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Sabrina Angheben │ Ginecologia e Obstetrícia Semiologia Ginecologia e Obstetrícia Exame de mamas Inspeção ● Prévio ao exame físico - Obter consentimento da paciente - Adequar iluminação e privacidade - Solicitar acompanhamento por profissional de saúde - Especialmente se examinador do sexo masculino ● Inspeção estática - Posição da paciente - Sentada com os braços repousados ao lado do tórax despido - Analisar - Simetria - Abaulamentos - Retrações - Alterações de pele - Aréolas - Mamilos ● Inspeção dinâmica - Posições da paciente - Braços elevados - Mãos sobre as cristas ilíacas e ombros anteriorizados - Braços e tórax para frente - Análise dos mesmos aspectos da inspeção estática Palpação ● Linfonodos - Posição - Apoiar o braço da paciente sobre o braço ipsilateral do avaliador e palpar os linfonodos com a mão contralateral - Cadeias - Axilares - 4 posições - Umeral - Posterior - Mamilar - Inferior - Supraclaviculares - Infraclaviculares ● Mamas - Posição paciente - Decúbito dorsal com ambas as mãos atrás da cabeça - Palpação superficial e profunda - Todos os quadrantes no sentido horário - Da aréola até completar a área da mama ● Expressão mamilar - Realizar nos dois sentidos - Observar se há secreção de líquido - Caso haja, considerar manobra positiva - Descrição do aspecto da secreção - Cor - Hialina, leitosa, sanguinolenta e etc - Espontânea ou induzida - Uni ou poliductal Descrição de nódulo (mnemônico LOTAFODECOMOSEN) ● Localização - Conforme quadrante ● Tamanho - Tentar aproximar em pelo menos duas dimensões, em centímetros - Considerar 1 polpa digital = 1 cm ● Formato - Oval, arredondado ou lobulado ● Delimitação - Bem ou mal delimitado ● Consistência - Fibroelástica - Firme - Endurecido - Pétreo - Amolecido ● Mobilidade - Móvel, pouco móvel ou fixo ● Sensibilidade - Doloroso ou indolor Características à palpação Benignidade Pele livre, descarga papilar poliductal, provocada e/ou bilateral, linfonodos pouco palpáveis, axilas livres, nódulos móveis e fibroelásticos Malignidade Pele aderida, descarga uniductal, serosanguinolenta e/ou espontânea, linfonodos aumentados de volume e palpáveis, nódulos fixos e/ou endurecidos BI-RADS Exame genital Inspeção ● Prévio ao exame físico - Obter consentimento da paciente - Adequar iluminação e privacidade - Solicitar acompanhamento por profissional de saúde - Especialmente se examinador do sexo masculino - Explicar realização do exame ● Posição - Ginecológica - Se pernas suspensas sobre perneiras, pode ser chamada de litotomia - Genupeitoral ● Externa - Ânus - Períneo - Vulva - Monte de púbis - Grandes lábios - Pequenos lábios - Meato uretral - Intróito vaginal - Fúrcula vaginal - Clitóris - Glândulas - Geralmente não são visíveis e palpáveis, apenas em casos patológicos - Bartholin (4 e 8 horas, na região da fúrcula) - Skene (parauretral) Principais patologias genitais ● Líquen plano vulvar - Caracterização - Placas eritematosas ou pápulas, descamativas ou erosadas, na região vulvar - Principal manifestação - Prurido - Localização - Geralmente na face interna dos lábios menores ● Líquen escleroso e atrófico genital - Dermatose inflamatória crônica e benigna - Epidemiologia - Comumente mulheres adultas no período pós-menopausa - Clínica - Prurido associado à pápulas branco-nacaradas, que podem agrupar e formar aspecto apergaminhado ● Herpes genital - Clínica - Lesões vesiculares múltiplas, eritematosa, pruriginosa e dolorosa ● Cancro duro - sífilis - Clínica - Úlcera única e indolor, com bordas regulares - Causado pelo Treponema pallidum ● Cancro mole - IST - Clínica - Úlceras múltiplas, dolorosas, com edema e bordas irregulares - Odor fétido - Pode haver tecido de granulação e pus - Causado pelo Haemophilus ducreyi ● Pólipo endovaginal - Clínica - Metrorragia - Sacramentos fora do período menstrual - Projeções da mucosa dentro do colo ou porção externa do colo https://www.suprema.edu.br/arquivos.downloads/dst.pdf Especular ● Colocação do espéculo - Se necessário, o espéculo pode ser lubrificado - Afastar os grandes lábios - Introduzir com a mão dominante, mantendo “borboleta” para baixo, em sentido oblíquo - Introduzir, deixando em posição horizontal - Após a avaliação, fechar parcialmente e retirá-lo com movimento inverso - Descartar e higienizar as mãos ● Inspeção genitálias internas - Parede vaginal - Superfície rugosa ou não - Presença de hímen ou carúnculas himenais - Colo uterino - Tamanho - Forma - Posição - Cor - Forma do orifício externo - Puntiforme - Em fenda - Características do muco endocervical - Presença de lesões - Fundo de saco Exemplos Vagina normal em menacme: Parede rósea, rugosa e trófica Colo uterino róseo, liso, regular, elástico, indolor, móvel, orifício puntiforme Corrimentos vaginais ● Etiologias - Fisiológicas - DM - Gestação - Fase hormonal - Patológicas - Infecções - Alergias - Traumas - Neoplasias ● Caracterização ● Secreção vaginal fisiológica - Inodora - Coloração clara, branca ou levemente amarelada - Consistência viscosa ou não - Aspecto homogêneo ou discretamente grumoso - pH menor que 4,5 - Comumente entre 3,8-4,2 - Ausência ou pouca quantidade de leucócitos ● Vaginose bacteriana - Agente etiológico - Gardnerella vagilanes - Bacteroides sp - Mobiluncus sp - Mycoplasmas - Fisiopatologia - 40-50% dos casos por desequilíbrio da microbiota vaginal - Lactobacilos diminuem - Microbiota anaeróbia aumenta - Diagnóstico - Corrimento homogêneo, amarelado ou branco acinzentado e bolhoso - Sem irritação - Fétido - Ocorre principalmente após coito ou no período menstrual - Tratamento - Metronidazol dose única 2g VO - Pode ser esquema de 500mg 12/12h por sete dias, VO - Alternativos - Secnidazol ou tinidazol dose única 2g - Clindamicina 300mg 12/12, 7 dias ● Tricomoníase - Agente etiológico - Trichomonas vaginalis - Protozoário flagelado - Características - É uma IST - 10-25% dos casos são vaginais - Acomete vulva, vagina e cérvice - Homem costuma ser assintomático - Diagnóstico - Corrimento fétido, abundante, amarelo/esverdeado, bolhoso - Dor local - Dispareunia, prurido e irritação vulvar - Sintomas urinários - Tratamento - Tratar parceiro - Metronidazol dose única 2g VO ou 500mg 12/12 por 7 dias VO - Alternativos: - Secnidazol ou tinidazol dose única 2g; - Evitar uso de álcool e relação sexual - Repetir citologia oncótica após o tratamento ● Candidíase - Agente etiológico - Candida albicans (90%) - C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis - Fatores predisponentes - Gravidez - DM, obesidade, AIH, ACO - Uso de antibióticos sistêmicos - Higiene, roupas justas, contato com irritantes - Baixa imunidade e fatores psicoemocionais - Diagnóstico clínico - Prurido vulvovaginal - Disúria - Dispareunia - Corrimento branco, grumoso, inodoro, aspecto caseoso, aderido à mucosa - Hiperemia e edema vulvar - Candidíase vulvar - Fissuras da vulva, vagina e colo - Placas brancas ou acinzentadas aderidas à mucosa - Tratamento - Tópico ou sistêmico - Itraconazol 100mg VO, 2 pela manhã e 2 à noite - Fluconazol 150mg VO dose única - Cetoconazol 200mg VO, 5 dias, sendo 2 por dia - Miconazol, clotrimazol, terconazol, isoconazol de 5-7 dias - Nistatina 10.000 UI VV por 14 dias - Não necessita tratar parceiros, apenas em caso de sintomáticos ou recidivantes - 4 episódios/ano → investigar Manobras ● Incontinência urinária - Manter gaze ou algodão no meato uretral e pedir para paciente fazer valsalva - Observar perda de urina ● Prolapsos ou distopia genital - Prolapso uterino - Ocorre por lesão ou adelgaçamento dos ligamentos cardinais e uterossacros - Ocorre congestão → Edema → Fibrose → Hipertrofia de colo - Classificação - Grau 1 - Há descida, porém o colo não é evidenciado na vulva - Grau 2 - O colo desde e alcança a posição da vulva - Grau 3- Colo ultrapassa os limites da vulva em até 1 cm - Grau 4 - >1 cm de exteriorização - Cistocele - Consiste no prolapso da parede vaginal anterior - Retocele ou enterocele - Prolapso da parede vaginal posterior Toque genital ● Unidigital - Porção inferior da uretra - Glândulas de Skene e Bartholin - Tônus perineal ● Bidigital - Utilizar dedo médio e indicador da mão dominante - Vagina - Comprimento - Elasticidade - Paredes - Presença de alterações - Colo uterino - Forma - Consistência - Mobilidade - Sensibilidade - Superfície - Orientação - Contorno - Orifício externo - Normal - Cilíndrico, elástica, móvel, indolor, liso, central e regular - Fundo de saco - Abaulamento - Sensibilidade - Anexos - Buscar massas ● Bimanual - Utilizar mão dominante na vagina - Tentar imobilizar o fundo uterino - Volume - Consistência - Forma - Contorno - Mobilidade - Superfície - Sensibilidade - Normal em nuligestas - Piriforme - 7 cm (30-90 cm³) - Móvel - Indolor - Comumente antevertido Toque retovaginal - Não é rotina - Indicações - História de episiotomia e laceração - Suspeita de câncer - Suspeita de fístula retovaginal - Não pode utilizar mesma luva do toque vaginal - Procedimento - Indicador na vagina e dedo médio no ânus, fazendo movimento de tesoura - Após isso, fazer movimento circular no ânus, buscando massas Colpocitologia oncótica cervical ● Observações gerais - Em gestantes, o ideal é fazer até a 34ª semana - Após o parto, aguardar de 6 a 8 semanas para realização do exame - Além de identificar células precursoras do câncer de colo uterino, pode identificar outras alterações, como clamídia, sífilis, gonorréia, candidíase, tricomoníase e HPV - Espátula de Ayre: ectocérvice - Porção maior encaixa no orifício - Escova endocervical, endocérvice - Inserir ⅔ Rastreamento ● Rastreio geral - Rastreamento se inicia aos 25 anos para mulheres que já realizaram atividade sexual - Em caso de resultado normal - 2 primeiros exames anuais - Após isso, a cada 3 anos - Os exames devem ser realizados até os 64 anos nas mulheres sem doença neoplásica prévia, com dois últimos exames negativos - Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos - Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais - Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero - Gestantes devem seguir recomendações da faixa etária RASTREIO GERAL Início Iniciar aos 25 para mulheres que já realizaram atividade sexual Fim Até 64 anos sem neoplasia prévia, com últimos dois exames negativos RASTREIO IMUNOCOMPROMETIDAS Início Após primeira atividade sexual Periodicidade normal Enquanto perdurar o comprometimento imune Dois primeiros semestrais, após isso anual Semestral enquanto CD4+ <200 células mm³ ● Rastreio pós-histerectomia - Histerectomia total por lesão benigna - Confirmar que não há história de lesão de alto grau - Dispensar do rastreio - Histerectomia por lesão precursora de CA ou CA de colo - Acompanhar conforme lesão específica CONTRAINDICAÇÕES - A utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta - Prejudica amostra - Não deve ser feito no período menstrual Procedimento - Anotar nome da paciente na parte fosca da lâmina - Coletar conteúdo ectocérvice→ vertical ao lado fosco - Coletar conteúdo endocérvice → horizontal - Após dispersar material na lâmina, fixar imediatamente Conduta conforme resultado ASC - células escamosas atípicas de significado indeterminado - Representa uma resposta exacerbada a uma inflamação ou amostra não representativa da lesão ● ASC-US - Células escamosas atípicas de significado indeterminado possivelmente não neoplásicas - É responsável por 90% dos casos de ASC - Pode ser por HPV, atrofia e inflamações (VV) - Conduta - <25 anos - Repetir em 3 anos - 25-29 anos - Repetir em 1 ano - >=30 anos - Repetir em 6 meses - HIV + imunossuprimidas: - Colposcopia - Gestantes - De acordo com a idade - Pós-menopausa ou com atrofia disgnosticada - Preparo com estrogênio antes de nova citologia - Após colposcopia - Normal → repetir conforme idade - <30: 12 meses - >=30: 6 meses - Alterado - Biópsia ● ASC-H - Células escamosas atípicas de significado indeterminado quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau - Refere-se a células escamosas atípicas, cujo achado não permite a exclusão de lesão de alto grau - Atipias de leve a moderada - Elevado risco de lesão de alto grau - Conduta - Colposcopia - <=24 anos - Normal - Repetir em um ano e seguir rastreio geral - Alterado - Biópsia Células glandulares atípicas ● Tipos - AGC - Células glandulares atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas - AOI - Células glandulares atípicas de significado indeterminado quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau ● Conduta - Colposcopia - Anormal → biópsia - Normal - Acompanhamento anual até 4 exames normais consecutivos - Após isso, seguir rastreio geral LSIL ou NIC I (2º mais comum) - Lesão Intraepitelial escamosa de baixo grau - Essas alterações ocorrem em células epiteliais maduras (superficiais e intermediárias) - Acomete ⅓ da camada epitelial - Mais típico do HPV - 85% de chance de desaparecer em 6 meses ● Conduta - >=25 anos - Repetir em 6 meses - Positivo - Colposcopia - Negativo - Repetir semestral até dois negativos consecutivos e retornar ao rastreio normal - <25 anos - Citopatológico em 3 anos ou ao completar 25 HSIL ou NIC II/III - Lesão intraepitelial de alto grau - As alterações ocorrem em células epiteliais imaturas, tais como as parabasais, basais e as metaplásicas - A “fila indiana” pode ocorrer no carcinoma in situ - NIC II - Acomete ⅔ da camada epitelial - NIC III - Acomete todas as camadas antes da membrana basal - CIS ● Conduta - Colposcopia - Anormal → biópsia - Normal → novo citológico Carcinoma invasor de células escamosas - É uma neoplasia maligna que atinge a membrana basal, estroma e tem capacidade metastática - É o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres - Carcinoma queratinizante, Carcinoma não queratinizante e Carcinoma de pequenas células Encaminhamentos ● Não encaminhar - ASC-US - LSIL (repetir antes) - Inflamação → resultado NORMAL ● Encaminhar - ASC-H (encaminhar para colposcopia) Colposcopia ● Definição - É o teste para avaliar o nível da lesão e a extensão das células neoplásicas quanto às camadas histológicas do colo uterino ● Princípios - Iodo - Possui afinidade pelo glicogênio, presente nas células do epitélio cervical normal - Os locais que não se coram com iodo, refletem, ausência de tecido normal - Iodo está presente no lugol - Iodo positivo = tecido normal ● Procedimento - Aplicação de ácido acético - Demarca os locais com alta atividade proteica, ou seja, mitose - Acetobranca - Aplicação de lugol - Cora as células normal, pela produção de glicogênio - Não marcam as células provavelmente malignas ● Coloração de Schiller - Consiste na aplicação de lugol no colo uterino - Positivo - Quando não se observa coloração, portanto, iodo negativo - Negativo - Quando se observa coloração com lugol, portanto, iodo positivo Iodo positivo Schiller negativo Normal Iodo negativo Schiller positivo Anormal Biópsia - Utilizado para avaliação histológica - É dirigido conforme a colposcopia, sendo coletado material nos locais com Schiller Positivo (descorados) - Os 4 quadrantes devem ser biopsiados - Classificação - NIC 1, quando as anormalidades nucleares estão confinadas ao terço inferior do epitélio - NIC 2, quando existe o comprometimento de dois terços epiteliais - NIC 3, se as três camadas do epitélio mostrarem indiferenciação- Doença invasora Medida da altura uterina ● Procedimento - Medir da borda superior da sínfise púbica até o fundo uterino palpado - Em média crescimento de 4 cm/mês ● Medidas alteradas - Menor - Erro de data - Retardo do crescimento - Oligoidrâmnio - Morte fetal - Maior - Erro da data - Macrossomia fetal - Polidrâmnio - Mioma - Gemelar Manobras de Leopold - É um método sistemático de determinar a posição do feto dentro do útero Estática fetal ● Situação - Relação do maior eixo do feto e da mãe - Longitudinal - Transversal ou córmica - Oblíquo ● Apresentação - Pólo fetal que se apresenta ao estreito superior da pelve óssea materna - Cefálico - Pélvico - Córmico ● Posição - Relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe - Esquerda - Direita Manobra - Posição - Paciente deve estar em decúbito dorsal, ventre descoberto, bexiga vazia, mãos limpas e aquecidas - 1º tempo - Explora o fundo do útero - Superfície volumosa e irregular - Pelve - Superfície regular e resistente - Cabeça - 2º tempo - Explora o dorso - Superfície resistente e contínua - 3º tempo - Exploração da mobilidade - Apreender o pólo de apresentação com o dedo polegar e médio, lateralizando para identificar o grau de apresentação (insinuação) - 4º tempo - Apresentação fetal - Reconhecimento do pólo Amniorrexe ● Definição - Consiste na ruptura prematura das membranas placentárias ● Epidemiologia - 10% das gestações, sendo que 80% alcançam o termo - RPMPT: causa 30% dos partos prematuros e 20% das mortes perinatais ● Fatores de risco ● Diagnóstico - Anamnese e exame físico - Perda de líquido transparente, amarelo esverdeado ou purulento - Presença de grumos - Odor de água sanitária - A detecção do líquido pelo orifício do colo é feita pelo exame especular ● Diagnóstico diferencial - ICU - Secreções fisiológicas - Candidíase, vaginose e tricomoníase Síndrome hemorrágicas na gestação Primeira metade ABORTAMENTO ● Definição - Interrupção da gestação antes da 20ª semana - É a interrupção ou extração de um embrião ou feto, pesando menos de 500g (aproximadamente 20-22 semanas), independente ou não de sinais vitais - Quando não se sabe o peso ou a IG, considerar comprimento de 25cm (crânio-calcanhar) equivalente a 500g ● Tipos - Precoce - Até 13 semanas - Tardio - 13-20 semanas - Espontâneo - Perda involuntária - Completo - Todo o conteúdo uterino é eliminado - Incompleto - Parte do conteúdo foi eliminado - Inevitável - Quando há sangramento ativo e dilatação cervical, porém a eliminação do conteúdo ainda não ocorreu - Retido - Feto/embrião morto, porém ainda não foi eliminado (colo fechado) - Infectado - Aborto + infecção - Habitual - Perda espontânea e sucessiva de 3 ou mais gestações ● Conduta - Toda gestante com sangramento vaginal no primeiro trimestre deverá ser submetida ao exame clínico - Exame abdominal - Especular - Toque vaginal - USG - solicitar em caso de colo fechado ou houver dúvida diagnóstica ● Abortamento completo - Geralmente abaixo de 8 semanas de gestação - Melhora do quadro clínico após a expulsão - Colo pode estar aberto ou fechado - USG - Cavidade vazia ou presença de coágulos - Conduta - Acompanhamento da paciente ● Abortamento incompleto ou inevitável - Sangramento e dor são mais evidenciados - Colo pérvio - USG pode ser solicitada para confirmação diagnóstica ● Abortamento retido - Regressão dos sinais e sintomas da gestação - Colo fechado, geralmente sem sangramento - USG - Ausência de vitalidade ou de embrião ● Abortamento infectado - Manipulação de cavidade - Microbiota vaginal com gram negativo e anaeróbios - Febre, sangramento fétido, dor intensa e secreção purulenta - Dor ao toque - Conduta - Suporte clínico - Antibióticos - Esvaziamento uterino - Laparotomia exploratória AMEAÇA DE ABORTO - Sangramento uterino com o colo fechado - Paciente pode apresentar cólicas - Volume uterino compatível e ausência de sinais infecciosos - É necessário solicitar USG - Avaliar descolamento e vitalidade fetal - Conduta - Repouso - Suporte clínico - Abstinência sexual MOLA HIDATIFORME - Epidemiologia - 1/2000 casos - Quadro - Sangramento indolor e de intensidade progressiva - Pode ocorrer eliminação de vesículas - Anemia - Sintomas de gestação exacerbados - Volume uterino maior que o esperado - Útero e colo amolecidos - Beta HCG em níveis exacerbados para IG - USG - Flocos de neve - Conduta - Esvaziamento uterino - Controle pós-procedimento - Clínico - Laboratorial - USG Segunda metade
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