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Problema 1 – “DOENÇA BACTERIANA” 
Em uma discussão de casos clínicos entre os alunos do quinto período, foram abordados dois casos 
clínicos distintos que as alunas Joana e Maria conheceram em um dia de atendimento no Hospital Municipal 
de Goianésia. 
Joana trouxe para a discussão o caso de Giovana, 10 anos, residente e procedente de Goianésia-GO e 
previamente hígida. Relata que há 1 mês vem apresentando quadro de febre vespertina com calafrios e 
sudorese de frequência irregular, associado à dispneia aos esforços e palpitações. Procurou assistência 
médica na UPA, de onde foi encaminhada para internação e investigação no Hospital Municipal. Dados 
registrados no prontuário da paciente mostravam que aos 7 anos de idade havia sido internada com queixa 
de febre diária associada à oligoartrite migratória de articulações de MMII. Desde então, estava fazendo 
profilaxia secundária com penicilina benzatina a cada 21 dias, mantendo acompanhamento ambulatorial 
irregular. Durante a infância, Giovana havia residido em barraco de 3 cômodos, junto com os pais e 6 
irmãos, tendo apresentado diversos episódios de amigdalites. 
Giovana negava qualquer sintoma em orofaringe, referindo apenas a realização de um procedimento 
dentário há cerca de 35 dias. 
Ao exame clínico, mostrava-se levemente dispneica, febril (Tax = 39,1ºC), apresentando à ausculta 
cardíaca taquicardia com sopro sistólico e diastólico em foco mitral. Em exames complementares realizados 
após a internação, foram observados: Hb = 12,7 g/dL, Ht = 36%, Plaquetas = 230.000/mm3, Leucócitos = 
12.000/mm3 (3% bastões e 53% segmentados) e VHS = 40 mm/1ª hora. Foi detectada também 
cardiomegalia global já observada em exames radiológicos anteriores. Foram colhidas 6 amostras de sangue 
para hemocultura em meio de ágar-sangue, tendo sido observado crescimento de cocos Gram positivos em 
cadeias, não-hemolítico, catalase negativos em 3 delas. À ecocardiografia transtorácica, além da dupla lesão 
mitral, foram observadas verrucosidades em base de folheto valvar posterior. 
O esquema de profilaxia secundária em curso foi suspenso, sendo introduzido antibioticoterapia 
combinada, dando-se preferência para antimicrobianos com atividade bactericida. O antibiograma realizado 
possibilitou a escolha de antibióticos com valores das concentrações inibitória mínima e bactericida mínima 
mais adequados para o caso. 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
Cocos gram-positivos 
1. Explicar a importância clínica dos cocos gram-positivos (estafilococos, estreptococos e enterococos), identificando os métodos 
para o diagnóstico etiológico (bacterioscopia e culturas, inclusive caracteres morfológicos e testes bioquímicos). 
Importância clínica dos cocos gram-positivos e os métodos para o diagnóstico etiológico 
Estafilococos 
Importância clínica: 
 
 
 
 
 
Doenças Mediadas por Toxinas 
Síndrome da pele escaldada: descamação disseminada do epitélio em crianças; bolhas sem 
micro-organismos ou leucócitos 
Intoxicação alimentar: após o consumo de alimento contaminado com a enterotoxina termoestável, início 
rápido com vômito severo, diarreia e espasmos abdominais, com resolução dentro de 24 horas 
Choque tóxico: intoxicação multissistêmica caracterizada inicialmente por febre, hipotensão e uma erupção 
eritematosa macular difusa; mortalidade elevada na ausência de terapia antimicrobiana e da eliminação do 
foco de infecção 
Infecções Supurativas 
Impetigo: infecção cutânea localizada caracterizada por vesículas preenchidas de pus sobre uma base 
eritematosa 
Foliculite: impetigo envolvendo os folículos pilosos 
Furúnculos ou pústulas: nódulos cutâneos grandes, doloridos e preenchidos de pus 
Carbúnculo: coalescência de furúnculos, que se estende para o tecido subcutâneo com evidência de doença 
sistêmica (febre, calafrios, bacteremia) 
Bacteremia e endocardite: disseminação da bactéria no sangue a partir de um foco de infecção; a 
endocardite é caracterizada pelo dano no revestimento endotelial do coração (Endocardite aguda causada por S. 
aureus é uma doença grave, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 50%. Embora os pacientes com endocardite por S. 
aureus possam, inicialmente, apresentar sintomas inespecíficos, semelhantes aos de uma gripe, sua condição se deteriora 
rapidamente, incluindo distúrbios do débito cardíaco e evidência de embolização séptica. O prognóstico do paciente é ruim, a não 
ser que intervenções médicas e cirúrgicas sejam instituídas de imediato. Uma exceção é a endocardite por S. aureus em usuários 
de droga parenteral, nos quais a doença normalmente envolve mais frequentemente o lado direito do coração (válvula tricúspide) 
que o esquerdo. Os sintomas iniciais podem ser brandos, mas febre, calafrios e dor pleurítica causada por embolia pulmonar quase 
sempre estão presentes. A cura clínica da endocardite é a regra, apesar de ser comum a ocorrência de complicações decorrentes da 
disseminação secundária da infecção para outros órgãos.) 
Pneumonia e empiema: consolidação e formação de abscesso nos pulmões; ocorrem em indivíduos muito 
jovens e em idosos, e em pacientes com doenças de base ou doença pulmonar recente; também é agora 
reconhecida uma forma grave de pneumonia necrosante com choque séptico e mortalidade elevada 
Osteomielite: destruição dos ossos, principalmente da região da metáfise de ossos longos 
Artrite séptica: articulação eritematosa dolorida com coleção de material purulento no espaço articular 
Espécies de Staphylococus Coagulase-negativos 
Endocardite: S. epidermidis, S. lugdunensis e espécies relacionadas de estafilococos coagulase-negativos 
podem infectar válvulas cardíacas protéticas e, menos comumente, nativas. Acredita-se que a infecção da 
válvula nativa resulte da inoculação de micro- organismos em uma válvula já danificada (p.ex., 
malformação congênita, dano resultante de doença cardíaca reumática). S. lugdunensis é a espécie de 
estafilococos mais associada à endocardite em válvula nativa; entretanto, essa doença é mais comumente 
causada por estreptococos. Por outro lado, os estafilococos são a principal causa de endocardite de válvulas 
artificiais. Os micro-organismos são introduzidos no momento da substituição das válvulas, e a infecção tem 
caracteristicamente um curso muito lento, em que os sinais clínicos e sintomas podem não ser percebidos 
por até 1 ano após o procedimento. Embora a válvula cardíaca possa estar infectada, a infecção ocorre mais 
comumente no local onde a válvula foi suturada ao tecido cardíaco. Assim, a infecção com formação de 
abscesso pode levar à separação da válvula na região da sutura e à insuficiência mecânica cardíaca. O 
prognóstico para esses pacientes é vigiado, sendo crítica a intervenção médica e cirúrgica imediata 
 
Infecções de feridas: caracterizadas por eritema e pus no local de uma ferida traumática ou cirúrgica; 
infecções com corpos estranhos podem ser causadas por S. aureus e por estafilococos coagulase-negativos 
Infecções do trato urinário: disúria e piúria em mulheres jovens sexualmente ativas (S. saprophyticus), em 
pacientes com cateteres urinários (outros estafilococos coagulase-negativos), ou após a contaminação do 
trato urinário por bacteremia (S. aureus) 
Infecções de cateteres e derivações: resposta inflamatória crônica às bactérias aderidas a um cateter ou 
derivação (mais comumente com estafilococos coagulase-negativos) 
Infecções de dispositivos protéticos: infecção crônica de dispositivo caracterizada por dor localizada e 
falha mecânica do dispositivo (mais comumente com estafilococos coagulase-negativos) 
 
Métodos diagnostico: 
Microscopia é útil para infecções piogênicas mas não para infecções hematológicas ou infecções mediadas 
por toxinas 
Os estafilococos crescem rapidamente quando cultivados em meiosnão seletivos 
Meios seletivos (p.ex., ágar de sal manitol) podem ser utilizados para recolher S. aureus em amostras 
contaminadas 
Testes de amplificação de ácidos nucleicos são úteis na triagem de pacientes para portadores de S. aureus de 
meticilina- sensíveis (MSSA) e MRSA 
S. aureus é identificado por ensaios bioquímicos (p.ex., coagulase), sondas moleculares, ou espectrometria 
de massa 
 
Estreptococos 
Importância clínica: 
Streptococcus pyogenes (Grupo A) 
Infecções Supurativas 
Faringite: faringe avermelhada, geralmente com presença de exsudato; pode ser proeminente uma 
linfadenopatia cervical 
Escarlatina: erupção eritematosa difusa, iniciando no tórax e se espalhando para as extremidades; 
complicação da faringite estreptocócica 
Piodermia: infecção localizada da pele com vesículas que progridem para pústulas; sem evidências de 
infecção sistêmica 
Erisipela: infecção localizada da pele com dor, inflamação, hipertrofia dos linfonodos e sintomas sistêmicos 
Celulite: infecção da pele que envolve o tecido subcutâneo 
Fascite necrosante: infecção profunda da pele que envolve destruição do músculo e das camadas de 
gordura 
Síndrome do choque tóxico estreptocócico: infecção sistêmica que atinge vários órgãos, semelhante à 
síndrome do choque tóxico estafilocócico; no entanto, a maioria dos pacientes apresenta evidências de 
bacteremia e fascite 
 
Outras infecções supurativas: é reconhecida uma variedade de infecções, incluindo sepse puerperal, 
linfangite e pneumonia 
Doenças Não Supurativas 
Febre reumática: caracterizada por alterações inflamatórias do coração (pancardite), articulações (artralgias 
e artrite), vasos sanguíneos e tecidos subcutâneos 
Glomerulonefrite aguda: inflamação aguda do glomérulo renal com edema, hipertensão e proteinúria 
Streptococcus agalactiae (Grupo B) 
Doença neonatal de início precoce: ocorre dentro de 7 dias após o nascimento, recém-nascidos infectados 
desenvolvem sinais e sintomas de pneumonia, meningite e sepse 
Doença neonatal de início tardio: ocorre em bebês com mais de 1 semana, que desenvolvem sinais e 
sintomas de bacteremia com meningite 
Infecções na mulher grávida: apresentam-se mais frequentemente como endometrite pós-parto, infecções 
de feridas e infecções do trato urinário; bacteremia e complicações disseminadas podem ocorrer 
Infecções em outros pacientes adultos: as doenças mais comuns incluem bacteremia, pneumonia, 
infecções em ossos e articulações e infecções da pele e de tecidos moles 
Outros Estreptococos β-Hemolíticos 
Formação de abscessos em tecidos profundos: associada ao grupo S. anginosus 
Faringite: associada a S. dysgalactiae; doença semelhante à causada por S. pyogenes; pode ser complicada 
por glomerulonefrite aguda 
Estreptococos Viridans 
Formação de abscessos em tecidos profundos: associada ao grupo S. anginosus 
Sepse em pacientes neutropênicos: associada ao grupo S. mitis 
Endocardite subaguda: associada aos grupos S. mitis e S. salivarius 
Cárie dentária: associada ao grupo S. mutans 
Malignidade do trato gastrointestinal: associada ao grupo S. bovis (S. gallolyticus subsp. gallolyticus) 
Meningite: associada a S. gallolyticus subsp. pasteurianus, S. suis e grupo S. mitis 
Streptococcus pneumoniae 
Pneumonia: início abrupto com calafrios intensos e febre persistente; tosse produtiva com escarro 
sanguinolento; consolidação lobar 
Meningite: infecção grave envolvendo as meninges, com dor de cabeça, febre e sepse; elevada taxa de 
mortalidade e sequelas neurológicas graves nos sobreviventes 
Bacteremia: mais comum em pacientes com meningite que com pneumonia, otite média ou sinusite; sepse 
preponderante em pacientes asplênicos 
Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium 
Infecção do trato urinário: disúria e piúria são mais frequentes em pacientes hospitalizados com cateter 
urinário e usando cefalosporinas de amplo espectro 
 
Peritonite: distensão e dor abdominal após trauma ou cirurgia; os pacientes tipicamente apresentam quadro 
agudo, febre e hemoculturas positivas; caracteristicamente, infecções polimicrobianas 
Bacteremia: associada tanto a infecções localizadas como à endocardite 
Endocardite: infecção do endotélio ou das válvulas cardíacas; associada à bacteremia persistente; pode ser 
aguda ou crônica. 
 
Métodos diagnostico: 
Streptococcus pyogenes (Grupo A) 
Doenças • Responsável por doenças supurativas (faringite, infecções em tecidos moles, choque tóxico 
estreptocócico) e não supurativas (febre reumática, glomerunonefrite) 
• A microscopia é útil nas infecções em tecidos moles, mas não nas faringites e complicações não 
supurativas • Testes diretos de detecção do antígeno A são úteis para o diagnóstico da faringite 
estreptocócica • As cepas são identificadas pelo teste da catalase (negativa), reação de PYR positiva 
(L-pirrolidonil alrilamidase), suscetibilidade à bacitracina e presença do antígeno grupo-específico (antígeno 
de grupo A) • O teste da antiestreptolisina O é útil na confirmação de febre reumática ou glomerulonefrite 
associadas à faringite; o teste anti-DNase B deve ser realizado para o diagnóstico da glomerulonefrite 
associada à faringite ou infecções de tecidos moles 
Streptococcus agalactiae (Grupo B) 
Doenças • Responsável por doenças neonatais (doença de início precoce e de início tardio com meningite, 
pneumonia, bacteremia); infecções na mulher grávida (endometrite, infecções de feridas e do trato urinário); 
e em outros adultos (bacteremia, pneumonia, infecções de articulações e ossos e infecções da pele e de 
tecidos moles) 
• Microscopia é útil para meningite (líquido cefalorraquidiano), pneumonia (secreções do trato respiratório 
inferior) e infecções de feridas (exsudatos) • Testes com antígenos são menos sensíveis do que a 
microscopia e não devem ser usados • A cultura é o teste mais sensível; um caldo seletivo (i.e., LIM) é 
necessário para melhor detecção do estado de portador vaginal • Ensaios baseados na reação em cadeia da 
polimerase para detectar o estado de portador vaginal em mulheres grávidas estão comercialmente 
disponíveis; atualmente requer o uso de meio enriquecido para sensibilidade ótima • As cepas são 
identificadas pela demonstração do antígeno carboidrato-específico de parede celular ou teste positivo para 
amplificação de ácidos nucleicos 
Streptococcus pneumoniae 
Doenças: pneumonia, sinusite e otite media, meningite, bacteremia 
• Microscopia é altamente sensível, da mesma maneira que a cultura, exceto se o paciente estiver em 
tratamento com antimicrobianos • Testes com antígenos para o polissacarídeo C de pneumococos são 
sensíveis para líquido cefalorraquidiano (meningite), mas não para urina (meningite, pneumonia, outras 
infecções) • Testes baseados em ácidos nucleicos não são comumente utilizados em diagnóstico • A cultura 
requer o uso de meio nutricionalmente enriquecido (p.ex., ágar-sangue de carneiro); o micro-organismo é 
altamente sensível a muitos antimicrobianos, assim a cultura pode se mostrar negativa para pacientes em 
tratamento, mesmo parcial • As cepas são identificadas pelo teste da catalase (negativo), suscetibilidade à 
optoquina e solubilidade em bile 
 
Enterococos 
 
Importância clínica: 
Enterococos são patógenos importantes, especialmente em pacientes hospitalizados; de fato os enterococos 
são uma das causas mais frequentes de infecções adquiridas no hospital (infecções hospitalares). O trato 
urinário é o local mais comum de infecções enterocócicas, associadas com frequência à cateterização ou à 
instrumentação urinária. As infecções podem ser assintomáticas, cistite não complicada ou cistite associada 
à pielonefrite. Infecções do peritônio são tipicamente polimicrobianas (i.e., associadas a outras bactérias 
aeróbias ou anaeróbias) e relacionadascom o extravasamento de bactérias intestinais, seja por trauma ou 
devido a doenças que comprometam a integridade intestinal. Enterococos isolados no sangue podem ocorrer 
por disseminação de infecção localizada no trato urinário, peritônio ou um tecido, ou podem representar 
infecção primária do endocárdio (endocardite). Endocardite é uma infecção especialmente séria, porque 
muitos enterococos são resistentes aos antibióticos mais frequentemente usados 
Métodos diagnostico: 
• Cresce rapidamente em meios não seletivos comuns; diferenciado de organismos relacionados por testes 
simples (catalase-negativa, l-pirrolidonilo arilamidase positivas, resistentes à bile e à optoquina) 
Doenças • Doenças incluem infecções do trato urinário, peritonite (geralmente polimicrobiana), infecções de 
feridas e bacteremia, com ou sem endocardite 
 
Febre reumática e endocardite bacteriana 
2. Compreender a fisiopatologia, quadro clínico, métodos diagnósticos e tratamento da febre reumática e endocardite bacteriana. 
Febre reumática 
Fisiopatologia 
 
 
Quadro clínico 
 
 
Métodos diagnósticos 
 
 
Tratamento 
Introdução 
O objetivo do tratamento da FR aguda é suprimir o processo inflamatório, minimizando as repercussões 
clínicas sobre o coração, articulações e sistema nervoso central, além de erradicar o EBGA da orofaringe e 
promover o alívio dos principais sintomas. 
Medidas gerais 
Hospitalização: (IIa-C) diante de pacientes com suspeita de FR, primeiro surto ou recorrência, a 
necessidade de hospitalização varia de acordo com a gravidade da apresentação clínica. Indica-se internação 
hospitalar para os casos de cardite moderada ou grave, artrite incapacitante e coreia grave14. A 
 
hospitalização pode também ter como objetivo abreviar o tempo entre a suspeita clínica e o diagnóstico, bem 
como iniciar rapidamente o tratamento. Além disso, deve ser uma oportunidade para promover a educação 
do paciente e de sua família, no que se refere às informações sobre a doença e à necessidade de adesão à 
profilaxia secundária. O tempo de hospitalização dependerá do controle dos sintomas, principalmente do 
quadro de cardite. 
Repouso: (IIa-C) durante muitos anos, especialmente antes do surgimento da penicilina, alguns estudos 
mostraram que o repouso no leito estava associado a uma redução na duração e na intensidade da cardite48, 
bem como na redução do tempo do surto agudo49. Entretanto, até o momento, não há evidências decorrentes 
de estudo randomizado que comprovem os benefícios dessa conduta. Não há mais recomendação de repouso 
absoluto no leito para a maior parte dos pacientes com FR. Os pacientes com FR aguda deverão, entretanto, 
ficar em repouso relativo (domiciliar ou hospitalar) por um período inicial de duas semanas. Nos casos de 
cardite moderada ou grave, devese recomendar repouso relativo no leito por um período de 4 semanas50. O 
retorno às atividades habituais deverá ser gradual51, dependendo da melhora dos sintomas e da 
normalização ou redução acentuada das provas de atividade inflamatória (VHS e PCR). Controle da 
temperatura: quando a febre for baixa, não há necessidade de administração de medicamentos antitérmicos. 
Já nos casos de febre mais alta (igual ou superior a 37,8 ºC), recomenda-se utilizar o paracetamol, como 
primeira opção, ou dipirona, como segunda opção. Não é recomendável o uso de anti-inflamatórios não 
esteroides, inclusive o ácido acetilsalicílico, até que se confirme o diagnóstico de FR. Erradicação do 
estreptococo O tratamento da faringoamigdalite e a erradicação do estreptococo da orofaringe devem ser 
feitos na vigência da suspeita clínica da FR, independentemente do resultado da cultura de orofaringe. O 
objetivo é reduzir a exposição antigênica do paciente ao estreptococo e impedir a propagação de cepas 
reumatogênicas na comunidade. Nos casos de primeiro surto, o tratamento instituído corresponde ao início 
da profilaxia secundária2,4,52. Os esquemas terapêuticos para a erradicação do estreptococo estão 
discriminados no subtítulo Profilaxia. Tratamento da artrite De modo geral, o uso dos antiinflamatórios não 
esteroides (AINE) apresenta bons resultados no controle da artrite, levando ao desaparecimento dos sinais e 
sintomas entre 24-48 horas. O ácido acetilsalicílico (AAS) se mantém como a primeira opção para o 
tratamento do comprometimento articular há mais de 50 anos. Em crianças, a dose utilizada inicialmente é 
de 80-100 mg/kg/dia, dividida em 4 tomadas 
 
Endocardite bacteriana. 
Fisiopatologia 
 
 
Quadro clínico 
 
 
Métodos diagnósticos 
 
 
Tratamento 
 
 
 
 
Terapia antimicrobiana 
3. Discutir os princípios da terapia antimicrobiana: antibioticoterapia X antibiótico profilaxia; atividade bactericida X atividade 
bacteriostática e indicações de antibioticoterapia combinada. 4. Descrever o mecanismo de ação e efeitos colaterais dos 
betalactâmicos (penicilinas naturais, semisintéticas, cefalosporinas), quinolonas e aminoglicosídeos. 
Princípios da terapia antimicrobiana 
Antibioticoterapia X antibiótico profilaxia; 
 
 
 
Atividade bactericida X atividade bacteriostática 
 
 
 
Indicações de antibioticoterapia combinada. 
 
 
 
Betalactâmicos (penicilinas naturais, semisintéticas, cefalosporinas), quinilonas e Aminoglicosídeos 
Penicilinas naturais 
Mecanismo de ação: 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
 
Semisintéticas 
Mecanismo de ação: 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
 
 
 
 
Cefalosporinas 
Mecanismo de ação: 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
 
 
Quinolonas 
Mecanismo de ação: 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
 
Aminoglicosídeos. 
Mecanismo de ação: 
 
 
Efeitos colaterais: 
 
 
Irat- questões 
 
Questão 01 - O conhecimento da flora 
bacteriana dos diferentes ambientes 
(comunitário x nosocomial) e dos diferentes 
compartimentos do corpo humano é 
fundamental para guiar a antibioticoterapia. 
Em relação a este tema, julgue os itens: 
a) O teste da catalase é utilizado para 
diferenciar os estafilococos dos estreptococos. 
VERDADEIRO - Para estafilococos a prova é 
positiva, já para estreptococos é negativa 
 
b) O gênero Staphylococcus é considerado 
catalase positivo. 
VERDADEIRO - É o principal teste para 
identificação deste microrganismo 
 
c) O gênero Estreptococos é considerado 
catalase negativo. 
VERDADEIRO 
 
d) O S. aureus, reconhecido como um grande 
problema mundial, é responsável por infecções 
 
relacionadas à assistência à saúde e 
comunitárias. Pode provocar infecções de pele 
e tecidos moles, infecções relacionadas ao uso 
de próteses e cateteres venosos. 
VERDADEIRO - Pode provocar doenças que vão 
desde uma infecção simples, como espinhas e 
furúnculos, até as mais graves, como pneumonia, 
meningite, endocardite, síndrome do choque 
tóxico e septicemia, entre outras. 
 
Questão 02 - Em relação aos germes gram-
positivos, julgue os itens: 
a) Os estafilococos estão entre os agentes mais 
frequentemente relacionados às enfermidades 
humanas. 
VERDADEIRO – estafilococos são os mais 
frequentes, principalmente pneumonia, 
endocardite 
 
b) Os estreptococos da família 
Streptococcaceae são caracterizados como 
cocos Gram-negativos, anaeróbios facultativos, 
não produtores de catalase e de citocromo-
oxidase. 
FALSA- são gram positivos 
 
c) Todas as faixas etárias, gêneros e etnias 
humanas são susceptíveis às doenças por 
pneumococo. 
VERDADEIRA - 
 
d) A pneumonia é a mais frequente das doenças 
pneumocócicas, sendo considerada uma das 
doenças mais incidentes e graves que acometem 
o homem. 
VERDADEIRA- atinge todas faixas etárias, 
principalmente crianças e idosos 
 
Questão 03 - Em relação à Febre Reumática 
(FR), julgue os itens: 
a) A febre reumática e a cardiopatiareumática 
crônica são complicações não supurativas da 
faringoamigdalite causada pelo estreptococo 
beta-hemolítico do grupo A e decorrem de 
resposta imune tardia a esta infecção em 
populações geneticamente predispostas. 
VERDADEIRA 
 
b) Essa é uma doença que está frequentemente 
associada à pobreza e às más condições de vida. 
VERDADEIRA- Essa é uma doença que está 
frequentemente associada à pobreza e às más 
condições de vida. Assim, apesar da reconhecida 
redução da incidência da FR nas últimas décadas 
nos países desenvolvidos, a FR permanece como 
um grande problema de saúde pública, 
principalmente nos países em desenvolvimento 
 
c) O desenvolvimento da FR está associado à 
infecção de orofaringe pelo Estreptococo beta-
hemolítico do grupo A, principalmente em 
idosos. 
FALSA- A FR afeta especialmente crianças e 
adultos jovens. É muito mais comum em pessoas 
menores de 18 anos, principalmente nas crianças. 
Nos adultos, é raro um surto novo, mas são 
comuns as sequelas (principalmente cicatrizes nas 
válvulas do coração). 
 
d) Na definição diagnóstica, os critérios 
menores abrangem características clínicas e 
laboratoriais inespecíficas que, em conjunto 
com as manifestações maiores e com a 
evidência de estreptococcia prévia, ajudam a 
estabelecer o diagnóstico de FR. 
VERDADEIRA- O diagnóstico da febre 
reumática é clínico, não existindo sinal 
patognomônico ou exame específico. Os exames 
laboratoriais, apesar de inespecíficos, sustentam o 
diagnóstico do processo inflamatório e da infecção 
estreptocócica. Os critérios de Jones, 
estabelecidos em 1944, tiveram a sua última 
modificação em 1992 e continuam sendo 
considerados o "padrão ouro" para o diagnóstico 
do primeiro surto da FR. A divisão dos critérios 
 
em maiores e menores é baseada na especificidade 
e não na frequência da manifestação. Outros sinais 
e sintomas, como epistaxe, dor abdominal, 
anorexia, fadiga, perda de peso e palidez podem 
estar presentes, mas não estão incluídos entre as 
manifestações menores dos critérios de Jones. 
 
 
Questão 04 - Em relação à endocardite 
bacteriana, julgue os itens: 
a) Estreptococos é o agente mais 
frequentemente encontrado. 
VERDADEIRO 
 
b) Os critérios de DUKE não têm importância 
no diagnóstico. 
FALSO 
 
c) As manifestações clínicas podem incluir: 
acometimento valvar, bacteremia intermitente, 
lesões de Janeway e nódulos de Osler 
VERDADEIRO- 
 
d) O tratamento cirúrgico é regra em pacientes 
com endocardite de valva protética. 
VERDADEIRO - 
 
Questão 05 - Paciente em tratamento para ITU, 
após 2 semanas do uso do antibiótico, 
desenvolveu uma ruptura do tendão de 
Aquiles. Qual deve ser o antibiótico que a 
paciente utilizou? 
a) Azitromicina 
FALSO 
 
 
b) Amoxicilina 
FALSO 
 
 
c) Ciprofloxacino 
VERDADEIRO 
 
d) Norfloxacino 
FALSO 
 
 
 
 
 
Questão 06 - Paciente do sexo feminino traz 
dois exames da urina mostrando leucocitúria 
intensa com cultura de urina colhida de forma 
asséptica, indicando crescimento bacteriano 
acima de 100.000 UFC/mL. A paciente nega 
disúria, calafrios, poliúria, febre ou dor 
abdominal. Em que circunstância está indicada 
antibioticoterapia em pacientes assintomáticos 
e com urocultura positiva? 
a) Quando a paciente é portadora de diabetes e 
hipertensão arterial sistêmica, esta paciente 
deve iniciar antibioticoterapia. 
 
 
b) Quando a paciente está na menopausa e é 
sexualmente ativa. 
 
 
 
c) Caso a paciente seja gestante. 
 
 
d) Caso a paciente for submetida à 
ureterorrenolitotripsia. 
 
 
Questão 07 - Em relação aos princípios da 
terapia antimicrobiana, julgue os itens: 
a) A antibioticoprofilaxia tem por objetivo 
tratar infecções bacterianas suspeitas e não 
confirmadas. 
 
 
b) A antibioticoprofilaxia está indicada quando 
existe o risco importante de adquirir uma 
infecção. 
 
 
c) Antibiótico bactericida provoca alterações 
incompatíveis com a sobrevida bacteriana. 
 
 
d) Antibiótico bacteriostático inibe o 
crescimento e a reprodução bacteriana sem 
provocar sua morte imediata. 
 
 
Questão 08 - Em relação aos antibióticos, 
julgue os itens: 
a) São indicações de antibioticoterapia 
combinada: infecções por MR; necessidade de 
cobertura polimicrobiana exs: abscessos; 
terapias empíricas para quadros infecciosos 
graves; associações de antibacterianos 
bacteriostáticos e bactericidas. 
 
 
b) O efeito bactericida ou bacteriostático pode 
ser relativo e está na dependência da 
concentração atingida pela droga no meio onde 
se situa o microrganismo e da sensibilidade 
deste. 
 
 
c) Quando se conceitua uma droga como 
bactericida ou bacteriostática não leva-se em 
consideração a concentração terapêutica média 
possível de ser utilizada e a média de germes 
sobre os quais ela atua. 
 
 
d) São exemplos de doenças em que é 
necessária a profilaxia antibiótica: febre 
reumática, ruptura prematura de membranas 
amnióticas e profilaxias em pacientes com HIV. 
 
 
 
Questão 09 - Em relação aos ß-lactâmicos, 
julgue os itens: 
a) O grupo de antimicrobianos classificados 
como ß-lactâmicos possui em comum no seu 
núcleo estrutural o anel ß-lactâmico, o qual 
confere atividade bactericida. 
 
 
b) Pertencem a este grupo: penicilinas; 
cefalosporinas; carbapenêmicos; quinolonas. 
 
 
c) A Piperacilina é um exemplo de penicilina de 
grande espectro de cobertura. 
 
 
 
d) A Piperacilina é ativa contra todas as cepas 
de S. aureus oxacilina sensível, estreptococos e 
enterococos. O tazobactam pode ser combinado 
a este antibiótico para aumentar a atividade da 
Piperacilina. 
 
 
Questão 10 - Em relação às quinolonas e os 
aminoglicosídeos, julgue os itens: 
a) São exemplos de quinolonas: ciprofloxacino, 
norfloxacino, gatifloxacina, moxifloxacina e 
gemifloxacina. 
 
 
b) Quinolonas são drogas relativamente 
seguras e os efeitos colaterais mais comuns 
envolvem o trato gastrintestinal. 
 
 
c) São exemplos de aminoglicosídeos: 
estreptomicina, gentamicina, tobramicina, 
amicacina, netilmicina, paramomicina e 
espectinomicina. 
 
 
d) Não existem mecanismos reconhecidos de 
resistência bacteriana aos Aminoglicosídeos.

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