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TERMO UTILIZADO PARA SE REFERIR AO INDIVÍDUO A QUEM O MÉDICO SE COMUNICA PACIENTE Possui uma conotação de que a pessoa é passiva no processo e, por isso, não é adequado USUÁRIO É mais utilizado na saúde pública Ele indica que a pessoa utiliza do sistema, mas se responsabiliza, também, pela sua saúde CLIENTE Remete a uma ideia de comprador e, por isso, não é recomendado na área de saúde PERFIL DO PACIENTE I: Sexo/Gênero II: Idade III: Nível socioeconômico IV: Raça/Cor V: Hábitos de vida VI: Rede de suporte VII: Escolaridade VIII: Trabalho IX: Crônico/Agudo X: Criticidade XI: Nível de atenção à saúde COMUNICAÇÃO EFETIVA Para realizá-la, deve-se usar a linguagem adequada para cada perfil de paciente BARREIRAS PARA A COMUNICAÇÃO EFETIVA I: Ausência de comprometimento profissional II: Formação acadêmica dos profissionais de saúde III: Falta de integração entre equipe de saúde e acompanhantes IV: Formas de organização institucional COMUNICAÇÃO Componente de humanização, imprescindível desde o diagnóstico até a cura da doença COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE, ACOMPANHANTE E A FAMÍLIA A comunicação pode permitir o alívio dos sintomas, das angústias, dos medos e das dúvidas COMUNICAÇÃO E ACOLHIMENTO I: Práticas de produção e promoção de saúde; II: Demanda responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a sua saída; III: Escuta qualificada da queixa, considerando preocupações e angústias IV: Análise da demanda, garantindo atenção integral, resolutiva e responsável por meio das redes internas e externas, para continuidade da assistência. V: Construído coletivamente com base na análise dos processos de trabalho VI: Relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes, trabalhador e usuário com sua rede socioafetiva VII: Acolher é reconhecer a legítima e singular necessidade de saúde do paciente VIII: O acolhimento sustenta a relação entre equipes e usuários COMO FAZER O ACOLHIMENTO Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, com uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos. É construir uma proposta com a equipe local orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para continuidade da assistência, estabelecendo articulações com estes serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos. COMUNICAÇÃO E VÍNCULO Só se constrói vínculo se: I: O outro também quiser, se ambos se considerarem “interlocutores válidos” II: Assumirem uma postura ética de enxergar o outro da relação como alguém com quem há de se estabelecer pactuações III: Entenderem que o saber é diferente do seu e que isso que enriquece a prática SITUAÇÃO PROBLEMA Ricardo, homem de 37 anos, com neuropatia alcoólica, acamado em uma casa sem água encanada e energia elétrica conhecida pelos vizinhos e pela equipe de Saúde da Família (EqSF) por “oca”, em referência às habitações indígenas brasileiras. Ricardo vivia com sua família – cinco irmãos e irmãs, três sobrinhos e o pai – de origem paraguaia e indígena. Havia ali muitas garrafas de aguardente, um forte cheiro de maconha e drogas inalantes e vários indícios de violência eram invariavelmente percebidos pela equipe. Ricardo não andava, pouco falava ou movimentava os braços e, nos primeiros encontros, repetia insistentemente a frase: “Preciso ser internado, vocês vão conseguir para mim? Aqui ninguém cuida de mim, só a Ana, quando pode. Se eu continuar aqui, vou morrer”. A EqSF, após visitas semanais, resolve pedir a avaliação da fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que recomenda sessões diárias. Porém, não se conseguem as sessões por diversos impedimentos dos serviços: não há vaga, o usuário não tem o perfil requerido, não há transporte e não tem acompanhante. A equipe sente-se de mãos atadas e define Ricardo como um problema, um caso complexo. Nos primeiros encontros, era visível o quanto havia de produção de barreira para o seu tratamento. Mas, para além disso, havia trabalhadores como Lia, a quem Ana, irmã de Ricardo, referia-se como “aquela que cai e levanta conosco”. Ao longo dos 24 meses, percebeu-se que Lia, da EqSF conhecia a história daquela família em detalhes: entre eles, tinha-se construído aquilo que chamaríamos de vínculo Na história de Ricardo, a construção de relações entre interlocutores que se consideram mutuamente válidos também emerge como condição necessária para a construção do vínculo. Ao perceber Ricardo como um “[…] sujeito portador de uma vida complexa, de saberes e desejos, com quem é necessário que a equipe dialogue a fim de se produzir, de modo compartilhado, novas possibilidades de manejo dos problemas e sofrimentos”, Lia confere validade à existência e aos seus modos e aos de sua família de se relacionar com a vida; Ricardo e sua família, por sua vez, sentindo-se reconhecidos em sua diferença, ainda que naquele momento sua demanda não fosse atendida, também passam a perceber a interlocução com Lia como válida, o que lhes permite estabelecer uma relação baseada no reconhecimento mútuo COMUNICAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO Acolhimento implica na responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a sua saída COMUNICAÇÃO E CORRESPONSABILIZAÇÃO O usuário e sua rede sócio familiar se corresponsabilizam pelo cuidado; Protagonizando sua relação com a saúde COMUNICAÇÃO COM O FAMILIAR OU ACOMPANHANTE É necessária em diversas situações e contextos, como em consultas de grávidas e consultas pediátricas I: Fornece suporte ao doente II: Mantém os vínculos fora dos muros da instituição III: Contribui na redução de sintomas psicológicos IV: Contribui no fazer técnico dentro das unidades Apesar de sua importância, ainda é visto pelos profissionais como figura coadjuvante no processo de adoecimento, principalmente nos tratamentos intensivos, onde o cuidado é direcionado para a atividade técnica Destaca-se, também, que o familiar ou acompanhante sofre junto com o paciente, a exemplo da demanda de ajuda por cuidados especializados para confrontar a situação de crise e de quando eles passam por um possível luto
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