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Tipos de receitas Renata Ferreira Diogo Farmacêutica Generalista, formada pelo UNITPAC-TO. Especialista em Estética, pelo NEPUGA-SP. Graduanda em Bioquímica e Metabolismo Humano, pelo UNIGUAÇU-SC. Legislação Receitas médicas De acordo com a Portaria 344/98, as substâncias das listas: A (A1 e A2- entorpecentes/ A3-psicotrópicos) devem ser prescritas com a Receita tipo A, de cor amarela. As substâncias das listas B: B1-psicotrópicos/ B2 – anorexígenos- devem ser prescritas com a Receita tipo B, de cor azul Já as substâncias das listas C (C1- outras substâncias sujeitas a controle especial/C2 –retinóides/ C4 –antiretrovirais/C5-anabolizantes) devem ser prescritas com a Receita tipo C, de cor branca. Tipo de Notificação Notificação de Receita "A" Notificação de Receita "B" Notificação de Receita Retinóides Medicamentos Entorpecentes Psicotrópicos Retinóides Sistêmico Listas A1, A2 e A3 B1 e B2 C2 Abrangência Em todo o território nacional Em todo território nacional Cor da Notificação Amarela (oficial) Azul Branca Quantidade máxima por receita 5 ampolas 5 ampolas - Quantidade por período de tratamento 30 dias, acima acompanha justificativa 60 dias 30 dias Quem imprime o talão da notificação Autoridade Sanitária O profissional retira a numeração junto da Autoridade Sanitária, escolhe a gráfica para imprimir o talão às suas expensas. Metilfenidato - Ritalina Lisdexamfetamina – Venvanse Codeína - Dimorf 6 Clonazepam – Rivotril Alprazolam – Frontal Bromazepam - Lexotan Sibutramina – Sibus, Biomag Lista c3-imunossupressor Entra em vigor nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, a Lei 13.732/2018, que torna válido o receituário de medicamentos em todo o território nacional, independentemente da unidade da Federação em que tenha sido emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial. A Lei alterou o parágrafo único do Art. 35 da Lei n° 5.991/1973 e refere-se aos procedimentos regulamentados pela Portaria SVS/MS n° 344/1998. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta semana, o ofício circular nº 2, que trata sobre o visto nos receituários controlados, após a publicação da Lei n° 13.732/2018. De acordo com o documento, as regras para aceitação de receitas de controle especial e de notificações de receita emitidas em outros estados permanecem as mesmas, ou seja, o farmacêutico deve apresentá-las à Vigilância Sanitária local no prazo de 72 horas. Receita de Controle Especial ou Comum Medicamentos Controle Especial Anabolizantes Anti-retrovirrais Adendos das listas Listas C1 C5 C4 A1; A2; B1 Abrangência Todo o território nacional Todo o território nacional Todo o território nacional Todo o território nacional Cor À critério Á critério Á critério Á critério Quantidade máxima por receita 5 ampolas 3 medicamentos 5 ampolas 5 substâncias 5 medicamentos 3 medicamentos Quantidade Período de tratamento 60 dias 60 dias 60 dias 60 dias Quem imprime o talão de receita O profissional O profissional O profissional O profissional Receituário de controle Especial Como entender os diferentes tipos de receita médica? O receituário médico é um documento muito importante da consulta. Nele, o profissional indica o caminho terapêutico a ser adotado e o medicamento usado no tratamento. Existem diferentes tipos de receita médica, com cores e formatos distintos de acordo com a categoria da substância que for prescrita. No Brasil, as normas estabelecidas determinam que o receituário médico seja escrito à tinta, com letra de forma, de maneira clara e por extenso. Além disso, os diferentes tipos de receita médica devem, necessariamente, conter: Cabeçalho; Informações do paciente; Nome do medicamento; Dosagem; Orientações de como deve ser administrado; Data, assinatura e número do registro do profissional. A Portaria no 344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS) é a principal legislação nacional sobre o comércio de medicamentos sujeitos a controle especial. Nela, as substâncias estão distribuídas em listas que determinam a forma como devem ser prescritas e dispensadas Estas listas (Anexo I da Portaria no 344) são atualizadas através de Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e devem ser acessadas por todos os profissionais que trabalham com substâncias sujeitas a controle especial (veja na página anterior como obter a lista atualizada). GUARDA E RESPONSABILIDADE As substâncias sujeitas a controle especial e os medicamentos que as contêm devem ser guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo para este fim e sob a responsabilidade do farmacêutico. Sua dispensação deve ser feita exclusivamente por farmacêuticos, sendo proibida a delegação da responsabilidade sobre o controle dos medicamentos a outros funcionários. ANÁLISE DO RECEITUÁRIO O farmacêutico é responsável por analisar as prescrições e só pode aviar ou dispensar os medicamentos quando todos os itens da receita e da Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos. A Receita de Controle Especial e a Notificação de Receita devem estar preenchidas de forma legível, com a quantidade escrita em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. Também devem estar preenchidos o nome e o endereço completo do paciente e a data de emissão Antimicrobianos Com a publicação da Resolução RDC nº 471/2021 de 23 de Fevereiro, os medicamentos contendo substâncias classificadas como antimicrobianos e sujeitos a prescrição médica passaram a ser dispensados com retenção de receita pela farmácia. Eles possuem algumas regras diferentes das aplicadas aos medicamentos sujeitos a controle especial pela Portaria nº 344/1998. Essas diferenças são discutidas a seguir. Modelo de receita Não existe um modelo específico para o receituário de antimicrobianos. Basta que a receita seja feita em duas vias, contendo o nome completo, idade e sexo do paciente. Caso o prescritor não informe a idade e o sexo do paciente, esses dados podem ser preenchidos pelo farmacêutico responsável pela dispensação. Validade da receita As receitas têm validade em todo o território nacional, mas só podem ser atendidas em até 10 dias a partir da sua emissão. Portanto, a data de emissão corresponde ao primeiro dia de validade da receita. Dispensação Sempre que possível o farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita para o tratamento, podendo para tanto, utilizar-se de apresentação fracionável. Nos casos em que não for possível a dispensação da quantidade exata por não haver no mercado apresentação farmacêutica com a quantidade adequada ao tratamento, a preferência deve ser dada à dispensação de quantidade superior mais próxima ao prescrito, para promover o tratamento completo ao paciente. No ato de dispensação, o farmacêutico deve reter a segunda via da receita e anotar nas duas vias a data, quantidade e número do lote do medicamento dispensado e rubricar. Ao contrário dos medicamentos controlados pela Portaria nº 344/1998, não é necessário anotar os dados do comprador. Também não é obrigatório estabelecer um número de notificação para a receita de antimicrobiano em 2 vias. Obrigada
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