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Aflatoxina

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Doenças Bacterianas e Micóticas 
Aflatoxinas
INTRODUÇÃO 
São toxinas produzidas pelos fungos 
Aspergillus, que acomete animais e 
humanos. Principalmente produzida pelos 
Aspergillus flavus. 
Micotoxina: 
 Mikes: fungo 
 Toxicum: veneno 
Histórico: 
 Início em 1960 - na Inglaterra 
o Intoxicação de aves tratadas com 
rações à base de amendoim 
provenientes do Brasil e da 
África. 
o “Turkey - X Disease“ (morte de 
milhares de aves)  
o Aspergillus flavus  
principalmente 
Produzidas por: 
 Fungos do gênero Aspergillus 
 Espécies produtoras: 
o Aspergillus flavus 
o Aspergillus parasiticus 
o Aspergillus nominus 
 Aspergillus flavus 
 B1 e G1 
 Aspergillus parasiticus 
 B1, B2, G1 e G2 
ALIMENTOS SUSCEPTÍVEIS 
 Amendoim 
 Milho armazenado 
 Canjica, quireras e resíduos. 
 Semente de algodão 
 Centeio 
 Trigo 
 Nozes 
 Castanha do Pará 
 Pistache 
 Avelãs 
 Ervilha 
 Semente de girassol 
 Sementes oleaginosas 
 Aveia 
 Arroz 
 Soja 
 Algumas frutas secas 
 Chás 
Amendoim: 
 Elevada ocorrência do fungo e da 
aflatoxina: 
• Chuvas no período de secagem 
dos grãos. 
• Amendoim ensacado e 
armazenado com umidade elevada. 
• Amendoim umedecido depois de 
estar seco. 
 
 
Doenças Bacterianas e Micóticas 
Milho: 
 Favorecimento: 
• Debulha manual  contato com as 
mãos umedecidas. 
• Ensacado e armazenado com 
umidade elevada 
• Umedecimento do produto depois 
de seco 
CARACTERÍSTICAS 
 Efeito cumulativo 
 Dose dependente  mais toxinas maior 
o prejuízo. 
 Frequência de ingestão dependente 
 Altamente toxigênica 
 Hepatotóxica 
 Nefrotóxica 
 Carcinogênica 
AFLATOXINA B1 
 Mais tóxica 
 Maior poder carcinogênico 
 Mais frequentemente encontrada nos 
alimentos 
 Genotóxica – agente mutagênico 
PATOGENIA 
Sofre rápida absorção pelo trato 
gastrointestinal, ou seja, possuem elevada 
toxicidade  chega a circulação e se ligam 
reversivelmente à albumina  Formas 
ligadas e não ligadas espalham-se pelos 
tecidos  Principalmente o fígado. 
No fígado vão sofrer biotransformação 
pelo sistema microssomal hepático em 
metabólitos muito tóxicos produzindo 
aflatoxina B2a e 2,3 – epóxido de 
aflatoxina. Esses dois metabolitos vão se 
ligar de maneira covalente com 
constituintes intracelulares, como DNA e 
RNA alterando a síntese proteica no tecido 
hepático. 
 
A aflatoxina B2a causa a inibição de 
enzimas no interior do fígado levando a 
diminuição de proteínas o que pode levar a 
imunossupressão e diminuição de alguns 
fatores da coagulação, como os fatores 2 e 
7 da coagulação. 
A epoxidação da aflatoxina leva a formação 
do metabolito 2,3 – epóxido de aflatoxina, 
o qual é bastante tóxico, que se liga ao 
material genético de forma covalente 
levando a mutagênese, teratogênese e 
carcinogênese. 
SINAIS CLÍNICOS 
Humanos 
 Toxicidade crônica da aflatoxina: 
o Imunossupressão 
o Câncer primário no fígado 
• Câncer hepatocelular (CHC) 
o Hemorragias 
o Morte 
Doenças Bacterianas e Micóticas 
Perus e marrecos: 
 Fígado aumentado com zonas de 
necrose periportal 
 Proliferação dos dutos biliares 
 Hepatomas / Hemorragia 
 Anorexia 
 Fraqueza de pernas e asas 
 Morte 
Frangos: 
 Redução do crescimento 
 Fígado e rins descoloridos, 
despigmentados, e um pouco aumentados 
de volume. 
 Fibrose hepática 
 Acúmulo de gordura no fígado (até 68% 
de aumento em frangos de corte). 
 Diminuição da produção de ovos 
 Gema pálida 
 Ovos menores 
 Casca frágil 
 Desenvolvimento menor dos embriões 
 Redução do ganho de peso 
Suínos: 
 Necrose centrolobular 
 Fibrose hepática 
 Proliferação dos dutos biliares 
 Problemas nos rins 
 Hemorragias 
 Ataxia 
 Menor peso das crias e menor taxa de 
sobrevivência 
 Perda de peso 
 Morte 
USO DE ADSORVENTES 
São adicionados nas rações para impedir a 
absorção das toxinas para o trato 
gastrointestinal das aves. 
NÍVEIS DE TOLERÂNCIA 
 Limite máximo da somatória de: 
o AFB1 + AFB2 + AFG1 + AFG2 = 50 
μg/kg 
 Válido para qualquer produto - para 
alimentação direta ou como ingrediente 
para rações. 
 
CONTROLE 
Evitar que os fungos encontrem condições 
favoráveis de crescimento: 
o No campo 
o Na estocagem 
Uso de inibidores de crescimento fúngico 
em grãos armazenados: 
o Ácido sórbico, ácido propiônico, 
acético e fórmico, na forma de 
seus sais de sódio, cálcio ou 
potássio. 
o Propionato de cálcio é o mais 
utilizado em rações avícolas.

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