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Enterite viral

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AGENTES AGRESSORES DO SISTEMA GASTROINTESTINAL 
-> ENTERITES: são doenças que acometem o trato gastrointestinal. 
Temos alguns grupos de agressores virais importantes: Reovírus, parvovírus e coronavírus. O 
coronavírus é responsável por enterites em diversas espécies. 
 
AGENTES AGRESSORES DO TGI CAUSADORES DE ENTERITES 
 
 Agente agressor: Bactéria - Família Enterobacteriaceae: Modelo E.coli 
 
 Agente agressor: Vírus - Reovírus, Parvovírus e Coronavírus 
 Agente agressor: Protozoários Intestinais - Giardia, Cystoisospora e Eimeria 
 Agente agressor: Helmintos - Superfamília Strongyloidea 
 Agente agressor: Helmintos - Cestodas 
 Agente agressor: Helmintos - Ascarídeos 
 
Lembrar que o vírus é uma partícula (e não um ser vivo). 
pode se apresentar como um vírus não envelopado ou envelopado. o não envelopado apresenta 
estrutura de capsídeo e o seu genoma dentro desse capsídeo. 
o vírus envelopado além da estrutura do capsídeo (que é uma estrutura básica viral) ele possui uma 
membrana que denominamos de envelope. Essa membrana facilita o processo de adesão pois ela 
geralmente se constroi a partir de uma estrutura que o vírus roubou da célula hospedeira. 
Começando a falar das famílias de vírus que são capazes de provocar entetires, ou seja, vírus que levam 
a quadros de inflamações intestinais, nós temos a família REOVIRIDAE . Ela é composta por diferentes 
gêneros, e dentro desses gêneros, vamos destacar o ORTHOREOVIRUS, ORBIVIRUS E ROTAVIRUS. Eles 
acometem diferentes espécies: Invertebrados, vertebrados e até mesmo plantas. Essa estrutura de virus 
pode acometer espécies de animais domesticos, silvestres, humanos. 
Uma curiosidade é que o sabin 1959 já o descreveu como sendo um vírus capaz de infectar 
diferentes tecidos. Por isso recebe esse nome de Reo: respiratory, enteric, orphan. 
Ele não tem um tropismo, uma eleição por determinado tecido. Por exemplo o vírus rábico tem 
predileção, afetando apenas tecido nervoso. Não afeta por exemplo, intestino. 
 
Esse Reovirus podemos encontrar espécies dessa família que acometem diferentes tecidos. 
 
Rotavirus: bem conhecido. Ele é um genero viral que pode acometer todas as espécies, especialmente 
provocando diarréia. 
Orbivirus: virus extramamente importante, pois é um vírus transmitido por artrópode, e está associado 
a grande prejuízo à agricultura. É o vírus da lingua azul. Afeta ruminantes, equinos (herbívoros). Ele 
provoca uma glossite, ou seja, uma inflamação na estrutura de língua. O animal fica com uma 
estomatite significativa, vai a óbito, também provoco encefalite, aborto. 
 
PROPRIEDADES GERAIS 
⚫ Arquitetura complexa: 1, 2 ou 3 camadas de capsídeo 
⚫ NÃO ENVELOPADO 
⚫ Possuem 60 a 85 nm de diâmetro 
⚫ Simetria icosaédrica 
⚫ Genoma constituído por RNA de fita dupla segmentado (dsRNA) 
• Possuem de 10 a 12 segmentos 
⚫ Transcriptase presente nos vírions 
⚫ Replicação no citoplasma da célula hospedeira 
 
 
 
Só para termos 
noção, o 
orthoreovirus é 
capaz de provocar, 
afetar, diferentes 
mamíferos. Além 
disso afeta aves, 
provocando desde 
artrite (doença 
articular), nefrose 
(doença renal), 
doença respiratória, 
miocardite (doença 
no miocárdio) e até 
alteração em fígado 
que vai levar a 
hepatoencefalomieli
te. 
Ou seja, alterações 
bem diversificadas. 
Em que pese ser 
não envelopado, 
ele possui muitas 
camadas de 
capsídeo. 
 
Contituído de 
RNA- potencial 
alto de mutação 
genética. 
O fato dele ter essa transcriptase 
é perigosíssimo pois, ele mesmo 
é capaz de ativar a sua 
replicação. Lembrando que a 
transcriptase é uma enzima que 
vai converter o RNA em DNA. 
Seu genoma é de fita dupla. 
ORTHOREOVIRUS 
 
 
 Subdividido em duas espécies: Orthoreovirus de mamíferos e Orthoreovirus aviário. 
 
ORTHOREOVIRUS de mamíferos 
 
 As infecções causadas parecem ser inaparentes ou subclínicas, pela ausência de sinais clínicos. 
Então, o mamífero está infectado mas não adoece. 
 Em equinos, há presença de sinais clínicos de infecção respiratória, como laringite, rinite e tosse. 
 
 Em bovinos, ovinos, suínos, cães e gatos a infecção tem sido relatada com a presença de diarréia 
e distúrbios respiratórios. 
Não há sinais específicos para nenhuma das espécies que ele pode infectar. 
 A taxa de adultos soropositivos é alta (em torno de 60 e 85%). 
Os animais tem constante contato com esse vírus. 
 As infecções por Reovirus em humanos está relacionado com doenças respiratórias e entéricas, 
sem gravidade. 
Possui um potencial zoonótico. 
Os sinais clínicos frequentes relatados (em humanos) incluem cefaléia, mal-estar, tosse e 
diarréia. 
 
 Tanto em animais quanto em seres humanos, infecções bacterianas ou secundários podem 
complicar o quadro clinico produzidos pelas infecções por reovirus, principalmente em 
hospedeiros jovens. 
Aqui vemos a importância de manter os animais vermifugados, vacinados, bem alimentados. 
Justamente para que eles consigam controlar as replicações virais quando acontecer. Não existe um 
tratamento específico para esses vírus. Precisamos dar suporte para o paciente, para que ele consiga 
responder. 
 
ORTHOREOVIRUS aviário 
 
Várias espécies de aves domésticas e silvestres são susceptíveis a esse vírus, assumindo maior 
importância em galinhas e perus. 
 
Responsável pela artrite viral 
O orthoreovirus já tem uma estrutura 
um pouco diferente. Ele possui mais 
de 1 capsídeo. Isso é uma estratégia 
viral. 
Os orthoreovirus vão estimular resposta imune 
diferente da resposta que é estimulada pelos 
reovirus original. 
 
Eles são muito difíceis de eliminar no ambiente. 
Ele é resistente até a solvente de lipídios. 
 
Mas ele é sensível à ação do sol. 
 
Então, ele é um virus dificil de fazer controle 
ambiental. 
 
 
ORBIVIRUS 
 
 
• Infectam uma variedade de vertebrados, incluindo ruminantes domésticos e selvagens, equídeos, 
roedores, morcegos, primatas, marsupiais e aves. 
É extremamente prejudicial a animais de produção. Podem desenvolver glossites. 
 
• São primariamente transmitidos por vetores ARTRÓPODES 
Se a sua principal transmissão é feita por artrópodes, temos um arbovirose. Pode ser mosca, mosquito, 
carrapato. 
 
• São resistentes a solventes lipídicos e sensíveis a desinfetantes a base de iodóforos e fenóis. 
 
• Estáveis sob pH entre 6,5 e 8. 
 
• O congelamento pode reduzir até 90% a infectividade viral. 
 
Quando o ruminante está pastejando, o artrópode vai se alimentar com sangue, ou seja, fazer o seu 
repasto, e ai acaba transferindo. 
 
 
Esses animais eles vão se 
apresentar com alterações de 
edema, necrose. Na imagem A 
podemos ver uma artrite viral 
provocada por um orthoreovirus. 
Os animais tem dificuldade em 
caminhar, sentem dor. Então 
podemos observar que no 
mamífero ele acometeu mais 
entérico e respiratório. Aqui na 
ave, já está mais associado a 
articulações. 
Esse orbivirus é um grupo viral que possui uma 
estrutura de capsídeo: externo, interno e 
intermediário. Possui então 3 capsídeos mas não 
possui envelope. 
 
Isso favorece a sua resistência no ambiente. 
 
Essas espécies são arbovírus, então precisamos nos preocupar com o mosquito, com o carrapato, a 
mosca. 
 
Acima, podemos ver que as espécies de orbivírus podem ser transmitidas por mosquitos pulicídios, 
anopheles, flebotomínions, carrapatos. 
 
Existe uma diversidade tão grande de orbivírus que ela pode afetar: humanos, ruminantes, roedores, 
preguiças, aves marinhas, morcegos. Uma diversidade absurda de espécies. 
 
Observação: todas as espécies de orbivírus são transmitidos por vetores. Então é necessária a atenção 
com o ambiente, no quesito controle vetorial. Pois se temos mosquito, temos, a possibilidade de 
contaminação pelo vírus. 
 
VÍRUS DA LÍNGUA AZUL (BTV) 
 
• Arbovírus 
  É transmitido por picada de mosquitos (Culicoides ou “mosquito pólvora”) 
São mosquitos pequenos, que lembram os pequenos mosquitos que são encontrados quando está 
chovendo. Porém esse daquié hematófago, ou seja, se alimenta de sangue. 
 
• Doença infecciosa, não contagiosa, que afeta ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos, cervídeos e outros 
herbívoros 
É um vírus infeccioso, porém não contagioso pois gera a infecção no animal, ou seja, vai haver um 
agente que vai se replicar no organismo, promovendo então a infecção, porém, não é contagioso por 
exemplo, por contato entre os animais. O animal infectado não infecta o outro simplesmente pela saliva 
contaminada, com bebedouro. O bovino é fonte de infecção para outro pois as fêmeas do mosquito são 
hematófagas e aquele bovino infectado vai ser fonte de alimentação para elas e assim elas se infectam e 
ai sim transmitem a infecção para outros animais. 
 
• Doença de notificação obrigatória segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/ OIE) 
É uma doença de controle pela Organização Mundial de Saúde Animal. Paises que possuem blue tongue 
não conseguem exportar. Ninguem quer. 
Os produtos animais derivados de ruminantes precisam estar livres de BTV (blue tongue virus). 
 
• Amplamente distribuída nas áreas tropicais e subtropicais em todos os continentes. 
 
• Apenas as fêmeas dos mosquitos são hematófagas. 
 
• Após o repasto, o vírus se multiplica nas glândulas salivares e em tecidos intestinais do inseto. Assim 
pode ser transmitido a um novo hospedeiro quando se alimentar novamente. 
 
• Nos ovinos e caprinos a viremia dura em média 28 a 41 dias. 
 
• Nos bovinos pode persistir por mais de 100 dias. 
A virulência dura 100 dias. O tempo de viremia é altíssimo e isso permite que milhares de outros animais 
serem infectados. Por isso que os animais positivos precisam ser sacrificados. 
 
 
 
 
 
 
• Os sinais clínicos quando aparecem, tanto nos animais domésticos como nos selvagens, incluem uma 
resposta febril caracterizada por inflamação e congestão, edema e hemorragias faciais e ulceração das 
membranas mucosas. 
 
É como se o animal tivesse a boca cheia de afta. 
 
• Em casos graves a língua pode apresentar hiperemia intensa e tornarse edematosa e protuberante e 
em casos severos pode ficar cianótica. 
Hiperemia (congestão sanguínea, aumento do fluxo sanguíneo para uma parte do corpo) intensa e 
acaba atrapalhando na alimentação, respiração, e a língua fica cianótica, ou seja, azulada. Por isso que 
chamamos de Língua Azul. Vale a pena lembrar que a língua é primordial para a alimentação do boi. Ele 
faz a apreensão dos alimentos com a língua. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Sinais clínicos. 
É importante. Devemos observar se há edema. 
 
• Diagnóstico sorológico: IDGA e ELISA. 
Podem ser realizados os testes sorológicos de difusão e Elisa. 
 
• Inoculação em ovos embrionados, seguidos do cultivo em células BHK. 
Aqui já temos algo mais específico. 
 
• Baço, medula, coração e linfonodos mesentéricos são os tecidos de escolha a serem coletados em 
animais submetidos à necrópsia. 
Quando temos um animal morto coletamos órgãos linfoides (baço, medula linfonodo), coração para 
serem levados para a análise histopatológica. 
 
A imunodifusão é 
um teste sorologico 
que tem como 
objetivo observar a 
difusão do anticorpo 
em direção ao 
antígeno quando 
temos um positivo. 
Temos um gel de 
agarose e nele 
fazemos 
buraquinhos. 
Nesses buraquinhos é colocado o antígeno purificado. Temos o soro padrão que será o parametro de 
como será a reação quando o animal é positivo. Observamos então uma linha branca pois os anticorpos 
que estão no soro padrão vão de encontro ao antígeno. Ao lado temos a amostra que positivou, pois 
podemos observar a linha branca. 
O resultado será negativo quando não formar a linha, pois o animal não possui anticorpos para reagir ao 
antígeno. 
 
CONTROLE E PROFILAXIA 
 
•Controle dos vetores com inseticidas. 
Como por exemplo, brinco repelente. 
 
•Sacrifício dos animais infectados seguida de desinfecção rigorosa. 
 
•Controle do movimento de animais. Separação de ovinos e bovinos, reduzindo a possibilidade dos 
vetores disseminarem a infecção entre essas espécies. 
 
•Regras rígidas de importação e quarentena, acompanhado de 2 a 3 testes sorológicos. 
 
•Vacinas virais atenuadas. 
 
•Vacinas polivalentes. 
 
•Em todos os países onde são utilizadas as vacinas, apenas os ovinos tem sido vacinados. 
 
•No Brasil não existem vacinas disponíveis. 
 
 
 
 
ROTAVIRUS 
 
 
 
 
• Provocam sinais clínicos somente quando acomete animais jovens. 
Pois o jovem ainda está com o processo de construção da resposta imune 
 
Em adultos, a infecção é assintomática. 
 
 
Podem ser portadores e transmissores do vírus para indivíduos jovens da mesma espécie 
 
• Dependendo da virulência da cepa infectante, do grau da resposta imune do hospedeiro e da idade, 
algumas infecções em adultos podem ser acompanhados de diarreia. 
Ou seja, animal imuno suprimido, animal estressado, mal alimentado, podem apresentar sinal clínico. 
 
• Produzem perdas econômicas consideráveis 
 
• É o principal agente etiológico do complexo “diarreia neonatal bovina e suína” – filhotes de suínos e de 
bovinos. 
É um virus importante para a 
veterinária 
 
Um dos principais vírus entéricos. 
Ataca o intestino de diferentes 
espécies. Aves, humanos, mamíferos 
não humanos. 
 
As infecções agudas são, com 
frequência, acompanhadas de diarréia, 
desidratação, desequilíbrio eletrolítico e 
acidose. Afeta principalmente filhotes. 
 
Estão amplamente distribuídos na 
natureza e provocam infecções em 
mamíferos domésticos, 
silvestres e aves. 
 
O que pode ser um perigo, pois: 
PATOGENIA E SINAL CLÍNICO 
 
• Realizam seu ciclo replicativo no interior, culminando com a lise e descamação do epitélio intestinal e 
posterior infecção de novos enterócitos. 
Sem célula intestinal viável, não ocorre absorção, e sem absorção, se tem uma deficiência nutricional. 
 
• Como eles também possuem atividade enzimática, com sua lise há deficiência na liberação da enzima 
lactase, com consequente falha na digestão da lactose. 
• Associada com a má absorção, a lactose não digerida entra em fermentação por ação de bactérias, 
intensificando a diarréia por aumento da P. osmótica na luz intestinal. 
• Infecção por rotavírus - “curso branco” – presença de leite não digerido nas fezes diarreicas. 
 
A produção da lactase fica comprometida. Se pensarmos em um filhote sem lactase, tem diarreia, afinal 
sua alimentação é o leite materno da mãe. 
Então temos a síndrome da má absorção, uma diarreia por fermentação de lactose e uma diarreia 
osmótica extremamente importante, pois há perda de agua e elitrólitos. Por isso a diarreia por rotavirus 
é chamada de curso branco. Percebemos nas fezes do animal que está leite puro. Não está havendo a 
digestão. Então diante de fezes assim suspeitamos que seja rotavírus. 
 
• A transmissão dos rotavírus ocorre principalmente pela via fecal-oral, por meio de partículas virais. 
A infecção ocorre por contato, ou seja, é infecto contagiosa. A diarreia está cheia de partículas virais. O 
outro filhote que está por perto entra em contato com essas fezes e ai pode se infectar. A diarreia não é 
certeza, é apenas suspeita. Algumas doenças metabólicas também podem levar a deficiência da lactase. 
 
Possuem tropismo por células do ID. 
 
A diarréia ocasionada também é conhecida como diarreia por má absorção. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Exame laboratorial incluem fezes e conteúdo intestinal. 
• A ME (microscopia eletrônica) é muito eficiente na detecção do vírus, uma vez que a morfologia típica 
do rotavírus permite sua identificação sem a necessidade do uso do soro hiperimune (imunomicroscopia 
eletrônica) – porém é um exame extremamente caro. 
• Os testes imunoenzimáticos (ELISA) são um dos métodos mais utilizados no diagnóstico da rotavirose 
animal. – no entanto aqui no Brasil, na produção animal, pouco se faz exame. O diagnóstico é por 
exclusão. 
• O isolamento viral em cultivo celular. 
 
 
 
CONTROLE E PROFILAXIA 
 
• Isolamento dos animais infectados 
• Criaçãode animais de faixas etárias uniformes – respeitar o manejo por idade, pois os adultos podem 
ser assintomáticos, e estar liberando os vírus. 
• Desinfecção de instalações 
• éter, clorofórmio - RESISTE 
• FORMOL, CLORO, GLUTARALDEIDO, ETANOL 95% - SENSÍVEL 
• Rodízio de piquetes de parições em rebanhos bovinos de criação extensiva 
 
• Nos mamíferos domésticos, os Ac. rotavírus-específicos podem prevenir a incidência da doença nos 
neonatos ou reduzir a gravidade da diarréia. – Para rotavírus existe vacina. 
 
O vírus entra no enterócito e se 
replica no citoplasma. Quando 
ele vai sair, ele destrói o 
enterócito liberando os vírions. 
Esses vírions liberados são 
capazes de infectar novos 
enterócito. 
Ao lado direito temos uma 
microscopia eletrônica, 
mostrando como o rotavírus é. 
• Preconiza-se a vacinação das fêmeas gestantes com vacinas inativadas para garantir altos títulos de 
anticorpos específicos no colostro. 
 
• Administrar uma única dose (2 mL) para cada gestação, entre a 12ª e 3ª semana que antecedem 
a data prevista para o parto. 
 
 
PARVOVIRIDAE 
 
Saindo do rotavirus, outro vírus importante para a veterinária e que também atinge intestino é o 
parvovirus. Ele é da família parvoviridae. 
 
• Pequenos, não envelopados, icosaédricos, de DNA 
• Afinidade por células em rápida divisão sob ativa síntese de DNA 
– São espécie-específicos 
– Infectam grande variedade de células do hospedeiro 
 
 
 
 
 
 
 
A família parvoviridae ela tem 
subfamílias. Dentro delas temos 
diferentes espécies virais, temos 
ordens diferentes. 
 
Temos dois tipos de parvovirus que 
merecem aqui destaque: 
 
O bocaparvovirus que acomete 
bovinos e o cachorro e o 
protoparvovirus que acomete cães, 
gatos e porcos. Acometem de 
formas diferentes. 
Ao lado temos uma estrutura de 
árvore filogenética que mostra pra 
gente a relação filiar da 
parvoviridae. O bocaparvovirus e o 
protoparvovirus, eles tem o 
mesmo ponto de diferenciação. Ou 
seja, possuem ancestral comum. 
Talvez por isso a possibilidade de 
parecem em alguns momentos 
como estrutura viral e hospedeiros 
semelhantes. 
O parvovirus gosta de células que 
apresentam alta multiplicação, então ela 
tem um percentual alto de divisão celular. 
Muito facilmente filhotes tem parvovirus, 
pois eles estão em fase de 
desenvolvimento. Esse potencial de 
divisão, de replicação, está a todo vapor, 
principalmente no intestino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O parvovirus vai utilizar o citoplasma 
da célula. Vai entrar fazendo a 
disseção, depois ele desnuda e entra 
no núcleo. Ele usa o citoplasma pra 
fazer essa penetração e fazer o núcleo. 
E no núcleo ele utiliza o maquinário 
para fazer os vírions. 
depois de pronto ele atinge o 
citoplasma, rompe a célula e vai ser 
liberado. 
 
 Observou-se que o parvovirus evoluiu, 
ampliando a sua patogenicidade, a sua 
virulência. O CPV-2 (Parvovirus canino do tipo 
2) ele pode ter sido originado do vírus 
parvovirus felino e o mustelídeo é apresentado 
como ancestral comum do CPV. 
 Chegando nos cães ele matou muitos cães. 
 Hoje temos uma variante de parvovirus que 
é capaz de infectar tanto cães quanto gatos. 
 O parvovirus felino é responsável pela 
doença panleucopenia felina. 
 Acomete a medula dos felinos. 
 Podem apresentar uma infecção 
subclínica ou a depender do gato, por 
exemplo gato estressado, coletado na rua, 
e que vive em gatis aglomerados, eles 
sofrem mais pressão imunológica e podem 
acabar desenvolvendo essa doença. 
 
 
 
 
O parvovirus felino afeta muito o cerebelo então o indivíduo pode apresentar alterações de caminhar, 
ele apresenta ataxia, um “andar de bêbado”. Tem alterações neurológicas importante e pode vir a óbito. 
 
Animais ja na 6ª semana de vida até o 6 mês, costumam apresentar alterações intestinais. É a enterite, 
diarreia característica de parvovirose – é uma diarreia sanguinolenta. A destruição de enterócitos é tão 
violenta que ele não tem reabsorção de nutrientes. Diarreia osmótica muito volumosa e varias vezes. 
 
O gato tem panleucopenia, ou seja, destruição das células brancas. Ele fica completamente predisposto 
a infecções bacterianas. As diarreia é composta de sangue e fragmentos do epitélio intestinal e as fezes. 
 
 
 
O canino tem um tropismo por 
células intestinais. Causa diarreia 
em filhotes com idade inferior a seis 
meses. Dai a importância de vacinar 
essas mães. O anticorpo materno 
protege os filhotes também, através 
do colostro. 
após 8 semanas, 2 meses de vida, ja 
temos um nível menor de anticorpo 
maternal, por isso deve ser feita a 
primeira dose da vacina. 
 Algumas raças são mais frágeis: 
dobberman, rottwailer, pastor 
alemão, labrador, american bull. 
O parvovirus felino e 
canino gosta de células 
com alto potencial 
mitótico. Então ele 
pode por exemplo, 
atingir coração. 
Quanto mais novo for 
o filhote, mais fácil ele 
poderia apresentar 
uma miocardite. Ele 
vem a óbito muito 
rápido, por conta da 
não vacina do filhote e 
da mãe. 
pode afetar coração – 
provocando 
miocardite. 
Na imagem A temos um 
epitélio normal enquanto no 
B um epitélio destruído pelo 
parvovirus. 
 
 
O PCR também é usado quando não se tem certeza do teste sorológico. Mas somente com um positivo 
no sorológico já se sabe que se trata de parvo e já é iniciado o tratamento de suporte para os sinais 
clínicos. 
 
 
 
Existe uma discussão de utilização de prebiotico e probiotico para auxiliar a microbiota intestinal. 
Lembrar que é uma doença infecto contagiosa. Deve ser atendida em uma sala separada. 
 
Existe teste rápido que 
pode ser feito para o 
diagnóstico de 
parvovirus. São bem 
utilizados na clínica. 
Existem alguns testes 
que avaliam a 
presença de 
anticorpos e outros 
que avaliam a 
presença de antígenos. 
 Pode ser feito 
isolamento e cultura 
porém é muito 
específico e pouco 
feito na rotina. 
 
Animal que possui 
positividade para 
parvo, precisamos 
nos preocupar 
ainda com hepatite 
e coronavirose. 
Pois são vírus que 
afetam o trato 
gastrointestinal e 
potencializam a 
parvo. 
 Animais 
parasitados com 
helmintos também 
pode ter o quadro 
de parvo agravado 
CORONAVIRIDAE 
 
 
 
É um virus envelopado. Possui em seu envelope estruturas proteicas ligantes chamadas de spike protein 
(espículas), e é ela que se liga a célula do hospedeiro. E ai depois dessa ligação ela faz a sua dissociação. 
Na veterinária ele causa doença entérica. 
 
É importante que saibamos que a família coronaviridae é composta por diferentes tipos virais e pode 
afetar diversos animais, desde mamíferos aquáticos até humanos. 
 
 
 
 O alphacoronavirus não é transmitivel para humanos. Ja o beta ele sim afeta trato respiratório de 
humanos, e aqui entra o sars cov tipo 2. Mas não acomete somente o trato respiratório. Pode causar 
alterações circulatória significantes, alterações cardiovasculares, renal. Afeta diferentes tecidos pois o 
vírus tem o receptor capaz de se ligar a enzima conversora angiotensina que está espalhada em vários 
tecidos. 
 Enquanto o receptor do vírus alpha, é o aminopeptidase N que é diferente. Esta associado ao trato 
digestivo. 
 
 
Quando estamos 
falando de coronavírus 
estamos falando de 
uma família e que é 
composta de diferentes 
tipos, gêneros. 
 A família 
coronaviridae se divide 
em alpha e 
betacoronavirus. 
 o coronavirus com 
relação a veterinária é o 
alphacoronavirus que 
causa a gastroenterite 
em cães e a peritonite 
infecciosa felina em 
gatos. 
• Coronavírus CANINO – também é chamado de CCoV 
 Infecta células do intestino 
• Coronavírus FELINO –também é chamado de FCoV 
 FCoV – enterite – mas pode ocorrer uma mutação desse Coronavírus que causa a 
peritonite infecciosa FIPV – peritonite 
 
CORONAVIRUS canino 
 
Promove uma destruição das células do intestino. Podemos observar que o cão positivo para 
coronavirus, positivo para parvovirus não está nada bem, pois ambos causam destruição das células 
intestinal.E um potencializa o outro. Tanto que quando vamos fazer o diagnóstico, fazemos para ambos. 
 
• Apoptose de células do intestino delgado 
• Diarreia, vômito, anorexia 
• Complicações quanto ocorre co-infecção com Parvovírus 
• Período de incubação 
• 1 a 3 dias 
• Altamente contagiosa 
• Fezes 
 
CORONAVIRUS felino 
 
• Peritonite infecciosa felina (PIF) 
• Colônias de alta densidade 
• 90% gatos de colônias – 5%-20% apresentação clínica 
• 30% gatos únicos 
• Gato entre 3 meses e 3 anos 
• Via de transmissão feco-oral (outras secreções?) 
• Avaliar co-infecção por Feline leukemia virus (FeLV) e Feline immunodeficiency virus (FIV) – pois 
FIV e Felv potencializam o Pif. Os animais fiv e felv positivos apresentam um quadro de 
imunossupressão absurdo. 
 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
 
 PIF EFUSIVA ou ÚMIDA 
 (pois provoca uma) Vasculite (inflamação nos vasos) 
O animal pode apresentar: 
 Efusões 
 Ascite 
 Pericárdica 
 Pleural 
 Escrotal 
O animal vai acumulando fluidos em vários regiões corporais, por isso inclusive esse nome PIF úmida. 
 
 PIF SECA ou NÃO-EFUSIVA 
Aqui não tem formação de edema. Podem ter lesões piogranulomatosas. 
 Lesões piogranulomatosas - Lesões muito inflamadas, cheio de fibrina e de pus. 
Pode afetar: 
 SNC 
 Olhos 
 Órgãos parenquimatosos (órgãos sem lumen, como baço, fígado, ovários, glândulas endócrinas) 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO E PROFILAXIA 
 
 
 
Aqui no brasil não temos a vacina para a mutação do corona vírus que causa a pif. 
 
 
 
Ao lado temos um quadro neurológico que 
pode trazer uma meningoencefalite não 
supurativa, ou seja, sem a presença de pus.

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