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Bro����ol��� Infecção respiratória aguda (IRA), por geralmente de etiologia viral, precedido por um quadro catarral de vias aéreas superiores (rinite, tosse, com ou sem febre). Associada ao primeiro episódio de sibilância e/ou dificuldade respiratória em crianças com menos de 2 anos de idade. Compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo; Graus variáveis de intensidade; Principal causa de hospitalização no 1º ano de vida; Etiologia Principal agente: ● Vírus sincicial respiratório (VSR); Outros agentes: ● Rinovírus; ● Vírus influenza; ● Mycoplasma pneumoniae; ● Parainfluenza; ● Adenovírus; ● Metapneumovírus; Vírus Sincicial Respiratório É um RNA vírus, não segmentado. envelopado, da família Paramyxoviridae. Causa infecção aguda do trato respiratório em indivíduos de todas as idades. Distribuição sazonal 1. Clima temperado: inverno/primavera 2. Clima tropical: outono/inverno Período de incubação: 3 a 5 dias Duração da BVA: 7 a 12 dias A infecção não causa imunidade completa, contudo, anticorpos contra VSR diminuem a gravidade da doença. Contágio Fonte de infecção: membro da família ou colega da creche. Partículas virais são transmitidas por: ➔ Secreções respiratórias de pessoas infectadas; ➔ Através de superfícies contaminadas Tempo de sobrevida na mão: menos de 1h Superfícies duras e não porosas (estetoscópio): até 24h Até os 2 anos - praticamente todas as crianças já terão tido contado com um dos agentes da BVA; Maior gravidade nos menores (entre 1 e 3 meses) Epidemiologia Acomete principalmente menores de 1 anos; Pico de ocorrência entre 2 e 6 meses; Imunidade Em lactentes jovens, a presença de anticorpos neutralizantes em elevados títulos, adquiridos passivamente durante a vida fetal, está associada com menor risco de hospitalização. O LT citotóxicos são cruciais para o controle efetivo da infecção e eliminação viral, justificando a ocorrência de quadros potencialmente mais graves e prolongados da doença, além de excreção viral mais prolongada em recém-nascidos prematuros e em indivíduos com imunodeficiência celular. Em adultos saudáveis e crianças mais velhas, a doença é normalmente leve e pode se manifestar como um resfriado comum e afebril. Patogênese O VSR tem tropismo pelas vias respiratórias; Calibre das vias aéreas da criança menor → naturalmente maior resistência a passagem aérea. Agressão viral → intensa inflamação do bronquíolo → edema + produção de muco + acúmulo de fibrina + infiltração celular → obstrução bronquiolar (atelectasias/ Hiperinsuflação pulmonar). Alteração da relação ventilação/perfusão → Hipercapnia/ Hipoxemia/ Acidose respiratória → Vasoconstrição Quadro clínico IVAS por 2 a 3 dias, com rinorreia, congestão nasal, com ou sem febre (baixa), em média no 3º dia. Tosse, sibilância e sinais de sinais de desconforto respiratório (taquidispneia, retrações torácicas e de fúrcula, gemido, batimento de asas de nariz e dificuldade de alimentação. Ausculta pulmonar: estertores crepitantes (> 3 meses) ou subcrepitantes e sibilos. Apneia em prematuros e lactentes menores de 2 meses é o sintoma precoce da BVA. Exame Físico ● Taquipnéia; ● Tiragem intercostal → movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração, enquanto a parede superior do tórax e o abdome se expandem. ● Batimento de asa de nariz; ● Estertores finos, sibilos e prolongamento do tempo expiratório; ● Fígado e baço palpáveis (hiperinsuflação). Exames Complementares Diagnóstico clínico (história e exame físico); Não é necessária a realização de imagem radiográfica ou de exames laboratoriais. Oximetria de pulso ou gasometria = HIPOXEMIA, aumento de PCO2 Hemograma: leucometria - geralmente sem desvio. Teste de detecção viral: Métodos: cultura, detecção do RNA (PCR) ou pesquisa de antígenos virais PCR-TR - Multiplex; Sorologia; ➔ Não são essenciais nos quadros de BVA; Radiografia de tórax Achados: 30% das crianças: RX normal 70%: hiperinsuflação, espessamento peribrônquico, infiltrados intersticiais e áreas de atelectasia. Diagnóstico diferencial ● Asma; ● Pneumonia; ● Aspiração de corpo estranho; ● Anel traqueal; ● Cardiopatia congênita; ● Malformação congênita; ● Refluxo gastroesofágico; ● Fibrose cística. Tratamento ➔ Não há terapêutica específica disponível que abrevie o curso e a resolução dos sintomas. ➔ O tratamento de suporte; ➔ Normalmente têm boa evolução Deve ser recomendado e os cuidadores devem ser orientados: ● Fazer higiene das mãos com água e sabão e ou álcool a 70%; ● Evitar tabagismo passivo; ● Manter alimentação normal para a idade da criança; ● Fazer higiene da cavidade nasal com solução salina; ● Uso de antitérmico, se for necessário; ● Reavaliação médica se houver dúvida ou se sinais de alerta presentes; ● Orientar os cuidadores sobre os sinais e sintomas de alerta. Quando hospitalizar Episódios de apneia; Criança com piora do estado geral; ➔ Hipoativa, prostrada, acorda apenas com estímulos prolongados Desconforto respiratório; ➔ Gemência, retração torácica, FR >60, cianose central, saturação < 92% persistente Sinais de desidratação; Recusa alimentar, ingestão reduzida e/ou sem diurese por 12h; Presença de comorbidade: ➔ Displasia, cardiopatia, imunodeficiência, doença neuromuscular, outras Idade: < 3 meses; Prematuridade, especialmente < 32 semanas; Condição social ruim; Dificuldade de acesso ao serviço de saúde se houver piora clínica. Medidas hospitalares: ● Reposição hidroeletrolítica (SNG ou EV); ● Oxigenioterapia (Sat O2 < 90% - EUA); ● Manter saturação entre 93-95%; ● Desobstrução das vias aéreas superiores; ● Dieta oral ou enteral (SNG): dificuldade para se alimentar devido a congestão nasal e pelo esforço respiratório. Complicação Bronquiolite obliterante (BOOP): ➔ Doença pulmonar crônica caracterizada pela obliteração de bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios e ductos alveolares. ➔ Após um insulto inflamatório inicial, que pode ser causado por infecção, doença inflamatória ou inalação tóxica, ocorre um processo de regeneração tecidual anormal, com proliferação de fibroblastos dentro dos alvéolos e bronquíolos. AGENTE ETIOLÓGICO: ADENOVÍRUS (principal) Profilaxia ➔ A profilaxia com o anticorpo monoclonal específico, o palivizumabe, é capaz de prevenir formas graves da doença e vem sendo recomendada através de diferentes esquemas em diversos países. ➔ O palivizumabe é um anticorpo monoclonal, IgG1 humanizado, apresenta atividade neutralizante e inibitória da fusão do VSR no epitélio respiratório da criança. ➔ É indicado para a prevenção de doença grave do trato respiratório inferior, causada pelo VSR, em pacientes pediátricos de alto risco menores de dois anos de idade. São considerados públicos-alvo para a profilaxia: ◆ Crianças <1 ano que nasceram prematuros ( < 29 semanas IG) Crianças <2 anos portadores de doença pulmonar crônica da prematuridade ◆ Crianças <2 anos com cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica,ICC. A administração mensal durante a sazonalidade do VSR reduz 45-55% a taxa de hospitalização relacionado a infecção pelo VSR. Síndrome do lactente sibilante Definição: após uma bronquiolite aguda com hospitalização - 30 a 40% dos pacientes voltam a apresentar crises de sibilância. Criança < 2 anos que apresenta pelo menos 3 episódios de sibilância em período de 12 meses; Persistência de sibilos por 30 dias ou mais ou a presença de 3 ou mais episódios de sibilância em um período de 6 meses; Presença de 3 ou mais episódios de sibilância em crianças < 5 anos e > 1 mês de vida. Epidemiologia Na maioria dos casos, o 1º episódio de sibilância ocorre no 1º ano de vida. À maioria das crianças < 3 anos com sibilância (60%) terá resolução de quadro até completar 6 anos. Diagnóstico Clínico: ● Presença de sibilância recorrente; ● Tosse espasmódica noturna; ● Desconforto respiratório e despertares noturnos. Causas: Causas frequentes: bronquiolite viral agudae asma; Causas menos frequentes: DRGE, incoordenação cricofaríngea, bronquiolite obliterante, fibrose cística, displasia broncopulmonar, tuberculose pulmonar. Causas raras: aspiração de corpo estranho, síndrome eosinofílica pulmonar. Diagnóstico diferencial Sintomas desde o nascimento - pensar em causas congênitas; História de prematuridade - displasia broncopulmonar; Período livres de sintomas: ● Se não tiver, fala a favor de congênitas, discinesia ciliar e bronquiolite obliterante. ● Se tiver, fala a favor de asma ou sibilância recorrente Tosse, engasgo na hora da alimentação → DRGE, incoordenação da deglutição. Tosse crônica produtiva → bronquiectasia; Dificuldade de ganho de peso, esteatorreia → fibrose cística Sintomas pioram com a mamada + dificuldade de ganho de peso → doença cardíaca. Diagnóstico laboratorial Solicitar se tem sinais de alerta, sinais de gravidade ou NÃO resposta ao tratamento; ● RX de tórax → avalia malformações e infecções - geralmente solicitado em casos de SR não responsiva ao Broncodilatador ● Tomografia computadorizada de Tórax → Bronquiolite Obliterante (sequela BAV com DPOC) ● Fibrobroncoscopia : Retirada de CE, fístulas traqueoesofágicas, traqueo ou broncomalácea, etc. ● Eletrólitos no suor → TODO lactente sibilante com baixo ganho ponderal, alteração nas fezes ou história familiar de Fibrose Cística. ● Videodeglutograma → distúrbios da deglutição. ● Dosagem de Imunoglobulinas → imunodeficiência Tratamento → Medidas Preventivas não Farmacológicas: ● Evitar creches ou pré escola nos primeiros 12 a 24 meses; ● Evitar tabagismo passivo; ● Promover aleitamento materno; ● Cuidar do estado nutricional; ● Vacinar para influenza e pneumococo → Específico para cada causa → Se não há diagnóstico etiológico → tratar como na asma. ● Crises nos sibilantes intermitentes → ß2 agonista de curta ação (SABA). ● Pré-escolares sibilantes persistentes → B2 agonista de curta ação nas crises (SABA)+ anti LTR e/ou CE inalatório. Fenótipos clínicos do lactente sibilante: Grupo 1: padrão pós-viral ● Crises de sibilância desencadeadas apenas por infecções; ● Sem sintomas intercrise; ● Poucas respostas aos broncodilatadores; ● Não precisam de profilaxia; ● Exacerbações: Beta -2 agonistas de curta duração podem ser utilizados (SABA) -resposta modesta. ● Infecções Virais muito frequentes, com limitação funcional e do nível de atividade durante os episódios: ○ Teste Terapêutico 1-3 meses com ALTR (antileucotrieno) ou Cl em dose baixa ○ Se boa resposta : Manter a profilaxia durante os meses de maior circulação de vírus respiratórios. Grupo 2: Desencadeantes múltiplos ● Crises de sibilância desencadeadas por mais de um fator (vírus, alérgenos ou tabagismo passivo). ● Pode ou não haver sintomas intercrise. ● Maior recorrência; ● Resposta aos broncodilatadores variável; ● Teste terapêutico com ALTR ou Cl em baixa dose: ○ Se melhora com o teste e piora ao suspender a medicação, manter a medicação preventiva. Grupo 3: Padrão asma ● Comportamento clínico similar ao asmático; ● Diversos desencadeantes (conhecidos ou não); ● Sintomas intercrise; ● Recorrência periódica; ● Marcha atópica; ● História familiar de asma; ● Boa resposta aos broncodilatadores;
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