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Estudo Dirigido_Cidades e Habitacao (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
ESTUDO DIRIGIDO: POLÍTICAS SOCIAIS – CIDADES E HABITAÇÃO
Este roteiro de estudos dirigido, apresenta as principais ideias trabalhadas nas aulas, mas isto não significa que este deve seu ser o único material a ser estudado para as provas, também é preciso assistir às vídeo-aulas e ler o material para impressão.
Vamos lá!?
· De acordo com os conteúdos estudados na Aula 1, tema “História conceitual da cidade”, as cidades gregas eram espaços coletivos e orgânicos de solidariedade entre seus membros tendo como uma de suas características a divisão das áreas em três zonas: áreas privadas onde se localizavam as moradias; as áreas sagradas destinadas aos templos dos Deuses e, as áreas públicas destinadas as reuniões e assembleias do povo para discussão sobre política, a organização do comércio, teatro e aos jogos.
· A Cidade na era Industrial – o processo industrial marcou profundamente a organização das cidades e da vida urbana, sua forma de estruturação centrada no processo produtivo e das relações de trabalho tendo como berço a Inglaterra do século XVIII e XIX.
· A concentração de pessoas em torno das fábricas faz surgir novas cidades, a revolução demográfica e industrial marca novas formas de expansão dos territórios, os bairros operários e periféricos e a falta de estrutura para atender as novas configurações da sociedade”. 
· A cidade industrial deste período é caracterizada pela insalubridade, e por epidemias, sua construção teve como base a iniciativa privada para potencializar o lucro e o capital. Dois aspectos distintos são evidenciados nessa nova configuração dos espaços urbanos, o primeiro ligado aos problemas urbanos e sociais como fenômeno patológico, criando metáforas como câncer e tumor, para definir as cidades e o segundo com base ao movimento político: a busca do entendimento dos fenômenos urbanos através das relações econômico-sociais.
· “Com a crise do sistema capitalista e a flexibilização das relações de trabalho a urbanização brasileira vem promovendo o aumento da pobreza, o aumento das expressões da questão social nos centros urbanos e o acesso cada vez menor ao direito a cidade”. 
· A Cidade Formal está legalizada conforme o planejamento da cidade, com possibilidade de acesso a infraestrutura e equipamentos públicos e om pessoas com maior renda, já a Cidade Informal ou Ilegal, mesmo que legitima, é precária, com ausência de infraestrutura e serviços e uma população de baixa renda. 
· “A urbanização ao mesmo tempo em que favorece e privilegia a infraestrutura nos grandes centros fortalecendo e ampliando a produção e reprodução da vida material na cidade, também expressa a contradição dos espaços na sua forma de segregação”. 
· Segundo Rolnik (2004) “Do ponto de vista econômico, a segregação é produto e produtora do conflito social. Separa-se porque a mistura é conflituosa e quanto mais separada e a cidade, mais visível é a diferença, mais acirrado poderá ser o confronto”. Em relação as formas de segregação poderá ser: falta de infraestrutura nas regiões periféricas das cidades; local de trabalho e de moradia, onde na sua grande maioria são distantes, sistema de transporte coletivo caótico; existência bairros e cidades dormitórios.
· Em relação aos conteúdos estudados na Aula 2, tema “história do planejamento urbano no brasil”: As transformações pelas quais passaram as cidades brasileiras em decorrência da expansão industrial impactou de forma quantitativa e qualitativa as condições de vida nas cidades, ampliando as más condições de habitabilidade, aumento dos assentamentos precários, favelização, cortiços, ampliando os problemas urbanos, como transporte, habitação, ausência de infraestrutura, segregação espacial, cidades e bairros dormitórios.
· A discussão em torno do acesso a cidade e da política de desenvolvimento urbano se fez presente em vários debates durante o período subsequente a promulgação da Constituição, tendo como sujeitos envolvidos além dos gestores, os Movimentos Sociais, exemplo o Movimento Nacional pela Reforma Urbana e as discussões em torno da moradia popular, do saneamento, transporte urbano dos planos diretores participativos, programas de regularização fundiária, urbanização de favelas, implementação do IPTU progressivo e criação de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social.
· Em relação aos conteúdos estudados na Aula 2, tema “Instrumentos utilizados para a implantação da política urbana”, a luz ao Art. 182 da CF1988, a finalidade dos instrumentos de Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios, IPTU Progressivo no Tempo e Desapropriação com Pagamento em Títulos é combater a especulação imobiliária, para ampliar a oferta e reduzir os preços dos imóveis, de modo a ampliar as possibilidades de acesso das populações mais pobres à moradia e reduzir a exclusão sócio territorial.
· Plano Diretor é um instrumento utilizado pelos municípios para garantir a operacionalização da política do desenvolvimento urbano, não é um instrumento recente, vem sendo utilizado por diversos governos desde o início do século XX para sistematizar ações de ordenamento urbano, porém não apresentava um caráter normativo e jurídico e muitos eram realizados de forma distante da realidade urbana imposta.
· No contexto de efetivação de direitos e de uma nova organização da política urbana foi aprovado o Estatuto da Cidade (Lei 10.257, de 10.07.2001) é a lei federal de desenvolvimento urbano exigida constitucionalmente, que regulamenta os instrumentos de política urbana que devem ser aplicados tanto pela União, como pelos Estados e Municípios.
· Sobre o “ESTATUTO DA CIDADE – Precisamos compreender que o Estatuto é um instrumento de todos, da sociedade em sua totalidade e, tem como objetivo a efetivação de princípios constitucionais como os da gestão democrática da cidade, da participação popular, da função social da propriedade, do direito à moradia, a saúde e a regularização fundiária.
· Em relação aos conteúdos sobre “Legislação urbana municipal – sua organização”, Zonas especiais de interesse social: “caracterizadas como assentamentos habitacionais surgidos espontaneamente, existentes e consolidados, onde são estabelecidas normas urbanísticas especiais, no interesse social de promover a sua regularização jurídica e a sua integração na estrutura urbana”. (BRASIL, 2009).
· Usucapião especial de imóvel urbano é instrumento de regularização fundiária jurídica que estabelece a posse de uma propriedade desde que atenda alguns critérios estabelecidos na legislação.
· Diante de um quadro de desigualdades e desorganização dos espaços urbanos muitas cidades enfrentam o crescente número de domicílios irregulares, segundo dados do IBGE (2010) cerca de 11 milhões de pessoas se encontram nessa situação. A dinamicidade das áreas urbanas intensificou os loteamentos irregulares, informais potencializando a irregularidade fundiária seja em área pública ou privada, os quais privam os moradores a acesso a infraestrutura urbana (água e esgoto), sem equipamentos públicos, como unidades de saúde, Centro de Referência da Assistência Social, Escolas entre outros, além de na sua maioria concentrarem em áreas de risco sujeitos a enchentes, deslizamentos de terra e sem registro da área em cartório.
· Em relação aos conteúdos estudados na Aula 3, tema “Regularização fundiária de interesse social - e direito à moradia”: O conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e à titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
· “Instrumentos de gestão democrática – conselho das cidades: O Conselho das Cidades - ConCidades, órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, integrante da estrutura do Ministério das Cidades, tem por finalidade estudar e propor as diretrizes para a formulação e implementaçãoda Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, bem como acompanhar e avaliar a sua execução, conforme dispõe a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001- Estatuto da Cidade.
· A discussão da implantação de políticas públicas e sua relação com a questão urbana, perpassa pela sua intencionalidade, pelos grupos de interesse em atender ou não determinada demanda que se configuram nas expressões da questão social em nossos espaços urbanos, por exemplo, quando falamos de aumento do desemprego, da população em situação de rua, em falta de infraestrutura, estamos reivindicando políticas públicas e sociais do trabalho, de assistência social, de saúde, educação, de acessibilidade e tantas outras que foram fortemente marcadas pela dinâmica excludente do desenvolvimento econômico, favorecido pela política econômica neoliberal.
· Políticas públicas e abordagem territorial, sobre como deve ser a relação entre políticas públicas e território: verifica-se que o novo na relação entre políticas públicas e território não se encontra nas formas, mas na mudança da concepção da gestão do planejamento, da análise, da democratização, do conceito de cidadania, a partir do confronto com o território e, consequentemente, das mudanças nas estratégias de ação. Koga (2002, p. 32).
· Em relação aos conteúdos sobre: Território na perspectiva do materialismo histórico dialético, a discussão de território na perspectiva do materialismo histórico dialético analisa o contexto sob a dimensão econômica pautada pela sociedade capitalista, permeada pelas contradições e conflitos sociais. No método crítico dialético a discussão sobre o significado real do território gira em torno de contextualizar as contradições entre a realidade social como fruto sob a perspectiva da totalidade dentro de uma sociedade burguesa. O território é o espaço de proliferação do capital, e de seus interesses específicos como especulação imobiliária que se expressa pela relação da propriedade através da divisão social do trabalho, dos diferentes atores que se relacionam e expressam suas formas de coexistir.
· Direito à cidade: A cidade entendida como espaço de cidadania deve proporcionar aos seus diversos sujeitos sociais a inclusão, a participação social, econômica e política, numa relação dialética.
· Ser cidadão pode estar relacionado aos direitos civis (a vida, a liberdade, a propriedade entre outros), direitos políticos de votar de participar no destino da sociedade e, os direitos sociais que garantem a participação das pessoas na riqueza coletiva: direito ao trabalho, saúde, educação. Lembrando que cidadania não é um processo estanque deve estar em constante discussão é um conceito histórico.
· Sobre a questão habitacional no Brasil, sua construção, expansão e transformações conjunturais: A questão habitacional no Brasil se fez em construção ao longo do período da colonização a partir de 1916 e início de 1920 e, se expandiu em virtude do processo de urbanização e industrialização, essa se fez de forma desordenada e com estreita ligação as transformações conjunturais impostas pelo sistema capitalista, tais como alteração no modo de vida das pessoas tanto cultural, econômica e social.
· Sobre o período da reformulação do sistema de crédito para financiamento da casa própria, compreendido entre 1985 até 1989, durante o governo de José Sarney: De acordo com SILVA (1989), no período compreendido entre 1985 -1989 – Nova República – José Sarney – momento de transição do regime autoritário para um regime que propõe restaurar a democracia. O Banco Nacional de Habitação (BNH) foi extinto e suas atribuições passaram a Caixa Econômica Federal. Foi criado o Grupo de Trabalho para Reformulação do Sistema Financeiro de Habitação (GTR/SFH) medidas propostas: reconhecimento da necessidade do subsídio para habitação popular e a priorização do atendimento às famílias de baixa renda; a necessidade de descentralização e transparência das medidas da política habitacional e a importância da participação popular.
· Movimentos sociais e a política da habitação: No Brasil, os movimentos sociais urbanos se organizaram ainda no período da ditadura militar, na década de 70, em torno das lutas pela moradia, regularização fundiária, saúde e saneamento, tendo a Igreja progressista um forte papel neste processo. No período de redemocratização, na década de 80, os movimentos de moradia se articularam com outras organizações da sociedade (sindicatos, universidades, organizações não governamentais) e ampliaram a luta do direito à moradia para o POLITICA DA HABITAÇÃO PÓS CONSTITUIÇÃO DE 1988, constituindo-se uma rede de reforma urbana aglutinada no Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU). (FERREIRA, 2012 s/p).
· Sobre a importância dos movimentos sociais na Constituição Federal de 1988: Os movimentos sociais contribuíram para a criação da Constituição Federal de 1988, principalmente na inserção dos direitos sociais, que foram inscritos em leis na Constituição brasileira de 1988.
· Sobre a condução do governo FHC, compreendido entre 1996 a 2002, sobre a política habitacional: Nos anos de 1996 a 2002, por dois mandatos consecutivos esteve no poder Fernando Henrique Cardoso, neste período se consolida a política neoliberal através de privatizações, da terceirização e desresponsabilização do Estado frente as políticas sociais. Adotou uma política de habitação de parceria entre estados, municípios, setor privado e Ongs, integrando a política habitacional a urbana e a do saneamento ambiental. (SANTOS, 2008). 
· Em relação ao objetivo da Política Nacional da Habitação instituída no ano de 2004: A Política Nacional da Habitação instituída no ano de 2004, seu objetivo é promover condições de acesso à moradia digna a todos os segmentos da população, especialmente os de baixa renda. Tem como componentes principais “a integração urbana de assentamentos precários, a urbanização, regularização fundiária e inserção de assentamentos precários, a provisão da habitação e a integração da política de habitação à política de desenvolvimento urbano”, que definem as linhas mestras de sua atuação (BRASIL, 2004, p. 29/30).
· Em relação à Política da habitação governo Lula e Dilma: O Programa Habitacional Popular – Minha Casa Minha Vida – Entidades, (PMCMV-E) teve como objetivo atender as necessidades de habitação da população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna com padrões mínimos de sustentabilidade, segurança e habitabilidade. O Programa funciona por meio da concessão de financiamentos a beneficiários organizados de forma associativa por uma Entidade Organizadora – EO (Associações, Cooperativas, Sindicatos e outros).
· Sobre “História do serviço social na política da habitação”, a partir da década de 1990, com a maior demanda de programas voltados para o desenvolvimento social, novas áreas de interesse e políticas sociais foram surgindo, entre elas a habitação. O Serviço Social começa a se inserir na habitação com mais propriedade em meados de 1996, quando os profissionais são chamados de técnicos sociais, habilitados a trabalhar com profissionais da habitação. 
· De acordo com Paz; Taboada (2010, p. 47) destaca, “o trabalho social adquiriu um caráter menos administrativo e orientava-se no sentido que o mutuário se assumisse como cidadão, com consciência de seus direitos e deveres e da importância de sua participação ou protagonismo social”.
· Sobre a “História do serviço social na política da habitação”: o acompanhamento aos moradores era realizado pelo Serviço Social, na ótica higienista. Este acompanhamento aos moradores realizado pelo Serviço Social era articulado a partir da ideia de incompetência do morador nos cuidados com a habitação, bem como os encargos financeiros, utilização dos recursos disponíveis e convivência com a vizinhança. O trabalho seria de “ensinar” a utilização correta da moradia, pensando em manter a higiene, limpeza e bons modos (GOMES; PELEGRINO, 2005).
· De acordo com a Portaria n.º 465 de 2011, que dispõe sobre as prerrogativas do Programa Minha CasaMinha Vida, tendo como diretrizes: a) estímulo ao exercício da participação cidadã; b) formação de entidades representativas dos beneficiários, estimulando a sua participação e exercício do controle social; c) intersetorialidade na abordagem do Trabalho Social; d) disponibilização de informações sobre as políticas de proteção social; e) articulação com outras políticas públicas de inclusão social; e f) desenvolvimento de ações visando à elevação socioeconômica e à qualidade de vida das famílias e sustentabilidade dos empreendimentos.(BRASIL,2011). 
· Em relação ao “Projeto de trabalho técnico social”, sobre a utilização do Caderno de Orientações Técnica (COT) nos programas habitacionais: O caderno organiza as informações concentrando algumas etapas para a sua elaboração, fases do trabalho (período de obras, pré-obra, durante a obra e pós ocupação). Determina ainda os pontos de atenção: diagnóstico social da área e das famílias para que se possa realizar a intervenção.
· Em relação ao “DEFICT HABITACIONAL”, sobre a metodologia de cálculo do déficit habitacional no Brasil: A metodologia que compõe os estudos sobre o déficit habitacional, que se refere a necessidade da construção de novas moradias é calculado como a soma de quatro componentes: domicílios precários (soma dos domicílios improvisados e dos rústicos), coabitação familiar (soma dos cômodos e das famílias conviventes secundárias com intenção de constituir um domicílio exclusivo), ônus excessivo com aluguel urbano e adensamento excessivo de domicílios alugados. 
· Em relação à “POLÍTICA DA HABITAÇÃO GOVERNO TEMER”: A política habitação apresenta olhar mercadológico para a questão da moradia outra ação que impactou na marca do retrocesso desse governo com relação ao direito à moradia e à cidade foi o não reconhecimento do Conselho das Cidades e suas instâncias de participação e o Ministério das Cidades tem tido pouquíssimo diálogo com a sociedade civil ligada a setores urbanos, sua estrutura está bastante opaca e ao mesmo tempo os problemas das cidades não param de crescer. 
Tendo como base os conteúdos estudados na aula 1 tema história conceitual da cidade, comente sobre os ensinamentos notáveis deixados pelos ROMANOS de acordo com Arruda (1993)
Os romanos deixaram notáveis ensinamentos no campo militar, na administração pública, na arquitetura e, principalmente no campo da ciência jurídica (direito) e na prática política. O direito romano é a base da ciência do direito de todos os povos contemporâneos. Sua experiência na arte de governar, na economia, na literatura e nas artes serviu de modelo para todos os povos da Europa Ocidental. A língua dos romanos – o latim – deu origem a todas as línguas românticas da Europa Ocidental: português, espanhol, francês e italiano. 
A luz dom artigo 183 da CF 1988, descreva qual a finalidade do Usucapião Especial de Imóvel Urbano
Segundo o art 183 da CF 1988 o Usucapião Especial de Imóvel Urbano tem como finalidade a regularização fundiária de área privada que esteja sendo utilizada para fins de moradia pelo possuidor e sua família por 5 anos initerruptamente e desde que não possua outro imóvel urbano rural em sua propriedade.