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Leptospirose - Doenças infecciosas

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Quinta-feira, 18 de agosto
Leptospirose Canina
Fechamento do diagnóstico de doenças infecciosas ou de outras doenças ocasionadas por fungos, bactérias e vírus, devemos conhecer essa tríade epidemiológica, basicamente o conhecimento do agente etiológico, precisa-se saber qual agente ocasionará o agente infeccioso. Saber a estrutura bacteriana e patogenicidade (como é a estrutura de bactéria gram + ou -, o que leva a gram – a levar a liberação de toxinas, parede celular constituída por LPS o que isso está relacionada com o agente e seu grau de patogenicidade). 
Além disso deve-se conhecer o hospedeiro que está relacionado com a epidemiologia (saber se o agente etiológico é espécie-específico, sendo importante para saber o acometimento de espécies) e saber sobre o ambiente (dentro da epidemiologia precisamos saber se existe ambiente favorável para desenvolvimento), além disso precisa-se saber quais mecanismos que levam essa fisiopatogenia, como é que esse agente etiológico vai se aderir ele vai invadir e muitas vezes vai se multiplicar nessa célula hospedeira, essa resposta que temos aqui da infecção junto da resposta imune, é o que chamamos de Fisiopatogenia. 
Basicamente quando temos um diagnóstico vai ocorrer tudo isso, quando o diagnóstico é relacionado com a saúde animal. 
Fisiopatogenia vai envolver basicamente o que está acontecendo, como é a resposta do agente etiológico sobre o hospedeiro. Podendo variar de indivíduo para individuo, espécie para espécie, uma vez que o indivíduo é ÚNICO.
Leptospira: bactéria de formado espiral (bactéria móvel, delgada (fina), facilitando entrada e penetração dessa bactéria no local da lesão, mucosa ou solução de continuidade). É uma bactéria móvel que facilita a movimentação no ambiente em que se encontra. Microscópio de campo escuro para visualização da Leptospira. 
Bactérias patogênicas e não patogênicas: sendo importante para sabermos que há leptospiras presentes em poça de água que são patogênicas, e as que não são patogênicas. No caso as que são patogênicas são chamadas de Leptospira interrogans (patogênica, ver que ao fazer diagnóstico molecular precisamos que a amostra seja identificada se é Leptospira interrogans) e L. biffexa (não patogênicas). Tendo essas duas espécies que é uma forma didática de identificar se são ou não patogênicas. 
· Existe classificação da etiologia, classifica essas bactérias de acordo com a cepa e o sorovar. Patogenicidade de uma bactéria envolve os fatores de virulência da bactéria, sua estrutura.
Sorovar: o sorovar está relacionado com o grupo que são mais próximos em relação aos antígenos. Separamos em sorogrupos e cada sorogrupo também vai ser um conjunto de sorovares que vai definir o sorogrupo. Um sorovar (ou variante sorológica) corresponde a um grupo de leptospiras com reatividade a anticorpos semelhante, com base nos carboidratos da membrana externa.
Diferença V10 e V8: V10 tem 10 antígenos, sendo que 4 deles são de 4 sorovares de leptospira (importante ter o sorovar Canicola, Icterohaemorraghiae, Pomona, Grippotyphosa ) e a V8 são 2. Pensar se teremos algum sorovar que estará presente em algum sorogrupo que serão mais frequentes em cães daquela região específica. Fornecer uma vacina que tem antígeno do sorovar que acomete mais equinos ou cão. Estando relacionado com as espécies que estão mais suscetíveis a ocorrência desse sorovar na espécie na qual iremos trabalhar e a frequência daquele sorovar e a presença daquele sorogrupo naquela região. Dentro do sorovar vamos classificar essas cepas em sorovar e o conjunto de sorovares formarão o sorogrupo. 
· Então necessariamente não precisa-se ter vários sorovares dentro de uma vacina, eu preciso ter diversos sorogrupos que terão reação cruzadas com aqueles sorovares que pertencem ao mesmo sorogrupo.
· Um conjunto de cepas forma um sorovar, pois são próximos geneticamente, na maioria das vezes os mesmos sorovares que pertencem ao mesmo sorogrupo terão reação cruzada na formação de títulos de anticorpos. 
· Os antígenos de superfície que estão presentes na parede celular da bactéria. 
· Temos diversos tipos de sorogrupos, podendo ter uma resposta de anticorpos diferentes, a titulação de anticorpos precisa-se ter baseado no tipo de sorogrupo que se vai testar. Sendo muito importante conhecer os principais sorogrupos que vão acometer aquela espécie animal que queremos diagnosticar, sendo diferente de espécie para espécie. 
· Existem alguns reservatórios que são mais adaptados. O homem não é adaptado (hospedeiro acidental).
· Canicola no cão, vai ser o mesmo sorovar que pertence ao mesmo sorogrupo, então temos uma maior frequência em cães, mas existe uma ocorrência em bovinos, suínos, roedores e animais selvagens. Na maioria das vezes teremos sinais específicos em determinadas espécies. Podendo ter um animal que adoece e outro sem nenhuma sintomatologia clínica, mas que tem o agente no organismo. 
· Lembrar que é uma doença de potencial zoonótico, portanto, é preocupante. 
Verificar a importância dos animais selvagens, pois vai ser adaptado em quase todos sorovares que acometem os animais domésticos também, muitas vezes não conhecemos a sintomatologia clínica principalmente em mamíferos. Reservatório da leptospirose em humanos é o roedor (Icterohaemorraghiae), seja urbano ou silvestres e também a grande maioria dos animais. 
· Pode haver transmissão de um animal para o outro no mesmo ambiente, epidemiologicamente a titulação é importante para poder mapear os principais reservatórios na propriedade. 
· Quando solicitar uma titulação de anticorpo estará presente uma grande quantidade de sorovares que o laboratório irá testar. 
· Vão existir hospedeiros daquele sorovar que serão hospedeiros e os acidentais, aquele hospedeiro que é acidental para aquele sorovar a doença pode ser mais grave (tudo aquilo que não estamos adaptados será mais grave). 
· Devemos ter todo ambiente que será importante para manutenção desse agente e também os animais que estão como reservatórios, teremos esses reservatórios de manutenção de acordo com o sorovares específicos. Temos os principais que são os roedores que são assintomáticos, mas também podem adoecer. Existe tantos animais domésticos e saudáveis como hospedeiro de manutenção.
· Em Blumenau: temos problemas com capivaras, quintais das casas virados para o rio, onde os cães caçam, cães que vivem com outras espécies podem-se ter titulação diferente, pois pode haver sorovares diferentes, devido aos reservatórios de manutenção. 
· O gato: pode titular e não ter a doença. Agora temos alguns relatos já referenciando que alguns gatos podem adoecer com a leptospirose, mas não é a principal suspeita a leptospirose.
· Importante: saber a conexão existente entre os RESERVATÓRIOS, e o reservatório de MANUTENÇÃO, e o ACIDENTAL. 
· Inviável ter uma vacina para o ser humano de leptospirose pois seria uma “bomba” de antígeno (devido à presença de vários sorovares), vacinam pessoas expostas ao risco. Muito antigênica. 
· Leptospirose nos cães: veremos que dentro do sistema hematopoiético vai ter uma característica daqueles animais vistos, que vai depender do sorovar que acometerá esses animais, e os órgãos também na qual esse sorovar terá um tropismo. 
· Mucosas: ictéricas, penetração na mucosa pela bactéria que irá para a corrente sanguínea. Onde o animal pode eliminar a bactéria pela urina ou ser assintomático e a bactéria permanecer nos rins (podendo eliminar a bactéria, é reservatório, acontecendo principalmente nos sorovares mais adaptados). A manifestação depende da resposta imune do indivíduo.
· Alguns sorovares tem maior tropismo por alguns órgãos, como a Icterohaemorraghiae que é extremamente virulenta onde ataca o rim e os pulmões, por isso que existem relatos que apresentam síndromes respiratórias agudas, podendo se confundir com pneumonia, da mesma forma alguns terão mais tropismo pelo fígado. 
· Danos vasculares, uma vez que a bactéria se multiplica e ocasiona danos vasculares nos órgãos. Dependendo do órgão que essa bactéria acometer, teremoslesões específicas, podendo ter um paciente com IRA, podendo ter paciente que terá só IRC, ou paciente que terá apenas, IR + lesão hepática. 
· Se existe dano vascular está acontecendo hemólise junto, dessa forma o animal encontra-se ictérico em decorrência dessa hemólise, mas também pode haver dano hepático podendo haver icterícia em decorrência a esse dano hepático. Dependendo da fisiopatogenia e o órgão que irá acometer. 
· Dificilmente o hospedeiro terminal terá liberação da bactéria, pois é muito rápido, no caso de humanos infectados. Mas não existe muitos estudos, uma vez que já se inicia o tratamento. Consideramos o homem como hospedeiro acidental e terminal (que fecha o ciclo), diferente de outras espécies. 
· Titulação quantitativa, titular a quantidade de anticorpos. Para saber se são anticorpos protetores ou não.
· Exames para solicitar específicos para início da infecção: testes diretos para detectar antígenos, fazer PCR, sangue, urina e óbito realizar dos órgãos, animais de produção pode-se fazer do sangue, placenta, fetos (caso haja abortamento), urina.
· Sorologia: qual tempo ideal para detecção de anticorpos? Podendo ser pareada desde o 1º, mas não saberemos o dia 1 certo, pode ser feito no primeiro dia e após uma semana novamente, para verificar se houve aumento de 3 a 4x do título inicial. Porém a titulação demora, sendo necessário iniciar um tratamento prévio.
· Eliminação da leptospira: pelos túbulos renais é intermitente, não é sempre que estará na urina, podendo ter falso negativo. 
· Diagnóstico: urina e sangue. Ou demais secreções que podem ter a presença de leptospira.
· Diagnóstico pelas fezes não existe!
· Todos os animais e o homem a bactéria tem tropismo pelos rins, mas pode virar um reservatório assintomático na natureza como os roedores. Que mantem o agente na natureza.
· Dependendo desse paciente, pode desenvolver a doença de forma aguda comprometendo alguns órgãos, ou apenas uma IRC muito comum no cão (poliúria, polidipsia, emagrecimento, icterícia, solicitar exames de urina, hemograma e bioquímico, cultura da bactéria por urina). Epidemiologia é importante, o animal na suspeita deve ser isolado e tomar cuidado ao manusear. 
· Antígeno de lepto na urina (nesse caso a bactéria está escondida nos túbulos renais, não teremos uma resposta celular nem humoral e irá eliminar, a menos que caia novamente na corrente sanguínea que estimulará a produção de anticorpos). Importância de lembrar que podem ter hospedeiros assintomáticos que não terão a titulação porque a bactéria está no rim, a bactéria está adaptada à esse cão e será fonte de infecção para outros animais e humanos. 
· Bovinos, suínos e equinos: teremos os sorovares que serão mais específicos para essas espécies, vai par ao rim e irá para outros órgãos. Particularidades dos sorovares existem que são pouco imunogênicos, por exemplo.
· Sorovar Canicola é mais imunogênico.
· Lesões vasculares relacionadas a imunocomplexos. Verificar num frigorífico: comum em suínos, formação de pontos brancos no rim (inspeção renal nos porcos), verificar a formação de lesões renais em decorrência do imunocomplexo. Mais comum em suínos, conseguimos verificar lesões renais em decorrência de imunocomplexos em outros órgãos. 
Sinais Clínicos: serão diversos desde anorexia, vômito, letargia, dor abdominal, diarreia, desidratação, febre, hipotermia, oligúria, anúria, dispnéia, fraqueza, poliúria, polidipsia. Tudo isso pode estar relacionada de acordo com a virulência do sorovar, para ter a manifestação clínica. 
Diagnóstico laboratorial: histórico, epidemiologia, exame físico, sinais clínicos e exames complementares (hemograma, bioquímico, perfil renal, perfil hepático ALT, AST). Soroaglutinação, lembrar que precisamos de fazer uma titulação pareada (uma no primeiro dia e outra depois de alguns dias). Podendo ainda, coletar urina e sangue para fazer PCR. PCR+ saber se o animal foi recentemente vacinado pois haverá interferência da vacina na titulação, principalmente nas vacinas em que o animal será exposto (titulação de resíduos e vacina ou exposição ao agente).
· Escolher a PCR ao invés de titulação, que é importante epidemiologicamente (titulação), em cães.
· Em rebanhos, PCR + titulação.
· Exames rápidos não são tão úteis, uma vez que precisamos saber o sorovar, precisamos saber se o antígeno no teste é para Leptospira interrogans sp.,. Não é específico para o sorovar, não trará muitas informações. Sendo mais útil um hemograma, PCR de sangue e urina e epidemiologicamente um exame de titulação se tivesse condições de arcar. 
Terapêutica: Doxicilina e derivados da penicilina

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