia fetal 
 Compressão do cordão umbilical 
 Mecônio ante e intraparto 
 Síndrome de aspiração meconial 
 Macrossomia fetal: quanto mais tempo o bebê 
passa na barriga, mais ganha peso. = Peso fetal 
> 4kg 
 Tocotraumatismos 
 Distocia bisacromial 
• Mãe 
 Distocias 
 Maior número de lesões perineais 
 Parto cesárea: 2x mais frequente 
• Pós-natal 
 Desidratação 
 Policitemia 
 Hipoglicemia 
 Distúrbios respiratórios 
 Acidose 
 Disfunção adrenocortical 
 
- Data correta da última menstruação 
- Definição de IG com USG precoce 
- Curva de crescimento fetal 
 
- Vigilância do bem-estar fetal 
- Definição do momento do parto 
 
Cardiotocografia: 
• A partir de 40 semanas é necessário pedir 2x na 
semana: 
 Cardiotocografia 
 PBF 
Dopplervelocimetria NÃO apresenta benefício em 
gestação pós-data 
 
• Amnioscopia: se a gestante tiver com, pelo menos, 
1cm de dilatação, é possível observar o líquido 
amniótico. 
 
A indução do parto deve ser realizada a partir 
de 41 semanas de gestação, após concordância da 
mulher. 
Deve ser realizado antes, se houver: oligoâmnio, 
presença de mecônio à amnioscopia ou evidências de 
comprometimento fetal. 
 
Fatores necessários para maturação cervical 
 
 
 
 
Anemia fetal decorrente da produção de 
anticorpos maternos contra hemácias fetais. 
• Anticorpos contra sistema ABO – sem necessidade 
de contato prévio. – protege o feto contra 
incompatibilidade Rh. 
• Anticorpos sistema RH – antigenos D, C e E – 
formas graves – formação de Ac necessita de 
contato prévio 
 Variente DU = expressão fraca do antígeno D – 
Rh negativo, funciona como Rh positivo. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
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• Antígenos atípicos – não Rh ou ABO – rara – 
associada a hemotransfusão – maioria não produz 
DHPN grave 
 
Fisiopatologia 
• 1ª gestação = gestante Rh-, parceiro Rh +, feto Rh + 
 Rh – não possui gene para antígeno D 
 Sensibilização do organismo materno 
 Hemorragia fetomaterna = formação de 
anticorpos. 
 IgM = não passa na placenta e não tem 
probelma na 1ª gest. 
 Nas demais, já tem IgG, o que é perigoso para 
o feto 
• Passagem de Ac pela placenta = hemólise fetal 
 
 
Quadro clínico 
• Anemia fetal 
• Eritropoiese extramedular 
• Diminuição da viscosidade sanguínea 
• Hipercinesia 
• Hidropsia 
• Óbito fetal 
 
Diagnóstico 
• Coombs indireto = gestante Rh – e parceiro Rh + 
 Negativo = repetir com 28, 32, 36 e 40 
semanas e repetir no pós-parto 
 Positivo menor igual 1:8 = repetir mensalmente 
• Espectofotometria = predição da anemia 
 Invasivo 
 Estima a concentração de bilirrubina no líquido 
amniótico (densidade ótica) 
 Gráfico de Queenan 
 
• Cordocentese 
 Padrão-ouro 
 Invasivo 
 Dosagem da hemoglobina 
 Hematócrito abaixo de 30 = ruim 
 Permite terapêutica 
 Indicado quando há alteração da 
espectofotometria ou Doppler 
• Dopplervelocimetria 
 Rastreamento de escolha 
 Circulação hiperdinâmica de resposta 
 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
21 
Tratamento 
Doppler da ACM Vmax > 1,5 MoM 
Espectofotometria na Zona 3 
Hidropsia fetal 
• Transfusão intrauterina – cordocentese = até 34 
semanas 
• Parto – exsanguíneotransfusão = após 34 semanas 
 
Profilaxia 
• Imunoglobulina anti-D = gestantes não sensibilizadas 
 Após o parto = 72h 
 Hemorragia na gestação 
 Procedimento invasivo 
 28 semanas p todas as gestantes não 
sensibilizadas 
 Pós parto = teste de Kleihauer ou coombs 
indiret

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