PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR _ Passei Direto

Prévia do material em texto

Impresso por Rafael Colador, E-mail rafaelcolador1974@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/06/2022 10:44:47
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de História - Licenciatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
 
ALBERTINA CARLA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
2022.1 
Impresso por Rafael Colador, E-mail rafaelcolador1974@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/06/2022 10:44:47
(Adaptado do ENADE/2021): O Plano Nacional de Educação (PNE) 2014 2024 busca, Texto I- –
predominantemente em sua Meta 4, universalizar o atendimento escolar aos estudantes com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação de preferência 
na rede regular de ensino. Os resultados da Meta revelaram, em diferentes faixas etárias, discrepâncias 
no acesso e na taxa de escolarização, de alfabetização e de analfabetismo entre a população com e 
sem deficiência. As diferenças observadas se acentuam na população com deficiência intelectual e 
motora. Tais dados corroboram a necessidade de reconstrução do modelo educativo escolar para a 
efetiva inclusão de pessoas com deficiência. MORAES, L. A educação especial no contexto do Plano Nacional de 
Educação. Brasília, D Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2017 (adaptado). F:
 
Texto II- A educação especial na perspectiva da inclusão concebe o espaço escolar como ambiente 
de realização de propostas à luz da igualdade, no qual todos têm assegurado o direito de aprender, 
considerando-se as especificidades dos sujeitos, projetando-se atendimentos adequados às 
necessidades motoras, visuais, linguísticas e cognitivas dos alunos matriculados na escola regular. 
SOUSA, I. V. de. Educação especial no Brasil: percursos e avanços. In: SOUSA, I. V. de. (org.). Educação Inclusiva no Brasil: 
história, gestão e políticas. Jundiaí: Paco Editorial, 2019, p. 16 (adaptado). 
 
A partir do tema abordado nos textos I e II, faça o que se pede nos itens a seguir. 
 
a) Com base no contexto escolar (você pode visitar uma escola para observar 
como acontece o atendimento aos alunos com deficiência), escreva sobre a 
relação entre o direito de aprender e a educação inclusiva. 
 
A Constituição Federal em seu artigo 205 estabelece que “A educação, direito de 
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração 
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (Constituição Federal Brasileira de 
1988). 
Ademais, a garantia do exercício do direito à educação, estando também 
assegurado pela Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do 
Ensino (UNESCO, 1960) art. 1.º, Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais (1966) artigo 13, Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) 
artigo 29 e a Declaração de Salamanca (1994), Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência (2007), artigo 24. 
Outrossim, o direito à educação no Brasil proíbe todas as formas de exclusão das 
pessoas com deficiência, devendo a educação ser inclusiva em todos os seus 
aspectos. Assim, é importante deixar claro que as pessoas com deficiência gozam de 
todos os direitos previstos na Constituição e nas leis, inclusive o direito à educação, 
entretanto a efetividade desse direito esbarra em muitos desafios na implementação 
Impresso por Rafael Colador, E-mail rafaelcolador1974@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/06/2022 10:44:47
da educação inclusiva no Brasil, onde podemos citar o despreparo das comunidades 
escolares para a inclusão, ou seja, alunos, professores, coordenadores, supervisores 
e funcionários carecem de capacitação para receber e educar alunos com 
necessidades especiais. 
Além disso, para que as escolas possam acolher e desenvolver o ensino e a 
aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, são necessárias estruturas 
adequadas. Isso significa que deve estar equipado com todos os acessos possíveis 
como rampas, banheiros acessíveis, pisos diferenciados e outras medidas de 
acessibilidade. A realidade é que nem sempre isso é possível, principalmente nas 
escolas públicas, onde o investimento do governo muitas vezes é baixo e a circulação 
dos alunos nas dependências é difícil. 
Temos ainda, o preconceito que continua sendo um dos maiores desafios da 
educação inclusiva no Brasil. Isso, muitas vezes ocorrem devido à falta de 
conhecimento e reconhecimento de que os outros são iguais e dignos de respeito. Há 
carência de profissionais especializados em educação inclusiva em nosso país, e os 
profissionais existentes estão geralmente sobrecarregados e não pertencem às suas 
funções. Não basta apenas conhecer os desafios da educação inclusiva no Brasil, é 
preciso conhecer formas de superá-los para que os alunos especiais sejam 
plenamente incluídos nas instituições. 
 
 
b) Cite e descreva duas ações relevantes para a implementação de um 
projeto educativo fundamentado nos princípios da inclusão escolar. 
 
• Adequação dos educadores e coordenadores da escola ao aluno especial - A 
educação inclusiva diz respeito a todos. 
• Dentro da sala de aula: respeito aos diferentes ritmos de aprendizado - O 
processo de aprendizagem de cada pessoa é singular. 
 
 
Impresso por Rafael Colador, E-mail rafaelcolador1974@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/06/2022 10:44:47
c) Com as ações descritas no item b, monte um breve planejamento educativo, 
seguindo as orientações abaixo: 
Nome do Projeto 
Educação Especial: Turmas do 1º ao 9º Ano 
 
Tema a ser trabalhado 
Inclusão de estudantes público alvo da Educação Especial, por meio de 
conteúdo para que venham favorecer a efetiva participação e aprendizagens 
significativas desses, no processo da inclusão escolar. 
 
Período em que o projeto será trabalhado 
Ano letivo de 2022.1 
 
Objetivos do projeto: 
•Proporcionar mediação sistemática nos esforços de ensino da educação especial em 
sala de aula para ampliar o acesso aos conceitos estudados; 
•Implementar ações pedagógicas em conjunto com outras disciplinas para 
ressignificar o enfrentamento das diferenças do cotidiano escolar; 
•Planejar com professores de diversas disciplinas para buscar estratégias e atividades 
que atendam às necessidades específicas dos alunos que são o público-alvo da 
educação especial; 
•Desenvolver métodos, recursos e materiais didáticos, flexibilidade/adaptabilidade e 
estratégias, atividades e avaliações para remover barreiras no processo de ensino e 
promover a participação desses alunos no ambiente escolar; 
•Ampliar as habilidades funcionais e de comunicação dos alunos por meio de 
tecnologia assistiva e comunicação alternativa para facilitar a autonomia e a 
participação; 
•Estimular a atenção e concentração dos alunos em sala de aula e nas explicações 
do professor em sala de aula; 
•Prestar apoio instrucional a professores relacionados com a educação especial numa 
perspectiva de educação inclusiva; 
Impresso por Rafael Colador, E-mail rafaelcolador1974@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/06/2022 10:44:47
•Compartilhar e colaborar na mediação personalizada professor-aluno; 
•Facilitar a troca de experiências e conhecimentos, orientando pais/mães, professores 
regulares e demais profissionais envolvidos no processo educativo. 
 
Justificativa do projeto 
A educaçãoespecial permeia todas as disciplinas, e espera-se que os 
professores prestem os serviços necessários aos alunos com deficiência em seus 
processos de ensino e aprendizagem na educação geral com base em suas 
necessidades e habilidades específicas. As atividades realizadas são diferentes das 
realizadas nas salas de aula comuns e não substituem a educação escolar. Trabalhar 
com outras disciplinas para desenvolver a educação especial em sala de aula, em um 
sistema de ensino colaborativo, para abordar temas e conceitos relacionados a: 
diversidade, valorização do outro, solidariedade, diferença, respeito, ação 
colaborativa, tempo, currículo e conteúdo, comunicação, e outras coisas relevantes e 
necessárias para a autonomia e independência dos alunos. 
 
Metodologia Estratégica 
A abordagem é baseada em uma perspectiva pedagógica, onde professores 
de diferentes áreas do conhecimento colaboram com professores de educação 
especial, visando o ensino colaborativo no processo de ensino e aprendizagem. 
Também é necessário observar as necessidades de cada aluno, principalmente o 
público-alvo da educação especial, para escolher a abordagem adequada para cada 
caso, respeitando seu ritmo e peculiaridades. É fundamental antecipar e organizar 
eventos com antecedência para o público-alvo de alunos de educação especial para 
que eles possam visitar ao mesmo tempo que seus colegas de classe. 
 
Avaliação das atividades realizadas 
O processo de avaliação deve ser feito em conjunto com todos os professores 
com os quais o aluno está envolvido no processo de construção do conhecimento. 
Além disso, avaliações processuais e contínuas devem ser consideradas e aplicadas 
de forma sistemática. A avaliação será feita através do acompanhamento do processo 
de construção do conhecimento dos alunos. Documentar aprendizados importantes 
Impresso por Rafael Colador, E-mail rafaelcolador1974@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/06/2022 10:44:47
de acordo com as metas traçadas no plano de serviço, com referência às 
características físicas e educacionais de cada indivíduo. 
 
Referências 
ARMSTRONG, T. . Tradução: Maria As inteligências múltiplas na sala de aula
Adriana Veríssimo Veronese. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. 
BERSCH, Rita e SCHIRMER, Carolina. Tecnologia Assistiva no Processo 
Educacional. IN.: Ensaios Pedagógicos: Construindo Escolas Inclusivas. 
Brasília: MEC/SEESP, 2005. 
DISCHINGER, Marta e MACHADO, Rosângela. Desenvolvendo ações para criar 
espaços escolares acessíveis. IN.: Inclusão. Revista da Educação Especial. 
Secretaria de Educação especial. Ano 2, nº 2, agosto/2006. Brasília: Secretaria de 
Educação Especial, 2006. 
VIGOTSKI, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. 
In: VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento 
e aprendizagem. Tradução: Maria da Penha Villalobos. 10ª ed. São Paulo: Ícone, 
2006.