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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 1 Pode ser dividido em: • Pré-termo = entre 20 e 36 semanas e 6 dias • Termo = 37 até 41 semanas e 6 dias Inicial = 37 semanas até 38 semanas e 6 dias Full term = 39 semanas até 40 semanas e 6 dias Tardio = 41 semanas até 41 semamanas e 3 dias = pós-DPP • Pós-termo = após 42 semanas Obs: pós-datismo significa após a a DPP. Obs2: Pós-maturidade (dismaturidade) descreve um recém-nato com características clínicas de uma gravidez prolongada, como: descamação da pele, impregnação por mecônio, unhas longas, pouco ou nenhum vérnix, pregas palmares e plantares bem desenvolvidas, muito cabelo e pouca gordura subcutânea. Quando o feto ainda não atingiu a vitalidade, o término da gestação é denominado abortamento. O abortamento é definido como o término da gestação antes de completadas 20 ou 22 semanas ou antes do feto atingir 500 g de peso. Trabalho de parto = 2-3 cm de dilatação, 2-3 contrações em 10 minutos.;; 90-120 UM Os fatores e fenômenos que participam do nascimento no parto por via vaginal são: • Trajeto = o canal do parto, representado pela bacia óssea, pelo seu revestimento musculoaponeurótico e pela vagina; • Objeto = feto que atravessará o trajeto. Inclui a estática fetal, entendendo como o feto se relaciona com a bacia e com o útero, bem como a nomenclatura obstétrica • Motor = força que impulsiona o feto (objeto) através do canal do parto (trajeto). Esta força é gerada pela musculatura uterina através de suas contrações. No parto dirigido, ocorre a intervenção do obstetra, como na amniotonia. O parto eutócico ocorre de forma fisiológica, já o distócico ocorre com presença de condições anõmalas ou fenômenos patológicos. A dor do parto é um fenômeno complexo, influenciado por características anatômicas e fisiológicas, além de fatores psicossociais e culturais. A inervação uterina funcional é feita por nervos parassimpáticos provenientes de S2 a S4 e nervos simpáticos provenientes de T7 a T8, que inervam também a bexiga e a porção superior da vagina. Já o períneo é inervado pelo nervo pudendo, que entra na medula espinhal no nível de S2 a S4. A inervação sensitiva do útero, responsável pela percepção da dor do parto, se faz através de fibras aferentes viscerais provenientes do corpo uterino, que entram na medula espinhal no nível de T11 e T12. O colo uterino, a vagina e o períneo são inervados por nervos que entram na medula no nível de S2 a S4. Como parte das fibras nervosas uterinas atinge a medula espinhal em nível alto. Os impulsos dolorosos do TP são transmitidos por fibras A delta e C. A dor assume características e intensidade diferentes, de acordo com a progressão do parto. • A = mielinizadas = trato neuoespinotalâmico = aguda, extrema • C = amielinínicas = trato paleoespinotalâmico = crônica, prolongada, emocional Via Neoespinotalâmica • É a via “clássica” de dor e temperatura e constitui o trato espinotalâmico lateral, envolvendo uma cadeia de três neurônios. a) Neurônios I – localizados nos nervos espinhais (raízes dorsais). Estes penetram na medula (substância cinzenta – corno posterior – lâminas I a IV de Rexed), onde fazem sinapse com os neurônios de ordem II. b) Neurônios II – decussam o plano mediano e ganham o funículo lateral do lado oposto, ascendendo para constituir o trato espinotalâmico lateral. Na ponte, as fibras desse trato se unem com as do espinotalâmico anterior para constituir {Parto} Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 2 o lemnisco espinhal, que termina no tálamo fazendo sinapse com os neurônios III. c) Neurônios III – localizam-se no tálamo, no núcleo ventral posterolateral. Seus axônios formam radiações talâmicas que, pela cápsula interna e coroa radiada, chegam à área somestésica do córtex cerebral situada no giro pós-central. - Através dessa via, chegam ao córtex cerebral potenciais de ação dos receptores térmicos e dolorosos do tronco e dos membros do lado oposto. Ela é responsável apenas pela sensação de dor aguda e bem localizada (dor em pontada). Via Paleoespinotalâmica • Possui uma cadeia de neurônios, em quantidade, maior que os da via neoespinotalâmica. a) Neurônios I – localizam-se nos nervos espinhais, e seus axônios penetram na medula do mesmo modo que os da via anterior. b) Neurônios II – situam-se na coluna posterior (núcleo relé) da medula. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, onde ascendem para constituir o trato espinorreticular. Este sobe na medula junto ao trato espinotalâmico lateral (lemnisco espinhal) e termina fazendo sinapse com os neurônios III em vários níveis da formação reticular. Muitas dessas fibras não são cruzadas. c) Neurônios III – localizam-se na formação reticular e dão origem às fibras retículotalâmicas que vão para os núcleos do grupo medial do tálamo (núcleos intralaminares); d) Neurônios IV – Os núcleos intralaminares projetam-se para vários territórios do córtex cerebral. São responsáveis pela ativação cortical do que com a sensação de dor, uma vez que essa se torna consciente já em nível talâmico. -Alguns Neurônios III da via paleoespinotalâmica (formação reticular), projetam-se também para a amígdala, o que contribui para o componente afetivo da dor. A via paleoespinotalâmica é responsável por um tipo de dor pouco localizada, dor profunda do tipo crônico (dor em queimação). - Além da área somestésica, respondem a estímulos nociceptivos neurônios do córtex da parte anterior do giro do cíngulo e da ínsula. Ambos fazem parte do sistema límbico e parecem estão envolvidos no processamento do emocional da dor. Indivíduos com lesões da parte anterior do giro do cíngulo são indiferentes à dor. A dor é a mesma, só que eles não se importam com ela. O Primeiro estágio do TP compreende o intervalo entre o início e a completa dilatação cervical. A dor, basicamente visceral, é causada pelas contrações uterinas, pela dilatação do colo do útero e pela distensão do segmento inferior do útero. Os impulsos dolorosos são transmitidos por fibras viscerais que acompanham as fibras simpáticas e entram na medula espinhal nos segmentos T10 a L1. Essas fibras passam pelo útero, pelo plexo cervical e pelo plexo hipogástrio até atingir a medula. Quando a dor do início do TP é de pouca intensidade, seus impulsos são transmitidos pelos segmentos espinhais T10 e T11, mas, quando se torna mais intensa, atinge T12 a L1.5 • Fibras sensoriais viscerais atravessam o gânglio de Frankenhauser, lateral ao colo, penetram o plexo pélvico e seguem pelos plexos ilíacos intermo, médio e superior, até chegarem na medula espinhal, pelos ramos comunicantes brancos, associados de T10 a L1. O Segundo estágio compreende o intervalo entre a dilatação cervical total até a saída do feto. Durante o segundo estágio surge o componente somático da dor devido à distensão no assoalho pélvico, vagina e períneo. Essas informações são transmitidas pelo nervo pudendo, que é composto de fibras somáticas sacrais (S2 a S4). Além da inervação sensitiva da vagina, vulva e períneo, os nervos pudendos fazem a inervação motora a vários músculos da pelve e região perineal. Outras estruturas vizinhas, como anexos, peritônio parietal, bexiga e reto sofrem tração. Portanto, a dor é intensa e possui componente visceral e somático, com fibras que penetram na medula nos segmentos T10 a S4.5 Quando se utiliza analgesia, essa fase pode perdurar até duas horas nas pacientes multíparas ou até três horas nas pacientes nulíparas. Embora dor aguda, como a do parto, tenha duas dimensões, a sensorial e a afetiva, tanto na pesquisa como naprática clínica o foco primário de avaliação da dor do parto é frequentemente a transmissão física do estímulo doloroso, e não a dor como uma experiência sensorial e afetiva. Porém, o grau de sofrimento que causa a dor é altamente variável de acordo com as características do parto, perfil físico e psicossocial da mulher, variações culturais, tipo de ambiente e de cuidado dispensado à paciente nesse momento. O entendimento de todos esses fatores que influenciam a experiência da dor do parto é complexo e limitado, até mesmo pela qualidade e quantidade de pesquisas disponíveis. Dor não controlada durante o TP resulta aumento nas catecolaminas circulantes, o que pode levar à diminuição do fluxo sanguíneo uterino com alterações na frequência cardíaca fetal. As consequências endócrino-metabólicas dessa dor se assemelham à resposta ao trauma cirúrgico, Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 3 com aumento também na concentração plasmática de endorfinas, lactato e ácidos graxos, gerando acidose metabólica fetal e materna. Por onde o bb vai passar Mole: • Segmento inferior do útero • Colo do útero • Vagina • Região vulvoperineal Distocias do trajeto mole: • Atresia da vulva. • Rigidez vulvovaginal. • Hematomas e trombos. • Lesões e tumores inamatórios. • Condiloma acuminado. • Cistos. • Atresia vaginal. • Septos longitudinais e transversais. • Constrição anular congênita. • Cisto do ducto de Gartner. • Cistocele e retocele. • Neoplasias (mioma, carcinoma, sarcoma). • Contração tetânica do elevador do ânus • Atresia e estenose. • Carcinoma do colo uterino. Anteflexão e retroflexão uterina exagerada. • Miomas uterinos. • Tumores ovarianos. • Bexiga distendida. • Rim pélvico Duro: • 2 ossos ilíacos • Sacro • Pubis • Cóccix • 3 estreitos Estreito superior: • Delimitado anteriormente pelo pube, lateralmente pela linha terminal (ou inominada) e, posteriormente, pela saliência do promontório e pela asa do sacro • 3 diêmtreos = anteroporterior (conjugata vera obstétrica), oblíquios, transverso • 4 conjugatas = anatômica, obstétrica, diagonal, exitus. • A conjugata obstétrica, da parte interna da sínfise púbica até o promontório, mostra o diâmetro pelo qual a criança vai passar. = Estimada pela diagonal, que vai da borda inferior da sínfise púbica até o promontório. = Obstétrica é 1,5 cm < que Diagonalis Estreito médio: Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 4 • Espinhas isquiáticas = transverso - sentido latero- lateral = deve medir 10 cm = avaliada pelo toque. • Diâmtero anteroposterior = dem nível das espinhas ciáticas, mede 12 cm. • Quando atinge o plano 0 DeLee = insinuação • Local mais comum de distórcia = desproporção cefálo-pélvica Estreito inferior: • Pontos de referência são as partes moles. • É limitado pelos músculos que unem o osso sacro às espinhas isquiáticas (músculos sacrociáticos) e pelos músculos que unem o ísquio ao cóccix (músculo isquiococcígeo). Assim, é delimitado anteriormente pela borda inferior do osso púbico, lateralmente pelos músculos sacroilíacos e posteriormente pelo músculo isquiococcígeo • Conjugata exitus = aumenta retropulsão do coccigeo = diâmetro anteroposterior. • 9,5 cm, mas o cóccix é retropulsátil e é ampliado para cerca de 11 • Diâmetro transverso ou bi-isquiático ou intertuberoso = 11 cm. Pelve ginecoide: • Estreito superior arredondado • Porção posterior espaçosa • Paredes pélvicas paralelas • Espinhas ciáticas não proeminentes Pelve androide: • Estreito superior triangular • Paredes pélvicas convergentes • Espinhas ciáticas salientes • Ângulo subpúbico estreito • Pior para o póbis Pelve antropoide: • Estreito superior elíptico • Maior diâmetro anteroposterior • Espinhas ciáticas não proeminentes • Bb insinua em occiptopúbis ou occiptosacro Pelve platipeloide: • Estreito superior ovaloide • Maior diâmetro transverso • Estreito inferior semelhante à ginecoide Outra Classicação de Bacias: • Normal: correspondendo à ginecoide; • Bacia regular e igualmente estreitada: dimensões reduzidas de forma regular; • Bacia infundibuliforme: em forma de funil, com estreitamento do estreito inferior; • Bacia chata: correspondente à platipeloide; • Bacia irregular: correspondente às assimétricas Até 30 semanas de gestação, a atividade uterina é muito pequena, inferior a 20 UM. Os registros de Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 5 pressão amniótica evidenciam contrações reduzidas, frequentes, cerca de 1 por minuto, que permanecem restritas a diminutas áreas do útero. De vez em quando surgem contrações de Braxton-Hicks, que têm frequência muito baixa, em torno de 28 a 32 semanas, até 2 contrações/h. Elas resultam mais da soma de metrossístoles assincrônicas, parcialmente propagadas, do que de atividade bem coordenada. No parto normal, a onda contrátil tem sua origem em dois marca-passos, direito e esquerdo, situados perto das implantações das tubas. Admite-se o funcionamento alternado: certas ondas nascem do direito e outras, do esquerdo, sem que haja interferência entre eles. Do marca-passo a onda se propaga ao resto do útero na velocidade de 2 cm/s, percorrendo todo o órgão em 15s. O sentido de propagação da onda é predominantemente descendente, apenas em um pequeno trajeto, que se dirige ao fundo, é ascendente. A intensidade das contrações diminui das partes altas do útero para as baixas. No colo, somente a zona próxima ao orifício interno tem tecido muscular liso e pode se contrair. Diz-se, então, que a onda de contração do parto normal tem triplo gradiente descendente: as metrossístoles começam primeiro, são mais intensas e têm maior duração nas partes altas da matriz do que nas baixas. Essa coordenação do útero parturiente normal determina a soma de efeitos, com elevação regular, de pico único, intensa, da pressão amniótica. A progesterona tem a propriedade de diminuir a sensibilidade da célula miometrial ao estímulo contrátil, por hiperpolarização da membrana, bloqueando a condução da atividade elétrica de uma célula muscular a outra. – Bloqueio progesterônico subplacentário. O aumento dos estrogênios é a causa do acréscimo das junções comunicantes. Durante a gravidez, o crescimento do útero sob ação dos estrogênios fornece espaço para o desenvolvimento do feto. Porém, no final da gestação, quando cessa o crescimento do útero, o aumento da tensão nas paredes uterinas sinaliza para o início do parto. Por essa razão, o parto se inicia antes na gravidez gemelar, na macrossomia fetal e no polidrâmnio, conduzindo à prematuridade. Esses eventos estão relacionados com a sobredistensão do miométrio . Na maioria das estruturas musculares lisas, o estiramento determina a contração. À medida que o termo se aproxima, há elevação da concentração do CRH placentário, estímulo para a produção de ACTH pela hipófise fetal e de estrogênios pela suprarrenal. O DHEA elaborado em quantidades crescentes pela zona fetal da suprarrenal é rapidamente metabolizado na placenta em estrogênios. A concentração elevada de cortisol induz a maturação dos pulmões, elevando a produção da proteína surfactante A e dos fosfolipídios que são críticos para a função pulmonar. A produção de proteína surfactante A, fosfolipídios e citocinas inflamatórias no líquido amniótico eleva a atividade da cicloxigenase-2 (COX-2) e a produção da PGE2 no âmnio e de PGF2α no miométrio. As prostaglandinas medeiam a liberação de metaloproteinases da matriz (MMP), que enfraquecem as membranas fetais, facilitando a sua ruptura..Isso envolve alterações morfológicas no colo, que se transforma de barreira rígida, a qual isola o ambiente intrauterino da infecção ascendente, em órgão amolecido, distensível, dando passagem ao feto durante a parturição. A concentração de colágeno no colo diminui durante o seu amadurecimento, e as glicosaminoglicanas hidrofóbicas dentro do tecido conjuntivo são substituídas pelo ácido hialurônico hidrófilo. A concentração total de água no colo cresce, e a de colágeno diminui. O amadurecimento do colo é processo inflamatório conduzido por macrófagos e neutrófilos que infiltram a cérvice nas proximidades do termo; o influxo de neutrófilos é conduzido pela interleucina-8 (IL-8). Além de produzirem citocinas, macrófagos e neutrófilos elaboram metaloproteinases da matriz (MMP) que digerem as proteínas da matriz extracelular, o que é necessário para o amadurecimento cervical. As prostaglandinas são produzidas pelo miométrio e pelas membranas fetais, especialmente o âmnio. A liberação do ácido araquidônico (AA) dos fosfolipídios constituintes de todas as membranas celulares é a fase inicial na síntese das PG. Isso é assegurado pela ação direta da fosfolipase A2 (PLA2) ou indireta, da fosfolipase C (PLC). O segundo estágio é a oxigenação e a redução do AA pela ação da enzima cicloxigenase (COX). O terceiro período enzimático na síntese das PG é a conversão da PGH2 em uma PG das biologicamente ativas: PGI2, PGE2, PGF2α e TxA2. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 6 As PG produzidas nas membranas fetais interagem com os receptores locais ou, por difusão, alcançam o miométrio. Nas membranas, as PG ativam e promovem a degeneração do colágeno, favorecendo a sua ruptura. A PGF2α estimula a contração uterina pela produção de IP3 e a conseguinte liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático. A ação da PGE2 no miométrio é complexa, em virtude da existência de quatro receptores: dois estimulantes (EP1 e EP3) e dois relaxantes (EP2 e EP4). A expressão dos receptores de PG varia de acordo com o estágio da gravidez, e o nível ou o tipo de receptor dita o grau de quiescência ou de contratilidade uterina. A ocitocina não tem papel atuante no determinismo do parto. Sua participação é importante no período expulsivo e no secundamento, quando o estímulo da dilatação cervical ocasiona a sua secreção em pulsos pela neuro-hipófise materna. Sabe-se que a concentração de ocitocina não aumenta com a proximidade do parto; em vez disso, os receptores de ocitocina nas células miometriais sofrem acréscimo notável no termo, o que se deve à ação dos estrogênios. O aumento nos fatores inflamatórios, tais como COX-2 e interleucina-8, se constituem em eventos iniciais para a progressão do parto ativo Tocometria é a mensuração das contrações uterinas. O seu registro gráfico échamado tocografia, que serve para diagnosticar e tratar os distúrbios quepossam aparecer durante o parto. As contrações uterinas podem seravaliadas por diversos métodos, sendo os invasivos os mais precisos. São eles: • Registro da pressão intramiometrial • Registro da pressão amniótica • Registro de pressão placentária • Registro da pressão do útero vazio • Tocometria externa Tônus uterino = pressão miometrial em repouso. Frequência = contrações em 10 minutos Intensidade = pressão máxima durante contração Duração = tempo entre o início e o fim da contração, em segundos geralmente Atividade uterina = intensidade x frequência mmHg/10 min (UM) Trabalho uterino = é a soma das intensidades de todas as contrações uterinas durante o trabalho de parto ou parte dele, só podendo ser medido se houver tocometria interna. Tríplice gradiente descendente = fundo ao colo uterino • Do marca-passo, a onda se propaga ao resto do útero na velocidade de 2cm/s, percorrendo o órgão em 15 segundos. O sentido de propagação épredominantemente descendente e a intensidade da contração uterina émaior nas partes superiores do útero que nas inferiores, pois a quantidade detecido muscular é maior nesta área. O útero, ao relaxar-se, o faz por igual,todo ao mesmo tempo. Esses fenômenos explicam a característica maisimportante das contrações durante o trabalho de parto, que é o tríplicegradiente descendente: as contrações começam e são mais intensasno fundo uterino e se propagam do fundo para o colo uterino. Durante a gravidez, as contrações uterinas são incoordenadas, frequentes,focais, de baixa intensidade e não possuem o tríplice gradiente descendente:as contrações de Braxton-Hicks. Ao se aproximar o momento do parto, vãose tornando mais coordenadas e frequentes. Entre 28 a 32 semanas,possuem uma frequência de aproximadamente duas a cada hora e, entre 33 a36 semanas, até três contrações por hora. 2 a 3 contrações a cada 10 minutos, durando 30-40 segundos 30 a 40 mmHg 80 a 120 UM Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 7 5/6 contrações a cada 10 minutos, durando 60-80 segundos 50-60 mmHg 250 UM A posição da paciente tem influência na contratilidade uterina. O decúbitodorsal comprime a veia cava inferior e diminui o débito cardíaco, levando àhipotensão arterial e aos distúrbios de contratilidade uterina como aumentoda frequência e diminuição da intensidade das metrossístoles. Após o nasciemnto, o útero continua a contrair de forma intensa e ritimada, embora as contrações sejam indolores – período de repouso fisiológico. As duas ou três contrações depois do nascimento geralmente são suficientes para descolar a placenta. Onda contrátil generalizada e mantém tríplice. Normal = 25-50 mmHg, 2-5 contrações em 10 minutos. Hipoatovidade • Hipossistolia = intensidade inferior a 25mmHg • Bradissistolia = frequência inferior a 2 contrações a cada 10 minutos Hiperatovidade • Hiperssistolia = intensidade superior a 50mmHg • Taquissistolia = frequência superior a 5 contrações a cada 10 minutos Hipertonia • Por taquissistolia = não dá tempo do útero relaxar • Por incoordenação = útero não sabe contrair • Por sobredistensão = útero muito esticado • Autêntica = descolamento prematuro de placenta Ondas generalizadas com inversão da tríplice ou localizada, assimétrica e incoordenada = impedem dilatação e descida do feto. Inversão do tríplice gradiente descendente • Predominância da contratilidade nas partes baixas Incordenação uterina • 1º grau = Ação alternada dos 2 marca-passos • 2º grau = marca-passos ectópicos (fibrilação) Hipoatividade = contrações • Ocitocina • Prostaglandinas • Descolamento de membranas Hiperatividade = contrações • Parar uterotônicos • Decúbito lateral esquerdo • Analgesia • Tocolíticos Qualitativas = contrações ou desencadear TP • Ocitocina (doses fisiológicas) • Decúbito lateral esquerdo • Analgesia • Amniotomia Deve ser considerada quando mais que 42 semanas de gestação, corioamnionite, RPMO >32/34 semanas, óbito fetal Contraindicações • Gestações múltiplas • Desproporção cefalopélvica • Apresentação fetal anômala • Histerectomia corporal prévia – cicatriz no útero • Placenta prévia • Sofrimento fetal • Mecônio anteparto Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 8 • Gemelaridade • Vício pélvico • Carcinoma invasivo do colo • Macrossomia fetal + 4kg • Herpes genital ativo • Obstrução de canal de parto por lesões grandes de HPV – só o HPV NÃO É CONTRAINDICAÇÃO Avaliar BISHOP BISHOP • > 9 = muito favorável • 6-9 = favorável • < 6 desfavorável = preparo/amadurecimento do colo antes de iniciar a indução. Ocitocina = ideal para BISHOP maior iguala 9 • Usa em bomba ou gota/gota • Eleva-se a dose a cada 15 minutos até a presença de contrações efetivas • Apagado • Amolecido • Anterior • Aberto • Altura > 0 Misoprostol = se BISHOP desfavorável (<5) • Prostaglandina que estimula contração uterina e maturação do colo • Contraindicado quando existe cicatriz uterina • 25 ng a cada 6 horas • Máximo de 6 doses • Desvantagem = taquissostolia e sofrimento fetal, hemorragia pós-parto por atonia • Taquissistolia e sofrimento fetal = para miso e aplica terbutalina 250ng IM Dinoprostona • Prostaglandina 2 • Fita • Mais caro = não tem em todo lugar • Após 15 minutos da retirada tem-se a suspensão • Ocitocina 30 minutos depois Se contraindica o misoprostol = Método de Krause = preparo do colo com sonda de Foley, o que favorece o descolamento do colo natural. = Alguns médicos descolam com o dedo. Incluem as alterações maternas que ocorrem durante o trabalho de parto Modificações sofridas pelo útero ao longo de várias semanas Início rntre 30-36 semanas de gestação. À medida que o parto se aproxima, há uma decida do fundo uterino (2 a 4 cm), com a acomodação da apresentação ao canal de parto. As contrações uterinas, ainda irregulares, levam à formação e adelgaçamento do segmento uterino inferior e orientação do colo uterino, que passa a se alinhar ao eixo vaginal. As gestantes começam a perceber as contrações uterinas, por vezes com cólicas, porém incoordenadas e irregulares, podendo ser confundidas com contrações reais de trabalho de parto. Fase latente Perda do tampão mucoso Ausência de dilatação progressica e rápida do colo NÂO È UM PERÌODO CLÍNICO Não tem indicação para internamento. Orientar e tranquilizar a paciente explicando acerca da fase latente e que o trabalho de parto ativo deverá começar em algumas horas. = É bom explicar o trabalho de parto ativo para que a gestante possa voltar à maternidade quando ele começar. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 9 Segundo a OMS, NÃO existe tempo máximo para a fase latente. Fase ativa São atingidas contrações uterinas de frequência, intensidade e duração suficientes para produzir o apagamento e a dilatação do colo uterino. Termina quando o colo está totalmente dilatado. 10-12 horas em nulíparas (colo afina para depois dilatar), 6- 8h em multíparas (colo afina e dilata ao mesmo tempo). – Isso do colo só em mulher que teve parto normal!! Inicia com o trabalho de parto: • Colo do útero = 3/4 cm com dilatação progressiva. • Contrações = 2/3 p 10 minutos, rítmicas e regulares. • Rotura da bolsa das águas Conduta: • Hidratação venosa • Dieta = líquidos claros (águas, chás), gelatinas, sorvetinhos. – evitar broncoaspiração caso seja necessária anestesia. Reposição calórica através da infusão venosa de fluidos e de glicose – prevenção de cetose e desidratação. • Decúbito = evitar decúbito dorsal, deambulação livre • Tricotomia = não é de rotina. = aumenta os riscos de infecção. • Enteróclise = lavagem intestinal = não fazer • Amniotomia = não de rotina • Nº de toques = reduzir = 1/2 horas (4 horas) Apagamento e dilatação do colo, orientação e donsistencia Progressão da descida do feto (altura de apresentação), variedade de posição, proporcionalidade, grau de flexão e presença de assinclitismo. Avaliação do estado da bolsa das águas • Ausculta BCF = antes, durante e após a contração. Se baixo risco, fazer a cada 30 minutos • Direito a presença de acompanhante • Deve ser evitado o decúbito dorsal para evitar síndrome de hipotensão supina. • Avaliação do bem-estar fetal e materno • Analgesia: bola, hidromassagem... • Medicamentos = analgésicos, anestisia de condução, ocitocina A ocitocina é utilizada em doses fisiológicas para correção dos distúrbios do trabalho de parto (1 a 8 mU/min), dose que pode ser dobrada a cada 30 minutos até que o perfil contrátil desejado seja alcançado. Como possíveis efeitos adversos podemos observar efeito antidiurético, hiperestimulação uterina e sofrimento fetal, que podem ser rapidamente revertidos com a suspensão do medicamento (meia-vida de cerca de cinco minutos). Nestes casos, sua interrupção deve ser realizada, além da administração de oxigênio à gestante, adoção de decúbito lateral esquerdo e hidratação venosa. A analgesia peridural contínua deve ser oferecida à parturiente sempre que possível, após a comprovação da adequada evolução do trabalho de parto apontada por atividade uterina coordenada, colo dilatado acima de 4 cm, apresentação fetal insinuada e adaptada à cervice. Quando não está disponível a analgesia peridural, pode-se eventualmente prescrever opiáceos. A escolha recai sobre a meperidina, que além de seu efeito anestésico, propicia melhora da atividade uterina. Pode-se aplicá-la a cada duas horas, na dose de 50 mg IM. Os efeitos do medicamento relacionados à depressão respiratória do recém-nato são prontamente revertidos através da adequada atenção neonatal e são mais frequentes quando a mesma é aplicada distante do nascimento. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 10 Inicia com a dilatação total e finaliza com o desprendimento do feto. Prolongado se maior que 1h Dura em média 50 minutos nas primíparas e 20 minutos nas multíparas. De acordo com o Ministério da Saúde, os limites de tempo para o período expulsivo são 0,5 a 2,5 horas em primíparas (uma a três horas com analgesia peridural) e até uma hora em multíparas (duas horas com peridural). As contrações uterinas atingem seu máximo, com uma frequência de cinco em dez minutos, durando de 60 a 70 segundos. A gestante apresenta esforços expulsivos (puxos) e desejo de defecar. Geralmente, está agitada e com dores intensas se não estiver sendo acompanhada com analgesia de parto (peridural ou medicamentos opiáceos). A altura da apresentação e a variedade de posição no período expulsivo são variáveis, mas frequentemente a apresentação já se encontra insinuada no início do período expulsivo. Conduta: • Posição ideal do parto? A que a mãe quiser, as verticais podem ajudar por conta da gravidade. • Ausculta BCF = no baixo risco a cada 15 minutos e no alto a cada 5. • Anestesia de períneo • Episiotomia = Avaliar Feto grande , parto fórcipe ou vacuoestração, períneo rígido, exaustão materna, período expulsivo prolongado, variedades occipitoposteriores, distocia de espáduas, insuficiência cardíaca materna, sofrimento fetal agudo e apresentação pélvica. Evitar = HIV +, coagulopatias Mediana = vagina em direção ao ânus Menos dor, menos sangramento, menos lesão muscular, maior lesão do reto Médio-lateral Mais dor, mais sangramento, mais lesão muscular, menos lesão de reto • Manobra de Ritgen Modificada = proteção do períneo posterior e impedimento que o bb faça flexão brusca. • Clampeamento tardio do cordão • Distócia de espáduas Manobra de McRoberts = flexão da coxa da mãe sobre o seu abdome + Pressão suprapúbica – Rubin 1 = aperta a região suprapúbica da gestante, fazendo redução do diâmetro biacromial 2ª linha - rotacionais Manobras de Woods = mão na clavícula e ir rodando Manobras de Rubin II Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 11 Manobra de Jacquemier/ braço posterior = introdução da mão do obstetra profundamente na vagina e retirada do braço fetal posterior, diminuindo o diâmetro impactado. Manobra de Gaskin = paciente em 4 apoios para realizar desprendimento dos ombros 3ª linha Manobra de Zavanelli = empurrar apresentação e fazer cesariana. Se nada der certo quebraa clavícula do bb Saída da placenta (<30 minutos), depois de 30 minutos denomina-se prolongado. Mecanismos: • Schultze = a implantação placentária encontra-se no fundo uterino (corporal). Ocorre em cerca de 75% dos casos, desprendendo-se pela face fetal em forma de guarda-chuva, com o sangramento se exteriorizando após a saída da placenta • Duncan = implantação placentária ocorreu nas paredes laterais uterinas. Responde por cerca de 25% dos casos, desprende-se pela borda inferior, o sangramento precedendo a saída da placenta Manobras: • Avaliar se a placenta já descolou • Nenhuma manobra mais intempestiva deverá ser feita, pois existe o risco de inversão uterina aguda, evento potencialmente grave que leva ao choque neurogênico e a perdas sanguíneas intensas. • 10 U ocitocina IM pós expulsão fetal = profilática • Tração controlada do cordão • Massagem uterina após secundamento • Revisão do canal de parto = espéculo • Episiorrafia / sutura de laceração • Revisão do canal de parto • Pinçamento do cordão umbilical próximo à vulva, e com o descolamento da placenta o local de pinçamento se distancia (sinal de Ahlfeld); • Tração intermitente discreta do cordão umbilical, a qual não será transmitida ao fundo uterino quando a placenta estiver descolada (sinal de Fabre) ou inversamente, a percussão do fundo uterino não é propagada ao cordão umbilical (sinal de Strassmann); • Elevação do corpo uterino através da palpação abdominal não acompanhada da movimentação do cordão umbilical (sinal de Kustner); • Sinal da placenta: sensação de peso sobre o reto referida pela paciente. • Diagnosticado o descolamento da placenta, pode-se auxiliar na descida da placenta pelo canal vaginal com compressão leve na região do segmento uterino inferior (manobra de Harvey). • Durante sua exteriorização, pode-se impor leve tração e torção axial da placenta, para auxiliar no seu descolamento (manobra de Jacob-Dublin). Se necessário, devemos interferir no processo de secundamento Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 12 4º Final do secundamento até a 1ª hora após o secundamento – observar sangramentos Hemostasia • Miotamponagem – ligaduras vivas de Pinard • Trombotamponagem = hematoma intrauterino • Indiferença miouterina • Contração uterina fixa – globo de segurança de Pinard Lacerações: • I = pele e mucosa = sutura contínua única ou múltiplas conforme a quantidade de lacerações • II = musculatura sem esfíncter • III A- <50% Esfincter Anal Externo • III B- >50% Esfincter Anal Externo • III C- Esfincteres interno e externo • IV- Esfincteres e mucosa anal Overlaping • Inicie Cefoxitina, 2g, dose única. • Utilie Vycril para a realização das suturas. • Após a sondagem, mantenha: • Sondagem vesical de demora por 12h; • Lactulose 12 em 12 horas por 10 dias; • Frio local por 12 horas; • Analgesia por 3 a 7 dias. Sutura do EA externo • Inicie Cefoxitina, 2g, dose única. • Utilie Vycril para a realização das suturas. • Após a sondagem, mantenha: Sondagem vesical de demora por 12h; Lactulose 12 em 12 horas por 10 dias; Frio local por 12 horas; Analgesia por 3 a 7 dias. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 13 Vizualizar trabalho de parto e detectar precocemente as intercorrências. Dilatação = Δ Altura de apresentação = O e depois faz desenho da posição da cabeça Atividade uterina = fraca x, moderada colore metade e forte colore tudo A fase ativa também é conhecida como trabalho de parto propriamente dito e inicia-se quando a dilatação atinge pelo menos 4 cm, de acordo com o Ministério da Saúde. Nesta fase, a dilatação cervical se processa de forma mais rápida (> 1,2 cm/h). É dividida em três períodos: fase de aceleração (dilatação inicial, com duração de cerca de uma hora); fase de inclinação máxima (dilatação linear e rápida) e fase de desaceleração (dilatação em velocidade constante), na qual ocorre normalmente a descida da apresentação. Esta usualmente ocorre de forma tardia na fase ativa de dilatação, tornando-se mais rápida após 8 cm de dilatação. O padrão de descida varia de acordo com a paridade da paciente, sendo mais tardia nas multíparas Linhas – dilatação cruza = algo de errado Alerta = triângulo antes, dilatação indo bem Ação = 4 quadrados depois de atenção = intervir Fase ativa prolongada ou distocia fundional • Dilatação < 1 cm/hora em intervalo de 2 horas • Triângulo sobe devagar • Geralmente associado a motor ineficaz = ocitocina • Curva de dilatação ultrapassa a linha de alerta e, às vezes, a linha de ação • A correção é feita inicialmente pelo emprego de técnicashumanizadas de estímulo ao parto normal, por exemplo, estimulando-se adeambulação e, se necessário, posteriormente pela administração deocitocina ou rotura artificial da bolsa das águas. Parada secundária da dilatação • Dilatação < 1 cm/hora em intervalo de 2 horas • Triângulo na mesma linha • Falta de metrossistole = quadrinho sem colorir • Desproporção cefalo-pélvica • Ultrapassa a linha de alerta e às vezes a linha de ação. • Associação com sofrimento fetal. Parada secundária da descida • Dilatação total e altura mantida por 1 hora = período expulsivo • Em primiparas e partos com analgesia, se mãe e bb estiverem bem e demorar mais de 1h, tá tudo certo • Há necessidade de se reavaliar as relações fetopélvicas, pois a causa maisfrequente desse tipo Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 14 de distocia é a desproporção cefalopélvica relativa ouabsoluta Período pélvico prolongado • Expulsivo com descida lenta • Motor insuficiente • Nota-se dilatação completa do colo uterino e demora na descida e expulsão do feto. • Administração de ocitocia, rotura artifical da bolsa das águas, fórcipe. • Limite de tempo do período expulsivo Parto precipitado (taquitócito) • Dilatação, descida e expulsão menor ou igual a 4 horas • Administração excessiva de ocitocina • O padrão da contratilidade uterina é de taquissistolia ehipersistolia e, caso a placenta esteja no limite de sua função, pode ocorrer osofrimento fetal. Lacerações do trajeto também são mais frequentes nestetipo de parto, pois não há tempo para acomodação dos tecidos pélvicos,ocorrendo descida e expulsão do feto de modo abrupto. Abertura da parede abdominal e da parede uterina para extração do feto. Indicações mais comum: • Falha de progressão durante o trabalho de parto • Histerotomia prévia • Apresentação fetal anômala • Sofrimento fetal Nascimento antes de 37 semanas completas ou 259 dias., sendo a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. O parto prematuro associa-se à maior susceptibilidade aos tocotraumatismos e anoxia, podendo haver graves lesões cerebrais. A apresentação pélvica, o prolapso de cordão e o parto precipitado agravam a anoxia. A prematuridade pode se associar a sequelas tardias, como retardo do crescimento, disfunções auditivas e visuais, maior chance de óbito no primeiro ano de vida e complicações imediatas como hiperbilirrubinemia, persistência do canal arterial, enterocolite necrosante, fibroplasia retrocristaliniana, hemorragia intracraniana, anemia, hipoglicemia, leucomalácia periventricular e doença de Síndrome de Angústia Respiratória (SAR), que é a principal causa de morte do RN pré-termo. Classificação: • Extremo - < 28 semanas • Muito prematuro – 28 a 31 +6 • Moderado – 32 a 33 + 6 • Tardio – 34 a 36 + 6 Os partos prematuros podem ser eletivos ou espontâneos. Eletivos: • Risco materno = Patologias maternas graves= COVID, cardiopata, difícil de entubar. • Risco fetal = Sofrimento fetal, Insuficiência placentária • Iatrogênico = Erro na determinação da idade gestacional, Partos eletivos Espontâneos Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 15 • 70% dos casos • Melhor meio de prevenção: avaliação pré- concepcional e assistência pré-natal. Principais causas • Iatrogenia • Cesariana eletiva com IG erroneamente calculada • Sobredistensão uterina • Amniorrexe prematura • Gestação de alto risco • Hemorragias da 2ª metade da gestação • Malformações uterinas e miomas • Incompetência istmocervical • Infecções Fatores de risco: • Prematuro anterior • Anemia • Descutrição • Polidramnia • Infecção – reação inflamatória • Drogas • Tabagismo • Ruptura prematura da membrana ovulatória • Gestação múltipla • Hipertenção gestacional • Alterações hormonais • Sagramentos vaginais • Inserção baixa da placenta • Descolamento prematuro de placenta • Malformações fetais e placentárias • Amputação de colo uterino • Miomas • Malformações uterinas • Erros na determinação da IG • Partos eletivos • Gestação indesejada • Estresse • Excesso de atividade física • Baixo nível socioeconômico • Assistência pré-natal inadequada • Tabagismo • Drogas ilícitas • Desnutrição • Higiene inadequada • Doenças maternas • Procediemntos cirúrgicos na gravidez • Mulher solteira • Ansiedade e depressão • Divórcio • Dietilestilbestrol • Anomalias congênitas O parto pré-termo é evento multifatorial, no qual estão envolvidas aliberação de citocinas inflamatórias (interleucina 1, 6 e 8, fator de necrosetumoral), hormônios hipotalâmicos e adrenais (ocitocina, cortisol ehormônio liberador de corticotropina), produção de estrógenos placentários,liberação de prostaglandinas e proteases e formação de trombina. Estes eventos parecem ser resultado de um dos quatro processos patológicos: ativação prematura do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal materno e fetal;inflamação/infecção; hemorragia decidual e distensão uterina patológica. O parto prematuro, visto de forma isolada, tem como um grande fator causala rotura precoce de membranas ovulares, mas, na maior parte dos casos, nãoé possível identificar um fator desencadeante. Prevenção primária • É deficiente • Identificar fatores de risco e tentar mudá-los. • Promover todas as causas • Equipe multidisciplinar • Anamnese detalhada • Fatores de risco epidemiológicos: atuar desde o início Prevenção Secundária • Acrescentar exames de rotina pré-natal • Culturas de secreção vaginal e pesquisa de ISTs em pacientes com fator de risco • Pesquisa de infecção do trato urinário (ITU) Trata-se bacteriúria assintomática em gestantes Profilaxia em ITU de repetição • Pesquisa de Streptococcus grupo B • Monitorização das contrações uterinas: acompanhar clinicamente contrações -> ensinar a gestante como identificar uma contração. • Pode fazer a tocografia • USG para medida do colo Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 16 Gestantes com colo curto ou menor do que 25mm é um dos maiores preditores para o parto prematuro. Realizar em gestantes com fator de risco e entre a 18ª e a 24ª semana. Colo curto = repouso, abstinência sexual, investigação de infecções, progesterona vaginal, internação se sintomas e fibronectina fetal. – Se afunilamento = pior prognóstico. Colo curto + Sludge = antibioticoterapia Sludge = aglomerado de partículas hiperecogênicas entre o orifício interno do colo e apresentação. Predição: • USG (20-24 semanas) colo curto se < 25mm Uso de progesterona vaginal a partir do 2º semestre = 200 mg até 36 semanas durante a noite Colo curto = reavaliar a cada 2 semanas • Dúvida se interna = dosar fibronectina = se baixa, libera pra casa Liberada pelo trofoblasto quando há ruptura na interface uteroplacentária Alto valor preditivo negativo Desaparece entre 20-22 semanas, quando ocorre a fusão do âmnio e do córion Marcador de trabalho de parto Trabalho de parto: • Ativididade uterina aumentada, apagamento parcial ou total do colo, dilatação ausente ou discreta • 4 contrações em 20 minutos ou 8 contrações em 60 minutos ou • Dilatação cervical > 2 cm ou apagamento 80%+ Prevenção: • Repouso • Tratamento da vaginosa bacteriana • Circlagem uterina • Progesterona = parto prematura anterior, colo curto 24-34 semanas: • Hidratação venosa • Administrar corticoide Diminui desconforto respiratório, síndrome membrana hialina, enterocolite necrotizante, hemorragia periventricular. Melhor resposta ao surfactante pulmonar Menos hemorragia intracraniana Os efeitos atingem seu benefício máximo se o parto ocorre entre 24h e 7 dias após a última dose do medicamento 2x Betametasona 12mg IM a cada 24h 4x desametasona 6mg a cada 6h. Risco de leucocitose com desvio à esquerda • Tocólise: não fazer se houver sofrimento fetal agudo ou corioamnionite, malformações fetais incompatíveis com a vida, óbito fetal, maturidade pulmonar comprometida, placenta prévia Contrações rítmicas (TPP verdadeiro), menos que 3 cm (fase de latência), esvaecimento não pronunciado, viabilidade Evitar por períodos prolongados β-agonista = evitar se cardiopata, DM = muito efeito colateral, glaucoma, anemia falciforme Salbutamol, aerolim, perbutamina, terbutalina, ritodrina Cuidado c efeitos colaterais VENOSO Terbutalina = 5mg (ou 10 amp.) em 500ml SG 5% (0,01 mg/ml) 60ml/hr em bomba de infusão ou 20 gotas/min. Aumentar 10 μg/min de 20 em 20min até inibição das contrações Efeitos colaterais maternos: pulso > 120bpm; dor torácica; hipotensão; EAP -> SUSPENDE a droga Manter por 12h Indometacina = inibidor da COX = não usa depois de 32 semanas pois pode fechar precocemente o ducto arterioso e gerar hipertensão pulmonar, além de oligodramia Nifedipina = bloquador de canal de cálcio = oral = não usar em hipotensão e nem em cardiopatas. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 17 10mg VO a cada 20min – até 4 doses OU 20mg VO em dose única e, se necessário, 20mg após 90-120min se a atividade uterina persistir. Se após a 2ª dose mantiver atividade uterina, considerar falha terapêutica e utilizar outro agente. Manutenção: 20mg VO a cada 4 a 8h por, no máximo, 72h. Atosiban = sem contraindicações específicas. = antagonista da ocitocina = menos interfere cardiovascularmente = custo elevado. • Neuroproteção = sulfato de magnédio nos partos < 32 semanas = diminui as chances de paralisia cerebral • Prevenir sepse neonatal = penicilina cristalina 34+ semanas: • Parto Via obstétrica na maior parte dos casos Monitorização fetal continua Amniotomia tardia Desprendimento lento do polo cefálico Laqueadura do cordão tardia • Avaliar profilaxia para GBS Sepse neonatal, meningite, pneumonia Penicilina cristalina ou ampicilina Alérgica a penicilina = clindamicina Cultura positiva, cultura não realizada, prematuros, RPMO > 18h, bacteriúria por EGB, história de recém-nascido prévio infectado por EGB, febre intraparto Também chamada de rompimento prematuro de membrana ovular, ocorrendo quando a bolsa estoura antes do início do trabalho de parto e podendo levar ao parto prematuro. As principais causas de rotura prematura das membranas são a inflamação ea infecção. A produção de enzimas proteolíticas pelas bactérias infectantespromove o enfraquecimento das membranas e consequente rotura.Paralelamente a isso, fatores inflamatórios produzidos pela decídua(interleucina-1, interleucina-6e fator de necrose tumoral), atuando atravésda produção de prostaglandinas, também estão envolvidos. A diminuição do colágeno do cório leva ao amadurecimento das membranase também pode explicar em parte a fisiopatologia da RPMO. Outro mecanismo possivelmente envolvido seria a diminuição dofosfatidilinositol nas membranas, o qual atua como lubrificante na interfaceentre o cório e o âmnio. Este processo leva a uma menor distensibilidadedas membranas, favorecendo a rotura. Apesar dos diversos mecanismos propostos, raramente a causa da RPMO éconhecida. Queixa principal = líquido claro ou amarelo escorrendo subitamente pelas pernas Padrão-ouro para diagnótico = exame especular. Outros = se exame especular for inconclusivo • Teste de nitrazina (aumento de pH) • Teste de cristalização (positivo se RPMO) = volta a ter estrogenio e conteúdo vaginal cristaliza = aspecto arboriforme em folha de samambaia Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 18 • Pesquisa de elementos fetais = células orangiófilas • Alfafetoproteína na secreção vaginal • Amnisure = alfamicroglobulina placentária – caro • USG = avaliar oligodramnia Complicações: • Infecção • Prematuridade • Acidentes de parto • Compressão do cordão por oligodramnia • Sofrimento fetal • Malformações • Retenção placentária • Risco de cesariana Corioamnionite • Febre (37,8ºC) + 2 (leucocitose ou aumento da FC ou aumento BCF ou dor uterina ou líquido fétido). = Parto preferencialmente vaginal • Antibioticoterapia Ampicilina (2 g IV 6/6 horas) e gentamicina (5 mg/kg por dia ou 1,5 mg/kg8/8 horas), que deverá ser mantida até 48 horas após o último episódio febril, não sendo necessária a administração de manutenção oral. É possívela adição de clindamicina 900 mg IV 8/8h ou metronidazol 500 mg IV 8/8hpara ampliar a cobertura anaeróbia, caso seja realizada cesariana. Sem corioamnionite: • Entre 32 e 34 semanas = Parto – não é indicado tocolítivos • 24 a 32/34 semanas = Corticoide + antibiótico (aumentar tempo de latência e reduzir risco de corioamnionite) A paciente deve ser mantida hospitalizada, em repouso, com hidratação abundante. Gestação entre 40 e 42 semanas ou 280 a 294 dias. Placenta tem prazo de validade! Gestações prolongadas: ultrapassam 42 semanas Sinônimos: • Serotina • Protraída • Retardada • Pós-termo Fatores de risco • Primíparas • Baixas condições socioeconômicas • Ciclos menstruais irregulares • Antecedente pessoal • Não tem certeza da DUM • Idade materna avançada • Malformações fetais • Deficiência da sulfatase placentária • Excesso de progesterona • Fator cervical Complicações • Taxa de mortalidade perinatal aumenta Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 19 • Intraútero Oligoâmnio ILA <5 Insuficiência útero placentário Anóxia fetal Compressão do cordão umbilical Mecônio ante e intraparto Síndrome de aspiração meconial Macrossomia fetal: quanto mais tempo o bebê passa na barriga, mais ganha peso. = Peso fetal > 4kg Tocotraumatismos Distocia bisacromial • Mãe Distocias Maior número de lesões perineais Parto cesárea: 2x mais frequente • Pós-natal Desidratação Policitemia Hipoglicemia Distúrbios respiratórios Acidose Disfunção adrenocortical - Data correta da última menstruação - Definição de IG com USG precoce - Curva de crescimento fetal - Vigilância do bem-estar fetal - Definição do momento do parto Cardiotocografia: • A partir de 40 semanas é necessário pedir 2x na semana: Cardiotocografia PBF Dopplervelocimetria NÃO apresenta benefício em gestação pós-data • Amnioscopia: se a gestante tiver com, pelo menos, 1cm de dilatação, é possível observar o líquido amniótico. A indução do parto deve ser realizada a partir de 41 semanas de gestação, após concordância da mulher. Deve ser realizado antes, se houver: oligoâmnio, presença de mecônio à amnioscopia ou evidências de comprometimento fetal. Fatores necessários para maturação cervical Anemia fetal decorrente da produção de anticorpos maternos contra hemácias fetais. • Anticorpos contra sistema ABO – sem necessidade de contato prévio. – protege o feto contra incompatibilidade Rh. • Anticorpos sistema RH – antigenos D, C e E – formas graves – formação de Ac necessita de contato prévio Variente DU = expressão fraca do antígeno D – Rh negativo, funciona como Rh positivo. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 20 • Antígenos atípicos – não Rh ou ABO – rara – associada a hemotransfusão – maioria não produz DHPN grave Fisiopatologia • 1ª gestação = gestante Rh-, parceiro Rh +, feto Rh + Rh – não possui gene para antígeno D Sensibilização do organismo materno Hemorragia fetomaterna = formação de anticorpos. IgM = não passa na placenta e não tem probelma na 1ª gest. Nas demais, já tem IgG, o que é perigoso para o feto • Passagem de Ac pela placenta = hemólise fetal Quadro clínico • Anemia fetal • Eritropoiese extramedular • Diminuição da viscosidade sanguínea • Hipercinesia • Hidropsia • Óbito fetal Diagnóstico • Coombs indireto = gestante Rh – e parceiro Rh + Negativo = repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas e repetir no pós-parto Positivo menor igual 1:8 = repetir mensalmente • Espectofotometria = predição da anemia Invasivo Estima a concentração de bilirrubina no líquido amniótico (densidade ótica) Gráfico de Queenan • Cordocentese Padrão-ouro Invasivo Dosagem da hemoglobina Hematócrito abaixo de 30 = ruim Permite terapêutica Indicado quando há alteração da espectofotometria ou Doppler • Dopplervelocimetria Rastreamento de escolha Circulação hiperdinâmica de resposta Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 21 Tratamento Doppler da ACM Vmax > 1,5 MoM Espectofotometria na Zona 3 Hidropsia fetal • Transfusão intrauterina – cordocentese = até 34 semanas • Parto – exsanguíneotransfusão = após 34 semanas Profilaxia • Imunoglobulina anti-D = gestantes não sensibilizadas Após o parto = 72h Hemorragia na gestação Procedimento invasivo 28 semanas p todas as gestantes não sensibilizadas Pós parto = teste de Kleihauer ou coombs indiret