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Apostila do curso de Direito Preparação OAB BY JULIANE LIMA @_JULIANESLIMA RESUMO DIGITAL <<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>> • FUNÇÃO / ATIVIDADE ADMINISTRATIVA: ↝ Gestão administrativa: Nasceu com as revoluções liberais, a partir dai se tem a estruturação do Estado de Direito – uniformização de condutas. ↝ Origem do Direito Administrativo: inserção da racionalidade, ↝ Consolidação do Direito Administrativo: Revolução Francesa • ↝ Rousseau: Ninguém teria direito de comandar ninguém; era preciso que cada homem cedesse uma parte de sua liberdade a fim de poder existir um Poder comandante para a boa organização da vida social- todos os homens deveriam estar no Poder. ↝ Montesquieu: “O único que pode deter o Poder é o próprio Poder” ↝ Celso Antônio Mello: “O Direito Administrativo é, por excelência, o direito defensivo do cidadão” ↝ controle da administração pública • ↝ Sistema contencioso Administrativo: Adotado na França, resultou da desconfiança dos revolucionários franceses em relação à magistratura do antigo regime. A Administração Pública francesa, a partir de então, só se subordina à jurisdição especial do contencioso administrativo. ↝ Sistema Judiciário ou de Jurisdição única: Sistema no qual todos os litígios, administrativos ou provados, são resolvidos na Justiça Comum. Originário da Inglaterra, hoje é adotado em países como Brasil, EUA do Norte, Bélgica, México, etc. • ↝ Função política ou de governo: Compreende as atividades colegislativas e de direção (executivo e legislativo). Abrange atribuições que decorrem diretamente da Constituição e por esta se regulam, além de estar mais relacionadas à sociedade, à nação do que a interesses individuais. Ex.: Nomeações de Ministros de Estado, intervenção federal, etc. ↝ Função Administrativa: Compreende a prestação do serviço público, a intervenção, o fomento e o poder de polícia *A escolha ou o direcionamento = função política * A prestação do serviço= função administrativa ↝ Administração Pública = governo? - As funções políticas, no governo brasileiro, repartem-se entre executivo e legislativo, com predominância do primeiro. Logo, não há coincidência entre os dois institutos. Poder judiciário não realiza política pública • ↝ “Abrange o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada”. (DI PIETRO) ↝ Direito administrativo ----------------------> Ponderação quanto a: Liberdade do indivíduo x Autoridade da administração. ↝ Regime jurídico administrativo = prerrogativas (regalias) e sujeições (deveres legais) – princípios administrativos; • - Interesse Público tem supremacia sobre o interesse individual - Vícios = desvio de poder ou de finalidade ----> ato ilegal - “As pessoas administrativas não têm, portanto, disponibilidade sobre os interesses públicos confiados à sua guarda e realização” – indisponibilidade do interesse público - Poderes atribuídos à Administração = Poder-Dever - Lei = estabelece os limites de atuação administrativa - Administração Pública só pode fazer o que a lei permite º - “A administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento.” (DI PIETRO); - “Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que ele é o autor institucional do ato” (SILVA) – Art. 37, § 6º, CF - DI PIETRO: Sempre que se verificar que a conduta da Administração ou do administrado, embora nos termos da lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras da boa administração, os princípios de justiça e de equidade, estará havendo ofensa à moralidade administrativa - Moralidade popular: art. 5º, inciso 58 - Exige ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei; - Pode ser considerado em dois aspectos: a. Em relação ao modo de atuação do agente público; b. Modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública. - Consiste no fato da administração poder rever seus atos irregulares para restaurar a situação de regularidade – pode fazer de ofício - A administração pública vai rever apenas atos irregulares ¹ SÚMULA 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos <<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>> adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. *Anulação é diferente de revogação! ! ! SÚMULA 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. ↝ Presunção de legitimidade: é a presunção de que os atos praticados pela Administração Pública, até prova em contrário, são emitidos em conformidade com a lei ↝ Presunção de veracidade: se diz a respeito dos fatos, em que se presume que os fatos alegados pela Administração são verdadeiros. ↝ Os serviços públicos não devem ser interrompidos, dada a sua natureza e relevância, pois são atividades materiais escolhidas e qualificadas pelo legislador como tais em dado momento histórico, em razão das necessidades de determinada coletividade. ↝ Nada mais é do que proibir excessos desarrazoados, por meio da aferição de compatibilidade entre os meios e os fins da atuação administrativa, a fim de se evitar restrições abusivas ou até mesmo desnecessárias. ↝ Impede a desconstituição injustificada de atos ou situações jurídicas, mesmo que tenha ocorrido alguma inconformidade com o texto legal durante sua constituição. • - FEDERALISMO: UNIÃO ESTADO MUNÍCIPIOS DF ↝ CENTRALIZAÇÃO: atua diretamente ↝ DESCONCENTRAÇÃO: desmembramento ↝ DESCENTRALIZAÇÃO: atua indiretamente *Desconcentração: não tem personalidade jurídica *Teoria do Órgão: o órgão não tem personalidade J, não responde processo nem propõe ação, quem responde por seus atos na forma jurídica é a pessoa jurídica que o criou *Toda Pessoa Jurídica de direito público é criada por lei • ↝ “É o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado.” (CARVALHO FILHO, J. S) ↝ Administração Pública = titular + executora do serviço público ↝ Abrangência = todos os órgãos dos poderes políticos das pessoas federativas cuja competência seja a de exercer a atividade administrativa ↝ Composição = segue o modelo federativo ↝ DAS PESSOAS JURÍDICAS: art. 40 CC • ↝ É o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta, tem o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada. ↝ Não é o fim a que se destina, mas a natureza de que se reveste a entidade para que a mesma seja considerada ente da administração indireta ↝ Quando é a lei quem cria, surge a Administração Indireta ↝ Atribuição de personalidade jurídica para meio autônomo • 1) Reserva Legal: Art. 37 (XIX) e art. 173 CF 2) Princípio da Especialidade: Estas só podem atuar, só podem despender seus recursos nos estritos limites determinados pelos fins específicos para os quais foram criados. 3) Princípio do Controle (Tutela Administrativa): Essas entidades são submetidas ao controle pela Administração Direta da pessoa política a que são vinculadas. Sociedade de Economia Mista Autarquia ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Fundação Pública Empresa Pública • ↝ Fatores distintivos: a) Nível federativo– federais, estaduais e municipais b) Objeto: - Autarquias assistenciais: visam dispensar auxílio a regiões menos desenvolvidas ou categorias sociais específicas para o fim de minorar as desigualdades regionais, sociais. Ex.: SUDENE, SUDAM e o INCRA - Autarquias previdenciárias: voltadas para a atividade de previdência social. Ex.: INSS - Autarquias culturais: dirigidas à educação e ao ensino. Ex.: UERJ - Autarquias administrativas: que formam a categoria residual, ou seja, daquelas entidades que se destinam às várias atividades administrativas. Ex.: BACEN, INMETRO - Autarquias profissionais (ou corporativas): incumbidas da inscrição de certos profissionais e de fiscalizar sua atividade. Ex.: OAB, CRM e outras do gênero *Não compõe a Administração Indireta – entidade independente ADMINISTRAÇÃO INDIRETA <<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>> *Contribuições pagas não tem natureza tributária (execução comum) – art. 46, Lei nº 8906/1994 (EOAB) *Não se submete ao controle do TCU *Regime celetista – não exige concurso público - Autarquias de controle: enquadram-se nesta categoria as recém-criadas agências reguladoras cuja função é exercer controles sobre as entidades que prestam serviços públicos ou atuam na área econômica por concessões e permissões. Ex.: ANEEL, ANATEL Agências reguladoras: Controle de serviços públicos e atividades econômicas privadas de relevância social (ANVISA) – prerrogativas especiais: *Poder normativo técnico; *Autonomia decisória (ausência de recurso externo); *Independência administrativa (nomeação pela Presidência da República e aprovação do Senado); *Autonomia econômico-financeira (recursos próprios) - Autarquias associativas: aquelas que resultam da associação com fins de mútua cooperação entra entidades públicas, formalizada pela instituição de consórcios públicos (Lei 11.107/2005) • ↝ Imunidade tributária (art. 150 §2º CF): veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços da autarquia, desde que vinculados a suas finalidades essenciais ou às que delas decorram; ↝ Impenhorabilidade de seus bens e de sua renda; ↝ Imprescritibilidade de seus bens: bens públicos – Súmula 340 (STF) ↝ Prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de terceiros contra autarquias prescrevem em 5 anos. • → Pessoa Jurídica de Direito privado, integrante da Administração Indireta do Estado, criada por autorização legal, sob a forma de sociedade anônima cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos → Pessoa Jurídica de Direito Privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob a forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I I - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I I I - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) – CEF – BNDS – Casa da Moeda; Banco do Brasil S.A – Banco da Amazônia S.A – PETROBRAS Petróleo Brasileiro S.A • ↝ Versatilidade de atuação, eficiência e celeridade (empresário) 1) Criação e Extinção: - Art. 37, XIX: cabe a lei específica autorizar a instituição - Art. 37, XX: Instituição de empresas subsidiárias – depende de autorização legislativa Empresas subsidiárias: São aquelas cujo controle e gestão das atividades são atribuídos à empresa pública ou à sociedade de economia mista diretamente criadas pelo Estado PETROBRÁS (sociedade de economia mista) Petrobras Distribuidora (comercialização e industrialização) / Petrobras Biocombustível (produzir biocombustível – biodiesel e etanol) 2) Objeto: - Atividade econômica – art. 173 § 1º CF - Segurança nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei <<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>> - Atuação estatal direta no domínio econômico 3) Regime Jurídico: - Natureza híbrida – art. 173 § 1º - Atividade econômica em si – direito privado - Serviços Públicos (obras públicas) – direito público 4) Diferença entre as entidades Composição do capital: - Sociedade de economia mista: capital público (+) e privado (-) - Empresa pública: capital só de pessoas da Administração Pública (Estatuto Jurídico – Lei 13.303/2016, art. 3º) Forma Jurídica: - Sociedade de economia mista: Sociedades Anônimas - Empresa Pública: Unipessoal (capital exclusivo da pessoa instituidora) ou pluripessoal (além do capital da instituidora, se associam recursos de outras pessoas administrativas) Foro Processual: - Sociedade de economia mista: Justiça Estadual - Empresa Pública: Justiça Federal • ↝ Fundação Pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Fundação Pública de Direito Privado – Decreto-lei nº 200/1967, inciso IV do art. 5º) ↝ Instituidor: PARTICULAR ↝ Instituidor: ESTADO ↝ O fim social da entidade ↝ Fim social da entidade ↝ Ausência de fins lucrativos ↝ Ausência de fins lucrativos Obs.: Fundações públicas não podem ter fins religiosos pois o estado brasileiro é laico - NATUREZA JURÍDICA: Há dois tipos de fundações públicas: (STF e doutrinas) ↝ Fundações de Direito Público; - Personalidade Jurídica de Direito - Autarquias fundacionais/ Fundações autárquicas (mesmo tratamento) ↝ Fundações de Direito Privado; - Personalidade Jurídica de Direito Privado Há só um tipo de fundação pública ↝ Fundações de Direito Privado; -Personalidade Jurídica de Direito Privado; - Estado instituidor não descaracteriza a entidade enquanto de direito privado tal como ocorre com a S. E. M e a E. P - Autores: Helly Lopes Meirelles; José Santos Carvalho Filho; Eros Roberto Grau • ↝ STF já deixou claro que “nem toda fundação instituída pelo Poder Público é fundação de direito privado. As fundações, instituídas pelo Poder Público,que assumem a gestão de serviço estatal e se submetem a regime administrativo previsto, nos Estados-membros, por leis estaduais, são fundações de direito público, e, portanto, pessoas jurídicas de direito público. Tais fundações são espécies do gênero autarquia, aplicando-se a eles a vedação a que alude o §2º do art. 199 da Constituição Federal.” (STF. Agr. No RE 219.900, 4.6.2002) ↝ Característica fundamental: sem fins lucrativos (não há lucros, mas superávit) ↝ Objeto: caráter social das fundações públicas cujas atividades se caracterizam como serviços de utilidade pública: - Assistência social - Assistência médica e hospitalar - Educação e ensino - Pesquisa - Atividades culturais ↝ Criação e extinção: - Fundação Pública de Direito Privado – lei autoriza a criação e a extinção (inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas) - Fundação Pública de Direito Público – criada e extinta por LEI ↝ Regime Jurídico: - Fundação Pública de Direito Privado – tem caráter híbrido, sendo em parte de direito privado (constituição e registro) e noutra parte incidirão normas de direito público <<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>> - Fundação Pública de Direito Público – regime jurídico de direito publico tal como as autarquias ↝ Responsabilidade civil: - Art. 37, §6º - responsabilidade objetiva - Pessoa estatal instituidora (adm. Direta) – responsabilidade subsidiária • ↝ “Servidores Públicos são todos os agentes que, exercendo com caráter de permanência uma função pública em decorrência de relação de trabalho, integram o quadro funcional das pessoas federativas, das autarquias e das fundações públicas de natureza autárquica.” (José dos Santos Carvalho Filho, 2017) Servidores estatuários: sujeitos ao regime estatuário e ocupantes de cargos públicos; (comuns – geral e especiais – membros de instituições) Servidores trabalhistas ou celetistas: - Servidores trabalhistas ou celetistas em geral: Empregados de Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundações – regime trabalhista (art. 173, § 1º, CF) - Empregados Públicos: Contratados sob regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego público – concurso público e vinculo de natureza contratual por prazo indeterminado (Lei Federal 9962/2000) Servidores temporários: Contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, IX da CF); eles exercem função, sem estarem vinculados a cargo ou emprego público (Lei 8745/93) Art. 173, §3º, CF (âmbito nacional); - Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista; (P, J, D. Privado) - Regime Celetista e contrato por prazo indeterminado - Ingresso: Concurso Público (art. 37, II) Art. 37, IX, CF (âmbito nacional); Lei 8745/93 (âmbito federal) - Contratação por tempo determinado/ Temporariedade da função/ Excepcionalidade do interesse público - Ingresso: Processo Seletivo Simplificado - Regime Especial: Contrato administrativo de caráter funcional - Lei 9.962/2000 (âmbito federal); - Adm. Direta, autárquica e fundacional – federal; (P. J. D. Privado) - Regime Celetista e contrato por prazo indeterminado - Ingresso: Concurso Público (art. 37, II) • ↝ Cargo público: Posição (lugar) ocupada pelo servidor público que tem funções específicas e remuneração fixada em lei; (art. 48, X, CF) - Cargos vitalícios (art. 95, I, CF) - Cargos efetivos (estabilidade – art. 41, § 1º, CF) - Cargo em comissão: podem ser ocupados por pessoas não concursadas, logo, não ocupantes de cargo efetivo, sendo de livre nomeação e exoneração (art. 37, II e V, CF) – vide Súmula Vinculante n. 13 do STF ↝ Emprego Público: contratados sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego público (Lei Federal 9962/20000); ↝ Função Pública: é atividade em si mesma, corresponde à atribuição, objeto dos serviços prestados pelo servidor público. Ex.: função de direção, função de apoio etc... - Função gratificada (ou de confiança): função especial, normalmente de caráter técnico ou de direção que depende da confiança do superior – vantagem pecuniária • ↝ “Art. 37, I, CF: os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”; ↝ Cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros, natos ou naturalizados, aos portugueses equiparados (art. 12, § 1º, CF) que preencham os requisitos estabelecidos em lei, e aos estrangeiros, conforme autorização legal; • ↝ Súmula vinculante n. 43: é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra carreira na qual anteriormente investido. *O concurso público só serve para ingressar, não para você subir de cargo • Art. 37, II, CF: a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. ↝ Constitui procedimento administrativo que representa a efetivação dos princípios da impessoalidade, isonomia, moralidade administrativa, razoabilidade, privilegiando o mérito e a tecnicidade. Jurisprudência: A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia <<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>> ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF. (Súmula Vinculante 13) - Obrigatoriedade de concurso: “a nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse”. (Súmula do STF n. 17); - Direito à nomeação: “dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação” (Súmula nº 15); - Possibilidade de controle pelo Judiciário: “Concurso público, Correção de prova. Não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas; (...) Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de compatibilidade do conteúdo das questões do concurso com previsto no edital do certame” - Princípio da vinculação edital: o edital é a lei do concurso. A administração Pública tem liberdade para definir o seu conteúdo, observando a conveniência e a oportunidade para o interesse público, que se exaure com a publicação do edital; <<<<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>>> o º ↝ são todos aqueles que mantêm vínculo de trabalho profissional com os órgãos e entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos de qualquer delas Art. 41 CF. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. - Critérios: temporal + avaliação de desempenho - Estágio Probatório: Período no qual o servidor é avaliado, quanto aos requisitos necessários para o desempenho do cargo. (art. 41, §4º, CF) - Efetividade (cargo efetivo) ≠ Estabilidade (relacionada ao servidor) - Os aprovados em concursos para sociedades de economia mista e empresas públicas serão celetistas e não vão adquirir estabilidade, embora não possam ser demitidos sem motivação legal;- Vitaliciedade ≠ Estabilidade - Demissão: através de sentença judicial ou processo administrativo - Estabilização constitucional: art. 19 da ADCT da CF (hipóteses restritivas) - Estabilidade provisória: Art. 10, II, a e b, da ADCT da CF (cargos em comissão e servidores trabalhistas) ↝ Permite o provimento do cargo público (Lei 8.112/90) - Nomeação: far-se-á em caráter efetivo e em comissão – art. 9º - Posse: Prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento (nomeação) – art. 13, § 1º - Exercício: Prazo de 15 dias para o servidor empossado entrar em exercício – art. 15, § 1º ↝ Regra = vedação. Art. 37, XVI e XVII, CF - Cargo de vereador (art. 38, III, CF): “investido no mandato de Vereador havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.” - Militares: art. 142, §3º, I - Juízes: art. 95, pú., inciso I da CF - Ministério Público: Art. 128, § 5º, II, d - Estatuária: atuação imparcial, técnica, liberta de ingerências dos agentes políticos; º - Nomeação (arts. 9º e 10º da Lei 8.112/90): provimento originário - Promoção: ingresso em cargo mais elevado - Readaptação: ocupação de cargo diverso em virtude de limitação sofrida pelo servidor em sua capacidade física ou mental - Reversão: retorno do servidor inativo - Aproveitamento: retorno do servidor a determinado cargo em virtude da extinção do cargo que ocupava - Reintegração: retorno após reconhecida ilegalidade da demissão - Recondução: retorno do servidor estável ao seu cargo de origem o - Observações: *Conforme a Lei nº 8.112/90, as indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento, enquanto as gratificações e adicionais podem ser incorporados nos casos e condições previstos em lei; *Contenção do “efeito cascata”: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial” (Súmula Vinculante nº 4) - Regras para fixação de remuneração: *A remuneração dos servidores públicos deve ser fixada no meio de lei específica para cada cargo, emprego ou função, cuja iniciativa recai sobre cada Poder (art. 37, X, CF) – Executivo (ex.: União, art. 61, § 1º, II, “a”, CF), Judiciário (ex.: STF, art. 96, II, “b”, CF), Legislativo (ex.: Senado Federal, art. 55, XIII, CF); a) SUBSÍDIO (art. 39, § 4º, CF): constituído por parcela única, que exclui a possibilidade de percepção de vantagens pecuniárias variáveis e deve observar o teto remuneratório – admite o pagamento de: verbas indenizatórias e verbas garantidas constitucionalmente (13º salário, férias, adicional noturno, horas extras, etc.) - Objetivo da exclusão da parcela variável: tornar mais transparente e controlável a retribuição de determinados cargos; - Teto das remunerações: art. 37, XI (exceto as parcelas de caráter indenizatório) - Cargos que recebem subsídios (exemplos): Chefes de Executivo, Ministros de Estado, Secretários de estados e municípios, membros do Legislativo, magistrados federais e estaduais, membros do MP, Defensores Públicos, etc. o 1. PODER DISCRICIONÁRIO: Consiste na prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público; - Discricionariedade técnica = regulamentação técnica (agência reguladora); - Conveniência = condições em que vai se conduzir o agente; - Oportunidade = momento em que a atividade será exercida; <<<<<<<<<<< Direito Administrativo I >>>>>>>>>>>> - Liberdade limitada pela Lei = adequação da conduta escolhida à finalidade da lei; - Motivação do ato está em conformidade com a Lei; - Controle do Judiciário = apenas no que tange à legalidade – veda-se o controle quanto aos critérios administrativos (conveniência e oportunidade) 2. PODER VINCULADO: atividades vinculadas – não há liberdade de atuação, a realização do ato está inteiramente limitada pela Lei; *Conceitos jurídicos indeterminados: são termos ou expressões contidos em normas jurídicas, que, por não terem exatidão em seu sentido, permitem que o interprete ou o aplicador possam atribuir certo significado (ex.: interesse público, segurança nacional): 3. PODER REGULAMENTAR: consiste na prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação; - Natureza Jurídica: derivada (secundária) – necessita de lei preexistente; - Formalização: decretos e regulamentos (art. 84, IV, CF)/ Instruções normativas, resoluções, portarias (outras autoridades administrativas); - Limitação pela Lei; - Controle dos atos de regulamentação: *Art. 49, V, CF (Legislativo – Executivo) *Controle judicial – legalidade 4. PODER HIERÁRQUICO: consiste na prerrogativa da Administração Pública oriunda do escalonamento em plano vertical dos órgãos e agentes da Administração que tem como objetivo a organização da função administrativa; - Hierarquia é cabível apenas no âmbito da função administrativa; *Efeitos: -Poder de revisão exercido pelo superior; -Delegação (superior → inferior) – avocação (inferior → superior); *Art. 103 – A, CF: Súmula Vinculante – mitigação da inexistência de hierarquia no judiciário (regra: princípio da livre convicção do juiz); *Legislativo: princípio da partilha das competências constitucionais; - Efeitos: *Poder do comando – dever de obediência (legalidade); *Fiscalização pelos agentes superiores; 5. PODER DE POLÍCIA: consiste na prerrogativa de direito público, baseada em Lei, que autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade; - Poder de polícia originário: alcança leis e atos administrativos das pessoas federativas - Poder de polícia delegado: pessoas administrativas vinculadas ao Estado. ✓ Pessoa Jurídica deve integrar a estrutura da Administração Indireta; ✓ Competência delegada deve ter sido conferida por lei; ✓ Poder de polícia há de restringir-se à prática de ato de natureza fiscalizatória – caráter meramente executório, sem inovação - Finalidade: Proteção do interesse público; - Atuação da Administração Pública: atos normativos (ex.: regular desempenho de profissão) e atos concretos (ex.: interdição de estabelecimentos; - Características: ✓ Discricionariedade e Vinculação ✓ Autoexecutoriedade (execução imediata e integral); ✓ Coercibilidade - Sanções de polícia: todos os atos que representam a punição aplicada pela Administração pela transgressão de normas de polícia.
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