Buscar

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS (ASMA E RINITE) - T5 - M03 - P4

Prévia do material em texto

TUTORIA 05 - M03 - P4 @gabrielholandac
ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Objetivos
● Compreender a imunopatologia das alergias (asma e rinite)
● Conhecer a influência dos fatores ambientais nas alergias respiratórias
● Compreender o diagnóstico e tratamento das alergia
● Conhecer a prevenção das alergias
Alergias
● Alergia é a expressão clínica de doença atópica mediada
por anticorpos IgE
● Resposta imunológica que se desenvolve contra
determinados antígenos presentes no meio ambiente
● Produção exagerada de IgE específico para esse
alérgeno
Fatores ambientais
● Alérgenos são fatores antígenos que induzem a reação
imunológica
● Fatores de interior
○ Indivíduos estão expostos em ambientes fechados
○ Ácaros, animais domésticos, fungos, pólen
● Fatores de exterior
○ Pólen e fungos
● Fatores irritantes inespecíficos
○ Fumaça, compostos voláteis de produtos de limpeza
e construção
● Fatores perinatais
○ Baixa idade materna, nutrição materna precária,
prematuridade, baixo peso ao nascer e ausência de
aleitamento materno
Asma
Definição
● Grupo de doenças pulmonares
● Obstrução recorrente e reversível do fluxo de ar e
hiperresponsividade do ML brônquico
● Causada por reações de hipersensibilidade imediatas e
reações alérgicas tardias
● Pacientes sofrem paroxismos
○ Broncoconstrição e secreção aumentada de muco
● Frequentemente coexiste com DPOC
Imunopatologia
● 30% dos casos ocorre por estímulos não imunes
○ Fármacos
○ Frio
○ Exercício
● 70% dos casos ocorrem por atopia
○ Iniciada pela ativação dos mastócitos devido à
ligação do alérgeno ao IgE
○ Ativação de células Th2 pelos alérgenos
○ Produzem mediadores lipídicos (leucotrienos) e
citocinas
○ Recrutamento de eosinófilos, basófilos e mais células
Th2
○ Citocinas e mediadores causam hipertrofia e
hiperatividade do ML brônquico
○ Leucotrienos causam contração do ML brônquico
○ Citocinas causam secreção aumentada de muco
Classificação
● Termo asmático descreve o espasmo brônquico grave,
intenso e prolongado, resistente ao tratamento
● Gravidade - intensidade intrínseca da doença
○ Não prevê o quão grave pode ser a exacerbação de
um paciente
○ Intermitente: ≤ 2 dias/semana
○ Persistente leve: > 2 dias/semana, não diariamente
○ Persistente moderada: diariamente
○ Persistente grave: várias vezes ao longo do dia
● Controle - grau em que os sintomas, incapacidade e os
riscos são reduzidos pelo tratamento
○ Bem controlada: ≤ 2 dias/semana
○ Não bem controlada: > 2 dias/semana
○ Muito mal controlada: ao longo do dia
● Deficiência - frequência e intensidade dos sinais e
sintomas dos pacientes e limitações funcionais
○ Frequência dos sintomas
○ Frequência que acorda durante à noite
○ Frequência do uso de ß2-agonista
○ Frequência de interferência no dia-a dia
● Risco - probabilidade de futuras exacerbações ou redução
da função pulmonar
○ Frequência de necessidade de corticoides orais
○ Necessidade de internação
○ Necessidade de UTI
○ Necessidade de intubação
Quadro clínico
● Em asma intermitente ou leve persistente geralmente são
assintomáticos entre as exacerbações
● Casos mais graves apresentam dispneia, aperto no peito,
sibilos e tosse
● Sintomas podem seguir um ritmo circadiano e piorar
durante o sono
○ Chegando a causar despertar noturno
● Sinais e sintomas desaparecem entre as exacerbações
○ Possível auscultar sibilos suaves em expiração
forçada
Diagnóstico
● História clínica e exame físico
● Confirmado por testes de função pulmonar
○ Quantificar a gravidade e reversibilidade do quadro
○ Interrompe broncodilatadores: 8h para
ß-bloqueadores, 24h para ipratrópio e 48h para
ß-bloqueadores prolongados
○ Faz-se espirometria antes e depois da inação do
broncodilatador
○ Melhora de FEV1 de > 12% ou aumento de ≥ 10% do
FEV1 previsto com o broncodilatador confirma a
obstrução reversível
● Diagnóstico de causas adjacentes e exclusão de outras
causas de sibilo
Tratamento
● Minimizar a incapacidade e o risco
● Prevenção das exacerbações e tratamento dos sintomas
Não farmacológico
● Controle de fatores desencadeantes
○ Uso de travesseiros de fibra sintética e colchões
impermeáveis
○ Lavagem frequente de lençóis, fronhas e mantas com
água quente
○ Remover poeira dos locais
○ Uso de desumidificadores
○ Evitar ou controlar deflagradores não alérgicos:
tabagismo, odores fortes, fumaças, frio e umidade
Farmacológico
● Monoterapia
○ ß2-agonista
○ Salbutamol inalatório
● Terapia combinada:
○ ß-agonista + anticolinérgico
○ Fenoterol + Ipratrópio
● Corticoides
● Estabilizadores de mastócitos
● Modificadores de leucotrienos
● Metilxantinas
● Imunomoduladores
Rinite
● Febre do feno
● Doença alérgica mais prevalente
● Hipersensibilidade imediata a alérgenos comuns
● Pode ser sazonal ou perene
○ Sazonal: mais frequente, causada por alérgenos
vegetais que variam conforme as estações
○ Perene: exposição durante todo o ano a alérgenos de
ambientes internos
Imunopatologia
● Exposição ao alérgeno inicia a fase precoce da doença
● Ocorre ativação dos mastócitos pelo IgE com o alérgeno e
ocorre degranulação
● Liberação de mediadores inflamatórios (histamina,
serotonina, leucotrienos, prostaglandinas, citocinas…)
● Atuam localmente no processo inflamatório com
recrutamento de leucócitos
● Causam os sintomas nos tecidos atingidos
Quadro clínico
● Prurido no nariz, olhos ou boca, sibilos, rinorreia e
obstrução nasal e sinusal
● Obstrução sinusal pode causar cefaleia frontal (sinusite)
● Tosse e respiração ofegante, principalmente se houver
asma relacionada
● Característica mais presente da rinite perene é a
obstrução nasal
○ Pode causar otite média em crianças
● Cornetos nasais edematosos vermelho-azulados,
hiperemia conjuntival e edema palpebral
Diagnóstico
● Avaliação clínica
● Testes cutâneos, testes de IgE
Tratamento
● Tratamento para a sazonal e perene é praticamente o
mesmo
● Remoção ou evitação de alérgenos
● Anti-histamínicos
○ Pseudoefedrina
● Descongestionantes
○ Nafazolina
● Estabilizadores de mastócitos
○ Cromolina 5,2mg: ≥ 6a 1 borif 3-4x ao dia
○ Ipratrópio nasal 0,03%: 2 borrifos 4-6x ao dia para
rinorreia
● Corticoides nasais
○ Beclometasona 42mcg: 6-12a 1 borif 2x ao dia | >
12a 1 borif 2-4x ao dia
○ Budesonida 32mcg: ≥ 6a 1 borif 1x ao dia
● Solução salina
● Dessensibilização para rinite sazonal
○ Usado quando os sintomas são graves, alérgeno não
pode ser evitado e tratamento medicamentoso não é
adequado

Continue navegando